Wall Street soma e segue com S&P 500 a renovar máximos pelo 3.º dia consecutivo

Os principais índices norte-americanos terminaram a semana a "brilhar". S&P 500 renovou máximos pelo terceiro dia consecutivo, enquanto o Dow Jones atingiu novo recorde de fecho.

Wall Street soma e segue. As bolsas norte-americanas terminaram a semana no “verde”, com o S&P 500 e o Dow Jones a renovarem máximos, impulsionados pelos ganhos das cotadas de alto crescimento. Os investidores estão também de olhos postos no arranque da apresentação de resultados, que vai ter início já na próxima semana.

As cotadas consideradas de alto crescimento respiraram de alívio com o recuo das taxas de juro das Obrigações ao tesouro nos EUA. As yields das obrigações norte-americanas a 10 anos estão a recuar dos máximos de 14 meses atingidos no final de março, o que tem provocado uma maior confiança relativamente a um crescimento económico mais ágil do que o esperado.

Ao mesmo tempo, nesta sessão, os investidores digeriram os dados sobre o índice de preços no produtor referentes a março, que aumentaram mais do que o esperado. Os dados revelados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano indicam que o índice de preços ao produtor subiu 1% no mês passado, depois de aumentar 0,5% em fevereiro. No acumulado de 12 meses, este indicador subiu 4,2%, tratando-se do maior aumento desde setembro de 2011, segundo a Reuters.

Muitos investidores preveem que a inflação se agrave com o aumento do ritmo de vacinação do outro lado do Atlântico a impulsionar a recuperação económica. No entanto, os mercados parecem não estar demasiadamente preocupados, já que o presidente da Fed veio garantir que o banco central tem os instrumentos necessários para reagir, caso a inflação avance para “para níveis acima dos quais estamos confortáveis”.

Neste contexto, o índice de referência S&P 500 ganhou 0,75% para 4.128,01 pontos, renovando máximos pelo terceiro dia consecutivo. Ao mesmo tempo, o industrial Dow Jones somou 0,87% 33.794,83 pontos, também um novo máximo. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq valorizou 0,50% para 13.898,26 pontos. No acumulado semanal, o S&P 500 valorizou 2,71%, o Dow Jones 1,96% e o Nasdaq 3,12%.

Nesta sessão, as ações de alto crescimento foram das que mais de destacaram. A título de exemplo, a Apple ganhou 2,02% para 133,00 dólares, a Amazon valorizou 2,21% para 3.372,20 dólares, já a Microsoft somou 1,03% para 255,85 dólares.

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Crime de branqueamento de capitais punido com dois a 12 anos de prisão

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

O crime de branqueamento de capitais, pelo qual José Sócrates vai a julgamento, tem uma moldura pena de 2 a 12 anos. Já o crime falsificação de documentos é punido com um a 5 anos.

O crime de branqueamento de capitais de que o antigo primeiro-ministro José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva vão a julgamento no processo Operação Marquês tem uma moldura penal de dois a 12 anos de prisão.

Em causa, estão verbas de 1,72 milhões de euros entregues pelo empresário e alegado testa-de-ferro a Sócrates, que, segundo a decisão instrutória lida pelo juiz Ivo Rosa no Campus da Justiça, em Lisboa, não configuram o crime de corrupção, por estar prescrito, mas implicam três crimes de branqueamento de capitais.

Além do branqueamento de capitais, Sócrates e Santos Silva estão pronunciados por três crimes de falsificação de documentos. Quanto ao crime de falsificação a lei penal pune o ilícito de um a 5 anos quando for praticado por funcionário (por exemplo, titular de cargo político) e de um a três anos para os restantes casos.

O antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Armando Vara vai, por seu lado, a julgamento no caso Operação Marquês por um crime de branqueamento de capitais, tendo sido ilibado (não pronunciado) dos restantes crimes: um de corrupção passiva de titular de cargo político, um de branqueamento de capitais e dois de fraude fiscal qualificada.

