“Pandemia já fez perder 29 mil empregos no turismo e restauração”, diz Rita Marques
A secretária de Estado do Turismo diz que Portugal tem de procurar "melhores turistas" e assegura que os apoios extraordinários estão a demorar "menos de 20 dias úteis" a chegar às empresas.
O turismo tem sido uma das atividades mais castigadas pela pandemia e pelas restrições impostas para conter a sua propagação. Daí que, por efeito dessa crise, este setor tenha perdido 29 mil empregos, bem mais do que a média nacional, sublinha a secretária de Estado do Turismo, em entrevista ao Dinheiro Vivo. Rita Marques revela que o receio de que a destruição do emprego levasse a uma redução da oferta no mesmo de reabrir “assaltou o Governo desde o primeiro dia” e, por isso, foi fixada como “prioridade a necessidade de preservar postos de trabalho e capacidade produtiva”. “Mas já perdemos trabalhadores”, frisa.
“No alojamento e restauração, em 2019, tínhamos 290 mil postos de trabalho e entretanto, segundo o Instituto Nacional de Estatística, desapareceram 29 mil. Estamos a falar de uma taxa de 9%, substancialmente superior à nacional que é de 2%. Mas tenho esperança de que possamos recuperar esses postos e estamos a fazer esse esforço de garantir que as nossas empresas podem retomar a atividade com todas as condições, servir e acolher bem e começar a contratar quando a tão desejada retoma acontecer”, salienta a responsável.
Rita Marques garante ainda que os apoios extraordinários estão a demorar “menos de 20 dias úteis” a chegar às empresas em crise e atira que Portugal tem de procurar “melhores turistas”. “Portugal não quer sobreviver mas liderar nesta pandemia. Portugal não pode constantemente ir atrás de mais turistas, mas sim de ir atrás de melhores turistas”, afirma, referindo que estão em causa turistas “mais abonados financeiramente”, mas que se preocupam “com o planeta, os territórios, as comunidades que visitam e querem deixar o planeta melhor para todos”.
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