Seguradora de Warren Buffett torna-se a maior a cobrir erros médicos de Espanha

  • ECO Seguros
  • 21 Dezembro 2022

A Berkshire Hathaway SI assegurou os seguros de erros médicos do Servicio de Andaluz de Salud, um contrato de 50 milhões de euros por dois anos ganho em concurso público à mutualista francesa Sham.

A Berkshire Hathaway Specialty Insurance (BHSI), do grupo do empresário Warren Bufett, acaba de ganhar o concurso para assegurar a cobertura de responsabilidade civil por erros médicos do Servicio Andaluz de Salud, uma agência do Governo Autónomo da Andaluzia que é parte do Serviço Nacional de saúde de Espanha.

O SAS conta com um orçamento anual superior a 10 mil milhões de euros para financiar mais de 100 mil colaboradores, 50 hospitais e mais de 1.500 clínicas.

O seguro para erros involuntários em atos médicos esteve a concurso e, segundo o jornal Expansion, a BHSI venceu com uma proposta de 50 milhões de euros em prémios para um contrato de dois anos. A Sham, mutualista francesa e atual seguradora do SAS, foi também a concurso mas com uma proposta de 53 milhões foi menos pontuada.

Com esta adjudicação, que terá efeito a partir de 1 de janeiro, a Berkshire Hathaway é a seguradora dos serviços de saúde da Andaluzia, Valência, Castilla La Mancha, Extremadura, Múrcia, Aragón, Navarra, Baleares, Ceuta e Melilla.

A Sham que no próximo ano se designará Relyens após a fusão com a Sofaxis, mantém os seguros da Catalunha, Madrid, Castilla y León, La Rioja e País Basco. A Comunidade das Astúrias está coberta pela Catalana Occidente, através da filial Seguros Bilbao, enquanto Canárias não tem proteção para más práticas médicas.

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Órban defende dissolução do Parlamento Europeu após caso de corrupção

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

"Até agora a guerra só tem perdedores, as duas partes [a Ucrânia e a Rússia], mas também a economia da UE”, disse ainda o primeiro-ministro húngaro.

O primeiro-ministro da Hungria defendeu esta quarta-feira a dissolução do Parlamento Europeu (PE) e a sua substituição por uma assembleia de delegados dos parlamentos nacionais, em reação ao recente escândalo de corrupção que envolveu vários eurodeputados.

“Queremos que o PE seja dissolvido” e que os eurodeputados sejam eleitos pelos parlamentos nacionais e não por voto direto dos cidadãos, como acontece agora, afirmou o ultranacionalista Viktor Orbán, numa conferência de imprensa realizada em Budapeste.

Orbán, que tem sido duramente criticado precisamente pelo PE, mas também pela Comissão Europeia, pelo nível de corrupção associado ao seu Governo e pelo desrespeito pelas normas do Estado de direito, disse que o controlo do PE deve ser “mais rígido”.

O caso conhecido como ‘Qatargate’, um escândalo de alegados subornos a eurodeputados e assistentes de grupos parlamentares pelo Qatar para ganhar influência em Bruxelas, originou nos últimos dias várias detenções, entre as quais a da ex-vice-presidente do PE Eva Kaili, acusada do crime de participação em organização criminosa, branqueamento de capitais e corrupção.

O escândalo está a abalar as instituições europeias, em especial a sua luta contra a corrupção nos Estados-membros. A presidente do PE, Roberta Metsola, reafirmou, na segunda-feira, que haverá “tolerância zero à corrupção” na instituição, tendo já prometido na semana passada, numa intervenção no hemiciclo, reformas nesse sentido.

Segundo vários analistas, a situação está a ser aproveitada pelo Governo húngaro para deslegitimar as críticas dirigidas a Budapeste. O PE foi a instituição europeia que solicitou sanções mais severas contra a Hungria devido à corrupção no país e à deriva antidemocrática, o que levou Bruxelas a congelar 6.300 milhões de euros de fundos comunitários ao país, condicionando a sua atribuição a uma série de reformas legais.

