Bancos denunciam à Justiça suspeitas de fraude com criptomoedas
A Política Judiciária e o Ministério Público estão a receber comunicações das instituições financeiras em Portugal relacionadas com operações com criptomoedas suspeitas de lavagem de dinheiro.
Os bancos portugueses têm vindo a fazer chegar denúncias à Unidade de Informação Financeira (UIF) da Polícia Judiciária e ao Ministério Público, relativas a operações suspeitas em que os fluxos financeiros têm origem em criptomoedas.
A informação é avançada pelo Expresso (acesso pago) na edição deste sábado, citando fontes ligadas à prevenção do branqueamento de capitais. De forma oficial, só a Caixa Geral de Depósitos confirma comunicações relacionadas com operações de risco com criptoativos, nomeadamente “transferência de fundos relacionados com situações de fraude”.
Referenciando Portugal como um paraíso para criptoinvestidores, o semanário lembra que as criptomoedas podem ser convertidas em moeda fiduciária e se o dinheiro for creditado numa conta bancária, o banco deve comunicar essa operação às autoridades, a título preventivo e sem informar o cliente. E se tiver suspeitas sobre a origem do dinheiro, deve até abster-se de aceitar o depósito e esperar orientações das autoridades.
Em maio deste ano, o Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-geral da República (PGR) emitiu um alerta sobre burlas em plataformas online de suposta negociação no mercado de criptomoedas e cambial no valor de milhares de euros, adiantando ter recebido várias denúncias e falando numa “atividade criminosa organizada, de grande dimensão”.
Na altura, o Ministério Público chamou a atenção para o facto de estarem ativas na internet múltiplas páginas fraudulentas que publicitam investimentos em criptomoedas e no mercado cambial de divisas estrangeiras que dizem captar investimentos nestes ativos e prometem grande rentabilidade, recorrendo a métodos agressivos de abordagem, incluindo contactos telefónicos.
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