Wall Street recupera confiança e fecha melhor semana desde junho

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

As vendas retalhistas em setembro mostraram uma subida sólida e inesperada de 0,7%, em termos mensais, dando maior confiança aos investidores.

A bolsa nova-iorquina confirmou esta sexta-feira a recuperação da confiança e fechou a sua melhor semana desde junho, graças aos resultados trimestrais das empresas conhecidos e a estatísticas económicas consideradas positivas.

Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 1,09%, para os 35.294,76 pontos, fechando acima dos 35 mil pontos pela primeira vez desde há seis semanas.

O tecnológico Nasdaq avançou 0,50%, para as 14.897,34 unidades, e o alargado S&P500 subiu 0,75%, para as 4.471,37 unidades.

As ações acabaram em alta, “com os investidores a digerirem uma nova série de resultados de empresas e informação económica positiva”, sintetizaram os analistas do Wells Fargo.

No conjunto da semana, baseado sobretudo nos lucros sólidos dos bancos, que iniciaram a época de divulgação de resultados do terceiro trimestre, o Dow Jones progrediu mais de 1,50% e está apenas um por cento abaixo do seu último recorde.

O Nasdaq, por seu lado, tem uma subida semanal superior a dois por cento e o S&P500 mais de 1,80%.

Depois de terem aberto a época dos resultados na quinta-feira, “os bancos definiram a cadência”, resumiu Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.

O seu desempenho trimestral traduziu-se em valorizações relevantes posteriores, como, no dia de hoje, Goldman Sachs (3,80%), Wells Fargo (6,84%), Citigroup (2,15%) e Bank of America (2,91%).

“Alguns títulos tecnológicos também subiram, apesar da elevação dos rendimentos obrigacionistas” em reação à progressão surpreendente das vendas do comércio retalhista em setembro, alimentada pela subida dos preços, sublinhou o economista da Spartan Capital.

Segundo o Departamento do Comércio, as vendas retalhistas em setembro mostraram uma subida sólida e inesperada de 0,7%, em termos mensais, uma vez que se esperava uma baixa de 0,3%. E o crescimento em agosto foi revisto em alta, para 0,9%.

Face a estes números positivos do consumo, locomotiva da economia dos EUA, os rendimentos dos títulos de dívida pública a 10 anos subiram de 1,5107% para 1,5685%.

Entre os outros indicadores, os investidores ignoraram a diminuição do ritmo de crescimento da atividade industrial na região de Nova Iorque, bem como a debilidade apresentada pela confiança dos consumidores, refletida no índice construído pela Universidade do Michigan.

Já as ações do setor turístico beneficiaram com o anúncio feito pela Casa Branca da data de levantamento das restrições às viagens internacionais, incidentes sobre as pessoas vacinadas, estabelecida em 08 de novembro.

Assim, a TripAdvisor avançou 1,42%, a Expédia 1,84%, o Marriott International 3,11% e o Hilton Worldwide Hildings 2,05%.

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PS insiste em continuar negociações na especialidade com “equilíbrio e bom senso”

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

José Luís Carneiro diz que o PS sempre fez um esforço para melhorar e aperfeiçoar o OE, mas isso só pode acontecer na discussão em especialidade. "Primeiro tem de ser aprovado na generalidade", disse.

O secretário-geral adjunto do PS insistiu esta sexta-feira na continuação das negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) na especialidade, considerando que ainda há disponibilidade para discutir alterações propostas pelos parceiros, mas com “equilíbrio e bom senso”.

O PS e o Governo têm desde há muito, e já com provas dadas, feito um esforço para ir ao encontro de propostas de melhoria e de aperfeiçoamento do Orçamento do Estado, que agora terá um momento apropriado em sede de discussão na especialidade. Primeiro tem de ser aprovado na generalidade e depois entramos numa nova fase”, referiu José Luís Carneiro, no final de uma audiência com o Presidente da República sobre o orçamento, no Palácio de Belém, em Lisboa.