Orbán reiterou ainda um pedido para “drenar o pântano” das instituições europeias, parafraseando a mensagem do ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump durante a campanha eleitoral de 2016, quando afirmou que o pântano da corrupção em Washington tinha de ser drenado.

Na mesma conferência de imprensa, o primeiro-ministro húngaro também criticou Bruxelas pela posição face à guerra na Ucrânia, considerando que a União Europeia (UE) “mergulhou até ao peito” no conflito ao fornecer armas e ajuda financeira. Considerado o maior aliado do Presidente russo, Vladimir Putin, na UE, Orbán afirmou que todos os países que enviaram ajuda para a Ucrânia sob a forma de armas ou que treinaram soldados ucranianos “estão envolvidos na guerra”.

A ajuda financeira a Kiev prevista pela UE para o próximo ano – 18 mil milhões de euros – “apenas sublinha” esse envolvimento, referiu o governante. A Hungria é o único país dos 27 da UE que se recusa a ajudar o país vizinho atacado pela Rússia, proibindo mesmo a passagem pelo seu território de material militar destinado a Kiev, sob a alegação de que isso significaria envolver Budapeste na guerra.

“A UE mergulhou até ao peito na guerra com o programa de 18 mil milhões de euros”, ao qual Budapeste se opõe categoricamente, declarou Orbán, acrescentando que todos os países europeus estão a ser prejudicados pela guerra em curso. “Até agora a guerra só tem perdedores, as duas partes [a Ucrânia e a Rússia], mas também a economia da UE”, já que ninguém beneficia “da separação das economias europeia e russa”, concluiu.

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Empresas da BRP dão mais de 45 milhões de euros em apoios à inflação

A Associação Business Roundtable Portugal reúne 42 das maiores empresas e grupos empresariais de Portugal, como a EDP, o BPI, os CTT, a Salvador Caetano e a Sonae.

As empresas da Associação Business Roundtable Portugal (Associação BRP), que reúne 42 das maiores empresas e grupos empresarias do país, já atribuíram mais de 45 milhões de euros de apoios extraordinários aos colaboradores e à sociedade para mitigar o impacto da inflação. EDP, o BPI, os CTT, a Salvador Caetano e a Sonae são algumas das empresas e grupos que fazem parte desta organização empresarial.

“O tecido empresarial, sobretudo as grandes empresas, não ficou alheio às dificuldades que os portugueses estão a sentir neste momento. Pretendemos mitigar os impactos sobre as nossas equipas e inspirar outras empresas a apoiarem os seus trabalhadores e suas famílias, mas também a restante comunidade, sobretudo aqueles que mais necessitam”, considera Vasco de Mello, presidente da Associação BRP.

“As grandes empresas são, atualmente, responsáveis por grande parte da criação da riqueza nacional, o que lhes permite investir mais em inovação, melhores salários e condições para os seus trabalhadores, bem como em programas de apoio à sociedade. Se existissem mais grandes empresas em Portugal, como defendemos, estou certo que o contributo seria mais significativo”, acrescenta, citado em comunicado.

Estas medidas incluem apoio financeiro direto, como gratificações extraordinárias, doações em género, apoio psicossocial, voluntariado, entre outras, e acrescem às medidas de responsabilidade social que estas empresas mantêm.

Veja aqui a forma como cada empresa vai distribuir o apoio:

A Associação BRP tem o propósito de acelerar o crescimento económico e social de Portugal para garantir um país mais justo, mais próspero e mais sustentável. Para tal, está a implementar um conjunto de iniciativas nas áreas da requalificação de pessoas e crescimento das pequenas e médias empresas, ao mesmo tempo que atua na defesa de políticas públicas de qualidade.

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Citi nomeia novo chefe da equipa de mercado de capitais para Espanha e Portugal

  • Mariana Marques Tiago
  • 21 Dezembro 2022

Citigroup nomeou Javier Pollán como chefe da equipa de mercado de capitais para Espanha e Portugal. Banqueiro irá substituir Luis Esguevillas.