Por seu lado, o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado foi pronunciado por três crimes de abuso confiança, ilícito penal que é punido de um a oito anos quando está em causa “valor consideravelmente elevado”. Na situação de abuso confiança, na forma simples, o Código Penal pune o crime com pena de um a três anos.

Quanto ao crime de detenção de arma proibida, a legislação penal remete para legislação avulsa e varia muito consoante o tipo de arma encontra na posse do arguido. De todo o modo, a pena máxima é de oito anos quando se trata de material militar ou de especial perigosidade.

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Tribunal da Concorrência reduz coimas aplicadas pelo BdP ao Montepio para 2 milhões

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

António Tomás Correia, antigo presidente do Montepio, viu a coima reduzida de 1,4 milhões de euros para 375.000 euros. No total, as coimas foram reduzidas de 5 para cerca de 2 milhões de euros.

O Tribunal da Concorrência reduziu esta sexta-feira de mais de cinco milhões de euros para pouco mais de dois milhões de euros as coimas aplicadas ao Montepio e a sete antigos administradores pelo Banco de Portugal (BdP).

Na sentença sobre os recursos a duas decisões do supervisor, uma de 2019 e outra de 2020, o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, baixou a coima de 2,9 milhões de euros que o BdP aplicou à Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) para um milhão de euros, suspensa em metade do seu valor.

Já o antigo presidente do Montepio António Tomás Correia viu a coima reduzida de 1,4 milhões de euros para 375.000 euros, também suspensa em metade do seu valor, tendo sido absolvido da condenação por irregularidades nos mecanismos de prevenção de branqueamento de capitais e do terrorismo.

No julgamento estavam em causa infrações como incumprimento do dever de implementar um sistema de controlo interno para gestão do risco de crédito e controlo da origem dos fundos dos subscritores de unidades de participação quando tivessem origem nas filiais, ou concessão de crédito a participadas, excedendo 10% dos fundos próprios da instituição, entre outras, ocorridas entre 2012 e 2014, bem como, do processo de 2020 que foi apenso, irregularidades nos mecanismos de prevenção de branqueamento de capitais, em 2015.

Quanto a Almeida Serra, viu a coima de 550.000 euros reduzida para 275.000 euros, também suspensa em metade do seu valor, acabando por receber uma admoestação no processo relativo aos mecanismos de prevenção de branqueamento de capitais.

No caso de Álvaro Dâmaso, a coima passou de 140.000 para 135.000 euros, Eduardo Farinha de 300.000 para 290.000 euros, mantendo Barros Luís a coima de 75.000 euros, todas suspensas em metade do valor.

Os ex-administradores Paulo Magalhães e Pedro Alves Ribeiro, que tinham sido condenados a coimas de 32.000 e 17.500 euros, respetivamente, ficaram com uma admoestação, considerando a juíza Mariana Machado que foi suficiente, como medida de prevenção, a publicidade da decisão e do julgamento.

Redução de coimas mostrou que condenação foi “desproporcionada”, diz Mota Pinto

Os ex-administradores do Montepio que, apesar da redução das coimas, foram esta sexta-feira condenados pelo Tribunal da Concorrência vão recorrer para a Relação, considerando o seu mandatário ter ficado mostrado que a decisão do supervisor era “muito desproporcionada”.

Reagindo à sentença proferida pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, que reduziu as coimas aplicadas ao Montepio e a sete ex-administradores de cerca de cinco milhões para pouco mais de dois milhões de euros, Alexandre Mota Pinto considerou esta “grande redução” um sinal de que as condutas aqui em causa não mereceram “a censurabilidade que lhes foi dada pelo Banco de Portugal” (BdP).

