Vítor Gaspar avisa que países precisam agora de “considerar riscos orçamentais”

  • Lusa
  • 7 Outubro 2021

O FMI adverte ainda para crescimento da dívida "não bem-vindo", uma vez que "por vezes aumenta além do que estava projetado no cenário base", até 12% ou 16% do Produto Interno Bruto (PIB).

O diretor de Assuntos Orçamentais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Vítor Gaspar, advertiu esta quinta-feira que os países devem “considerar riscos orçamentais” no pós-crise, num artigo coassinado no blogue da instituição.

O tempo adequado para começar a reduzir défices e dívida vai depender de condições específicas dos países. Mas os governos também precisam de considerar riscos orçamentais e vulnerabilidade a crises futuras“, pode ler-se no texto elaborado pelos economistas Vítor Gaspar, Paolo Mauro e Raphael Espinoza, do FMI.

O texto, que acompanha a publicação do segundo capítulo do Monitor Orçamental, também hoje divulgado, afirma que “felizmente as taxas de juro têm estado muito baixas mundialmente”. “Mas não há garantia de que isto assim permaneça”, advertem os economistas, pelo que o novo Monitor Orçamental do FMI defende que “comprometer-se com finanças públicas sãs, com um conjunto de regras e instituições credíveis para guiar a política orçamental pode facilitar decisões de política orçamental na conjuntura atual“.

Segundo os três economistas, “os governos podem sinalizar o seu compromisso com a sustentabilidade orçamental enquanto abordam a crise atual de várias formas, tais como implementar reformas orçamentais estruturais (por exemplo, reformas dos subsídios ou pensões), ou adotar regras orçamentais”.

O FMI adverte ainda para crescimento da dívida “não bem-vindo”, uma vez que “por vezes aumenta além do que estava projetado no cenário base”, até 12% ou 16% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados do FMI. “Muitos países deparam-se agora com maiores riscos orçamentais como resultado de empréstimos recorde, garantias e outras medidas tomadas para proteger as empresas e empregos do impacto da covid-19“, assinalam.

Choques como o da pandemia “colocam pressão nos orçamentos e nas instituições orçamentais, tais como as regras orçamentais, que precisam de ser flexíveis para permitir maiores défices quando necessário”. No entanto, os modelos de mitigação de riscos de dívida e de limitação orçamental “precisam de assegurar uma firme redução da dívida em tempos bons, para que o apoio orçamental possa ser desenvolvido novamente no futuro”.

O FMI considera, assim, que o conjunto de regras e instituições orçamentais deve procurar três objetivos: “sustentabilidade, estabilização económica e, para as regras orçamentais em particular, simplicidade”. “No entanto, é difícil de preencher todos os três objetivos ao mesmo tempo”, reconhece o FMI. “Apesar das regras numéricas simples poderem ser, por vezes, rígidas, demonstramos que promovem a prudência orçamental“, referem os economistas.

Segundo o FMI, “países que seguem regras da dívida geralmente conseguem reverter saltos da dívida de 15% do PIB em cerca de 10 anos, na ausência de novos choques – significativamente mais rápido que os países que não seguem regras da dívida”.

O FMI refere ainda que as “regras procedimentais oferecem mais flexibilidade do que as regras orçamentais numéricas, mas pode ser mais difícil para os governos as comunicarem e monitorizarem o cumprimento sem objetivos numéricos“.

“A nossa pesquisa demonstra que o compromisso de um país com a disciplina orçamental e comunicação clara de prioridades políticas – alicerçada na transparência acerca da despesa e receita pública – dá resultado”, asseguram os economistas. O aumento da “credibilidade” devido às regras “melhora o acesso ao crédito e assegura mais espaço de manobra em tempos de crise”, segundo o FMI.

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Cleva Inetum: “O nosso maior desafio é a qualificação contínua da equipa”

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  • 7 Outubro 2021

Helena Leite, Chief Operations Officer da Cleva Inetum em Portugal, fala dos desafios e ambições da empresa após ter-se unido ao grupo tecnológico francês Inetum.

Foi em 2020 que a i2S combinou valências com a Cleva, integrando assim a divisão de software de “um dos maiores grupos tecnológicos à escola global” – o grupo Inetum. Os objetivos para Portugal são claros: “continuar a liderar a oferta de software no mercado segurador”. Mas não ficam por aqui. A Cleva Inetum tem ainda a ambição de ser uma “referência na atração e retenção de talento”, superando um dos principais desafios que tem pela frente: a qualificação contínua das suas equipas.

Nesta entrevista, Helena Leite, Chief Operations Officer (COO) da Cleva Inetum em Portugal, fala ainda de outros desafios transversais ao setor, como a flexibilidade e agilidade de adaptação das empresas de seguros e a necessidade de modernização tecnológica a um ritmo acelerado, de competitividade e de inovação, e do encontro anual de clientes da Cleva Inetum, que se realiza já este mês.

