“Nós não somos uma ilha no mundo”, diz António Costa sobre nova variante
Primeiro-ministro diz que está a ser feita a sequenciação genómica dos vírus detetados nas últimas semanas de forma a perceber se há casos da nova variante no país.
Portugal não regista, até ao momento, qualquer caso da Ómicron, garantiu este domingo o primeiro-ministro. António Costa alertou, no entanto, que Portugal “não é uma ilha”. Se variante for identificada, serão tomadas medidas.
“É uma preocupação para o mundo inteiro. A União Europeia adotou um conjunto de medidas para restrição de viagens num conjunto de países. Nós, como sabem, a partir de terça-feira passa a ser obrigatória a testagem em todos os voos“, começou por apontar António Costa aos jornalistas.
“Já estamos a testar todos os voos provenientes da África Austral. Ainda ontem num dos últimos voos que se realizou de Maputo para Lisboa foram testados todos os passageiros. Estão em quarentena e está a ser feita a sequenciação genómica dos casos detetados nas últimas semanas de forma a detetar se em alguns desses casos já tivemos algumas destas variantes“, explicou.
“Como sabem em vários países europeus foi detetada a presença desta variante. Até agora, em Portugal ainda não. Nós não somos uma ilha no mundo”, alertou. São já seis os países da Europa que confirmaram os primeiros casos da Ómicron: Holanda, Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Itália e, já ao início da tarde, a Dinamarca.
“Esperemos que não [surjam casos], mas está a ser feito o trabalho para, se for feita a identificação, tomarem-se as medidas adequadas”, concluiu o primeiro-ministro.
O relatório de situação da Direção-Geral de Saúde deste domingo dá conta de mais 2.897 casos de covid-19 e 12 mortos. A taxa de incidência a nível nacional manteve-se nos 279,8 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade (Rt) em 1,19.
Nos hospitais estão internados mais 56 doentes com o novo coronavírus, num total de 764. Há uma semana estavam hospitalizados 597 pacientes com covid-19, o que corresponde a um aumento de 167 ou 28%. Nos cuidados intensivos estão os mesmos 104 doentes da véspera, o que compara com 89 no domingo passado.
O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) alertou na quinta-feira que a nova variante do vírus SARS-CoV-2 suscita “sérias preocupações de que possa reduzir significativamente a eficácia das vacinas e aumentar o risco de reinfeções”. Num comunicado sobre a avaliação da ameaça da nova variante, e com base na informação genética atualmente disponível, o ECDC disse que a nova variante detetada na África Austral é a mais divergente (em relação ao vírus original) detetada até hoje.
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