“Ficou claro que o que estava aqui em causa eram mais omissões, questões de cariz técnico. Ficou absolutamente claro que o doutor Tomás Correia [que viu a sua coima ser reduzida em mais de um milhão de euros] e os restantes administradores nunca agiram com dolo no sentido de se apropriarem de bens ou causarem danos à instituição ou de melhorarem a sua situação patrimonial. Nada disso”, declarou.

Mota Pinto afirmou que os seus constituintes, agora reduzidos de sete para cinco, já que Paulo Magalhães e Pedro Alves Ribeiro receberam apenas uma admoestação, vão recorrer para o Tribunal da Relação de Lisboa. “Nós não estamos satisfeitos. Entendemos que a decisão correta seria a absolvição e é por isso que vamos lutar junto do Tribunal da Relação”, disse, afirmando acreditar haver “algumas boas possibilidades” de absolvição nesta instância.

Afirmando que a matéria em causa é “muito antiga”, tanto que alguns dos factos já prescreveram e outros estão próximos da prescrição, o advogado salientou que “um dos problemas” do processo é estarem-se “a aplicar leituras atuais e exigências atuais” a factos ocorridos quando elas não existiam.

Na altura o próprio Banco de Portugal não fazia essas exigências. Esse é que é o problema dos processos que se atrasam muito, que é aplicar padrões de comportamento atuais a atos que se passaram há dez anos”, disse.

Mota Pinto salientou ainda a absolvição de Tomás Correia no processo relativo à ausência de medidas de prevenção do branqueamento de capitais, lembrando as notícias que, na altura da divulgação da decisão do BdP, em fevereiro de 2020, “ligaram” o ex-presidente do Montepio a branqueamento.

“Não era nada disso que estava em causa. Era julgar se o sistema era adequado e eficaz. E ele foi simplesmente absolvido. Nem sequer é verdade que ele tenha contribuído para que o sistema não fosse adequado e eficaz. Pelo contrário. Provou-se que ele agiu no sentido de que fosse adequado e eficaz e foi absolvido nessa contraordenação, que era uma das mais mediáticas”, declarou.

Questionado sobre a proximidade do prazo de prescrição do processo, que viu logo na primeira sessão, em outubro de 2020, prescritas as infrações que eram imputadas ao ex-administrador Rui Amaral e hoje uma das atribuídas a Almeida Serra, Mota Pinto afirmou que esse não é o objetivo da defesa. “A nossa linha de ação não é a prescrição. É a absolvição pelo mérito”, declarou.

O mandatário da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), cuja coima baixou de 2,9 milhões para um milhão de euros, suspensa em metade do valor, afirmou que vai ainda analisar a sentença proferida pela juíza Mariana Machado, antes de decidir se vai recorrer para a Relação.

Nuno Casanova realçou que a CEMG “começou acusada de 165 infrações e acabou condenada por 20 e quase três milhões de euros pelo Banco de Portugal, agora reduzida para uma coima efetiva de 500.000”.

“Acho que o tribunal percebeu e reduziu este valor e este processo à sua dimensão real. Tenho de realçar que, depois deste “striptease” que foi feito ao banco, de se ter varrido o banco de uma ponta à outra, não se encontrou nada que não fossem pequenas dúvidas técnicas, e isso também é demonstrativo do bom estado do banco”, declarou.

(Notícia atualizada com mais informação às 21h59)

 

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Rio convoca Comissão Permanente para sábado para analisar decisão da Operação Marquês

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

Rui Rio convocou para sábado uma reunião da Comissão Permanente do partido para analisar a decisão instrutória da Operação Marquês.

O presidente do PSD, Rui Rio, convocou para sábado uma reunião da Comissão Permanente do partido para analisar a decisão instrutória da Operação Marquês, conhecida esta sexta-feira, disse à Lusa fonte oficial social-democrata.

De acordo com a mesma fonte, a reunião do ‘núcleo duro’ da direção do PSD vai realizar-se ao final da tarde de sábado, por videoconferência, não estando ainda definido quando é que o partido se irá pronunciar publicamente sobre a decisão do juiz Ivo Rosa. Compõem a Comissão Permanente do PSD o presidente do partido, os seis ‘vices’, o líder parlamentar e o secretário-geral.