O setor segurador tem acompanhado a transição digital que está em marcha. Quais são os principais desafios?

Os desafios da transição digital são inúmeros e perpassam toda a organização e a cadeia de valor. As seguradoras lidam com uma base de clientes multifacetada e geracionalmente muito diversa, com diferentes estilos de vida e de consumo. Muitos outros setores têm percorrido um caminho de conhecimento cada vez maior dos seus clientes e de consequente personalização da oferta e, nos seguros, não é diferente. Dar resposta a este desafio exige recolher e tratar grandes volumes de dados, em tempo recorde, e ter a flexibilidade para adaptar o produto, as coberturas, o preço, o canal ao cliente que, sem uma resposta rápida, pode optar por uma oferta alternativa… a um click de distância.

Durante este último ano temos assistido a mudanças na forma como os clientes se relacionam com as companhias de seguros. Um dos desafios futuros será a adaptação a um novo modelo de distribuição híbrido. Neste ponto, é fundamental ter flexibilidade e agilidade para adaptar às exigências de curto prazo, mas também garantir a evolução tecnológica necessária às respostas a dar a médio e longo prazo.

“Pretendemos continuar a ser reconhecidos pelo nosso conhecimento e competência em seguros e continuar a modernizar a nossa oferta”, diz Helena Leite, COO da Cleva Inetum.

Os canais de comunicação e o contacto com o cliente continuam a diversificar-se, espera-se agilidade nos processos, automação e integração interna e com parceiros numa lógica de ecossistema que é cada vez mais comum.

Neste contexto, os departamentos de IT das seguradoras estão também sob uma grande pressão para a modernização tecnológica e o encurtamento dos ciclos de entrega de soluções. É um setor que vive uma dinâmica de acelerada transformação que estamos certos vai continuar, pois há ainda muito a fazer para se atingirem os desejados níveis de transformação que a crescente digitalização potencia.

Numa área em constante mudança como a da tecnologia e enquanto especialistas em software para seguros, como têm conseguido diferenciar-se?

A diferenciação da Cleva Inetum faz-se, desde a génese da empresa, pelo foco no setor segurador e pelo conhecimento especializado deste negócio. Traduzimos esse conhecimento para o software que desenvolvemos e as soluções que criamos para dar resposta ao desafio dos clientes. Posicionamo-nos com uma oferta global, desde a produção de software, à sua implementação, ao suporte aplicacional e à disponibilização da infraestrutura. Esta oferta abrangente e complementar permite ao cliente explorar sinergias e selecionar com flexibilidade os serviços adequados ao contexto do seu negócio.

A especialização no setor segurador coloca-nos desafios de constante renovação e transmissão do conhecimento nas nossas equipas, seja de desenvolvimento de produto bem como dos nossos serviços de implementação e de suporte aplicacional. Fazemo-lo com uma aposta na formação contínua dos colaboradores e com o contributo dos nossos clientes.

Queremos continuar a liderar a oferta de software para o mercado segurador.

Helena Leite

COO da Cleva Inetum

A Cleva Inetum atua no ramo Vida e Não Vida. Que tipo de produtos e serviços disponibilizam ao mercado segurador?

A Cleva Inetum é uma empresa de software com um produto próprio para a gestão do negócio de seguradoras Vida e Não Vida, software Core para a gestão do ciclo de vida da apólice complementado com uma solução de datawarehouse de Seguros e software para a implementação de soluções de Canais, com uma abordagem de integração através de webservices, entre outros módulos adicionais, e que são essenciais para as seguradoras construírem a sua resposta digital para o negócio e clientes.

Há mais de 30 anos, desenvolvemos e evoluímos estes produtos de software e, do ponto de vista dos serviços, asseguramos à seguradora a sua implementação e o suporte técnico especializado no dia-a-dia da utilização do software.

A oferta base é depois complementada com outras soluções do grupo, que são uma mais-valia para os nossos clientes: o BDoc – solução de comunicação com clientes, o RFlow – solução de gestão documental ou o MyMetriks – solução de reporting e exploração de dados.

De que modo a integração no grupo Inetum impactou o posicionamento da empresa no mercado nacional e internacional?

A Cleva Inetum – antes dessa integração diríamos “a i2S” – viu o seu posicionamento e estratégia confirmados e reforçados. Integramos a divisão de software de um dos maiores grupos tecnológicos à escala global, complementamos, com a nossa congénere Cleva Inetum em França, a oferta do grupo para o setor segurador e acedemos, naturalmente, a um outro conjunto de recursos para suportar o investimento contínuo no software que desenvolvemos, no crescimento da organização e do seu negócio, podendo estender a oferta de serviços locais a novas geografias.

