Voto antecipado gera confusão de filas em Lisboa, mas decorre sem incidentes

  • ECO e Lusa
  • 17 Janeiro 2021

Em Lisboa, junto à Reitoria da Universidade de Lisboa, registavam-se, ao longo da manhã, grandes filas de eleitores para votar.

Os portugueses começaram este domingo a votar escolher o próximo Presidente da República. O voto antecipado decorre sem incidentes, de acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), mas está a gerar longas filas. Em Lisboa — onde estão inscritas 33.364 pessoas para votar de forma antecipada —, a Cidade Universitária é o ponto central e a fila desde vai desde a Reitoria da Universidade de Lisboa até ao jardim do Campo Grande.

Pela terceira vez desde 2019, é possível o voto antecipado, e está a decorrer essa votação desde as 8h00 deste domingo, para a qual se inscreveram mais de 246 mil eleitores, um número recorde. Segundo as informações recebidas do Ministério da Administração Interna (MAI), “não há qualquer tipo de incidentes, há uma boa afluência” e as assembleias de voto nas 308 sedes do concelho abriram todas sem problemas, disse à Lusa João Tiago Machado, da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Lisboa é o concelho com mais inscritos, 33.364, seguido do Porto, com 13.280, e Coimbra, com 9.201, de acordo com o mapa publicado pelo Ministério da Administração Interna, em que se informa quais os locais de voto em cada um dos concelhos. Os concelhos com menos inscritos são Porto Moniz, na Madeira, com oito inscritos, seguindo-se Nordeste, São Miguel, nos Açores, com nove, e Barrancos, distrito de Beja, com 14.

Em Lisboa, junto à Reitoria da Universidade de Lisboa, registavam-se, ao longo da manhã, grandes filas de eleitores para votar. As enormes filas e a confusão para encontrar as secções de voto surpreenderam os milhares de eleitores que decidiram exercer durante a manhã o voto antecipado em mobilidade.

Filas que contornavam parques de estacionamento, outras que se estendiam por várias dezenas de metros: era este o cenário. Apesar da extensão das filas, o tempo de espera era curto e a maioria das pessoas não ficava mais do que dez minutos à espera para votar. Contudo, algumas pessoas mostravam-se insatisfeitas quando chegavam a uma secção de voto e, afinal, estavam no local errado.

 

Depois da experiência de 2019, nas europeias e legislativas, o voto antecipado em mobilidade alargou-se, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, e o objetivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de covid-19 no país. Quem estiver inscrito para o voto antecipado de hoje e não o fizer, pode fazê-lo no próximo domingo.

Segundo as regras definidas pela Direção-Geral da Saúde para as eleições, para ir votar, seja hoje ou no próximo domingo, os eleitores terão de usar máscara e, preferencialmente, levar uma caneta, por uma questão sanitária e de higiene. É preciso desinfetar as mãos antes de votar e depois de votar. E os membros das mesas têm de usar máscara e/ou viseira ou óculos de proteção. É aconselhado que, enquanto se espera para votar, os eleitores respeitem a distância de segurança, o que poderá estar a contribuir para as filas.

Além das 246 mil pessoas que pediram o voto antecipado presencial, 10.334 pessoas em confinamento devido à covid-19 inscreveram-se também para o voto antecipado. Os eleitores em confinamento obrigatório determinado pelas autoridades de saúde devido à covid-19 têm mais um dia, este sábado, para manifestar a sua intenção de votar antecipadamente. Os idosos a viver em lares também o poder fazer.

No entanto, só poderão fazer este pedido os eleitores a quem tenha sido decretado confinamento pelas autoridades de saúde pública até quinta-feira, 14 de janeiro, dez dias antes das presidenciais. É o que estipula a lei aprovada em outubro, no parlamento, que regula o direito de voto antecipado para os eleitores que estejam em confinamento obrigatório, devido à pandemia da doença covid-19, em atos eleitorais e referendários em 2021.

O que quer dizer que quem foi confinado a partir de sexta-feira, seja por estar doente seja por isolamento profilático (devido a um contacto com uma pessoa infetada), já não poderá pedir para votar antecipadamente. Feito o pedido, equipas municipais, devidamente equipadas e com regras sanitárias estritas, recolherão os votos entre 19 e 20 de janeiro, segundo informação da administração eleitoral.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

(Notícia atualizada às 15h10)

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