Dos 189 crimes que constavam na acusação da Operação Marquês, só 17 vão a julgamento, distribuídos por cinco dos 28 arguidos, segundo a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa. O procurador do Ministério Público Rosário Teixeira já anunciou que vai recorrer da decisão instrutória da Operação Marquês, que decidiu não levar a julgamento por corrupção nenhum dos arguidos, incluindo o antigo primeiro-ministro José Sócrates.

José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva foram ambos pronunciados por três crimes de branqueamento de capitais e três crimes de falsificação de documentos. O antigo primeiro-ministro José Sócrates não foi pronunciado pelos três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político de que estava acusado (relacionados com o grupo Lena, a Portugal Telecom e o empreendimento de Vale do Lobo), que o juiz considerou prescritos.

Ivo Rosa considerou, por outro lado, existirem indícios da prática pelo antigo governante do crime de “corrupção passiva sem demonstração de ato concreto”, mas considerou-o igualmente prescrito.

Em causa, estão verbas de 1,72 milhões de euros entregues pelo empresário Carlos Santos Silva a Sócrates, que, segundo a decisão instrutória lida esta sexta-feira pelo juiz Ivo Rosa no Campus da Justiça, em Lisboa, não configuram o crime de corrupção, por estar prescrito, mas implicam três crimes de branqueamento de capitais.

O juiz de instrução criminal Ivo Rosa decidiu ainda mandar para julgamento o ex-ministro Armando Vara, por um crime de branqueamento de capitais, o ex-presidente do Grupo Espírito Santo Ricardo Salgado, por três crimes de abuso de confiança, e o ex-motorista de Sócrates João Perna, por detenção de arma proibida.

José Sócrates foi detido em novembro de 2014. O despacho de acusação ao antigo primeiro-ministro e mais 27 arguidos foi conhecido em outubro de 2017.

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Generali/Tranquilidade com 18,9 milhões de lucros em 2020

  • ECO Seguros
  • 9 Abril 2021

No primeiro ano pós fusão de Generali, Tranquilidade, Açoreana e LOGO, a nova companhia Generali Seguros apresenta lucros e um volume de negócios de cerca de mil milhões de euros.

A Generali Seguros, que inclui as marcas Tranquilidade e LOGO, encerrou o Ano contabilístico de 2020 com um Resultado Líquido de 18,9 Milhões de de euros, apresentando um volume de negócios global de contratos de seguro e de investimento de 940,8 Milhões de euros dos quais 884 Milhões na atividade Não Vida e 56,8 Milhões de euros na atividade Vida.

Segundo fonte da companhia, o ano da empresa foi marcado pela crise pandémica originada pela Covid 19, que impactou de forma significativa e sem precedentes a economia portuguesa e, de forma mais abrangente, toda a sociedade. “O resultado foi obtido num ano particularmente desafiante, tendo sido em 2020 que ocorreu a aquisição da Seguradoras Unidas, S.A. pelo Grupo Generali, com a consequente integração com a Generali S.A. e a Generali Vida S.A., dando origem, com a fusão legal ocorrida em Outubro de 2020, à Generali Seguros, S.A.”, refere a companhia.

Desta forma, em 2020, a Generali Seguros S.A., liderada por Pedro Carvalho, em conjunto com as duas seguradoras incorporadas contribuíram com um volume de negócios global de 1.089,9 milhões de euros (986,6 milhões em seguros Não Vida e 94,3 milhões atividade Vida) e com um Resultado agregado de 9,7 Milhões de euros para o Grupo Assicurazioni Generali, impactado fundamentalmente pela incorporação das anteriormente existentes Generali S.A. e Generali Vida.

Os resultados deste ano não são diretamente comparáveis com anos anteriores devido à fusão das empresas e alteração de perímetros de consolidação de contas.