O dirigente socialista remeteu mais do que uma vez o processo para a fase da especialidade, o que implica a aprovação da proposta na generalidade, enquanto respondia às questões colocadas pelos jornalistas.

José Luís Carneiro reforçou a intenção do PS em “apreciar as propostas” dos parceiros, mas com o propósito de “encontrar os pontos de equilíbrio e de bom senso para que mereça o apoio dos partidos políticos” que têm suportado o PS no parlamento.

Contudo, defendeu que “sempre que se avança surgem novas matérias”, sustentado que isso não impede a negociação atendendo “ao princípio do equilíbrio das contas públicas e a garantia de que o país consegue reduzir a sua dívida pública”.

Ladeado pela líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, e pelo secretário nacional adjunto, Pedro Cegonho, o secretário-geral adjunto completou que houve sempre “uma abertura muito significativa” alinhada com os interesses do país, e que há disponibilidade, para, além do Orçamento do Estado, dialogar “com os partidos políticos que têm suportado politicamente o Governo em matérias que são cruciais”.

Entre estes assuntos, sublinhou, está a discussão “sobre o estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

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Movimento nos aeroportos portugueses sobe 2,3% até setembro

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

Na comparação com 2020, o aeroporto de Lisboa caiu 8,8% e o do Porto 2,2%, tendo todos os outros aeroportos subido, com destaque para os Açores.

O número de passageiros que passou pelos aeroportos portugueses aumentou, em termos homólogos, em 2,3%, para 15,2 milhões até setembro, adiantou em comunicado a Vinci, que detém a ANA – Aeroportos de Portugal.

Ainda assim, revelou o grupo, este valor é 66,7% inferior ao registado no mesmo período de 2019, com a maior queda a verificar-se no aeroporto de Lisboa, que, com pouco mais de sete milhões de passageiros, verificou uma queda de 70% face a 2019.

Na comparação com 2020, Lisboa caiu 8,8% e o Porto 2,2%, tendo todos os outros aeroportos subido, com destaque para os Açores, com um aumento de 64,9% (1,17 milhões de passageiros).

Em Faro, o crescimento foi de 14,5% (2 milhões de passageiros) e na Madeira de 41,2% (1,3 milhões de passageiros).

“Em Portugal, o número de passageiros praticamente duplicou neste verão em comparação com o verão passado”, indicou a empresa, na mesma nota, ressalvando que “desceram 46% em relação ao verão de 2019”.

“O tráfego no Porto em agosto foi bastante dinâmico (-35%), com algumas rotas a atingirem ou ultrapassarem os níveis de 2019 (Zurique +16%, Luxemburgo +6%, Madeira +32%)”, disse a Vinci na mesma nota.

Por sua vez, “o tráfego no Aeroporto do Funchal (Madeira) está quase de volta ao nível de 2019 (5% menos em agosto)”, afirmam.

A empresa referiu que “a tendência abrandou em setembro, mas a decisão de abrir as fronteiras a turistas do Brasil em 1 de setembro e de flexibilizar as restrições ao tráfego transatlântico de e para os Estados Unidos deve estimular a procura de voos este inverno”, indicou.

Em termos de movimentos comerciais, atingiram os 159.397, um aumento de 12,1% face a 2020 e uma queda 51,8% em relação a 2019.

No total da rede da Vinci, que detém aeroportos um pouco por todo o mundo, foram movimentados 53,8 milhões de passageiros, uma redução de 14,3% face a 2020.

“A recuperação do tráfego no verão de 2021 confirmou que a tendência é o regresso aos níveis pré-crise. Os números subiram acentuadamente em França, Portugal, Sérvia, Irlanda do Norte, Brasil e Chile e voltaram mesmo aos níveis de 2019 na Costa Rica e na República Dominicana”, disse o grupo.

“O facto de a pandemia estar sob controlo na maioria dos países e a introdução do Certificado Covid da UE levou a várias decisões de reabertura parcial de fronteiras”, indicou a Vinci.

