Portugal preparou-se para segunda vaga pandémica no “outono-inverno”, defende Costa

  • Lusa
  • 10 Novembro 2020

Numa série de publicações no Twitter, o primeiro-ministro defende que Portugal se preparou para esta nova vaga da pandemia, enumerando tudo o que foi reforçado.

O primeiro-ministro rejeitou esta terça-feira a ideia de que o Governo não preparou o país para a segunda vaga da pandemia no outono-inverno, defendendo que há agora mais meios de atendimento e mais profissionais de saúde.

Estas posições foram publicadas por António Costa na sua conta do Twitter, numa série de mensagens em que o próprio líder do Executivo começa por colocar a questão se será verdade que o país não se preparou para a pandemia no período do outono e inverno. O primeiro-ministro refere depois que em março, no começo da pandemia no país, a linha SNS24 podia atender até dez mil telefonemas, mas hoje “tem capacidade para mais de trinta mil”.

No que respeita à capacidade de testagem, o primeiro-ministro aponta que em março passado a média diária era de 2.578, sendo hoje de 35.348. Nesta série de comparações, António Costa diz que “em março eram acompanhadas 11.842 pessoas em vigilância ativa e hoje são 90.088. “Em março havia cerca duas mil camas que podiam ser afetas a doentes covid-19, mas hoje há mais de três mil e, com desmarcação de atividade programada, poderão chegar a 18 mil”, salienta.

Tal como já havia afirmado na entrevista que concedeu na segunda-feira à noite à TVI, o líder do Executivo, nestas mesmas mensagens que publicou no Twitter, defende em seguida que as camas de unidades de cuidados intensivos para doentes covid-19 passaram de 433 em março para 704 — e o número de camas poderá atingir 944 “com desmarcação de atividade programada”.

No que respeita a ventiladores, ainda de acordo com os mesmos dados apresentados por António Costa, “em março havia 1.142 e hoje há 1.939”. “Em março criámos um regime excecional de contratação de profissionais de saúde. Hoje já contratámos 6.883 profissionais de saúde ao abrigo deste regime e decidimos vincular ao Serviço Nacional de Saúde perto de metade”, acrescenta nestas suas mensagens.

Na segunda-feira à noite, em entrevista à TVI, quando foi questionado sobre os motivos que levaram o Governo a anunciar apenas no sábado passado medidas mais duras de combate à pandemia, António Costa alegou que o crescimento verificado no número de contágios “foi exponencial nas últimas semanas”.

Depois, tal como já tinha afirmado o Presidente da República, em entrevista à RTP — e também o próprio primeiro-ministro no final do último Conselho de Ministros extraordinário –, António Costa alegou que, em Portugal, “como em todos os países da Europa, ninguém previu que esta segunda vaga surgisse tão cedo”.

“Toda a gente a antecipava que viria na passagem do outono para o inverno, ninguém pensava que chegasse tão cedo. Isso é claro. Agora, se me perguntam se eu estou surpreendido com este número tão significativo de transmissões na comunidade, eu estou muito surpreendido”, acentuou. Para o primeiro-ministro, nesta fase após o verão, “as pessoas no seu conjunto não reagiram tão prontamente quanto reagiram” em março e abril.

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