Sentir a temperatura da sala ou o cheiro do café através de um ecrã. Este é o escritório que a Ericsson idealiza em menos de 10 anos
O estudo da Ericsson propõe que, em 2030, as empresas troquem o ecrã do computador por uma experiência imersiva, em que todos os sentidos entram em funcionamento.
Já imaginou se pudesse levar um bolo de chocolate virtual para um coffee break remoto e todos os seus colegas sentissem o cheiro e o paladar do mesmo? Ou partilhar uma viagem virtual com toda a sua equipa? Estariam todos, no mesmo lugar virtual, ainda que cada um em sua casa (ou no lugar onde escolhesse trabalhar nesse dia). Uma espécie de videojogo, mas aplicado ao dia-a-dia no trabalho.
De acordo com o estudo “The Dematerialized Office”, da Ericsson, em menos de dez anos, o escritório desmaterializado pode ser uma realidade. Segundo a tecnológica, em 2030, o escritório tal e qual como hoje o conhecemos (ou, melhor, como o conhecíamos antes da pandemia mundial da Covid-19) desaparecerá para dar lugar a empresas totalmente virtuais em que, graças à tecnologia, trabalhar será uma experiência imersiva.
Metade dos inquiridos para o relatório da Ericsson revela a vontade de ter um posto de trabalho totalmente digital. Além disso, com a tecnologia e a conectividade a impulsionarem os escritórios virtuais, quase seis em cada dez preveem um aumento no que toca a reuniões online com colegas, clientes e fornecedores, o que leva a um outro ponto: a necessidade de ferramentas que apoiem de uma forma mais eficaz a interação à distância.
Com o teletrabalho, algumas limitações da tecnologia atual tornaram-se mais evidentes, começando, desde logo pela instabilidade da conexão, passando pela falta de imersão e terminando nos brainstormings pouco eficazes. O trabalho remoto trouxe, de facto, vários desafios às empresas e a solução pode estar, precisamente, em mais e melhor tecnologia.
“Internet dos sentidos”
Trata-se de um tipo de conexão baseada numa transformação radical que propõe trocar o ecrã do computador por uma experiência imersiva, em que todos os sentidos (olfato, paladar, tato, visão e audição) entram em funcionamento. “Isso significaria que não só vê e ouve os seus colegas de uma forma totalmente real, como também poderia usar qualquer coisa que esteja na sala e todos teriam a mesma sensação ao nível olfativo e do tato. Durante um coffee break remoto, alguém poderia trazer um bolo de chocolate e todos sentiriam o cheiro e o sabor do mesmo”, lê-se no relatório da tecnológica.
De acordo com a Ericsson, 77% dos inquiridos considera que a “internet dos sentidos” para uso comercial tornaria as empresas mais sustentáveis, enquanto 50% afirma que a temperatura digital será utilizada, até 2030, com o objetivo de envolver os clientes.
A atual geração de AR/VR é considerada, por muitos, pouco atraente, o que poderá mudar depois de a tecnologia ter amadurecido e ser mais conveniente de utilizar.
Ainda assim, o relatório salienta que apenas 40% das empresas que não usam augmented reality (AR) e virtual reality (VR) hoje em dia nem planeiam usar estas tecnologias no futuro, já estão interessadas em criar um ambiente de escritório virtual. “A atual geração de AR/VR é considerada, por muitos, pouco atraente, o que poderá mudar depois de a tecnologia ter amadurecido e ser mais conveniente de utilizar”, pode ler-se.
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