“A tendência estabilizou em setembro, em comparação com julho e agosto, mas espera-se que volte a subir uma vez que as restrições sejam mais flexibilizadas”, lê-se na mesma nota.

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BE diz que “Governo ainda não deu nenhum passo negocial” para o OE2022

Catarina Martins reitera que o BE mantém a "vontade" e "disponibilidade" para negociar o Orçamento do Estado, mas diz que o "Governo ainda não deu nenhum passo negocial".

Catarina Martins reitera que o Bloco de Esquerda (BE) mantém a “vontade” e “disponibilidade” para negociar o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), no entanto, assegura que o “Governo ainda não deu nenhum passo negocial”.

“O BE tem vontade e disponibilidade para que haja um orçamento que responda às necessidade do país“, disse a coordenadora do BE, à saída da audiência com o Presidente da República, em declarações transmitidas pela RTP3.

Nesse sentido, a líder bloquista diz que transmitiu essa “vontade” e “disponibilidade” ao Chefe de Estado e que reduziu as exigências do BE “a nove propostas em três áreas diferentes: o trabalho, a saúde e a Segurança Social”, por forma a “facilitar o processo negocial”.

Não obstante, Catarina Martins diz que “o Governo ainda não deu nenhum passo negocial”, apesar de sublinhar que “ainda tem tempo para dar esses passos”. “Um governo minoritário tem que negociar e nós esperamos que o Governo o faça”, sinaliza.

Em resposta às declarações do primeiro-ministro, que tinha referido esta sexta-feira que a aprovação do OE não se prende com questões formais, apesar de não ter excluído um “acordo escrito” (tal havia sido pedido pelo BE), Catarina Martins assegura ainda que o partido “não se prende com questões formais”, mais deixa o aviso: o BE quer “é que o acordado tenha uma redação concreta no Orçamento do Estado”, para que “a que depois haja uma execução daquilo que é aprovado”, acrescentou.

Questionada sobre se o país está mais próximo de ter eleições antecipadas, a bloquista assegura que “não há nenhuma razão para o país não ter um Orçamento do Estado aprovado”.

Na perspetiva de Catarina Martins “basta o Governo ter vontade de negociar o Orçamento do Estado em matérias que são muito simples, muitas delas sem nenhum impacto orçamental e que são fundamentais para o país”, concluiu.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h32)

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SPD mais perto de formar coligação semáforo na Alemanha

O Partido Social-Democrata, os Verdes e os liberais do Partido Democrático Liberal chegaram a um acordo preliminar para formar Governo na Alemanha.

O Partido Social-Democrata (SPD), liderado por Olaf Scholz, os Verdes e os liberais (FDP) alcançaram um acordo preliminar para formar Governo na Alemanha. “Um novo começo é possível com os três partidos a unirem-se“, afirmou o ministro das Finanças de Angela Merkel, que é apontado como o futuro chanceler da Alemanha, após o SPD ter sido o partido mais votado nas eleições do mês passado.

Este pré-acordo, de 12 páginas, foi alcançado na ronda de negociações preliminares, sendo que será votado no fim de semana pelos respetivos partidos para depois dar início às negociações formais desta coligação “semáforo”. “É um acordo muito bom, necessário para levar a cabo a modernização de que a Alemanha tanto precisa”, sublinhou ainda Olaf Scholz, em conferência de imprensa esta sexta-feira.

Segundo a Reuters, estes três partidos concordaram em pontos importantes como o papel central da parceria transatlântica e da NATO na segurança alemã, bem como na necessidade de fortalecer a União Europeia.

Entre os outros pontos acordados está a eliminação gradual do carvão para gerar eletricidade até 2030. Além disso, os partidos parecem “menos flexíveis” quanto à reforma das regras orçamentais consagradas no Pacto de Estabilidade e está previsto o regresso ao travão constitucional da dívida pública.