Temos de ser capazes de identificar e captar talento, complementando posteriormente as suas qualificações de acordo com as necessidades da organização.

Helena Leite

COO da Cleva Inetum

Quais são os objetivos da Cleva Inetum para Portugal?

Queremos continuar a liderar a oferta de software para o mercado segurador, oferecendo soluções que permitem aos clientes inovar e responder aos desafios da transformação digital. Pretendemos continuar a ser reconhecidos pelo nosso conhecimento e competência em seguros e continuar a modernizar a nossa oferta.

Queremos, ainda, continuar a ser uma empresa de referência na atração e retenção de talento, oferecendo desafios tecnológicos e de negócio a todos quantos querem construir uma carreira no IT.

Que desafios têm pela frente para continuar a crescer num mercado cada vez mais competitivo?

O nosso maior desafio é o crescimento e qualificação contínua da equipa de profissionais da Cleva Inetum. É conhecida a generalizada escassez de recursos qualificados nas áreas das tecnologias de informação, matemáticas e ciências da computação, por exemplo. É um fator que limita seriamente a capacidade de crescimento de muitas empresas e a Cleva Inetum não é exceção.

Em resposta a este desafio temos de ser capazes de identificar e captar talento, complementando posteriormente as suas qualificações de acordo com as necessidades da organização.

É exemplo disto o investimento que estamos a fazer na criação de uma academia interna centrada no conhecimento de seguros – conteúdos, meios de formação, ferramentas – que, no nosso caso, é fundamental para complementar as skills de base dos profissionais.

É uma iniciativa com retorno a médio e longo prazo, mas essencial para estabelecer a base – as pessoas –, pois é a partir da sua capacidade e competência que continuará a desenvolver-se um produto líder de mercado e um serviço que responde aos clientes atuais e futuros.

A inovação no setor vem fundamentalmente das Insurtechs ou as empresas incumbentes também estão a conseguir fazê-lo?

Estão, seguramente! Insurtechs e incumbentes são fundamentais na promoção e concretização da inovação no setor. À partida, uma start-up tem um foco e posicionamento que lhe confere maior flexibilidade e agilidade para detetar oportunidades e testar soluções, criar propostas para nichos de mercado ou desenvolver abordagens criativas a um determinado problema; esta liberdade é essencial à experimentação. Nesta dinâmica vão-se testando e afinando inovações que podem depois ser aplicadas a uma maior escala, com outros recursos, como é próprio das empresas consolidadas no mercado.

Em Portugal, por exemplo, é das empresas incumbentes que tem surgido a inovação na oferta, nos canais de comercialização e nos processos. Uns e outros são essenciais à inovação no setor.

A Cleva Inetum terá em outubro o seu encontro anual de clientes. Pode adiantar mais detalhes sobre o evento?

Como é habitual, iremos partilhar com os nossos clientes uma atualização da estratégia e roadmap do software Cleva para os negócios de Vida e Não Vida, antecipando informação crucial para os clientes continuarem a projetar o futuro das suas soluções tecnológicas.

O evento vai realizar-se num formato híbrido (presencial com transmissão online), durante a manhã do dia 21 de outubro, no Auditório José Mariano Gago, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

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Americana PagerDuty expande negócio para Lisboa. Prevê contratar 100 profissionais

A empresa pretende recrutar uma centena de profissionais altamente qualificados até ao final de 2022 para integrarem o novo polo multifuncional de inovação e desenvolvimento, em Lisboa.

A americana PagerDuty acaba de anunciar a sua expansão para Lisboa, onde vai instalar um polo multifuncional de inovação e desenvolvimento. A empresa prevê contratar 100 colaboradores altamente qualificados até ao final de 2022, sendo que engenheiros de software, programadores e profissionais de finanças e operações são os cargos de alta prioridade.

“Assistimos a um crescimento contínuo enquanto as nossas operações digitais se tornaram na infraestrutura principal tanto para as startups inovadoras como para as maiores empresas mundiais. A cultura empresarial de Lisboa, os programas universitários de qualidade e o ecossistema tecnológico local apoiam as nossas ambições em nos tornarmos na nuvem de operações para as empresas modernas”, afirma Jennifer Tejada, presidente e diretora executiva da PagerDuty, citada em comunicado.

“Estamos entusiasmados para construir a nossa presença em Portugal a fim de continuarmos a expandir o nosso negócio na Europa“, a região com o crescimento mais rápido do negócio, com um aumento homólogo de 41% nas receitas internacionais durante o segundo trimestre da empresa.

A presença da da PagerDuty em Lisboa — onde já conta com clientes como a Farfetch, a AiFi, a Mediatree, a Minicip, a Unbabel e VictoriaPlum — representa uma oportunidade para acelerar as contratações, à medida que a empresa ascende aos mil milhões de dólares em receitas anuais recorrentes.

