Paulo Rangel recusa “suspender” democracia interna do PSD para preparar legislativas
“Vivemos um momento histórico: os militantes do PSD têm na sua mão o poder de, ao mesmo tempo que elegem o seu líder, escolher o próximo primeiro-ministro de Portugal”, sublinha o eurodeputado.
O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel escreveu esta terça-feira aos militantes a defender que o partido não precisa de “suspender” as eleições diretas para preparar as legislativas, apelando aos sociais-democratas que honrem a sua “tradição democrática e plural”.
“Vivemos um momento histórico: os militantes do PSD têm na sua mão o poder de, ao mesmo tempo que elegem o seu líder, escolher o próximo primeiro-ministro de Portugal”, sublinha o eurodeputado.
Um dia depois de a direção de Rui Rio ter escrito aos militantes com um novo apelo à reflexão sobre a realização de eleições diretas neste momento de crise política – considerando-as “totalmente desajustadas” –, Rangel defendeu o contrário.
“O PSD tem de honrar a sua tradição democrática e plural, tem de olhar para as eleições internas como um momento para debater o país e preparar as legislativas. Não precisamos de ‘suspender’ a democracia para ganharmos as legislativas”, considerou.
Pelo contrário, defendeu, é necessário que “o novo líder do PSD esteja legitimado pelos militantes e com o mandato para disputar de igual para igual e em plena força as eleições gerais, tornando-se no chefe do Governo” do país.
As diretas no PSD estão marcadas para 4 de dezembro e, no próximo sábado, vai reunir-se o Conselho Nacional do partido, em Aveiro, para analisar a situação política e um pedido de antecipação do Congresso por parte de dirigentes distritais e conselheiros (na maioria apoiantes de Rangel) de janeiro para entre 17 e 19 de dezembro.
Rio tem-se manifestado contra a realização das diretas face à proximidade das legislativas – cuja data ainda não está marcada -, mas ainda não esclareceu se irá avançar com uma nova proposta formal de adiamento, depois de o Conselho Nacional ter rejeitado essa ideia na última reunião em outubro, ainda antes do ‘chumbo’ do Orçamento do Estado.
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