Zelensky esperado esta quarta-feira em Washington para discursar no Congresso dos EUA

  • Lusa e ECO
  • 21 Dezembro 2022

Volodymyr Zelensky é esperado em Washington esta quarta-feira, segundo imprensa norte-americana. Presidente da Ucrânia deve dirigir-se ao Congresso, nesta que será a primeira viagem desde a guerra.

Presidente da Ucrânia deve realizar esta quarta-feira a primeira viagem internacional desde o início da guerraEPA/PRESIDENTIAL PRESS SERVICE HANDOUT

Volodymyr Zelensky é esperado em Washington esta quarta-feira, de acordo com a imprensa norte-americana, que noticiou que o Presidente da Ucrânia deve dirigir-se ao Congresso e encontrar-se com Joe Biden na Casa Branca. Caso se confirme, será a sua primeira viagem internacional desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Três fontes adiantaram à Associated Press que Zelensky está a preparar a visita a Washington. Duas fontes do Congresso norte-americano e uma familiarizada com o processo confirmaram os planos da visita, embora tenham falado sob a condição de anonimato devido à natureza altamente sensível da viagem. As fontes referiram que a visita de Zelensky, embora esperada, ainda pode ser cancelada no último minuto devido a questões de segurança.

A visita a Washington do governante ucraniano deve incluir um discurso perante o Congresso no Capitólio e uma reunião com o Presidente Joe Biden.

Esta viagem ocorre quando os congressistas se preparam para votar um pacote de gastos de fim de ano, que inclui cerca de 45.000 milhões de dólares (cerca de 42.000 milhões de euros) em assistência de emergência à Ucrânia e quando os EUA se preparam para enviar mísseis terra-ar Patriot ao país para ajudar a dar resposta à invasão russa. Esta medida, caso seja aprovada, será a maior injeção de assistência à Ucrânia pelos EUA e a garantia de que o financiamento possa fluir para o esforço de guerra nos próximos meses.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, encorajou os legisladores a estarem presentes na sessão da noite de quarta-feira. “Estamos a encerrar uma sessão muito especial do 117.º Congresso com uma legislação que traz progresso para o povo americano, bem como apoio à nossa democracia”, destacou Pelosi numa carta aos congressistas.

Zelensky tem-se dirigido quase diariamente a vários parlamentos e organizações internacionais remotamente, através de videoconferência. Já a sua mulher, Olena Zelenska, visitou várias capitais estrangeiras para angariar apoio para enfrentar a invasão russa, incluindo Lisboa, onde esteve na FIL e discursou na abertura da Web Summit este ano.

Olena Zelenska, primeira dama ucraniana, visitou a Web Summit 2022Web Summit via Flickr

A viagem aos Estados Unidos pode ocorrer um dia depois de Zelensky ter realizado uma visita de alto risco ao que considera ser o ponto mais quente da linha da frente de 1.300 quilómetros, a cidade de Bakhmut, na disputada província de Donetsk, na Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia, e que prossegue, já causou mais de 14 milhões de deslocados, dentro e para fora da Ucrânia. A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Kiev pede à comunidade internacional que reconheça grupo Wagner como terrorista

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, insistiu esta terça-feira junto dos seus parceiros da comunidade internacional para que reconheçam “imediatamente” o grupo russo de mercenários Wagner como organização terrorista.

Kuleba assinalou que a Ucrânia é a que “mais sofre com as atividades criminosas do Wagner”, razão pela qual também endossa a denúncia de vários países africanos, que já alertaram para a “importante ameaça que representa para a sua segurança”, após terem confirmado a presença do grupo em várias nações do Sahel.

“Devemos reconhecê-los imediatamente como uma organização terrorista. Não estão apenas a atacar Bakhmut e a destruir completamente uma grande cidade industrial, mas têm uma presença cada vez maior nos Estados africanos”, denunciou.

O chefe da diplomacia ucraniana lembrou que os mercenários russos “estão a ajudar a junta militar no Burkina Faso”. “Em troca de ajuda militar, o Wagner recebeu permissão para explorar depósitos de ouro nas zonas fronteiriça com o Gana”, alertou.

Kuleba realçou que a presença do Wagner em África é a forma de a Rússia “minar” os instrumentos regionais do continente para combater o “jihadismo”, alegando que após a chegada do grupo ao Mali, a junta militar daquele país abandonou os Cinco do Sahel, uma iniciativa de combate ao terrorismo.

“A intervenção russa está a atrasar as perspetivas de restauração do Estado de direito no Mali e Burkina Faso e a destabilizar toda a África Ocidental”, acusou.

De acordo com o governante, o Wagner aproveita o caos da região para roubar os seus recursos e depois usar os lucros para financiar a guerra na Ucrânia.

“Essa é a conexão entre a extração de ouro pelo Wagner em África e as hostilidades conduzidas por esse grupo terrorista em território ucraniano”, sublinhou Kuleba, que tem exigido mais pressão sobre esses governos africanos que permitem a presença de mercenários russos.

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Alfaiate defende reforço de equipas para assegurar execução do PRR

"Os beneficiários intermediários estão a envidar todos os esforços possíveis para transferir de forma segura e adequada o maior montante possível até ao final do ano", disse ao ECO Fernando Alfaiate.

O presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, que coordena o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), reconhece, em declarações ao ECO, a necessidade de reforçar os recursos humanos que garantem a boa execução dos 16,6 mil milhões de euros, a que vão acrescer 2,3 mil milhões de euros.

“O PRR é um plano exigente com uma execução descentralizada e uma nova forma de implementação, como temos vindo a explicar. Uma execução baseada em marcos e metas definidos, que ao serem cumpridos são apresentados à Comissão Europeia para avançar com os pedidos de desembolso”, sublinhou Fernando Alfaiate, ao ECO, em resposta às questões enviadas depois de ter reconhecido, no Tax Summit da Deloitte, no Porto, que os recursos são escassos perante a dimensão da tarefa. Uma carência denunciada também por Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, em entrevista ao Expresso (acesso pago).

“Esta execução envolve 68 beneficiários, responsáveis por lançar os avisos de candidatura, bem como fazer a avaliação dos projetos submetidos. Tem sido necessária uma enorme entrega de todas essas entidades envolvidas responsáveis pela execução, para fazer acontecer. Pelo referido, o reforço de recursos humanos é importante para continuar este caminho”, disse Fernando Alfaiate.

Tem sido necessária uma enorme entrega de todas essas entidades envolvidas responsáveis pela execução, para fazer acontecer. Pelo referido, o reforço de recursos humanos é importante para continuar este caminho.

Fernando Alfaiate

Presidente da Estrutura Recuperar Portugal

Mas, segundo Pedro Dominguinhos, o recrutamento de recursos humanos tem-se revelado difícil. “Se a contratação de pessoas para o PRR é difícil”, então o responsável sugere que se equacione a externalização de tarefas para fazer face ao volume de candidaturas. E dá um exemplo: “O Fundo Ambiental contratou duas universidades para fazerem a análise técnica das propostas. Isso também não é novidade para o IAPMEI ou para a ANI — Agência Nacional de Inovação, que já recorrem a peritos”, designadamente no Portugal 2020.

Fernando Alfaiate não se compromete com esta solução de externalização de tarefas para fazer face ao volume de candidaturas. “É uma questão a ser avaliada por essas entidades públicas“, disse simplesmente ao ECO.

O presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal estabeleceu como objetivo ter 8,5% (1,4 mil milhões) do PRR pago aos beneficiários finais até ao final do ano. No Tax Summit no Porto, a 7 de dezembro, manteve a meta. Mas para ser cumprida, será necessário pagar 255 milhões até ao final do ano, já que no espaço de 15 dias os pagamentos avançaram apenas 18 milhões. Questionado se ainda é possível manter esta ambição, Fernando Alfaiate garantiu apenas que “os beneficiários intermediários estão a envidar todos os esforços possíveis para transferir de forma segura e adequada o maior montante possível até ao final do ano“.

Fernando Alfaiate rejeita a existência de quaisquer atrasos e a luz verde que Bruxelas deu ao pagamento do segundo cheque de 1,8 mil milhões de euros são uma prova disso mesmo, já que Portugal cumpriu 18 marcos e duas metas. Em causa estão “reformas nos domínios da gestão de hospitais públicos e da transição digital nos setores público e privado. Alguns marcos e metas dizem igualmente respeito a grandes investimentos nos domínios da saúde, silvicultura, gestão da água, proteção social, inovação, mobilidade sustentável, competências digitais, cultura, finanças públicas e administração pública”, como sublinhou a Comissão Europeia em comunicado.

De acordo com esta metodologia, Portugal tem já assegurada a execução de 21% do PRR. Mas os alertas do Banco de Portugal, Conselho das Finanças Públicas, OCDE, Presidente da República incidem sobre o facto de apenas terem sido pagos 7% (1,14 mil milhões de euros, a 14 de dezembro) aos beneficiários finais.

Os beneficiários intermediários estão a envidar todos os esforços possíveis para transferir de forma segura e adequada o maior montante possível até ao final do ano

Fernando Alfaiate

Presidente da Estrutura Recuperar Portugal

No capítulo das empresas, o PRR pagou 66 milhões de euros em apoios às empresas, mas já lhes aprovou 2,56 mil milhões. Mas Fernando Alfaiate prefere sublinhar que no PRR o previsto é “a assinatura de todo os contratos das agendas mobilizadoras” até ao final do ano. “Não está previsto mais do que isto.” Mas, o IAPMEI avançou ao ECO que ainda não existe uma data definida para a assinatura das últimas agendas.

Mas claro que existe uma urgência de transferir esse dinheiro para as empresas”, reconheceu Fernando Alfaiate na conferência do Porto. “As várias entidades da Administração Pública têm o dever e obrigação de demonstrar toda uma atitude de ir ao encontro dessa transferência rápida e que conduza à implementação dos projetos de acordo com aquilo que foi a sua aprovação”, defende, recordando, contudo, que “as entidades que estão na gestão dos fundos na prática são sempre as mesmas, faltam recursos”.

Por isso, o responsável não hesita em secundar a meta sugerida por Pedro Dominguinhos de o “PRR deve ter ambição de pagar 700 milhões de euros às empresas até final de 2023”.