Os resultados oficiais deram ao SPD a vitória nas eleições parlamentares alemãs, com 25,7% dos votos e 206 deputados eleitos. O partido liderado por Olaf Scholz conseguiu assim interromper o ciclo de quatro escrutínios seguidos em que a união entre a CDU e a CSU foi sempre a mais votada. Com 18,9%, os democratas-cristãos registam o pior resultado de sempre e ficam-se pelos 151 deputados.

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Armazenamento de gás “é mais do que suficiente” para as necessidades”, diz Galamba

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

"Ao contrário da generalidade dos países europeus, Portugal depende menos do gás para o aquecimento doméstico, muito menos que a generalidade dos países”, disse Galamba.

O Secretário de Estado Adjunto e da Energia afirmou esta sexta-feira que o armazenamento de gás do país é “mais do que suficiente para satisfazer as nossas necessidades para o inverno”.

A garantia foi deixada por João Galamba após a apresentação, no Seixal, do primeiro projeto em Portugal de injeção de hidrogénio verde na rede de gás, quando confrontado com o facto de, segundo a Rede Europeia de Operadores de Sistemas de Transmissão de Gás (ENTSOG), Portugal ser atualmente o país da União Europeia (UE), entre os 18 que têm armazenamento de gás, com reservas mais baixas, que estão em cerca de metade.

“Com a informação que temos, as reservas que existem são mais do que suficientes para satisfazer as nossas necessidades para o inverno. As necessidades de armazenamento de gás decorrem da legislação portuguesa, estão previamente definidas e são feitas com base nos consumos e na sazonalidade do gás. Ao contrário da generalidade dos países europeus, Portugal depende menos do gás para o aquecimento doméstico, muito menos que a generalidade dos países”, referiu.

O Secretário de Estado Adjunto e da Energia lembrou que a sazonalidade do consumo de gás é diferente de país para país e deu como exemplo os Países Baixos.

“É normal que a generalidade dos países europeus tenha que se abastecer fortemente para o consumo de gás no inverno. Sem desvalorizar os problemas e riscos que o inverno implica para os nossos consumos energéticos, Portugal tem uma sazonalidade oposta. Não temos as mesmas necessidades de consumo em janeiro que tem os Países Baixos em que praticamente todas as famílias dependem do gás para sobreviver ao inverno. Em Portugal não é assim”, sublinhou.

Apesar de reconhecer que existem regiões no país em que o abastecimento de gás é mais importante do que noutras, João Galamba frisa que a legislação define quais os níveis de reservas necessárias.

Obviamente que há zonas do país em que o gás é muito importante, mas nós não temos as mesmas necessidades, portanto as nossas necessidades de armazenamento foram definidas por lei com base no perfil consumo e nas necessidades que o país tem”, disse.

Refira-se que no documento da ENTSOG a que Lusa teve quinta-feira acesso, as perspetivas de abastecimento para este inverno, datado do início de outubro indica que os níveis de armazenamento de gás em Portugal estão em 49,82%, a percentagem mais baixa na UE.

De acordo com os dados da ENTSOG, o país tem agora 1,78 terawatt-hora (TWh) de energia armazenada, de um total de 3,57 TWh de capacidade. A seguir a Portugal, os níveis mais baixos de armazenamento de gás registam-se na Áustria (53,25%), na Holanda (58,39%) e na Alemanha (67,96%), abaixo da média europeia de cerca de 75%.

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#34 Dez mistérios num POC, o processo orçamental em curso

  • ECO
  • 15 Outubro 2021

O Mistério das Finanças tem um segundo episódio especial sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022. Ou melhor, sobre um POC, o processo orçamental em curso.

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Na semana de apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2022, O Mistério das Finanças tem mais um episódio especial, com dez mistérios, o último dos quais o mais importante: A proposta de Orçamento vai passar no Parlamento? Os jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro fazem mais nove perguntas, dos impostos à política de apoio às empresas, do englobamento de impostos.

