José Luís Carneiro acredita que esquerda “terá razões” para apoiar opções orçamentais do Governo
“A relação com os parceiros parlamentares tem sido uma relação muito construtiva, do ponto de vista do interesse nacional”, disse o secretário-geral adjunto do PS.
O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, disse esta quarta-feira, no Cartaxo, ser seu entendimento que a esquerda parlamentar “terá razões” para “apoiar as opções orçamentais futuras”, porque “estão muito adequadas” àquilo que são as suas preocupações.
Sem querer comentar declarações dos líderes do PCP e do BE sobre o processo negocial para o Orçamento do Estado (OE) para 2022, já que a “articulação” com o Governo é feita pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, José Luís Carneiro frisou que “a relação com os parceiros parlamentares tem sido uma relação muito construtiva, do ponto de vista do interesse nacional”.
“As garantias e os valores do investimento público previsto, por força dos instrumentos europeus, são de tal ordem que, do meu ponto de vista, a esquerda parlamentar terá razões, mas é o meu ponto de vista pessoal, para apoiar as opções orçamentais futuras, porque elas trazem mais investimento público na saúde, na educação, nos transportes e na mobilidade, nas políticas de habitação”, declarou.
José Luís Carneiro acrescentou as medidas de combate à pobreza e às desigualdades e “preocupações que não têm uma inserção direta no orçamento”, como “a questão da dignidade das questões laborais”.
“Há prioridades que estão definidas por parte do Primeiro-Ministro e secretário-geral do Partido Socialista que, do meu ponto de vista, estão muito adequadas àquilo que são as preocupações dos nossos parceiros parlamentares”, declarou.
José Luís Carneiro afirmou que a relação com os parceiros parlamentares tem sido “muito construtiva, do ponto de vista do interesse nacional” e que “a estabilidade política é um valor muito relevante” no momento atual, tanto pela necessidade de “debelar a pandemia”, como para assegurar a aplicação dos fundos europeus disponíveis, num “quadro temporal muito curto”.
“A boa e rápida execução dos fundos europeus disponíveis é um fator muito relevante”, tal como “a estabilidade política é essencial” na criação de “condições para que o país se concentre naquilo que é essencial”, declarou.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, afirmou que houve um “mau começo” nas negociações sobre o OE 2022, enquanto o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, declarou que só falará do orçamento do próximo ano quando o atual estiver executado, o que, disse, ainda não aconteceu.
O secretário-geral adjunto do PS esteve hoje no Cartaxo (distrito de Santarém) para participar na inauguração da sede da campanha do partido para as eleições autárquicas de 26 de setembro.
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