Os resultados líquidos de todo o setor segurador em Portugal foram, segundo a APS, de 528 milhões de euros pelo que os resultados da Generali são 3,5% do total. Já em volume de negócios a Generali Seguros obteve 9,5% do total de 9.923 milhões de euros obtidos pelo setor no ano passado.

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Estas são as 6.728 páginas da decisão instrutória da Operação Marquês

  • ADVOCATUS
  • 9 Abril 2021

O juiz Ivo Rosa leu uma súmula da decisão instrutória da Operação Marquês ao longo de mais de três horas. O documento completo tem 6.728 páginas e já foi disponibilizado publicamente. Consulte-o aqui.

O juiz Ivo Rosa decidiu não pronunciar o ex-primeiro-ministro José Sócrates por qualquer crime de corrupção e leu uma súmula da decisão ao longo de mais de três horas esta sexta-feira. O documento completo já foi disponibilizado publicamente e tem 6.728 páginas.

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AstraZeneca atrasa entrega de metade das vacinas na UE

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

A AstraZeneca vai atrasar a entrega de um dos dois lotes das vacinas contra a Covid-19 programadas para esta semana na União Europeia.

A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca vai atrasar a entrega de metade das vacinas contra a covid-19 programadas para esta semana na União Europeia (UE), anunciou esta sexta-feira um porta-voz do grupo.

“Comunicámos à Comissão Europeia [CE] e aos Estados-membros na semana passada que um dos dois lotes [de vacina] para entrega nesta semana precisa ainda de ser testado e que será entregue em breve”, disse o porta-voz citado pela agência francesa France-Presse.

A vacina da AstraZeneca tem estado no centro de uma polémica, depois de ter sido conhecido um parecer da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que concluiu existir uma “possível relação” entre a administração do fármaco e a formação de “casos muito raros” de coágulos sanguíneos, mas que insistiu nos benefícios do fármaco.

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Ministério Público vai recorrer da decisão de Ivo Rosa sobre a Operação Marquês

  • ECO
  • 9 Abril 2021

O Ministério Público vai enviar para o Tribunal da Relação de Lisboa um recurso sobre a decisão acabada de anunciar por Ivo Rosa, no âmbito da Operação Marquês.

O Ministério Público (MP) vai recorrer para o Tribunal da Relação de Lisboa da decisão do juiz Ivo Rosa no âmbito da Operação Marquês. Os procuradores do MP pediram 120 dias para apresentar o recurso.

O Ministério Público pediu 120 dias para apresentar recurso, o dobro do tempo que é normalmente admitido por lei. De sublinhar que, uma vez que a apreciação do recurso não é obrigatória a produção de prova, é expectável que esta fase, caso vá para a frente, seja mais curta e dure entre um a dois anos.

Na Operação Marquês estavam acusados 28 arguidos, entre os quais 19 pessoas singulares e nove pessoas coletivas. Contudo, na decisão instrutória conhecida esta sexta-feira, o juiz Ivo Rosa considerou que não há conexão entre todos os crimes, pelo que decidiu a não pronúncia na totalidade dos crimes de 14 arguidos, são eles: Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, Rui Mão de Ferro, Bárbara Vara, Joaquim Barroca Rodrigues, Luís Ferreira Marques, José Luís Ribeiro dos Santos, Rui Horta e Costa, José Diogo Gaspar Ferreira, José Paulo, Pinto de Sousa, Hélder Bataglia, Gonçalo Ferreira, Inês Rosário e Sofia Fava.

Quanto ao antigo primeiro-ministro José Sócrates, que estava acusado de 31 crimes, foi pronunciado por três crimes de falsificação e três de branqueamento de capitais, à semelhança do que ficou decidido também para Carlos Santos Silva, que estava acusado de 33 crimes. Os arguidos vão aguardar com a medida de coação de termo de identidade e residência.