O Citigroup nomeou o banqueiro Javier Pollán chefe da equipa de mercado de capitais para Espanha e Portugal, avançou esta quarta-feira a imprensa espanhola.

Pollán trabalha para o Citi – o principal banco de Equity Capital Markets (ECM) em Espanha – desde 2004 e irá substituir Luis Esguevillas, que abandonou o banco dos Estados Unidos na semana passada, passado 30 anos, conforme avançou a agência Reuters.

O Citi tem levado a cabo uma reestruturação interna na área do mercado de capitais em Espanha. Além desta recente nomeação, o grupo anunciou, na semana passada, a nomeação de Pedro López-Quesada enquanto presidente e Miguel Trueba enquanto responsável pela banca corporativa.

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PSD acusa Governo de “falta de planeamento” e “má gestão” nas urgências

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

"Agora, em cima do Natal, dizem que afinal têm de fechar alternadamente serviços de urgência. Isto revela falta de planeamento, má gestão e uma enorme irresponsabilidade”, disse Baptista Leite.

O PSD acusou esta quarta-feira o Governo de “falta de planeamento e má gestão” e apelou a que o plano de reorganização das urgências seja apresentado com clareza e recorrendo a todos os meios no terreno, públicos e privados.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Baptista Leite lamentou que “a três dias da véspera de Natal” o Governo ainda não tenha anunciado o plano de adaptação das urgências dos hospitais para o período de inverno, uma apresentação prevista para quinta-feira.

“O PSD queria deixar um apelo ao ministro e ao diretor executivo do SNS para que apresentem este plano com clareza para que as administrações hospitalares e de centros de saúde se possam organizar e os doentes saibam como fazer em caso de doença”, apontou, dizendo que “não basta um plano no papel”, mas são necessários meios para o executar.

Baptista Leite salientou que, na discussão do Orçamento do Estado para 2023, o PSD já tinha alertado que os meios humanos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) não eram suficientes e, por isso, apelou ao Governo para que elaborasse um plano integrado para as urgências que também contemplasse o setor social e privado.

O senhor ministro disse que tinha todos os meios necessários e o diretor executivo aceitou gerir o SNS com os meios que conhecia ter (…) E agora, em cima do Natal, dizem que afinal têm de fechar alternadamente serviços de urgência. Isto revela falta de planeamento, má gestão e uma enorme irresponsabilidade”, acusou.

Para o deputado e médico do PSD, a alternativa teria sido fazer um plano assente numa resposta de proximidade – “as urgências devem ser uma resposta de última linha” – para que os doentes tivessem “nas suas localidades as respostas de que precisam”.

“Aguardaremos com serenidade [pelo plano], mas apelamos a que o Governo tenha consciência de que está a falar para doentes e coloquem os cidadãos no centro do problema e garantam resposta proximidade com todos os meios no terreno como PSD sempre se propôs”, defendeu.

Esta quarta, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse não querer adiantar mais pormenores sobre o plano, remetendo para quinta-feira uma explicação mais aprofundada a ser dada pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde, mas assegurou que o objetivo é, em alguns casos, agregar serviços de forma a garantir que as pessoas saibam onde procurar cuidados.

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Processo EDP/CMEC: PGR ignorou aceleração processual pedida por Mexia e Manso Neto

Defesa pediu aceleração processual do processo CMEC em 2017, mas PGR não fixou prazo para os magistrados responsáveis deduzirem acusação. Investigação dura há dez anos.

Desde o dia 10 de Julho de 2017 que o processo conhecido como EDP/CMEC ficou sujeito ao regime de aceleração processual, a pedido da defesa de António Mexia (ex-líder da EDP) e João Manso Neto (ex-administrador da elétrica), ambos arguidos no processo. Segundo a lei, esse regime conduz à fixação de um prazo para o encerramento do inquérito, pelo/a Procurador/a-Geral da República, de forma a evitar que a investigação dure ‘sine die‘. Por razões várias apresentadas pelos procuradores titulares do processo, passados mais de cinco anos, continua por fixar esse “deadline” pela chefe máxima do MP.