É uma ambição que nos parece pertinente, sendo que trabalhamos em conjunto com os beneficiários intermediários (as entidades públicas que lançam os avisos de candidatura, aprovam os projetos e fazem os pagamentos às empresas) para conseguir dotar as empresas de recursos financeiros de forma a concretizarem os investimentos aprovados”, concluiu o responsável pela coordenação do PRR.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Diana Rodrigues
  • 21 Dezembro 2022

A Ministra da Presidência é ouvida no Parlamento. É o último dia para preencher o formulário da Câmara de Lisboa que irá contribuir para avaliar os prejuízos das cheias.

A Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação recebe a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. Zelensky promove o apagão #LightUpUkraine. É o último dia para participar os danos provocados pelas condições meteorológicas, por formulário, à Câmara Municipal de Lisboa.

Audição da ministra da Presidência

​A Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação recebe, em audição, a Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, para debater a política geral das áreas que tutela, ao abrigo do artigo 104.º, n.º 5, do Regimento da Assembleia da República.

Último dia para comunicar prejuízos das cheias a Lisboa

A Câmara Municipal de Lisboa disponibiliza, até esta quarta-feira, um formulário online para recolha de informação relativa aos danos provocados pelas condições meteorológicas. Essa avaliação resulta do preenchimento do formulário (acessível em www.lisboa.pt/levantamento-danos) por proprietários de estabelecimentos de comércio e serviços, representantes de clubes e associações e cidadãos em geral.

Entrevista a Mário Centeno na RTP3

O aumento das taxas de juro, o custo de vida e o risco de uma recessão económica são assuntos a analisar pelo governador do Banco de Portugal. Mário Centeno estará presente no programa Grande Entrevista, com moderação de Vítor Gonçalves.

Eurostat divulga emissões atmosféricas

A autoridade estatística da União Europeia partilha um conjunto de dados, entre os quais a conta de emissões atmosféricas até 2020; fluxos do mercado de trabalho na UE, no terceiro trimestre de 2022; preços da terra em 2021 e Acidentes rodoviários por regiões em 2021.

Ação de solidariedade para com a Ucrânia #LightUpUkraine

Na terça-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou a instituições e cidadãos em todo o mundo para que hoje apaguem as luzes como gesto de solidariedade para com a Ucrânia, afetada por apagões causados por ataques Russos contra as suas infraestruturas de energia no contexto da campanha #LightUpUkraine.

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Do bacalhau ao bolo-rei, ceia de Natal está mais cara

Com o Natal à porta, os portugueses começam a preparar o habitual convívio em família. Este ano, a Consoada vai pesar mais na carteira, com os preços a dispararem até 43%. Supers apostam em promoções.

Este ano, o Natal volta a ser celebrado no habitual convívio alargado a toda a família, contudo, a pressão inflacionista que se faz sentir, agravada pela invasão russa à Ucrânia, está a refletir-se no preço dos produtos típicos consumidos nesta época festiva. Do bacalhau ao cabrito, passando pela couve e até ao bolo-rei e chocolates, os aumentos de preços oscilam entre os 4% e os 43%. À semelhança do que é habitual os supermercados apostam nas promoções e há também opções mais em conta.

Apesar de a inflação estar a dar sinais de abrandamento, tendo-se fixado em 9,9% em novembro, os produtos alimentares estão a subir há 14 semanas consecutivas, pelo que a lista de compras vai pesar mais na carteira na época festiva deste ano. É o caso do bacalhau, um dos produtos mais procurados para a ceia de Natal, que está a custar 12,64 euros por quilo (kg), o que representa uma subida de 19% (cerca de dois euros por kg) face à semana de 5 de janeiro, de acordo com os dados do cabaz monitorizado pela Deco, cedidos ao ECO.

Ainda assim, o bacalhau não é um dos produtos alimentares com maiores aumentos, dado que este é um “produto âncora para os retalhistas e, por isso, há muito interesse em controlar os preços”, sublinhou o diretor do Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC) para Portugal, à Lusa. Segundo este organismo, o preço do bacalhau aumentou, pelo menos, 0,77 euros por quilo até ao final de junho. O preço médio do bacalhau, seco e congelado, avançou 9,8%, ao passo que no comércio moderno (supermercados, hipermercados e minimercados) o valor cresceu 1%.

O bacalhau, um dos produtos mais procurados para a ceia de Natal, está a custar 12,64 euros por quilo, uma subida de 19% face ao ano anterior.Hugo Amaral/ECO

Nesse sentido, e à semelhança do que é habitual, as grandes cadeias apostam nas promoções do bacalhau, pelo que poderá encontrar nestes estabelecimentos opções mais em conta. No Pingo Doce, por exemplo, o bacalhau seco custa 8,99 por kg (um desconto de 35% face ao preço inicial), enquanto no Continente há opções a 11,49 euros por kg, de acordo com os folhetos promocionais disponibilizados nos sites dos retalhistas e consultados pelo ECO.

Já no Auchan encontra bacalhau seco por 12,99 por kg (um desconto de quase 19% face aos 15,99 euros iniciais). De sublinhar, que o bacalhau seco é tendencialmente mais barato do que o bacalhau demolhado. Por isso, e em alternativa, pode optar pelo paloco, cujos preços rondam, desde os 3,49 euros por kg nestes supermercados.

