Presidente do Supremo critica detenções “espetáculo” de Berardo e Vieira
O recém eleito presidente do STJ diz que o sistema dá demasiadas garantias aos arguidos. E critica a justiça espetáculo e a delação premiada prevista na Estratégia Anti-corrupção de Van Dunem.
O novo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henrique Araújo, defende a extinção do Supremo Tribunal Administrativo, quer o crime de enriquecimento ilícito e o fim das manobras dilatórias das defesas por considerar que o sistema processual penal dá demasiadas garantias aos arguidos.
Em entrevista ao Observador, critica ainda a Estratégia Nacional Contra a Corrupção por defender um aprofundamento do direito premial e os mecanismos de acordos de sentença, rejeita a “espetacularidade” quer das detenções de Joe Berardo e de Luís Filipe Vieira quer da leitura da decisão instrutória da Operação Marquês em direto nas televisões decidida pelo juiz Ivo Rosa, defende a criação do crime de enriquecimento ilícito e admite que a criação de um tribunal de julgamento para os grandes casos da criminalidade económico-financeiro pode ser um caminho.
E sublinha que o poder político tem uma opção a tomar no combate à criminalidade económico-financeira: se quer ter uma justiça mais célere, terá de reduzir as garantias de defesa dos arguidos para encontrar um melhor equilíbrio entre a eficácia e os direitos dos arguidos.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Presidente do Supremo critica detenções “espetáculo” de Berardo e Vieira
{{ noCommentsLabel }}