Ao mesmo tempo, Ricardo Salgado, ex-presidente do Grupo Espírito Santo, foi pronunciado por três crimes de abuso de confiança (estava acusado de 31 crimes), ao passo que Armando Vara, acusado de cinco crimes, foi pronunciado por crime de branqueamento.

Foi no ano de 2013 que a investigação começou com a abertura de inquérito. O processo Operação Marquês teve origem numa outra investigação iniciada em 2011 e que visava o amigo de José Sócrates, Carlos Santos Silva. Foi também enviada ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal e à Unidade de Informação Financeira da PJ uma informação da Caixa Geral de Depósitos relativa a avultadas transferências bancárias.

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Salgado vai a julgamento por abuso de confiança

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

Salgado foi ilibado dos restantes crimes: corrupção ativa de titular de cargo político, corrupção ativa, branqueamento de capitais e falsificação de documento.

O ex-presidente do Grupo Espírito Santo (GES) Ricardo Salgado vai ser julgado por três crimes de abuso de confiança no caso Operação Marquês, por decisão do juiz Ivo Rosa no despacho final da fase de instrução.

A decisão instrutória, hoje conhecida, iliba Salgado dos restantes crimes que lhe eram imputados: corrupção ativa de titular de cargo político (um), corrupção ativa (dois), branqueamento de capitais (nove), falsificação de documento (três) e fraude fiscal qualificada (três).

Seis anos após ter sido detido no aeroporto de Lisboa, o ex-primeiro-ministro José Sócrates e os outros 27 arguidos da Operação Marquês ficaram hoje a saber se vão a julgamento e por que crimes serão pronunciados.

Além de Sócrates, no processo estão também outras figuras públicas, como o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, o antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara, os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e Carlos Santos Silva, alegado testa-de-ferro do ex-primeiro-ministro e seu amigo de longa data.

No processo estão em causa 189 crimes económico-financeiros.

A fase de instrução começou em 28 de janeiro de 2019, sob a direção do juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal, que hoje leu a sua decisão, no Campus da Justiça, em Lisboa, sendo esta passível de recurso, caso os arguidos não sejam pronunciados nos exatos termos da acusação.

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Um a um, quem vai e não vai a julgamento na Operação Marquês

Ivo Rosa leu a decisão instrutória da Operação Marquês ao longo de mais de três horas. O ex-primeiro-ministro, José Sócrates, não vai a julgamento por qualquer crime de corrupção.

Ao longo de mais de três horas, o juiz Ivo Rosa leu a súmula da decisão instrutória da Operação Marquês. Este é o resumo do resumo do que ficou decidido.

José Sócrates e Carlos Santos Silva

Julgados por três crimes de branqueamento de capitais

  • Um crime de branqueamento de capitais de José Sócrates por utilização de contas bancárias junto do Montepio Geral da arguida Inês do Rosário, em coautoria com Carlos Santos Silva;
  • Um crime de branqueamento de capitais de José Sócrates em coautoria com Carlos Santos Silva relativamente ao uso das contas bancárias do arguido João Perna;
  • Um crime de branqueamento de capitais de José Sócrates envolvendo 167.402,5 euros com origem no arguido Carlos Santos Silva no interesse do arguido José Sócrates.

Julgados por três crimes de falsificação de documentos

  • Um crime de falsificação de documentos de José Sócrates em coautoria com Carlos Santos Silva, relativo à produção de documentação do arrendamento de um apartamento em Paris;
  • Um crime de falsificação de documentos de José Sócrates em coautoria com Carlos Santos Silva, referente a contratos de prestação de serviços da RMF Consulting e envolvendo figuras como Domingos Farinho;
  • Um crime de falsificação de documentos de José Sócrates em coautoria com Carlos Santos Silva relativo a contratos de prestação de serviços da RMF Consulting e figuras como António Manuel Peixoto e António Mega Peixoto.

