Queda de 1,5% da Jerónimo Martins pressiona PSI-20

A bolsa nacional acompanhou as perdas registadas pelas pares europeias, recuando pela quarta sessão consecutiva. Queda de 1,53% da Jerónimo Martins pesou na praça lisboeta.

A bolsa de Lisboa terminou a penúltima sessão da semana em terreno negativo, seguindo a tendência da generalidade das praças europeias, numa altura em que os investidores estão receosos quanto à evolução de novos casos de Covid-19 no Velho Continente e com o adensar das preocupações relativas a uma recuperação económica mais lenta do que o esperado. As quedas de Jerónimo Martins e das cotadas ligadas ao setor da pasta e papel pressionaram o PSI-20.

Um dia depois do dia “negro” nos mercados financeiros europeus, as bolsas europeias prolongaram as quedas, ainda que menos acentuadas. Na Europa, o Stoxx 600 desvalorizou 0,15%, enquanto o francês CAC 40 perdeu 0,19%, o britânico FTSE 100 recuou 0,22%, o espanhol IBEX 35 caiu 0,95%. Em contrapartida, o alemão DAX ganhou 0,13%.

As bolsas europeias estão a ser penalizadas pela sua vaga da pandemia. Esta quinta-feira, a presidente do Banco Central Europeu (BCE) veio alertar que “a recuperação da economia está a perder força mais rapidamente do que esperado, após uma rápida, apesar de parcialmente desigual, recuperação da atividade económica durante os meses de verão”, disse Christine Lagarde, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Governadores. Face a esta situação, a instituição decidiu não fazer alterações nas taxas de juro de referência na Zona Euro ou nos programas de compra de ativos, mas abriu a porta a uma reavaliação dos estímulos económicos em dezembro.

Lisboa acompanhou os receios vividos na Europa, negociando abaixo da “linha de água” pela quarta sessão consecutiva. O PSI–20 desvalorizou 0,66% para 3,863.200 pontos. A Jerónimo Martins foi uma das cotadas que pesou no índice de referência nacional, desvalorizando 1,53% para os 13,825 euros. A dona do Pingo Doce está a reagir negativamente aos resultados apresentados depois do fecho de mercados de ontem, tendo revelado que os seus lucros desceram 18% até setembro para 219 milhões de euros.

Depois do “trambolhão” dos último dias, a Galp Energia fechou a sessão a cair 0,61% para os 6,82 euros, tendo chegado a valorizar cerca de 2%, no início da sessão desta quinta-feira. A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva tem verificado perdas consideráveis, desde que apresentou os seus resultados e numa altura em que os mercados petrolíferos internacionais também são penalizados pela segunda vaga da pandemia. Neste contexto, o Brent, de referência europeia, cedeu 4,63% para os 37,31 dólares, ao passo que o WTI está a cair 4,39% para os 35,75 dólares em Nova Iorque.

Ainda no setor energético, a REN cedeu 2,22% para os 2,2050 euros, ao passo que a EDP perdeu 0,72% para os 4,1370 euros. Em contrapartida, a EDP Renováveis evitou uma queda mais expressiva do PSI-20, tendo fechado a sessão a subir 2,98% para os 15,92 euros. . Isto no dia em que a subsidiária apresentou os resultados dos primeiros nove meses do ano, período em que registou uma quebra de 7% dos lucros para 319 milhões de euros.

Entre os “pesos pesados”, destaque negativo ainda para o BCP, com as ações do banco liderado por Miguel Maya a perderem 0,85% para os 6, 97 cêntimos. As perdas foram estendidas ao setor da pasta e do papel, bastante influenciadas pelo contexto internacional. A Altri a perdeu 2,26% para os 3,202 euros, a Semapa recuou 2,42% para os 6,44 euros, enquanto a Navigator desvalorizou 3,12% para os 1,864 euros.

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