A capital portuguesa junta-se, agora, aos escritórios em Londres, Atlanta, São Francisco, Sidney e Toronto. “Estamos bastante entusiasmados e orgulhosos por receber a PagerDuty em Portugal. Lisboa tem-se tornado num destino de preferência para as operações de tecnologia da informação junto de empresas que procuram beneficiar de uma fonte de talento altamente qualificado, multilíngue e dinâmico”, afirma Luís Castro Henriques, presidente e diretor executivo da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

“A aposta na inovação e no desenvolvimento do produto que a PagerDuty traz ao ecossistema local são as principais contribuições para o posicionamento de Portugal como um polo principal europeu de atividade tecnológica”, acrescenta.

Os interessados devem consultar a página da empresa dedicada às carreiras.

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EUA dão mais dinheiro à luta climática e a China pára de financiar carvão. Estas e outras promessas pré-COP26

Com a tensão a aumentar antes da Conferência Anual sobre Alterações Climática das Nações Unidas, são já vários os países que se começam a chegar à frente com promessas ambientais. 

No caminho rumo à COP26, em Glasgow, pelo menos dois momentos foram já decisivos: a Assembleia Geral das Nações Unidas e a reunião final pré-COP, em Milão. Com a tensão a aumentar antes da Conferência Anual sobre Alterações Climática das Nações Unidas, são já vários os países que se começam a chegar à frente com promessas ambientais.

A começar pelas duas maiores economias do mundo, que já se comprometeram com uma ação climática mais ambiciosa durante a semana de alto nível da Assembleia Geral da ONU.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que o país aumentará significativamente o seu financiamento climático internacional para aproximadamente 11,4 mil milhões de dólares por ano.

Por seu lado, o presidente Xi Jinping da China disse que acabará com todo o financiamento de centrais termoelétricas a carvão e redirecionará esse apoio à geração de energia verde e de baixo carbono.

As promessas foram bem acolhidas, mas o secretário-geral da ONU lembrou que ainda há “um longo caminho a percorrer” para fazer da Conferência do Clima da ONU (COP26) em Glasgow um sucesso que garanta “um ponto de viragem nos nossos esforços coletivos para lidar com o clima crise”.

Da mesma forma, informa a ONU News, mais de 400 mil milhões de dólares em novos financiamentos e investimentos foram garantidos por governos e pelo setor privado durante o Diálogo de Alto Nível sobre Energia das Nações Unidas, a primeira reunião de líderes sobre energia em 40 anos, no âmbito da Assembleia Geral da ONU.

Mais de 35 países assumiram novos compromissos energéticos significativos, que terão a forma de “Pactos”. Por exemplo, o “No New Coal Compact” inclui Sri Lanka, Chile, Dinamarca, França, Alemanha, Reino Unido e Montenegro.

Os países envolvidos neste pacto comprometeram-se a parar imediatamente a emissão de novas licenças para projetos de geração de energia a carvão e cessar novas construções de geração de energia a carvão, a partir do final de 2021.

Já na Turquia, o Parlamento acabou de ratificar esta semana, por unanimidade, o Acordo de Paris, de combate às alterações climáticas. Esta decisão parlamentar segue-se ao compromisso assumido pelo presidente turco na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. Nessa altura, Recep Tayyip Erdogan anunciou a decisão, o que faz do seu país o 191.º a ratificar este acordo que deve conduzir, conforme a intenção em 2016 quando foi aprovado, a limitar a subida da temperatura média global a 1,5 graus centígrados.

Esta ratificação acontece a três semanas da 26.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção Quadro da Organização das Unidas sobre Alterações Climáticas, que abre no final de outubro em Glasgow, na Escócia.

A Turquia tinha assinado o Acordo de Paris, em 2016. Era um dos últimos grandes países emissores de gases com efeito de estufa a ratificar o texto. Entre os faltosos, estão Irão, Iraque, Líbia, Iémen e Etiópia.

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Foram criadas mais de 30 mil empresas até final de setembro

Até ao final do 3º trimestre, nasceram em Portugal mais 30.823 empresas, o que representa uma subida de 9,1%. Ainda assim, número ainda está 18,9%% abaixo de 2019.

Foram criadas em Portugal 30.823 novas empresas até setembro. O número de novas empresas que surgiram ao final do terceiro trimestre deste ano foi 9,1% acima do verificado no período homólogo, mas ainda assim está 18,9% abaixo dos números de 2019, de acordo com dados da Informa D&B.

“A forma muito desigual como a pandemia e as medidas desenvolvidas para a combater afetaram os diversos setores da economia está a ter reflexos no empreendedorismo, quer ao nível das suas fragilidades, quer ao nível de novas oportunidades de negócio”, diz a empresa em comunicado esta quinta-feira.