Certo é que, feitas as contas, foi há dez anos, em 2012, que se deu a abertura do inquérito deste processo. E em que uma acusação (ou arquivamento) não viu ainda o luz do dia. O insólito da situação piorou depois de, na quinta-feira, ter sido deduzida acusação mas apenas em relação ao Manuel Pinho, Ricardo Salgado e Alexandra Pinho. E quanto ao ex-ministro de José Sócrates, os factos indiciados constantes na acusação referem-se apenas à relação de Pinho com o ex-líder do BES e a transferência de 15 mil euros mensais para a sua conta, com origem no saco azul do BES.

Quando, resumidamente, o foco da investigação centrava-se nas suspeitas de favorecimento do Governo, na altura de José Sócrates, à EDP. Mas com o decorrer da investigação várias outras suspeitas foram nascendo, como a dos subornos de Salgado, ex-líder do BES, a Manuel Pinho.

Uma investigação que pode continuar ainda mais em ‘banho maria’ depois de, no dia 5 de dezembro, o processo — originalmente chamado de processo EDP — ter sido dividido em dois. Assim, a parte que respeita aos arguidos António Mexia e a João Manso Neto, chama-se agora de processo EDP/CMEC. Nele, vai ainda estar Manuel Pinho mas pelas decisões que tomou enquanto governante e que terão beneficiado a EDP, no caso relativo a novos CMEC.

Já o ‘segundo’ processo refere-se à acusação deduzida na passada quinta-feira, contra Manuel Pinho, Ricardo Salgado e Alexandra Pinho. Em causa estão crimes de corrupção passiva, fraude fiscal e branqueamento de capitais. A acusação conta com 574 páginas e revela que Salgado e Pinho foram acusados de dois crimes de corrupção: ativa no caso de Salgado e passiva no caso de Pinho e de branqueamento de capitais. Aos crimes de Pinho junta-se ainda o crime de fraude fiscal. A ideia é a de evitar que, daqui, nasça mais um processo gigante.

Até a esta separação, o inquérito era composto não só por 85 volumes mas por um conjunto de apensos que contém inquirições (mais de 150), apensos do TCIC com recursos e arrestos (33), e cerca de 200
apensos com diversa documentação em papel e digital. Ou seja, para além dos 85 volumes já se terá ultrapassado os 400 apensos, contando com os apensos que ainda estão a ser preparados pelo MP.

Os despachos de separação de processos -a que o ECO/Advocatus teve acesso — justificam que o facto de existirem recursos pendentes no Tribunal Constitucional e no Supremo Tribunal de Justiça, não lhes é permitido (ao Ministério Público) encerrar a investigação contra António Mexia e João Manso Neto. Tese refutada pela defesa dos arguidos: “estranha-se a alegação de constrangimentos associados a recursos pendentes no Supremo Tribunal de Justiça e no Tribunal Constitucional, uma vez que não há um único recurso pendente no Palácio Ratton e o único recurso pendente no Supremo é de fixação de jurisprudência, o que significa que não tem qualquer tipo de efeito suspensivo na marcha do processo – é, aliás, pressuposto de admissibilidade do recurso, que a decisão de que se recorre tenha já transitado em julgado e seja, por isso, definitiva”, segundo explicaram ao ECO/Advocatus os advogados destes dois arguidos, João Medeiros, Rui Costa Pereira e Beatriz Duarte Santos.

João Medeiros critica ainda o facto da equipa de defesa só ter sido notificada quase quinze dias depois do despacho de separação dos ditos processos. “É uma profunda falta de respeito pelos direitos processuais dos arguidos e dos seus advogados, que se veem na contingência de ter mendigar junto de jornalistas conhecidos que lhe enviem as peças processuais dos processos onde têm procuração. É que isto diz muito justiça de espetáculo que vivemos”,segundo declarações do advogado, ao jornal Observador.

E então que argumentos usou o Ministério Público para a separação de processos?