A pesar na fatura estarão ainda os produtos que acompanham este prato típico. A couve custa agora 1,42 kg, o que representa um aumento de 43% face a janeiro deste ano (só no último mês o preço aumentou 10%), a batata vermelha custa agora mais 34% (1,17 euros por kg), e o azeite virgem aumentou 32%, de acordo com as contas da Deco. Já o grão cozinho aumentou cerca de 11% desde o início da guerra, estando atualmente a custar 1,68 euros por kg.

O polvo é outro prato típico consumido na consoada, sobretudo na região Norte. Nos primeiros nove meses deste ano, o preço do polvo em lota aumentou 9% face a 2021, de acordo com os dados da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança, citados pela SIC. Também o polvo congelado atingiu valores elevados, mas os preços têm caído nas últimas semanas. E também aqui os retalhistas apostam nas promoções: no Continente o polvo congelado está disponível desde 11,99 euros por kg (desconto de 20% face aos 14,99 euros por kg iniciais), enquanto o Pingo Doce tem à venda polvo congelado a 9,99 por kg (face aos 12,99 euros por kg iniciais), de acordo com o site destas cadeias.

 

Já se preferir comprar um polvo fresco, os preços são tendencialmente mais caros ainda que o Continente tenha uma promoção de 10,99 euros por kg (custava 13,99 euros/kg). Em alternativa ao polvo pode optar pela pota, com os preços a oscilarem entre os 4,99 euros por kg e os 6,49 kg, no supermercado do grupo Sonae e no Auchan, respetivamente.

Peru dispara 30% face ao ano passado. Cabrito, leitão e borrego aumentam 15%

A escalada de preços chegou também à carne utilizada em vários pratos típicos consumidos pelos portugueses nesta altura. A perna de peru custa agora 4,50 euros por kg, isto é, mais 24% face ao preço praticado no início deste ano, segundo a monitorização feita pela Deco.

Este cenário é igualmente traçado pela presidente da Associação dos Comerciantes de Carne do Concelho de Lisboa e Outros, que sinaliza que “a percentagem de aumento das aves é de cerca de 30%”. Já no que toca a outros pratos típicos consumidos nesta altura, como o cabrito, o borrego ou o leitão o aumento é de cerca de 15%. Contudo, é neste setor que “se nota maior redução de consumo”, dado os preços mais elevados destes produtos.

“A escalada evidente na área alimentar, particularmente no setor da carne traz uma consequente diminuição do consumo” nesta época natalícia, sinaliza ainda Marinela Lourenço, em declarações ao ECO. Perante a escalada de preços, uma opção poderá ser juntar os amigos e vizinhos e encomendar o cabrito ou borrego diretamente aos produtores, sendo que quanto maior for a quantidade mais barato é.

E para acompanhar estes pratos típicos não pode faltar pão e vinho. À boleia do aumento dos custos das matérias-primas, nomeadamente farinha e energia, o preço do pão tem vindo a aumentar ao longo do ano, sendo esperado que esta trajetória se prolongue no próximo ano. Já no que toca vinho, a título de exemplo, uma garrafa de vinho branco do Alentejo aumentou 11% face a janeiro, estando atualmente a custar 2,69 euros, enquanto uma garrafa de vinho tinto do Douro subiu 5% no mesmo período para 4,61 euros.

Além do bacalhau, supers apostam nas promoções dos doces

Além disso, na tradicional mesa de consoada não podem faltar os doces típicos de Natal, cujos preços também vão pesar mais na carteira este ano à boleia dos preços das matérias-primas, como a farinha, óleo ou açúcar. Na Confeitaria Nacional o bolo-rei de um quilo custa 27 euros, já na Pastelaria Versailles, em Lisboa, um bolo com o mesmo peso custa 24,50 euros, de acordo com a recolha feita pelo ECO. Ligeiramente mais caro é o bolo-rainha: na Confeitaria Nacional fica-lhe por 28,90 euros (1 kg), enquanto na Pastelaria Versailles custa 29 euros.

Também no plano da doçaria, os supermercados podem ser opções mais em conta e contam com algumas promoções,ECO

 

Ao mesmo tempo, na Confeitaria Nacional os sonhos custam 1,65 euros a unidade, as rabanadas 1,75 euros e as azevias 1,95 euros a unidade. Já na Pastelaria Versailles, os sonhos custam 1,30 a unidade, mas se preferir e ligeiramente mais em conta pode comprá-los a peso: a unidade a peso é 23kg. Já as rabanas custam 2,99 euros a unidade e as azevias 1,90 euros a unidade.

Também no plano da doçaria, os supermercados podem ser opções mais em conta e contam com algumas promoções, segundo constatou o ECO através dos folhetos promocionais disponibilizados nos respetivos sites. Ao ECO, fonte oficial da Jerónimo Martins realça que “no Pingo Doce, a categoria de Padaria e Pastelaria é marcada por uma forte dinâmica promocional ao longo do ano, em particular na época festiva do Natal, de modo a proporcionar oportunidades de poupança aos clientes em vários artigos”.

