Dirigentes da Reserva Federal decididos a conter inflação
Os responsáveis da Fed sustentam que o aumento dos preços que se tem visto durante este ano é transitório, apesar de reconhecerem que o aumento dos preços estava a ser superior às expectativas.
Os dirigentes da Reserva Federal (Fed) mostraram-se decididos em responder às pressões inflacionistas, que colocam riscos à economia, durante a reunião do comité de política monetária, realizada no início do mês, mostram as atas divulgadas na quarta-feira.
Na reunião daquele comité (FOMC, na sigla em Inglês), ocorrida em 2 e 3 de novembro, os responsáveis da Fed sustentaram que o aumento dos preços que se tem visto durante este ano é transitório, apesar de reconhecerem que o aumento dos preços estava a ser superior às expectativas.
As minutas são relativas à reunião onde foram votados os primeiros passos para reduzir o apoio massivo a uma economia que estava em recessão no ano passado, depois de encerramentos generalizados para contrariar a progressão da pandemia do novo coronavírus.
Nessa reunião, foram aprovadas reduções no montante das aquisições de obrigações do Tesouro e títulos garantidos com hipotecas, para pressionar as taxas de juro de longo prazo em baixa.
A FOMC aprovou a redução em 15 mil milhões de dólares em novembro e outro tanto em dezembro nas compras mensais de 120 mil milhões de dólares que estava a fazer daqueles ‘papéis’.
A expectativa era a de que estas reduções mensais iriam continuar até que o programa fosse extinto em meados de 2022.
Nos últimos meses, a inflação tem atingido valores nunca vistos desde há décadas.
O presidente, Jerome Powell, e outros dirigentes da Fed têm argumentado que as pressões sobre os preços são transitórias e devem enfraquecer quando problemas como os estrangulamentos nas cadeias logísticas forem resolvidos.
Mas as atas mostram que há uma preocupação crescente que as indesejadas pressões sobre os preços possam durar mais do que pensado, pelo que a Fed deve estar preparada para reduzir as suas compras daqueles títulos mais depressa, ou até começar a subir a taxa de juro de referência mais cedo, para garantir que a inflação não escapa de controlo.
A taxa de juro de referência foi cortada para um intervalo historicamente baixo – entre zero e 0,25% -, na primavera de 2020, quando a Fed estava focada em procurar impedir que a recessão causada pela pandemia se agravasse em espiral.
A próxima reunião do FOMC está prevista para 14 e 15 de dezembro.
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