Polopique não está interessada em comprar a têxtil Coelima

O administrador do grupo têxtil confirmou ao ECO que não está interessado em comprar a Coelima que entrou em processo de insolvência com um passivo de 29,5 milhões de euros.

A Polopique não está interessada na aquisição da têxtil Coelima, que entrou em processo de insolvência há duas semanas com um passivo de 29,5 milhões de euros, confirmou ao ECO o presidente da empresa, Luís Guimarães.

Fica assim desfeito oficialmente um rumor que circulava desde há dias sobre o futuro da Coelima. À semelhança da Polopique, também as têxteis Mundifios e Lameirinho (em consórcio) e a JF Almeida tinham sido apontadas como potenciais interessadas, mas acabaram por negar o interesse em adquirir a Coelima que conta com 99 anos de história.

O futuro da empresa de têxtis-lar pode passar por uma aquisição por empresários locais, havendo já interessados. No entanto, o Ministério da Economia não revela os nomes. Diz apenas: “Estamos a acompanhar de forma muito próxima a situação e as possibilidades de encontrar soluções empresariais sustentáveis.”

Pedro Pidwell foi nomeado gestor da insolvência com o objetivo de apresentar um plano de recuperação, sendo que o prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias. Pidweel está ligado a processos de grandes empresas, como é o caso da Soares da Costa e Ricon.

O pedido, que identifica 250 credores — incluindo banca, fornecedores e até a empresas irmãs do grupo Moretextile — já foi entregue no Tribunal de Comércio de Guimarães, que decretou a insolvência da têxtil.

Entre os credores, “existem dois particularmente expressivos”: a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Fundo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE), que, no conjunto, “representam aproximadamente 80% do total do passivo extra do grupo da Coelima, por referência a 31 de dezembro de 2020”.

A insolvência foi pedida na sequência da quebra de vendas “superior a 60%” provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas de crédito Covid-19, embora o Banco Português de Fomento tenha confirmado ao ECO que não recebeu qualquer pedido da Coelima para ter acesso às linhas Covid-19.

Com cerca de 250 trabalhadores, a têxtil de Guimarães integra o grupo MoreTextile, que em 2011 resultou da fusão com a JMA e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital.

Depois da restruturação realizada ao longo dos últimos anos, a Coelima esteve perto de ser alienada em março do ano passado, mas a operação acabou por não avançar, num contexto de incerteza gerada com a pandemia.

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