“Cuidar é a nova forma de atuar”, diz CEO da Microsoft
Num mundo híbrido, a liderança deve ser mais cuidadora do que nunca. Empatia e atitude de coach são algumas das competências exigidas aos gestores do trabalho híbrido.
Num mundo do trabalho em que na hora de regressar muitas empresas têm optado por modelos híbridos, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, não tem dúvidas que este novo modelo, em que parte do trabalho é realizado presencialmente e outro tanto de forma remota, vai exigir uma nova postura das lideranças. “Cuidar é a nova forma de atuar”, diz o gestor da tecnológica. Nos Estados Unidos, a companhia adiou o regresso ao escritório por causa da variante Delta.
“Os líderes precisam de se esforçar para criar e manter a união. A flexibilidade é o que as pessoas desejam, mas é preciso ser capaz de perceber essa flexibilidade, e depois ser capaz de estar realmente em contacto com as pessoas. Isso é que é cuidar”, afirma Satya Nadella, citado pelo Silicon Republic (acesso livre, conteúdo em inglês).
Esta nova tarefa, num mundo híbrido, faz com que novas competências sejam exigidas também aos líderes. A empatia é, para Satya Nadella, a característica mais procurada entre os gestores.
O CEO da Microsoft destaca também a importância de ter uma certa mentalidade de coaching, algo que pode revelar-se fundamental sobretudo neste período de transição, a que Nadella apelida de “o paradoxo dos híbridos”.
Paradoxo porque descreve a complexidade de encontrar o equilíbrio no trabalho híbrido. “Enquanto a maioria dos trabalhadores quer voltar a ter contacto pessoal uns com os outros, a maioria também quer manter a flexibilidade”, explica o líder da gigante sediada em Washington (EUA).
Em Portugal, a Microsoft está ainda a “avaliar” o modelo de regresso ao escritório dos mais de mil trabalhadores em território nacional. “Desde o início da pandemia e, neste momento, todos os colaboradores em Portugal ainda se encontram a trabalhar remotamente e a avaliar a forma como voltarão ao escritório”, adiantava fonte oficial da Microsoft à Pessoas, sem mais detalhes sobre eventuais requisitos exigidos pela companhia para o regresso ao trabalho presencial, nos últimos dias de agosto.
Lá fora, dada a incerteza da Covid-19, a empresa decidiu voltar a adiar o regresso, mas desta vez não vai prever quando vai abrir portas. “Decidimos, contra a tentativa de prever uma nova data para uma reabertura completa dos nossos locais de trabalhos nos Estados Unidos, abrir assim que o possamos fazer em segurança, com base nas orientações de saúde pública”, avança Jared Spataro, CVP for modern work da Microsoft.
Quando chegar esse momento, a tecnológica comunicará o regresso aos seus colaboradores com “um período de transição de 30 dias”, que dará “tempo aos funcionários para se prepararem”. “Continuaremos a ser ágeis e flexíveis, enquanto olhamos para os dados e fazemos escolhas para proteger a saúde, a segurança e o bem-estar dos funcionários”, finaliza Jared Spataro.
Além disso, desde agosto que a companhia está a exigir a vacinação completa a qualquer pessoa que queira entrar nos escritórios da empresa. Uma realidade que não se aplica a Portugal, onde a vacina não é obrigatória.
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