O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, disponível nas plataformas habituais, em Spotify e Apple Podcasts.

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Matos Fernandes descarta medidas adicionais para atenuar subida dos preços

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

"A nossa grande preocupação aqui era essencialmente a indústria, que tem que manter a sua competitividade", disse o ministro do Ambiente.

O Ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, disse esta sexta-feira que “não vai haver necessidade” de falar de medidas adicionais para atenuar a subida dos preços da eletricidade “nos meses mais próximos”.

Em declarações à Lusa, o governante disse que o anúncio de atualização tarifária realizado pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos “confirmou o que era a expectativa para a tarifa do mercado regulado doméstico. Em relação à redução da tarifa de acesso às redes, a ERSE superou a nossa expectativa conseguindo ainda reduzir o défice tarifário”, indicou, concluindo que “sobre medidas de apoio à eletricidade não vai haver necessidade de falar nos meses mais próximos”.

O preço da eletricidade para os consumidores do mercado regulado deverá subir 0,2% no próximo ano face à média do ano em curso, segundo a proposta da ERSE.

Mas, se considerados os dois aumentos intercalares de preços ocorridos este ano, as tarifas propostas para 2022 representam uma descida de 3,4% em janeiro de 2022 face a dezembro de 2021.

Paralelamente, as tarifas de acesso às redes, incluídas nas tarifas de venda a clientes finais, vão recuar entre 52% e 94% no próximo ano, segundo a proposta da ERSE.

“Aquilo de que temos uma profunda convicção, e que vimos agora confirmado pela ERSE, é que as medidas de política que tomamos e temos vindo a tomar há anos vão mesmo no sentido certo. Esta aposta declarada nas renováveis é hoje o nosso melhor seguro de preço, em relação ao que pode ser o aumento do preço da eletricidade, quando tem fontes não renováveis como seja o gás natural”, disse Matos Fernandes.

O ministro garantiu ainda que “o mercado não regulado tem sempre o hábito de ir atrás do regulado ou ter até tarifas melhores” e que “é por isso que as pessoas saíram do mercado regulado para o não regulado”.

A nossa grande preocupação aqui era essencialmente a indústria, que tem que manter a sua competitividade”, sublinhou, apontando “as almofadas extra que foram constituídas por decisão do Governo, utilizando saldos transitados, nomeadamente do fundo ambiental” que se destinavam “apenas à média e alta tensão ou seja às tensões usadas pela indústria”.

Conseguimos uma redução nas tarifas de acesso às redes que chegam a representar 60% da tarifa que é paga por cada consumidor, seja ele particular ou industrial e chegar a valores de redução de 94% da média e alta tensão” destacou, salientando que este “é um resultado muito positivo que amortecerá ou poderá mesmo inverter aquilo que é o aumento da outra parcela, do custo da energia”.

O ministro disse ainda que “cabe aos industriais fazerem contratos o mais prolongados possível”, dizendo-se confiante de que esta “alta [nos preços] se vai esbater no primeiro trimestre do próximo ano”.

Matos Fernandes recusou ainda que o Governo esteja a criar mais défice tarifário, apontando os dados hoje divulgados pela ERSE, de redução, no final de 2022, para 1,7 mil milhões de euros.

Em 21 de setembro João Matos Fernandes, em conferência de imprensa, no seu ministério, em Lisboa, anunciou um conjunto de medidas para atenuar a subida do preço da eletricidade junto dos consumidores, como a eliminação do sobrecusto da Produção em Regime Especial Renovável (PRE), que passará a ser um sobreganho, num valor que ascende a 250 milhões de euros, e a eliminação do sobrecusto com o Contrato de Aquisição de Energia (CAE) da central termoelétrica a carvão do Pego, gerando uma poupança anual de 100 milhões de euros.

