Agricultura: Governo avalia danos do mau tempo no Baixo Mondego
A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro já se deslocou aos terrenos de milho que foram afetados pelo mau tempo para fazer um levantamento dos prejuízos, anunciou o Ministério.
Considerando que “os seguros de colheitas devem ser, cada vez mais, encarados como um instrumento ao dispor dos agricultores, de forma a fazer face aos fenómenos climatéricos extremos cada vez mais frequentes”, o Ministério da Agricultura adiantou, numa nota de imprensa, que os apoios estão dependentes dos danos identificados.
Para que os seguros agrícolas se tornem mais atrativos, a tutela refere, no mesmo comunicado, que procedeu, no início do ano, a um conjunto de ajustamentos, nomeadamente “a alteração da percentagem associada ao Prejuízo Mínimo Indemnizável no sentido da sua redução (de 30% para 20%)”.
O ministério adiantou que também avançou para a implementação de “uma majoração à bonificação do prémio de seguro para 70% para os detentores do Estatuto de Agricultura Familiar e para o alargamento do período de cobertura do milho grão até 30 de novembro, assegurando que a data de fim da cobertura possa ser acordada para cada apólice, como há muito reivindicado pelo setor”.
Segundo a tutela, foi ainda introduzida a cultura milho para silagem no sistema de seguros de colheita, com impacto muito relevante nas explorações pecuárias associadas à produção de leite”.
O Ministério da Agricultura informa ainda que, nas últimas três campanhas (2018, 2019 e 2020), através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), procedeu ao “pagamento de mais de 30 milhões de euros de apoio aos prémios de seguro contratados, no contexto dos seguros de colheitas, sendo que este valor não inclui os pagamentos realizados no âmbito do seguro vitícola de colheitas”.
A chuva intensa que atingiu o Baixo Mondego, na segunda-feira ao final da tarde, afetou uma “vasta área de produção de milho”, disse à agência Lusa o coordenador da ADACO – Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, Isménio Oliveira.
Numa nota de imprensa enviada à Lusa, a ADACO referiu que, dos cerca de nove mil hectares de milho no Baixo Mondego, cerca de 50% da colheita está em risco de se perder, principalmente entre Coimbra e Carapinheira, por estar deitado e muito dele ainda em verde”.
A ADACO pediu a intervenção “urgente” do Ministério da Agricultura para que faça “um levantamento exaustivo da área afetada” e tome “medidas de apoio para os agricultores prejudicados”.
Segundo a mesma nota, a ADACO revelou que irá pedir “uma reunião urgente com a Direção Regional de Agricultura em Coimbra, para reclamar da tomada das medidas necessárias inerentes aos prejuízos”, que, segundo diz, não estão cobertos pela maioria dos seguros.
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