Atividades imobiliárias (+2,5%), agricultura e outros recursos naturais (+1,1%) ou as tecnologias de informação e comunicação (-0,4%) foram os setores que ficaram acima ou muito próximos dos pré-pandémicos.

Por outro lado, os setores dos transportes (-59%), alojamento e restauração (-31%) e serviços gerais (-30%) são os setores que mostram ainda uma maior distância face aos valores de 2019.

Nos subsetores da compra e venda das atividades imobiliárias, retalho generalista — sobretudo supermercados — e retalho outros — onde se destaca o comércio online –, o número de empresas criadas em 2021 já ultrapassam em mais de uma centena as que foram constituídas em 2019.

Nos transportes, apesar de ser o setor com um maior recuo nas novas empresas face a 2019, fruto da grande queda do transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, o subsetor da distribuição – com grande contribuição das entregas postais e de courier está em alta, com a criação de 190 novas empresas em 2021, mais 30 do que em 2019.

Pelo lado negativo, alguns subsetores mostram uma dinâmica ainda muito aquém de 2019. O subsetor dos Transportes Terrestres é o que mais contribui para a descida na constituição de novas empresas, com menos 1942 novas empresas do que em 2019.

No setor dos serviços gerais, os subsetores da saúde, desporto e bem-estar, educação e cultura e o dos serviços turísticos registam em 2021, menos 853, 384 e 349, respetivamente, o que significa menos 1 586 empresas face a 2019.

No alojamento e restauração, os subsetores da restauração e do alojamento de curta duração contribuíram em conjunto para uma redução de mais de 800 novas empresas.

Menos insolvências e encerramentos

Os encerramentos e as insolvências mantêm-se com pouca atividade, registando valores inferiores a 2019, sobretudo devido às medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas.

Até 30 de setembro deste ano foram encerradas menos 8.663 empresas, menos 5,3% que no período homólogo. No mesmo período, registou-se uma descida de 14,4% nas novas insolvências (menos 255 processos).

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Finlândia suspende vacina Moderna por riscos de miocardites

  • Lusa
  • 7 Outubro 2021

A vacina da Moderna apresenta um risco "ligeiramente" maior que outras vacinas de desenvolvimento de miocardite, segundo um estudo recente elaborado nos países nórdicos.

As autoridades de saúde da Finlândia anunciaram que vão suspender a administração da vacina Moderna contra a Covid-19 aos homens com menos de 30 anos pelo “risco de inflamação cardíaca”, decisão semelhante à adotada pela Suécia e Dinamarca.

O diretor do Instituto Nacional de Saúde da Finlândia (THL), Mika Salmien, disse numa conferência de imprensa que a vacina da Moderna apresenta um risco “ligeiramente” maior que outras vacinas de desenvolvimento de miocardite, segundo um estudo recente elaborado nos países nórdicos.

“A maioria destas miocardites são leves e transitórias e curam-se, após alguns dias de acompanhamento, mas, mesmo assim, existe risco”, disse Salminen sublinhando que o risco é mais elevado em “homens jovens” depois de serem inoculados com a segunda dose.

De acordo com Salminen, os resultados da investigação finlandesa são similares aos estudos efetuados noutros países nórdicos, apesar de na Finlândia se terem registado menos casos de miocardite do que na Noruega.

A Agência Finlandesa do Medicamento (FIMEA) informou que se registaram até ao momento seis casos de inflamação cardíaca na Finlândia, país onde já foi administrado mais de um milhão de vacinas da empresa norte-americana Moderna.

A Suécia foi o primeiro país nórdico a anunciar a suspensão da vacina Moderna até ao próximo dia 01 de dezembro para as pessoas com menos de 30 anos, perante o risco “muito pequeno” de miocardite e pericardite.

“Acompanhamos a situação e atuamos de forma rápida para que as vacinas sejam o mais seguras possível e se consiga uma proteção efetiva contra a covid-19”, assinalou em comunicado Anders Tegnell, responsável pela Agência de Saúde Pública da Suécia.

A Direção Geral da Saúde da Dinamarca referiu “precaução” quando justificou a suspensão do uso da vacina da Moderna em indivíduos com menos de 18 anos, apesar de não ter sido detetado qualquer caso no país.

“Na Dinamarca tem sido preferencialmente usada, entre os jovens dos 12 aos 17 anos de idade, a vacina da Pfizer. Por precaução, a partir de agora, apenas vamos administrar este composto”, refere o mesmo comunicado.

A Noruega já usava apenas a vacina da Pfizer para inocular os menores de idade mas agora a recomendação alarga-se a todos os indivíduos com menos de 30 anos.

Os dados provisórios do estudo das autoridades sanitárias nórdicas foram enviados para a Agência Europeia do Medicamento (EMA) para serem analisados.

A Dinamarca foi o primeiro país a suspender do programa nacional de vacinação o composto da AstraZeneca, e depois da Johnson & Jhonson, apesar de puderem ser usadas mas de forma voluntária.

