O futuro do trabalho é híbrido. Mas quase 70% das empresas continuam sem estratégia definida
De acordo com a McKinsey, nove em cada dez organizações querem implementar um modelo de trabalho híbrido. No entanto, a maioria delas continua sem um plano de ação.
A generalidade das organizações deixa-o claro: o trabalho num contexto pós-pandemia será híbrido, alternando momento de teletrabalho ou trabalho remoto com momentos de trabalho presencial no escritório. No entanto, se aprofundarmos um pouco mais o tema, os detalhes já não são assim tão claros.
De acordo com o novo inquérito da McKinsey sobre o futuro do trabalho, a produtividade e a satisfação do cliente aumentaram durante a pandemia, o que justifica que nove em cada dez organizações admitam que vão implementar um modelo de trabalho híbrido. Esta decisão contrasta, no entanto, com a falta de preparação para esse novo regime.
“A maioria das organizações apenas começou a pensar e a articular as especificidades de um modelo que mistura trabalho remoto e trabalho no escritório”, lê-se no artigo “What executives are saying about the future of hybrid work” publicado pela McKinsey.
Aliás, segundo o inquérito que a empresa realizou, 68% das empresas não têm mesmo um plano detalhado para o trabalho híbrido, sendo que a maioria diz ter apenas “alguns conceitos discussão” ou uma “visão de alto nível a ser alinhada entre a equipa de topo”.
Segundo a consultora americana, a falta de planeamento por parte dos gestores tem levado os colaboradores a sentirem-se mais “preocupados” e “ansiosos”. Quase metade dos inquiridos (47%) diz que a falta de uma visão clara sobre o trabalho num mundo pós-pandemia é um motivo de preocupação. Abordar a ansiedade e estar atento às preocupações e necessidades dos colaboradores é, para a McKinsey, um fator chave para a produtividade da empresa.
“Neste novo mundo de trabalho remoto, onde raramente vemos os nossos colegas pessoalmente – ou da cintura para baixo – a investigação revela que o humor é uma das forças mais poderosas que uma organização tem para construir uma ligação genuína, de bem-estar e segurança intelectual entre os nossos colegas”, afirma Naomi Bagdonas, professora na Stanford Graduate School of Business, citada no estudo em questão.
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