  • A investigação que” tem decorrido tem como objeto dois núcleos essenciais de factos que, embora tendo um denominador comum (a atuação de Manuel Pinho), são distintos e podem ser descritos e julgados de modo individualizado”;
  • Assim, por um lado, existe “a matéria relativa aos atos praticados (entre 2005-2009) pelo então Ministro da Economia, Manuel Pinho, relativamente ao grupo BES/GES e, por outro lado, as questões que giram em torno dos CMEC em que se investigam as decisões do mesmo arguido, e de elementos da sua equipa governativa e da EDP, relativamente ao favorecimento indevido a essa mesma entidade do setor elétrico com a contrapartida da sua ida para a Universidade de Columbia, nos EUA”;
  • O tentar evitar os mega-processos “com os correspondentes mega-julgamentos – com todos os inúmeros problemas que lhes são reconhecidos;
  • Tentar ultrapassar os constrangimentos “de ainda existirem pendentes diversos recursos, quer no STJ (para fixação de jurisprudência), quer no Tribunal Constitucional que, na realidade, dificultam a possibilidade de se avançar para um despacho de encerramento do inquérito quanto a todos os factos, complicando a utilização de diversos elementos probatórios recolhidos no inquérito”;
  • E ainda por “razões de celeridade processual, nomeadamente impostas pela existência de um arguido que se encontra sujeito a uma medida limitativa da sua liberdade (permanência na habitação com vigilância eletrónica), também beneficiam com esta solução”;

António Mexia foi constituído arguido a 2 de junho de 2017, na sequência de buscas à EDP. Tal como João Manso Neto, antigo administrador da elétrica, é suspeito de quatros crimes de corrupção ativa e de alegados subornos ao antigo ministro Manuel Pinho (Governo Sócrates), ao ex-diretor-geral da Energia Miguel Barreto e a João Conceição, antigo consultor de Pinho no Ministério da Economia e atual administrador da REN.

Quer a Mexia quer a Manso Neto, o MP imputa ainda o crime de participação económica devido ao negócio relacionado com alegadas irregularidades na adjudicação da construção da barragem do Baixo Sabor ao consórcio Grupo Lena/Odebrecht.

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Treze entidades unem-se para promover gestão de energia na Batalha

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

A Câmara, a Junta de Freguesia, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha, assim como diversas empresas, são os sócios fundadores da ACERBatalha.

Treze entidades formalizaram a constituição pública da ACERBatalha – Associação da Comunidade de Energia Renovável, que visa a melhor gestão energética, beneficiando quem produz e consome, disse à Lusa o presidente do Município da Batalha.

A Câmara, a Junta de Freguesia, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha, assim como diversas empresas, são os sócios fundadores da ACERBatalha, uma associação de direito privado, que tem como objetivo promover a gestão da procura de energia, mas também a eficiência energética e a utilização racional dos recursos.

O presidente da Câmara da Batalha, Raul Castro, explicou à Lusa que esta associação vai permitir que aqueles que produzem mais energia do que aquela que consomem, “sobretudo ao fim de semana quando não estão a laborar”, a possam vender e receber por esse excesso de consumo. Esta medida irá “baixar o preço de quem consome, pois poderá adquirir a energia mais barata”, referiu Raul Castro, ao sublinhando que “todos vão beneficiar”.

Além das entidades fundadoras, outras empresas e entidades poderão integrar a ACERBatalha, indica uma nota de imprensa da Câmara da Batalha, no distrito de Leiria, que reforça que “estão reunidas as condições para que as entidades que a integram passem a ter condições para produzir, consumir, armazenar, comprar e vender energia renovável aos seus membros, bem como partilhar e comercializar, entre os associados, a energia renovável produzida por unidade de produção para autoconsumo (UPAC)”.

“Com evidentes benefícios para os seus associados, a ACERBatalha poderá passar a aceder aos mercados de energia”, lê-se ainda na nota de imprensa.

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Coca-Cola e Refriango negam que multinacional tenha comprado marcas à empresa angolana

A Refriango manteve o portefólio das suas marcas de bebidas no mercado angolano e continua a ser, desde julho, a engarrafadora e distribuidora das marcas da The Coca-Cola Company em Angola.