A Noruega adotou posteriormente uma medida semelhante em relação aos mesmos compostos.

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Nobel da Literatura atribuído a Abdulrazak Gurnah

  • Lusa
  • 7 Outubro 2021

Prémio Nobel da Literatura foi atribuído a Gurnah “pela sua penetração descomprometida e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no espaço entre culturas e continentes”.

O prémio Nobel da Literatura 2021 foi atribuído ao escritor Abdulrazak Gurnah, nascido em Zanzibar, anunciou a Academia Sueca.

O prémio Nobel da Literatura foi atribuído a Gurnah “pela sua penetração descomprometida e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no espaço entre culturas e continentes”.

Abdulrazak Gurnah nasceu em 1948 em Zanzibar, um arquipélago na costa este africana, mas exilou-se desde os 18 anos no Reino Unido, onde se reformou recentemente da Universidade de Kent, onde foi professor de Literatura Inglesa e Pós-Colonial.

“A sua partida [de Zanzibar] explica o papel central que o exílio tem em toda a sua obra, mas também a sua ausência de nostalgia por uma África primitiva e pré-colonial”, afirmou a Academia Sueca.

No entender do comité, a obra literária de Abdulrazak Gurnah é um “retrato vívido e preciso de uma outra África, numa região marcada pela escravatura e por diferentes formas de repressão de vários regimes e poderes colonialistas: português, indiano, árabe, alemão e britânico”.

Autor de obras como “Paradise” (1994) e “Afterlives” (2020), Abdulrazak Gurnah “tem sido amplamente reconhecido como um dos mais proeminentes escritores do pós-colonialismo”.

Em Portugal, tem apenas um livro editado, “Junto ao Mar”, pela Difel, em 2003.

“As personagens deslocadas de Gurnah, em Inglaterra ou no continente africano, encontram-se entre culturas e continentes, entre a vida deixada para trás e a que está por vir, enfrentam racismo e preconceito, mas também obrigam-se a silenciar a verdade ou a reinventar uma biografia para evitar um confronto com a realidade”, justificou a academia.

O Nobel da Literatura é um prémio concedido anualmente, desde 1901, pela Academia Sueca a autores que fizeram notáveis contribuições ao campo da literatura, e tem um valor pecuniário superior a 900 mil euros.

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Bruxelas já sabe o que quer da COP26. E não será meiga com os grande poluidores

Os principais objetivos da UE para esta COP26 passam por incentivar os países a apresentarem metas de redução das emissões para 2030 e a aumentarem o seu financiamento à ação climática.

“A extrema urgência de reforçar a resposta mundial para fazer face à emergência climática e a necessidade de uma transição climática justa e equitativa em todo o mundo”. Esta será a principal posição da UE para a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), a realizar em Glasgow.

O Conselho Europeu aprovou esta semana as suas conclusões, nas quais se apela a que todas as partes apresentem “contributos ambiciosos a nível nacional e reconheçam a necessidade de intensificar em conjunto os esforços de adaptação”.

“Atualmente, o mundo não está em vias de manter o aquecimento global abaixo dos 1,5 °C. São necessários muitos mais esforços coletivos para manter a temperatura do nosso planeta dentro de limites seguros. Na COP26, a UE apelará a todas as partes no Acordo de Paris para que apresentem metas nacionais ambiciosas de redução das emissões e convidará os países desenvolvidos a intensificarem o financiamento internacional da ação climática. Com as conclusões hoje adotadas, a UE mune-se não só da força de vontade, mas também de um sólido mandato para conduzir os debates na direção certa – a direção da proteção do planeta em benefício de todos e da defesa dos mais vulneráveis às alterações climáticas”, disse Andrej Vizjak, ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território da Eslovénia.

O que está em jogo na COP26?

Um dos objetivos da COP26 é levar os países a acelerar a realização dos objetivos do Acordo de Paris. O Acordo de Paris foi adotado em 2015 na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) e entrou em vigor a 4 de novembro de 2016. Conta, até à data, com 197 partes e fixa dois objetivos principais: manter o aumento da temperatura média mundial bem abaixo de 2 °C em relação aos níveis pré-industriais e prosseguir os esforços para limitar esse aumento a 1,5 °C; adaptação aos inevitáveis impactos das alterações climáticas e ao mesmo tempo tornar os fluxos financeiros coerentes com um desenvolvimento resiliente às alterações climáticas.

Os principais objetivos para esta COP26 são incentivar as partes a apresentarem planos nacionais que definam as suas metas de redução das emissões para 2030, debater as medidas de adaptação, aumentar o financiamento da ação climática e ultimar o conjunto de Regras de Katowice (as regras pormenorizadas que operacionalizam o Acordo de Paris).