No Pingo Doce um bolo-rei custa 8,49 euros por kg, isto é, um terço valor praticado na Confeitaria Nacional, e o bolo-rainha custa 10,99 euros por kg (tendo chegado a custar 9,99€/kg quando estava em promoção). Já os sonhos custam 0,99 euros a unidade, as rabanadas 1,19 euros cada e as azevias 1,09 euros a unidade.

Já no Continente um bolo-rei de 1kg custa 6,99 euros, ao passo que o bolo-rainha de 850 gramas custa 8,89 euros, uma embalagem de cinco sonhos custa 2,98 euros (cerca de 60 cêntimos a unidade), uma embalagem de quatro rabanadas custa 2,98 euros (cerca de 75 cêntimos a unidade), à semelhança de uma embalagem de quatro azevias de grão.

No Auchan, um bolo-rei de um quilo custa desde 6,99 euros, ao passo que o bolo-rainha custa desde 10,99 euros por kg. Ao mesmo tempo, uma embalagem de cinco sonhos fica-lhe por 2,98 euros (cerca de 60 cêntimos a unidade) e uma embalagem de quatro rabanadas custa 2,98 euros (cerca de 75 cêntimos a unidade), à semelhança do que é cobrado por uma embalagem de azevias, confirmou fonte oficial do grupo ao ECO, sinalizando que os preços vão estar em vigor até 27 de dezembro.

Além do típico bacalhau, polvo, cabrito, borrego, leitão ou bolo-rei, nesta época festiva aumenta também o consumo de outros doces, nomeadamente as mousses de chocolate ou os chocolates em forma de “Pai Natal”. Mas aqui os aumentos serão menos significativos. O preço da tablete de chocolate para culinária aumentou apenas 4% desde janeiro, de acordo com os dados da Deco, custando 1,72 euros e já dando sinais de abrandamento (recuou 6% em dezembro face ao preço praticado em novembro).

Nesta época festiva aumenta também o consumo de outros doces, nomeadamente as mousses de chocolate ou os chocolates em forma de “Pai Natal”.Pixabay

Já a presidente da Imperial, empresa que detém as marcas Regina, Jubileu, Pantagruel, Pintarolas ou Allegro, garantiu ao ECO que a histórica fábrica de chocolates decidiu “incorporar uma grande parte dos incrementos de custos que teve, em detrimento dos seus benefícios, e não repercutir na totalidade esses aumentos para os clientes e consumidores”.

Nesta quadra natalícia, até os guardanapos vão ficar mais caros. Em janeiro, a Navigator tinha aumentado os preços de produtos como papel higiénico, guardanapos, rolos de cozinha e toalhas de mão em 15%. Foi o segundo aumento no espaço de um mês e justificado com a subida dos custos de custos em produtos químicos, energia, materiais de embalagem e logística e celulose. Não obstante, se quiser poupar, em alternativa pode sempre usar guardanapos de pano, uma opção também mais ecológica.

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Futebol português contribuiu com 617 milhões de euros para o PIB

O Anuário do Futebol Português da época 2021/22 revela que a indústria teve um volume de negócios de 917 milhões de euros, contribuindo com 617 milhões para o PIB nacional, uma subida de 12,22%.

O futebol profissional em Portugal gerou um volume de negócios de 917 milhões de euros, contribuindo assim com um valor recorde de 617 milhões de euros para o PIB na temporada 2021/22, o que representou um aumento 12,22% em relação à temporada anterior. Os dados foram revelados esta quarta-feira a na 6ª edição do Anuário do Futebol Profissional Português, elaborado em conjunto pela Liga de clube e a consultora EY.

“A Liga Portugal e as 34 Sociedades Desportivas abrangidas por esta análise registaram, em 2021-22, um volume de negócios de 917 milhões de euros (em 2020-21 foi de 792 milhões de euros), o que se traduziu numa contribuição recorde de 617 milhões para o PIB″, refere o relatório, acrescentado que este valor “equivale a 0,29% da riqueza nacional”.

Contribuição do futebol para o PIB.
Fonte: Anuário do Futebol Profissional Português elaborado pela Liga Portugal/EY.
Liga Portugal/EY

Este acréscimo é justificado “pelo regresso do público aos estádios, que permitiu um aumento das receitas de bilheteira, e das participações das equipas portuguesas na Liga dos Campeões na época 2021-22“, de acordo com o relatório.

Com um volume de negócios total de 917 milhões de euros na temporada 2021/2022, o futebol profissional (Liga Bwin e Liga SABSEG) produziu mais de 214 milhões de euros em impostos para o Estado, o que, de acordo com o Anuário, refletiu um acréscimo de 11,5% em relação a 2020-21. Um valor que foi suportado essencialmente pela Liga Bwin, que contribuiu com cerca de 189 milhões de euros, o equivalente a 88% do impacto fiscal total apurado.

Contribuições fiscais do setor do futebol. Fonte: Anuário do Futebol Profissional Português elaborado pela Liga Portugal/EY.