Adicionalmente, a revogação do mecanismo de interruptibilidade gera uma poupança anual de 100 milhões de euros e a consignação das receitas decorrentes da venda de licenças de dióxido de carbono (CO2), no valor estimado de 270 milhões, resulta numa receita adicional de 120 milhões, face à receita inicialmente orçamentada no Fundo Ambiental, de 150 milhões de euros.

Por fim, há ainda a ‘almofada’ da consignação das receitas decorrentes da contribuição extraordinária sobre o setor energético, no valor estimado de 110 milhões de euros, ascendendo o montante total a 680 milhões, o que garante uma redução das tarifas de acesso às redes de 13%.

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Sucessora de Alitalia já procura novo acionista

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Outubro 2021

A Italia Trasporto Aereo, sucessora da Alitalia, espera encontrar um novo acionista até ao fim do próximo ano, estando já em curso discussões com a Delta Air Lines, dos EUA, para uma possível aliança.

A Italia Trasporto Aereo, que sucede à Alitalia enquanto companhia aérea estatal de Itália, está à procura de uma grande transportadora para acionista. O presidente da empresa, Alfredo Altavilla, espera concretizar um acordo “até ao final de 2022”, revela a Bloomberg.

A nova companhia aérea italiana iniciou atividade esta sexta-feira após o encerramento da sua antecessora, mas é demasiado pequena para sobreviver como empresa autónoma. Segundo Altavilla, a gestão atual da transportadora está a ser feita de uma forma que a tornará atrativa para grandes grupos de companhias aéreas ou da Europa ou de outra região, como os Estados Unidos. “Não quero certamente ir além” do próximo ano para fechar um acordo, acrescentou.

Altavilla disse ter sido abordado por todas as principais transportadoras aéreas da Europa e pela Delta Air Lines dos EUA. O CEO desta última, Ed Bastian, disse este mês que estão a decorrer discussões sobre uma possível aliança. Ao mesmo tempo, uma porta-voz da companhia alemã Deutsche Lufthansa AG afirmou continuar interessada numa parceria comercial. O grupo aéreo alemão está impedido de comprar mais de 10% de outra companhia aérea até ter reembolsado a totalidade dos seus 9 mil milhões de euros (10,4 mil milhões de dólares) de ajuda estatal, um processo que pretende concluir até ao final do ano.

Este plano tem estado em cima da mesa desde que o Governo italiano, liderado por Mario Draghi, contactou Alfredo Altavilla para liderar a nova companhia aérea, designada ITA Airways. A nova marca destina-se a assinalar uma rutura com o passado da Alitalia.

 

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Negociações do OE2022 com o Governo sem “grande evolução”, diz PCP

"Creio que posso afirmar que não tem havido grande evolução", avança Jerónimo de Sousa, sobre as negociações orçamentais, à saída de uma reunião com o Presidente da República.

O PCP considera que “não tem havido grande evolução” nas negociações com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2022, cuja aprovação ainda não está garantida. À saída de uma reunião com o Presidente da República, Jerónimo de Sousa assegurou, contudo, que os comunistas continuarão “empenhados em encontrar respostas” até à votação na generalidade da proposta apresentada pelo Executivo no Parlamento, o que acontecerá a 27 de outubro.

Creio que posso afirmar que não tem havido grande evolução“, afirmou o secretário-geral do PCP, quando questionado sobre as negociações orçamentais. No início da semana, João Oliveira anunciou que, como está, o OE2022 merece o voto contra dos comunistas, embora tenha sublinhado que há ainda tempo para encontrar soluções.

Já esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião com o chefe de Estado, Jerónimo de Sousa explicou que, no encontro, reafirmou as “questões centrais” para o PCP, nomeadamente a valorização dos salários e pensões, as creches, o reforço dos serviços públicos e as questões da habitação. “As nossas propostas são fundamentais e a sua ausência ou recusa é que podem levar a esse descontentamento social”, atirou o comunista, que revelou que Marcelo Rebelo de Sousa teve “a máxima compreensão” pelo seu posicionamento sério “de querer resolver problemas e encontrar as respostas que o país precisa”.