Nomeadamente, as partes devem chegar a acordo sobre os pormenores do chamado artigo 6.º, que estabelece regras para os mercados internacionais do carbono, permitindo às partes negociarem reduções de emissões.

Além disso, as partes procurarão fixar um horizonte temporal comum para os seus planos nacionais. Os debates a nível mundial articulam-se em torno da fixação de um horizonte temporal comum de cinco ou de dez anos.

O que vai Bruxelas exigir em Glasgow?

Nas conclusões agora emitidas, o Conselho Europeu sublinha que a UE e os seus Estados-Membros são os principais contribuintes mundiais para o financiamento da ação climática e reafirma o seu compromisso de intensificar a mobilização do financiamento internacional da ação climática.

Além disso, Bruxelas convida os outros países desenvolvidos a aumentarem as suas contribuições como parte do objetivo coletivo dos países desenvolvidos de mobilizarem conjuntamente 100 mil milhões de dólares por ano a partir de 2020 até 2025.

No documento define-se também a posição da UE no que diz respeito à cooperação voluntária em conformidade com o artigo 6.º, que estabelece regras para os mercados internacionais do carbono, permitindo aos países negociarem reduções de emissões.

Define-se igualmente a posição da UE no que diz respeito aos horizontes temporais comuns para os compromissos de redução de emissões de cada país. “Tendo em vista um consenso em Glasgow, o Conselho manifesta a sua preferência por um horizonte temporal comum de cinco anos para todas as partes, que será aplicado pela UE a partir de 2031 apenas no caso de todas as partes serem obrigadas a fazê-lo e de forma coerente com a Lei Europeia em matéria de Clima”, refere Bruxelas em comunicado.

Estas conclusões constituem o mandato global da UE para a COP26, além de um mandato mais específico para os negociadores da UE no que diz respeito aos aspetos financeiros.

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Bruxelas torna venda da Air Europa à Iberia “impossível”

  • ECO
  • 7 Outubro 2021

Bruxelas está a travar a venda da Air Europa à Iberia porque juntas as companhias teriam 100% dos voos entre Madrid e vários destinos no continente americano.

Bruxelas está a dificultar a venda da Air Europa à IAG, sociedade gestora de participações sociais (‘holding’) que controla a Iberia, forçando a companhia a ceder a outras companhias áreas parte das rotas chave, avança o El Economista (acesso livre).

Abdicar de rotas fundamentais parece ser uma das condições que Bruxelas irá impor para autorizar a venda da Air Europa à Iberia. Juntas a IAG – a empresa-mãe da Iberia – e a Air Europa teriam 100% dos voos entre Madrid e vários destinos no continente americano, incluindo os voos para Miami.

A fusão Iberia-Air Europa abrangeria também uma grande percentagem das rotas entre Madrid e Havana, cerca de 77%, e Quito (89%). Noutros destinos como Medellín, Lima, Buenos Aires ou São Paulo, também ultrapassaria a barreira dos 50%, de acordo com os meios económicos espanhóis.

Caso a Iberia decida recuar na operação, que de acordo com as estimativas iniciais deverá ascender a 1.000 milhões de euros, o contrato com a Air Europa contém uma cláusula segundo a qual os proprietários da Air Europa têm direito a uma compensação de 40 milhões de euros.

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Preços internacionais dos alimentos em máximos de dez anos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Outubro 2021

Segundo a FAO, os preços internacionais dos alimentos aceleraram em setembro pelo segundo mês consecutivo, apontando uma subida de 32,8% numa base anual.

Os preços internacionais dos produtos alimentares aceleraram em setembro pelo segundo mês consecutivo, atingindo um máximo de dez anos, disse esta quinta-feira a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), citada pela Reuters.

Estes valores terão sido impulsionados por ganhos nos óleos vegetais e cereais, sendo que a FAO tinha projetado para estes últimos uma produção mundial recorde em 2021. No entanto, a agência das Nações Unidas já disse que esta produção seria ultrapassada pela previsão de consumo.

O índice de preços de alimentos da FAO, que segue os preços internacionais dos produtos alimentares mais comercializados a nível mundial, atingiu uma média de 130 pontos no mês passado, a leitura mais alta desde setembro de 2011, segundo dados da organização. Numa base anual, os preços subiram 32,8% em setembro, enquanto a nível mensal o aumento foi de 2% em setembro em relação ao mês anterior.

Os preços dos produtos agrícolas subiram abruptamente no ano passado, motivados por recuos nas colheitas e pela procura chinesa. A subida de preços deveu-se sobretudo ao aumento de quase 4% dos preços do trigo, com a FAO a citar o aperto das disponibilidades de exportação face a uma forte procura.

“Entre os principais cereais, o trigo será o foco nas próximas semanas, uma vez que a procura precisa de ser testada contra o rápido aumento dos preços”, disse num comunicado o economista sénior da organização Abdolreza Abbassian.

