Depois de Costa, Rio promete reduzir impostos se for primeiro-ministro
António Costa prometeu incluir as propostas do OE2022 no programa eleitoral e aplicá-las com retroativos se ganhar eleições. Rui Rio também quer reduzir impostos se for primeiro-ministro.
Primeiro terá de vencer as eleições internas a Paulo Rangel a 27 de novembro, mas Rui Rio já promete aos portugueses uma redução dos impostos se for primeiro-ministro. Numa conferência de imprensa onde anunciou que vai concentrar-se na oposição ao PS e desligar-se da disputa interna, o presidente do PSD garantiu que fará um “esforço enorme” para prever uma descida da carga fiscal no programa eleitoral social-democrata.
Esta promessa — a única referida por Rio nas respostas aos jornalistas — chega depois de António Costa ter dito esta segunda-feira, em entrevista à RTP, que irá transformar as medidas do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022), que foi chumbado, em promessas eleitorais, como é o caso do aumento mensal extra de 10 euros para os pensionistas que auferem até 1.097 euros ou a redução do IRS através da criação de dois novos escalões e a mudança das taxas marginais.
“Uma das coisas que todos sabem é que vamos fazer um esforço enorme para poder propor, não tenham dúvidas nenhumas: a redução da carga fiscal“, garantiu Rui Rio esta terça-feira, ressalvando que não sabe “dizer exatamente” quanto e em que impostos essa redução será sentida. Esse é um trabalho que terá de fazer nas próximas semanas, daí ter anunciado que vai focar-se inteiramente nas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro em vez de entrar na troca de acusações com Rangel.
No que toca à redução dos impostos, o presidente do PSD diz que é necessário “fazer as contas, avaliar as projeções económicas, ver como o país fica com duodécimos e depois com o Orçamento para 2022”. É algo que “tem de ser feito com responsabilidade”, acrescentou, argumentando que as promessas eleitorais do PSD têm de ser exequíveis para não defraudar os eleitores.
No sábado, o Expresso revelou que o PSD irá atualizar a proposta de reduzir 3,7 mil milhões de euros em impostos para os cidadãos e empresas que constava no programa eleitoral das legislativas de 2019, adaptando-o à nova realidade económica e financeira do país pós-pandemia. Porém, Joaquim Miranda Sarmento, presidente do CEN, deixou claro que a promessa para 2022 pode ser inferior: “Com a dívida pública maior e havendo défice orçamental, a redução de IRS e de IRC que prevíamos pode não ser nos mesmos montantes“, justificou ao semanário.
Na mesma conferência de imprensa, Rio explicou que o Conselho Estratégico Nacional tem “muitos documentos e ideias”, fruto do trabalho realizado desde há quase quatro anos, mas é “preciso selecionar ideias” para decidir o que o PSD proporá aos portugueses em cada área.
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