A Refriango manteve o seu portefólio de 15 marcas de bebidas no mercado angolano, sendo também responsável pela preparação, embalagem, distribuição e comercialização das marcas da The Coca-Cola Company presentes em Angola, indicam esta quinta-feira a Refriango e a multinacional norte-americana em comunicado conjunto.

Ontem, a SRS Legal dava conta da assessoria a The Coca-Cola Company na aquisição ao Grupo Refriango, um dos principais players nos mercados de bebidas em Angola, de um conjunto de marcas e outros ativos intangíveis necessários à produção e comercialização em Angola de um vasto portefólio de bebidas não-alcoólicas.

“A SRS Legal lamenta os constrangimentos causados por esta situação e apresenta as suas desculpas às partes envolvidas”, segundo o escritório de Pedro Rebelo de Sousa, num comunicado enviado.

Agora, a empresa pertencente ao grupo Luís Vicente e a multinacional desmentem essa informação, salientando que a Refriango não transmitiu quaisquer marcas ao grupo The Coca-Cola Company.

Em abril passado, a Refriango celebrou um acordo de parceria para produzir, engarrafar e distribuir os produtos da multinacional americana em Angola, num investimento de 28 milhões de euros e que se estimava que iria criar cerca de 300 postos de trabalho. O acordo entrou em vigor a 1 de julho.

 

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Teto aos preços do gás faz soar alarmes no setor energético e financeiro

Depois do BCE e ICE, surgem agora os reguladores da energia, a federação de comerciantes e a associação de bolsas energéticas europeias a alertarem para os riscos associados à imposição de um teto.

A Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia (ACER, na sigla em inglês) e a Federação Europeia de Comerciantes de Energia (EFET, na sigla em inglês) consideram que existem riscos significativos na aplicação de um teto ao preço do gás no mercado europeu, isto depois dos ministros da Energia terem chegado a acordo para avançar com a medida na passada segunda-feira.

Em causa está a proposta apresentada pela Comissão Europeia, que visa ativar um limite temporário nos contratos de gás no mercado europeu, se se verificarem duas condições em simultâneo. Por um lado, o limite é ativado se o preço nos contratos de gás natural para o mês seguinte forem, durante três dias úteis consecutivos, superiores a 180 euros por megawatt-hora (MWh) na plataforma holandesa TTF (Title Transfer Facility), a referência nos mercados europeus de gás natural. Os contratos no mercado secundário (OTC [over the counter], na sigla em inglês), isto é, os contratos bilaterais negociados diretamente entre comprador e vendedor não são abrangidos por este teto.

Ao mesmo tempo, para efetivar o limite, terá de se verificar que o preço de referência no TTF é 35 euros mais elevado que o preço de referência para o gás natural liquefeito (LNG), também durante três dias úteis consecutivos. O mecanismo começará a produzir efeitos a partir de 15 de fevereiro de 2023.

O regulador de energia da União Europeia, que ficará encarregue de conduzir um estudo de impacto do mecanismo de correção de preços até ao dia 23 de janeiro de 2023, alertou, esta quarta-feira, ser “improvável que o novo teto de preço do gás do bloco reduza os custos para consumidores ou empresas“, considerando o mecanismo como uma medida “sem precedentes” e “sem provas de teste”.

O diretor da ACER, Christian Zinglersen, citado pelo Financial Times, admite estar “relutante em acreditar que o teto de preço do gás” vá evitar que haja uma repetição dos picos no preço que perturbaram os mercados de energia da Europa durante o verão. Recorde-se que foi em agosto que o preço do gás no TTF atingiu um valor recorde de 345 euros MWh.

Por sua vez, a EFET alertou que uma proposta de Bruxelas para limitar os preços dos contratos futuros de gás vai criar “grandes riscos” para a estabilidade financeira e para o fornecimento de energia do bloco.

Mesmo uma intervenção curta teria consequências graves, não intencionais e irreversíveis“, lê-se na nota divulgada, acrescentando que a decisão poderia prejudicar “a confiança do mercado cujo valor do gás é conhecido e transparente”. Além disso, consideram que o aumento das chamadas de margem pode ser “inesperado” no mercado secundário do gás, sobrecarregando os traders. Pode “levá-los à falência”, alegam os comerciantes de energia.