Quanto aos preços mundiais do óleo vegetal, houve uma aceleração de 1,7% em setembro e um aumento anual de cerca de 60%, tendo em conta que os preços do óleo de palma cresceram com a robusta procura de importações e as preocupações em torno da escassez de mão-de-obra na Malásia, disse a FAO.

Já este mês de outubro, os futuros do óleo de palma aumentaram ainda mais atingindo níveis recorde, uma vez que um aumento nos mercados de petróleo bruto deu um maior apoio aos óleos vegetais utilizados no biodiesel.

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Custos de construção aumentam 6,8% em agosto

Este aumentou foi provocado pelo crescimento dos preços com materiais que, tal como o custo de mão-de-obra, apresentou variações de 8,7% e de 4,1% face ao período homólogo.

Os custos de construção em Portugal estavam em agosto 6,8% acima dos valores praticados no mesmo período de 2020. Neste último ano, a subida verificou-se sobretudo devido à subida dos preços dos materiais e custo da mão-de-obra.

“Em agosto, estima-se que os custos de construção de habitação nova tenham aumentado 6,8% em termos homólogos, mais 0,3 pontos percentuais face ao observado no mês anterior, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, especificando que “o preço dos materiais e o custo da mão-de-obra apresentaram, respetivamente, variações de 8,7% e de 4,1% face ao período homólogo”.

De acordo com dados do INE, o custo da mão-de-obra contribuiu com 1,8 pontos percentuais para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN), enquanto a componente dos materiais contribuiu com cinco pontos percentuais.

A taxa de variação mensal do ICCHN foi de 0,1% em agosto. Tal como se dos materiais aumentou 0,5% e o custo da mão-de-obra diminuiu 0,4%. As componentes mão-de-obra e materiais contribuíram com 0,3 e -0,2 pontos percentuais respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN.

O Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) do INE é uma estatística derivada que tem como objetivo medir o custo de construção de edifícios residenciais em Portugal.

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“COP26 será o momento da verdade”, diz Von Der Leyen

"As ambições têm de começar a ser apoiadas por planos concretos", disse a presidente da Comissão Europeia, apontando o dedo aos grande poluidores, como a China e os EUA.

“Será o momento da verdade para a comunidade global”. Foi desta forma que a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, se referiu hoje à 26ª Conferência Anual sobre Alterações Climática das Nações Unidas – também conhecida como COP26 — que vai ter lugar em Glasgow, na Escócia, a partir de 31 de outubro.

“As ambições têm de começar a ser apoiadas por planos concretos. A China anunciou que ia parar de construir centrais a carvão fora do país. É um passo positivo, mas é preciso mais. A Administração Biden prometeu duplicar a contribuição para países em desenvolvimento. As maiores economias do mundo estão a progredir”, disse Von Der Leyen na abertura da Cimeira de Investimento Sustentável da UE 2021, em Bruxelas.

Quanto à Europa, a responsável diz que continua a ser o maior doador mundial, com 25 mil milhões de euros por ano para a luta climática. A estes vão-se juntar ainda mais quatro mil milhões de euros adicionais (a cada ano), até 2027, dos cofres de Bruxelas.

“Mesmo assim continua a haver falta de investimento”, sublinhou Von Der Leyen, apelando que as grandes potências continuem a trabalhar no seio do G7 e do G20 para travar a crise climática, para “pôr um preço global às emissões de carbono e para financiar a luta contra as alterações climáticas”.

É já no fim de outubro, início de novembro, que o Reino Unido vai receber os líderes mundiais de 196 países, mais a União Europeia, em Glasgow, na Escócia, para a COP26. A conferência acontece poucos meses após o lançamento do último relatório do IPCC, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que afirmou ser inequívoca a influência humana no sobreaquecimento do planeta.

Guterres pede “ações concretas, agora”

Também na abertura da Cimeira de Investimento Sustentável da UE 2021, o secretário-geral da ONU, António Guterres apelou a mais financiamento sustentável: “Vamos libertar o poder do investimento. O nosso mundo está em maus lençóis”.

“A COP26 está ao virar da esquina e as expectativas não podiam ser maiores. Sem ações decisivas estamos a deitar fora a nossa última oportunidade de conseguir fazer algo. Temos de garantir uma recuperação económica verde e resiliente”, disse Guterres, pedindo compromisso com a neutralidade climática até 2050; metas intermédias para 2030, com “ações concretas agora”, como o fim às novas centrais a carvão e implementação do plano de 100 mil milhões a ajuda aos países em desenvolvimento a mudar de uma economia dependente de combustíveis fósseis para energia renováveis.

“Precisamos de compromissos audazes e ambiciosos de todos os países e muito financiamento público e privado”, rematou o secretário-geral da ONU.

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