Depósitos das famílias atingem recorde de 163,8 mil milhões de euros. Aumentaram mil milhões no confinamento
Com os portugueses em confinamento, os depósitos aumentaram para um novo recorde de 163,8 mil milhões de euros. O anterior máximo era de 162,8 mil milhões de euros.
A pandemia tem vindo a engordar as poupanças dos portugueses. Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal vieram comprovar isso mesmo, mostrando que no segundo mês do ano, marcado por um novo confinamento generalizado da população, o montante depositado nos bancos voltou a aumentar, “engordando” em cerca de mil milhões de euros. Atingiu um novo recorde nos 163,8 mil milhões de euros.
“Os depósitos de particulares nos bancos residentes atingiram o valor mais elevado de sempre, totalizando 163,8 mil milhões de euros no final de fevereiro“, pode ler-se no comunicado do Banco de Portugal. Comparando com fevereiro do ano passado, a taxa de variação anual é de 8,9%.
Face ao primeiro mês do ano, está em causa um aumento de 956,1 milhões de euros no que toca aos montantes depositados pelas famílias. Subida essa que, ainda assim, é inferior à registada entre dezembro e janeiro (de 981,4 milhões), mês em que os portugueses se viram sujeitos a um novo confinamento. Este valor fica também aquém do acréscimo registado em abril de 2020, mês que se seguiu à imposição do primeiro confinamento, que foi de 2,04 mil milhões de euros.
Ainda assim, fica registado um novo máximo histórico nos valores associados aos depósitos de particulares (163,8 mil milhões de euros). Antes deste, o montante mais elevado tinha sido registado em janeiro deste ano, na ordem dos 162,8 mil milhões de euros. O sucessivo aumento deste indicador pode ser explicado pelo facto das famílias, ao estarem por casa durante estes meses, não terem gastos para além dos habituais. Assim, podem aproveitar para “engordar” as suas poupanças e, eventualmente, guardá-las nos bancos.
Empréstimos às famílias voltam a crescer
Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal mostram ainda que os montantes associados aos empréstimos concedidos a famílias e empresas subiram novamente. “Em fevereiro de 2021, os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras apresentaram uma taxa de variação anual (tva) de 11,2%, mais 1,3 pontos percentuais (pp) do que o observado no mês anterior. Destacou-se a subida dos empréstimos às médias e às pequenas empresas, cujas tva aumentaram 1,5 pp e 1,4 pp, para 7,2% e 15,0%, respetivamente”, revela o Banco de Portugal.
No caso dos empréstimos a particulares, atingiu-se aquele que é o montante mais elevado desde junho de 2015. O montante concedido às famílias através de empréstimos subiu, no mês de fevereiro, para os 121,0 mil milhões de euros, mais 164,9 milhões de euros em comparação com o mês anterior.
A propósito dos empréstimos para habitação, a taxa de variação anual foi de 2,7%, um acréscimo de 0,2 pontos percentuais face a janeiro. Em fevereiro, o montante concedido para esse fim estava fixado nos 95.530,9 milhões de euros. O valor destinado à aplicação em outros fins também subiu nesse mês, para os 6.573,5 milhões de euros.
Porém, à semelhança do que tem sucedido em meses anteriores, os montantes emprestados pelas financeiras para fins de consumo continuam a descer. Em fevereiro, foram concedidos 18.853,7 milhões de euros às famílias para essa finalidade. A taxa de variação anual baixou, aqui, 1,2 pontos percentuais relativamente ao mês anterior, para -1,7%.
(Notícia atualizada às 11h48 com mais informação)
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