 

Setor dá emprego a mais de 3.500 pessoas

Em relação à empregabilidade, o relatório refere que a Liga Portugal Bwin e a Liga Portugal SABSEG foram responsáveis diretamente por mais 3.595 postos de trabalho, sendo que a primeira divisão de futebol teve a maior fatia, empregando um total de 2.682 pessoas, das quais 976 são jogadores, 252 treinadores e 1.454 funcionários afetos às áreas de suporte, gestão e administração. Ainda assim, uma descida de 3,6% face ao número global de trabalhadores ligados ao setor que, na época de 20-21, dava emprego a 3.729 pessoas.

Empregabilidade no setor do futebol.
Fonte: Anuário do Futebol Profissional Português elaborado pela Liga Portugal/EY.
Liga Portugal/EY

 

“A produtividade média anual dos profissionais de futebol (atletas, jogadores e funcionários) foi de 153 mil euros. O aumento face à época anterior (cinco mil euros) reflete o maior aumento do valor acrescentado bruto quando comparado com o aumento do emprego”, pode ler-se no estudo.

Empregabilidade no setor do futebol. Fonte: Anuário do Futebol Profissional Português elaborado pela Liga Portugal/EY.

Um total de 319 milhões foi pago em salários, com o maior montante a ser absorvido pelos jogadores de futebol (243 milhões), seguido dos treinadores (37 milhões) e, por fim, funcionários (36 milhões).

O relatório revela ainda que na época 2021-22, “o total de saídas ascendeu a 303 milhões de euros e 55% das saídas de jogadores envolveram clubes estrangeiros (vs. 50% na época 2020-21), evidenciando uma crescente internacionalização do futebol português”, aponta o estudo.

“Registaram-se ainda 69 transferências para outras Sociedades Desportivas da Liga Portugal bwin (17%), 47 para a Liga Portugal SABSEG (11%) e 50 para campeonatos não profissionais (12%). As posições com mais saídas foram defesa central, com 74 saídas, e ponta de lança, com 60. O mercado de verão foi o mercado mais ativo nas saídas de jogadores”, refere ainda o estudo.

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Filipe Costa deverá ser o novo presidente da Aicep

A passagem de testemunho não será imediata. Luís Castro Henriques ainda tem de apresentar o plano de contas e o nome de Filipe Costa ainda tem de passar pelo crivo da Cresap.

O presidente da Aicep, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, está de saída, tal como o ECO avançou em primeira mão. A liderança do organismo público que promove a globalização da economia portuguesa deverá passar para as mãos de Filipe Costa que está agora à frente da Aicep Global Parques, apurou o ECO junto de várias fontes.

Filipe Costa é desde julho de 2018 o presidente executivo da Aicep Global Parques. Mas conhece bem os cantos da agência até porque, antes do cargo que agora ocupa, foi durante três anos delegado da Aicep em São Francisco e antes em Xangai (de 2011 a 30 de junho de 2015). Em 2011, o secretário de Estado da Internacionalização Bernardo Ivo Cruz, que tem a tutela da agência, era também delegado da Aicep e, por inerência, conselheiro económico e comercial na embaixada portuguesa no Brasil, onde dirigiu o centro de negócios da Aicep para a América Latina.

Filipe Costa tem também experiência em fundos europeus já que entre 2009 e 2011 foi o encarregado da Estrutura de Missão para a Gestão dos Fundos Comunitários (EMGFC) no Ministério da Administração Interna (MAI). Uma experiência que será muito útil tendo em conta que a Aicep é um organismo intermédio dos fundos europeus e estes são sempre um bom chamariz para atrair investidores estrangeiros (embora o PT2030 tenha limitações na elegibilidade das grandes empresas).

A experiência política também faz parte do seu currículo já que foi chefe de gabinete do ministro da Justiça, Alberto Costa, (2005-2008) e chefe de gabinete do secretário de Estado da Cultura (2001-2002). Este último cargo foi exercido enquanto era coordenador das organizações não-europeias nas relações externas da Anacom.

Filipe Costa é desde julho de 2018 presidente executivo da Aicep Global Parques. Mas conhece bem os cantos da Aicep. Foi durante três anos delegado da Aicep em São Francisco e antes em Xangai.ANTÓNIO COTRIM/LUSA 19 Julho 2022

Mas a carreira de Filipe Costa começou nas redações, nomeadamente da Lusa, mas cedo passou para a comunicação, primeiro como assessor de Jorge Coelho quando este era ministro de Estado e do Equipamento Social no Governo de António Guterres, tendo depois passado para diretor do gabinete de imprensa do ICEP, o instituto encarregue da promoção do investimento, comércio e turismo antes da fusão com a API, que tinha a seu cargo a atrair os grandes investimentos.

O ECO contactou o gabinete do secretário de Estado da Internacionalização que remeteu o anúncio do novo conselho de administração da Aicep mais para a frente, lembrando que o atual ainda está em funções até 31 de dezembro.

No entanto, a passagem de testemunho não será imediata. Luís Castro Henriques ainda tem de apresentar o plano de contas. O ainda presidente da Aicep garante que sai por vontade própria, como sublinhou em entrevista ao Observador (acesso pago), e com um vasto leque de recordes. Espera fechar o ano de 2022 com a contratualização de dois mil milhões de euros, um ano de transição dos fundos europeus que por isso não ajudam a alavancar novos investimentos, o pipeline (universo de projetos que estão a analisar a possibilidade de investir no país) ascende a 2,5 mil milhões e as exportações vão de certeza passar os 50% do PIB.

