BRANDS' ECO Oftalmologistas alertam para os riscos na saúde ocular em tempo de pandemia
De acordo com um estudo ibérico realizado por especialistas em oftalmologia, 78% dos participantes pioraram a saúde ocular durante a pandemia. Miopia e olho seco são os principais distúrbios.
Um inquérito ibérico no qual participaram mais de cinquenta especialistas em oftalmologia de Portugal e Espanha lança importantes alertas, concluindo que descurar a saúde ocular em tempo de pandemia pode resultar em graves complicações futuras.
De acordo com as conclusões obtidas pelo inquérito, intitulado “#VisãodeFuturo: A Saúde Ocular em Tempos de Coronavírus“, os oftalmologistas avisam mesmo que negligenciar patologias graves, como a Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI), Retinopatia Diabética ou Glaucoma, pode levar à perda irreparável da visão.
O inquérito conclui que 78% dos pacientes deverão ter piorado até agora durante esta pandemia, sendo as principais causas o aumento do tempo em frente aos ecrãs e o descuido nos exames oftalmológicos de rotina.
"O uso frequente de máscaras aumenta a secura dos olhos, tal como passar muito tempo em frente aos ecrãs ou trabalhar muito intensamente com o computador, reduzindo a frequência do pestanejar.”
Segundo declarações do Prof. Doutor Manuel Monteiro, responsável pela Clínica Oftalmológica das Antas na cidade do Porto e um dos participantes no inquérito, “durante a pandemia a situação piorou, principalmente por causa do confinamento. O número de horas em frente aos ecrãs aumentou significativamente, agravando doenças como olho seco, astenopia, olhos vermelhos, dores de cabeça e, nos jovens, miopia.”
A maioria (60%) dos especialistas detetou que a miopia é o distúrbio mais afetado pela pandemia em menores. Já era considerada uma epidemia infantil mesmo antes da COVID-19. Mas agora a tendência de maior uso dos ecrãs e para permanecer mais tempo em casa pode fazer com que a sua frequência sofra um aumento ainda maior.
No caso dos adultos, o olho seco é o distúrbio identificado como o mais prevalecente devido aos hábitos ligados à pandemia, também com 60%. O uso frequente de máscaras aumenta a secura dos olhos, tal como passar muito tempo em frente aos ecrãs ou trabalhar muito intensamente com o computador, reduzindo a frequência do pestanejar.
“Para descansar a visão e ajudar a hidratar os olhos adequadamente, recomendamos que pestaneje e faça pausas para descanso dos olhos com frequência, pelo menos a cada hora, por 2 a 3 minutos. Além disso, mantenha uma boa posição na mesa e evite o reflexo da luz nos ecrãs”, salienta o Manuel Monteiro.
Os especialistas também recomendam trabalhar num ambiente bem iluminado e humedecido, pois a secura do ambiente causada pelo aquecimento ou ar condicionado pode agravar os distúrbios oculares.
Segundo o inquérito, o receio de infeção é a principal causa que leva ao afastamento das consultas oftalmológicas, acarretando riscos de problemas irreversíveis para a saúde ocular. Para contrariar esses receios, é importante o conhecimento de que as medidas higiénico-sanitárias estabelecidas nas clínicas oftalmológicas, como é o caso da Clínica Oftalmológica das Antas, que segue todas as normas decretadas pela Direção Geral de Saúde.
O uso da máscara é obrigatório e, ao entrar na receção, a temperatura dos pacientes é verificada e as mãos desinfetadas. Além disso, como esclarece o Prof. Doutor Manuel Monteiro: “É mantida a distância entre os pacientes tanto na sala de espera quanto entre as consultas, desinfetamos as superfícies utilizadas e protegemos a equipa clínica com touca, máscara, bata e luvas. Toda a clínica é limpa diariamente, como se fosse uma sala de cirurgia”, detalha o responsável. Por todas estas razões, é fundamental que não se adiem as consultas oftalmológicas, incluindo as de rotina.
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