“Impacto do atraso no 5G pode ser largamente minimizado”, diz Manuel Ramalho Eanes
Alguns operadores já avançaram com a oferta de serviços 5G. Mais velocidade e menor tempo de resposta são os impactos mais visíveis, explica Manuel Ramalho Eanes, administrador da Nos.
Numa recente experiência, numa escola de Matosinhos, a Nos conseguiu, com a ajuda do 5G, trazer virtualmente os alunos até ao Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Muitos destes estudantes nunca visitaram a capital e, com a nova tecnologia, passearam pelos corredores do pavilhão, acompanhando o guia que, em Lisboa, lhes apresentou a exposição. Esta é uma entre muitas demonstrações que a Nos tem feito, ao longo dos últimos meses, com vista a mostrar as capacidades do 5G, e o seu impacto na vida das pessoas.
Este impacto é um dos fatores que, Manuel Ramalho Eanes, considera mais motivador para quem trabalha ao nível da oferta de serviços. Em entrevista ao ECO, o administrador da Nos, destaca também o impacto nas empresas e nas cidades. “Vão sentir ganhos de eficiência, ganhos de produtividade, e ganhos de qualidade de experiência para os seus próprios clientes”.
Indústria e logística são, na opinião de Manuel Ramalho Eanes, os setores com maior potencial de retorno quase imediato, com a introdução do 5G. Para dar apenas um exemplo, o administrador fala sobre o piloto realizado no Porto de Leixões, o primeiro porto 5G do país, onde os drones ajudam a fazer uma melhor gestão da entrada e saída dos barcos. Mas outras áreas há, como a saúde ou o retalho, onde os ganhos com a utilização desta tecnologia serão evidentes.
Já sobre a demora na atribuição de licenças 5G em Portugal, Manuel Ramalho Eanes mostra-se otimista quanto à recuperação do atraso com que o país arranca, face aos congéneres europeus. “Foi de facto um atraso grande e lamentável”, salienta. No entanto, o administrador acredita que o impacto será minimizado porque as operadoras não estiveram paradas.
No caso da Nos, revela, o desenvolvimento da rede 5G nunca foi interrompido, assim como os projetos piloto, para famílias, empresas, e cidades, que foram testados, especialmente ao longo do último ano. “Vamos sentir muito menos o atraso. Não estamos um ano atrasados e, no dia seguinte ao dia de atribuição das frequências, a NOS estará no mercado a lançar a sua oferta”, conclui. A oferta foi lançada no dia 26 de novembro.
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