Por outro lado, o nome de Filipe Costa ainda tem de passar pelo crivo da Cresap, já que ao cargo de presidente da Aicep se aplica o estatuto de gestor público.

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Congresso dos EUA chega a acordo para financiar administração

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2022

O projeto de lei inclui um orçamento de Defesa avaliado em 858 mil milhões de dólares e outros 800 mil milhões de dólares em matéria não defensiva.

Congressistas democratas e republicanos chegaram esta terça-feira a um acordo para financiar o ano fiscal de 2023 nos Estados Unidos da América (EUA), que o Senado e a Câmara dos Representantes devem aprovar antes que os fundos expirem na sexta-feira.

O projeto de lei da execução orçamental federal, conhecido como ‘omnibus’, contempla gastos de cerca de 1,7 biliões de dólares (1,6 biliões de euros) para o ano fiscal de 2023, que vai de 1 de outubro de 2022 a 30 de setembro do ano seguinte. Em 15 de dezembro, o Congresso concordou em prorrogar o orçamento do Governo por mais uma semana, até esta sexta-feira, evitando assim a suspensão temporária do Governo por falta de fundos para continuar a operar.

Alguns congressistas republicanos disseram que preferiam continuar a adiar o debate sobre o novo projeto de lei até 2023, quando o Partido Republicano recupera o controlo da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) em janeiro, esperando que isso lhes dê mais poder para forçar cortes.

Mas as Comissões de Orçamentos do Senado (câmara alta) e da Câmara dos Representantes publicaram o texto, de mais de 4.100 páginas, durante a madrugada. O projeto de lei inclui um orçamento de Defesa avaliado em 858 mil milhões de dólares (808,6 mil milhões de euros) e outros 800 mil milhões de dólares (753,9 mil milhões de euros) em matéria não defensiva, um aumento de 9,3% em relação ao ano anterior.

Também engloba 44,9 mil milhões de dólares (42,3 mil milhões de euros) em ajuda económica, humanitária e de segurança para a Ucrânia e 40,6 mil milhões de dólares (38,2 mil milhões de euros) para lidar com secas, furacões, inundações, incêndios e outros desastres naturais e emergências nos Estados Unidos.

A expectativa é que o diploma seja votado primeiro no Senado e depois na Câmara dos Representantes, antes de ser ratificado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden. “A escolha é clara. Podemos fazer o nosso trabalho e financiar o Governo, ou abandonar as nossas responsabilidades sem nenhum caminho real a seguir“, disse o presidente do Comité de Atribuições do Senado, Patrick Leahy, em comunicado.

O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, considerou em comunicado que este pacote representa “um investimento agressivo nas famílias americanas, nos trabalhadores e na defesa nacional”. O Congresso também aloca fundos para o programa de saúde pública Medicaid para o Porto Rico (arquipélago associado aos EUA) nos próximos cinco anos, com uma média anual de cerca de 3.500 milhões de dólares (3,30 mil milhões de euros).

“Os níveis recorde de financiamento previstos no projeto de lei vão-nos permitir expandir o acesso aos cuidados de saúde para os nossos compatriotas americanos na ilha e garantir a estabilidade de longo prazo para os hospitais de Porto Rico e o seu sistema de saúde”, disse Schumer.

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+M

Partners passa a Dentsu Creative Portugal

Na noite em que celebra os 20 anos, a agência Partners desaparece e nasce a Dentsu Creative Portugal. Lourenço Thomaz e Tomás Froes mantêm-se como CCO e CEO.

Celebrar os 20 anos da agência Partners. É este o mote para a festa que vai decorrer esta noite no Lux, em Lisboa. É também aqui que será anunciado o fim da marca Partners e o nascimento da Dentsu Creative Portugal, nome da rede internacional de agências criativas da Dentsu International, lançada no verão, à qual a ainda Partners passa a pertencer.

“É uma nova etapa deste crescimento que fomos vivendo, e que nos levou também a trabalhar internacionalmente em vários momentos, culminando agora numa existência e numa identidade mais global. Passaremos então a integrar uma rede que partilha os valores e visão que sempre tivemos, ao acreditar no poder da criatividade, na teimosia de mudar e fazer nascer novas culturas, de melhorar a sociedade, criando um futuro melhor com as ferramentas, briefings e clientes que connosco chegaram aqui”, diz a agência no texto ao qual o +M/ECO já teve acesso.

Lourenço Thomaz e Tomás Froes, dois dos sócios fundadores da Partners, mantêm-se como chief creative officer (CCO) e CEO da nova estrutura e Trust risk “o mote que nos trouxe até aqui e que vai continuar a fazer-nos querer mais”, dizem.

Há duas décadas tinha início esta aventura de uma agência 100% nacional e 100% independente, cheia de vontade de fazer diferente, de ir longe e de mexer com a indústria”, recordam. “Porque o que sempre distinguiu esta agência e todos os que por aqui passaram, foi uma ambição desmedida, um crer e um querer delirantes que viam na criatividade um recurso infinito e fascinante”, prosseguem, descrevendo a Partners como “um projeto feliz e orgulhoso”.