"O problema urgente que deve ser resolvido é a escassez física de gás na Europa. Precisamos que os fornecedores de gás fora da Europa aumentem a oferta e escolham vender o seu produto cá. Se o preço limite estiver abaixo do preço global, isso não vai acontecer. A Europa está a competir por uma mercadoria escassa. Um teto enfraquece a nossa capacidade de negociação, mina a confiança nos mercados de gás europeus, cujo os vendedores confiam há décadas, e pode enfraquecer a segurança de abastecimento”

Federação Europeia de Comerciantes de Energia (EFET)

A juntar-se aos alertas, surge a Europex, a associação de bolsas energéticas europeias, argumentado, numa carta enviada à Comissão Europeia, à qual o Financial Times teve acesso, que uma mudança para as transações para o mercado secundário “não só levaria a uma diminuição significativa na transparência, mas também representaria sérios riscos para a estabilidade financeira”, disse Christian Baer, o secretário-geral.

Estes três players do mercado estão alinhados com as preocupações partilhadas pelo Banco Central Europeu (BCE) que já tinha alertado que um teto ao gás poderia por em causa a estabilidade financeira na zona euro, referindo que o mecanismo de correção de preços “pode aumentar a volatilidade e as chamadas de margem, desafiar a capacidade dos bancos centrais na gestão dos riscos financeiros e incentivar a migração das negociações para o mercado secundário de gás” que não estará condicionado pelo mecanismo de correção de preços dos gás da União Europeia.

Já o Intercontinental Exchange (ICE), o grupo norte-americano que gere o mercado de gás TTF, admitiu estar disposto a retirar a negociação do mercado europeu, argumentando que o mecanismo não daria tempo para os consumidores se adaptarem, ou para o gestor do mercado testar a resiliência, além de representar riscos para a gestão do sistema.

Na nota citada pelo Financial Times, a entidade reconheceu que “enquanto operador do mercado” vai considerar todas as opções, “incluindo se um mercado eficiente nos Países Baixos ainda é viável”.

No comunicado de imprensa libertado pela Comissão Europeia no âmbito da formalização do acordo, lê-se que, uma vez acionado o teto, este vigora durante 20 dias úteis, a não ser que o preço se mantenha abaixo de 180 MWh durante este período — nesse caso, é desativado antes do fim dos 20 dias. Além disso, um aumento nos consumos de gás, uma diminuição nas compras de gás no TTF ou entre Estados-membros ou numa diminuição trimestral na importação de LNG no bloco europeu poderá resultar numa suspensão do mecanismo.

Acresce ainda à lista de salvaguardas, que serão tidos em conta alertas da ACER, e que este organismo irá ficar responsável por elaborar um estudo de impacto do teto aos preços do gás e de fazer a monitorização do mecanismo, juntamente com a Comissão Europeia e a Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA).

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Jair Bolsonaro demite ministro das Comunicações a dias de deixar o Governo do Brasil

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

A saída, a 11 dias do fim do mandato, foi solicitada pelo próprio ministro Fábio Faria, muito próximo do ainda presidente brasileiro.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, demitiu esta quarta-feira o ministro das Comunicações, Fábio Faria, 11 dias antes do fim do seu Governo, em 1 de janeiro, quando Lula da Silva se tornará novamente chefe de Estado do país.

O decreto da exoneração de Faria, importante aliado do atual Presidente brasileiro, foi publicado no Diário Oficial da União e esclarece que a saída do gabinete foi solicitada pelo próprio ministro.

Ao contrário de casos semelhantes, o decreto não nomeia um substituto, pelo que se prevê que o atual secretário-geral do Ministério das Comunicações atue como interino até ao fim do Governo de Bolsonaro. Faria assumiu a chefia do Ministério das Comunicações em junho de 2020, quando se tornou um dos políticos mais próximos de Bolsonaro.