“Quanto aos restantes crimes imputados aos arguidos José Sócrates e Carlos Santos Silva, profere-se decisão de não pronúncia”, disse Ivo Rosa. Ou seja, José Sócrates não vai ser julgado por qualquer um dos crimes de corrupção de que era acusado pelo Ministério Público.

Ricardo Salgado

  • Vai a julgamento por três crimes de abuso de confiança.
  • Os restantes crimes de que era acusado não vão a julgamento.

Armando Vara

  • Vai a julgamento por um crime de branqueamento de capitais “relativo à transferência de fundos para a PT com origem nas contas tituladas por sociedades offshore na Suíça, tendo como crime subjacente o crime de fraude fiscal prescrito e que o próprio admitiu”, disse Ivo Rosa.
  • Os restantes crimes da acusação não vão a julgamento.

Outros arguidos

  • João Perna, ex-motorista de José Sócrates, vai a julgamento por um crime de posse de arma proibida. Não vai a julgamento por branqueamento de capitais.
  • Joaquim Barroca, Luís Manuel Ferreira Marques, José Luís Ribeiro dos Santos, Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, Bárbara Vara, Rui Miguel Horta e Costa, José Diogo Gaspar Ferreira, José Paulo Pinto Sousa, Hélder Bataglia, Gonçalo Trindade Ferreira, Inês do Rosário, Sofia Fava e Rui Manuel Mão de Ferro não vão a julgamento por quaisquer crimes de que eram acusados pelos procuradores.
  • Empresas do grupo Lena, XLM, Oceano Club, Vale do Lobo, XMI, Pepelan e RMF foram, igualmente, ilibadas pelo juiz Ivo Rosa.

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Leia aqui a última auditoria da Deloitte ao Novo Banco

  • ECO
  • 9 Abril 2021

São quase 400 páginas, muita informação rasurada e milhares de números. Eis mais um relatório da auditoria especial da Deloitte ao Novo Banco.

O Parlamento já divulgou o relatório da auditoria especial da Deloitte ao Novo Banco. A análise refere-se à atividade do banco em 2019, na sequência da injeção feita pelo Fundo de Resolução no ano passado. O documento tem quase 400 páginas sendo que contém milhares de números e muita informação rasurada para ocultar dados confidenciais. Veja aqui o relatório.

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Ex-líderes da PT Henrique Granadeiro e Zeinal Bava ilibados

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

Henrique Granadeiro e o ex-presidente executivo da empresa Zeinal Bava foram ilibados de todos os crimes de que estavam acusados no âmbito da Operação Marquês.

O ex-presidente da PT Henrique Granadeiro e o ex-presidente executivo da empresa Zeinal Bava foram ilibados de todos os crimes de que estavam acusados, segundo a decisão instrutória da Operação Marquês.

A decisão lida no Campus da Justiça, em Lisboa, pelo juiz Ivo Rosa, iliba Henrique Granadeiro de oito crimes: corrupção passiva (um), branqueamento de capitais (dois), peculato (um), abuso de confiança (um) e fraude fiscal qualificada (três).

Zeinal Bava foi ilibado de cinco crimes: corrupção passiva (um), branqueamento de capitais (um), falsificação de documento (um) e fraude fiscal qualificada (dois).

Seis anos após ter sido detido no aeroporto de Lisboa, o ex-primeiro-ministro José Sócrates e os outros 27 arguidos da Operação Marquês ficaram hoje a saber por que crimes são ou não pronunciados.

Além de Sócrates, no processo estão também outras figuras públicas, como o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, o antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara, os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e Carlos Santos Silva, alegado testa-de-ferro do ex-primeiro-ministro e seu amigo de longa data.

No processo estão em causa 189 crimes económico-financeiros.

A fase de instrução começou em 28 de janeiro de 2019, sob a direção do juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal, sendo esta passível de recurso, caso os arguidos não sejam pronunciados nos exatos termos da acusação.

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