Jerónimo de Sousa sublinhou, por outro lado, que não tem havido as respostas necessárias aos portugueses e criticou as propostas apresentadas pelo Governo para flexibilizar o recurso à arbitragem na negociação coletiva de modo a prevenir a sua caducidade. “A questão da caducidade deve ser revogada“, defendeu o comunista. Esta é, de resto, uma das reivindicações recorrentes do PCP e dos sindicatos, mas até agora o Governo (e o PS) tem optado por manter a possibilidade da caducidade na legislação laboral.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 vai a votos, na generalidade, a 27 de outubro. Além do PCP, também o Bloco de Esquerda, o PSD, o CDS-PP, o Iniciativa Liberal e o Chega já anunciaram que irão votar contra.

(Notícia atualizada às 19h51)

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Vacinas contra a gripe e Covid-19 começam a ser dadas em simultâneo na segunda-feira

A administração em simultâneo da vacina contra a gripe e da vacina contra a Covid-19 vai começar esta segunda-feira, dia 18 de outubro, informou a Direção-Geral da Saúde.

A administração em simultâneo da vacina contra a gripe e da vacina contra a Covid-19 vai começar na próxima segunda-feira, dia 18 de outubro, informou a Direção-Geral da Saúde.

Em nota de imprensa, a autoridade da saúde aponta que “esta medida visa facilitar a adesão à vacinação no âmbito das campanhas de vacinação contra a gripe e contra a Covid-19”. A coadministração destas vacinas recebeu “luz verde” após a análise dos dados disponíveis pela Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC), que mostraram que há uma “segurança aceitável” após a toma de ambas as doses.

Ao mesmo tempo, os dados analisados sugerem “a manutenção da eficácia de ambas as vacinas, uma vez que, até à data, não existe evidência de alteração da resposta imunológica“, lê-se na mesma nota.

A DGS indica ainda que cada vacina deve ser administrada em partes diferentes do corpo, “salvo casos excecionais”, devendo os utentes ser informados sobre as possíveis reações adversas e podendo optar pela inoculação em dias diferentes.

(Notícia atualizada às 19h54)

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Países Baixos vão reduzir impostos para compensar faturas da luz e gás

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

A medida vai custar cerca de 3.200 milhões de euros, 2.700 milhões destinados a indemnizações a cada habitação e 500 milhões às pequenas e médias empresas.

O Governo dos Países Baixos anunciou esta sexta-feira que vai reduzir os impostos em janeiro de 2022, defendendo que a medida irá permitir poupar uma média de 400 euros anual aos agregados familiares, compensando as faturas do gás e eletricidade.

Segundo a secretária de Estado da Economia em funções, Dilan Yesilgoz, a medida, de acordo com os cálculos do executivo, custará aos cofres públicos cerca de 3.200 milhões de euros, 2.700 milhões deles destinados a indemnizações a cada habitação e 500 milhões às pequenas e médias empresas (PME).

Yesilgoz salientou que as reduções serão aplicadas durante um ano.

A despesa envolverá uma “indemnização substancial” e o seu valor específico por domicílio vai depender do tipo de contrato que estiver definido e do tamanho da residência.

Optamos por uma medida ampla, para que as pessoas que não precisam também sejam beneficiadas. Mas tinha de ser feito de maneira adequada e rápida, porque uma medida mais complicada teria levado muito tempo”, afirmou Yesilgoz em declarações à imprensa local.

Por outro lado, o executivo de Haia vai atribuir 150 milhões de euros adicionais para um programa de isolamento térmico das habitações, a acrescentar aos 500 milhões já anunciados há um mês, rubrica que será gerida pelas Câmaras Municipais.

Nos Países Baixos estima-se que a subida dos preços do gás e da eletricidade nos mercados internacionais signifique um aumento da fatura energética de até 900 euros por ano por agregado familiar, o que tem levado o Parlamento a pressionar o executivo para tomar medidas urgentes.

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