O ex-ministro chegou a se desvincular do Partido Social Democrata (PSD) em março passado, depois que essa formação se abster de apoiar a campanha com a qual Bolsonaro tentou a reeleição, mas acabou derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde março, Faria é filiado no Partido Progressista (PP), formação que apoiou as aspirações à reeleição de Bolsonaro, mas agora negocia um possível apoio ao Governo de Lula da Silva. Faria foi um dos coordenadores de campanha política da reeleição de Jair Bolsonaro, escolha que o forçou a desistir de disputar as eleições legislativas em outubro.

O ex-ministro chegou a denunciar que algumas rádios estavam a prejudicar a campanha eleitoral do atual Presidente brasileiro ao não divulgar a sua propaganda política obrigatória, alegações para as quais não apresentou provas, mas depois disse lamentar essa sua estratégia e de outros aliados de Bolsonaro de tentarem questionar a lisura das eleições, para solicitar o seu adiamento, sem sucesso.

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Portugal atravessa “período bastante emocional” mas mantém “alguma moderação”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que Durão Barroso está "agora com maior disponibilidade ainda, se possível, para o Conselho e para Portugal".

O Presidente da República considerou esta quarta-feira que Portugal atravessa um “período bastante emocional”, mas mantém apesar de tudo “alguma moderação no meio da imoderação” que na sua opinião predomina em termos globais.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio da Cidadela de Cascais, durante o encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, associação constituída em 2012, com o alto patrocínio do anterior Presidente da República, Cavaco Silva, destinada a institucionalizar uma rede de contactos entre portugueses e lusodescendentes residentes no estrangeiro com posições de destaque.

No início da sua intervenção, o chefe de Estado dirigiu “uma palavra especial” ao antigo primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso, que preside à Mesa da Assembleia Geral do Conselho da Diáspora, e que está de saída do cargo de presidente do banco Goldman Sachs International.

Recorrendo a uma “passagem evangélica”, Marcelo Rebelo de Sousa disse que Durão Barroso está “agora com maior disponibilidade ainda, se possível, para o Conselho e para Portugal”, em tempos em que “são muitos os chamados e por natureza apenas um escolhido”.

No seu discurso, o Presidente da República sustentou que este é “o tempo dos imoderados” e que também Portugal “não está imune ao emocional” nem “às vezes ao irracional, às pulsões mais diversas”, e atravessa mesmo um “período bastante emocional”.

“Tem, no entanto, a seu crédito quase 900 anos de História. Muito vivido, muito aprendido, muita sensatez subjacente à espuma político-mediática de cada segundo. Muito culto da vivência pacífica, da segurança, do risco calculado, da moderação, mesmo em clima universal adverso. Vivemos o tempo dos imoderados, e no entanto Portugal consegue alguma moderação no meio da imoderação”, acrescentou.

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Regulador suspende negociação da Sonaecom na bolsa

A negociação de ações da Sonaecom foi suspensa pelo regulador da bolsa, que aguarda por mais informação da cotada liderada por Ângelo Paupério ao mercado. 

A negociação de ações da Sonaecom foi suspensa ao início da tarde pelo regulador da bolsa, que aguarda por mais informação da cotada liderada por Ângelo Paupério ao mercado.

A suspensão teve efeitos desde a 13h27. Justificação: “Aguardando a divulgação de informação relevante ao mercado”, revela a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sem adiantar mais informações. Àquela hora as ações estavam a subir 3,50% para 2,07 euros.

A Sonaecom é o veículo do grupo Sonae para os investimentos na área das telecomunicações, nomeadamente na operadora Nos e no jornal Público, e ainda na área da tecnologia e startups. Apresenta uma capitalização bolsista de mais de 600 milhões de euros e uma reduzida dispersão de capital em bolsa: 90% do capital está nas mãos da Sontel e da Sonae.

A empresa liderada por Ângelo Paupério registou lucros de 83,3 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, um crescimento de 22,7% em relação a igual período do ano passado, “impulsionado pelo crescimento dos resultados diretos e indiretos”.

(Notícia atualizada às 14h45)

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