Em 2018, recorde-se, a agência, uma das mais premiadas do país e na altura a maior agência independente, foi integrada na então Dentsu Aegis Network. No acumulado do ano, e de acordo com o ranking mensal elaborado pela MediaMonitor com base no espaço de publicidade a preços de tabela, a Partners é hoje a terceira maior agência do mercado.

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Governo quer criar fundo único para transferências de verbas da descentralização

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2022

Ana Abrunhosa defende a constituição de “um fundo único indexado às receitas que o Governo transfere para os municípios”.

As verbas correspondentes às transferências de competências para os municípios deverão passar a ser agregadas num fundo único, indexado “a uma percentagem das receitas de impostos”, anunciou esta terça-feira a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

“O nosso objetivo é, de futuro, que deixemos de ter estes fundos [Fundo Social Municipal e Fundo de Financiamento da Descentralização] separados” e que os mesmos passem a constitui “um fundo único indexado às receitas que o Governo transfere para os municípios”, disse a ministra à agência Lusa.

Ana Abrunhosa explicou, no final de uma reunião da Comissão de Acompanhamento da Descentralização, que a medida, que se espera que possa entrar em vigor em 2024, implica a constituição de um grupo de trabalho para “a revisão da Lei das Finanças Locais”.

O grupo, adiantou, deverá trabalhar “em 2023 nesse cenário de futuro”, de fundir “os fundos que representam transferências da administração central para a administração local para financiar despesas de áreas que descentralizar”, passando a verba total a ser “indexada a uma percentagem das receitas de impostos”.

De acordo com Ana Abrunhosa, a decisão “foi consensual entre os vários membros do Governo” que integram a Comissão para a Descentralização, coordenada pelo Ministério da Coesão Territorial e na qual têm assento todos os ministérios envolvidos, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), a Associação Nacional de Freguesias (Anafre) e representantes de todos os grupos parlamentares.

“Os municípios têm o princípio constitucional da autonomia e, portanto, nós [Governo] temos a tutela administrativa de supervisão legal e é isso que faremos”, acrescentou a governante, explicando que o executivo deixará “de andar a monitorizar e acompanhar estas transferências e as despesas” dos municípios que “têm o princípio constitucional da autonomia”.

O Governo tem “a tutela administrativa de supervisão legal” e não quer “andar a verificar quanto é que eles [municípios] gastam em refeições escolares ou se as verbas transferidas foram a mais ou a menos”, salientou Ana Abrunhosa.

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Assembleia de Lisboa aprova plano de saúde gratuito para 130 mil munícipes com mais de 65 anos

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2022

A proposta inclui ajudas específicas para os 5.000 beneficiários do complemento solidário para idosos, como o acesso gratuito a consultas de higiene oral e de optometria, próteses dentárias e óculos.

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou hoje o plano de saúde gratuito para 130 mil munícipes com mais de 65 anos, com ajudas específicas para os 5.000 beneficiários do complemento solidário para idosos, a disponibilizar a partir de janeiro.

Apresentada pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), concretizando um dos compromissos eleitorais da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), a proposta de plano de saúde “Lisboa 65+” foi viabilizada pelos deputados municipais, com os votos contra de BE, Livre, PEV, PCP e independente Daniela Serralha, do movimento político Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), e a abstenção de PS e Iniciativa Liberal (IL).

Votaram a favor do plano de saúde os grupos municipais de PSD, PAN, MPT, PPM, Aliança, CDS-PP e Chega.

A votação foi feita por pontos, tendo existido diferença de votação apenas por parte da IL, que votou a favor do apoio aos beneficiários do complemento solidário para idosos e absteve-se na generalização da ajuda consoante a idade, pedindo “ambição para um projeto maior”, através da implementação de um seguro de saúde municipal.

Na apresentação da proposta, Carlos Moedas defendeu que o plano de saúde vai “levar a saúde a casa dos lisboetas”, constituindo “um passo maior para construir o estado social local”, mantendo o investimento do município em infraestruturas, em que se prevê “mais de 28 milhões de euros em centros de saúde em Lisboa até 2026”, dos quais 10,6 milhões de euros para 2023.

O presidente da câmara apelou à assembleia para “deixar a discussão se é público ou privado e construir uma solução para as pessoas”, aprovando o plano de saúde, para permitir que “130 mil lisboetas com mais de 65 anos possam ter, ilimitadamente, consultas e teleconsultas quando não têm acesso a médico de família”.

Do grupo municipal do PS, a deputada Alexandra Mota Torres lamentou a forma de fazer política de Carlos Moedas, criticando o “populismo doce”, com “atos de demagogia e frases feitas”, em que “importa fingir que se faz”. “O estado social local existe há muitos anos”, afirmou, considerando que o plano proposto “nunca será um seguro de saúde”.

“Uma moeda nunca será uma nota”, reforçou a socialista, fazendo um trocadinho com o nome do presidente da câmara, o que gerou protesto por parte da bancada do PSD.

Alexandra Mota Torres manifestou ainda estranheza que Carlos Moedas não queira aceitar a delegação da área da saúde no processo de transferência de competências da administração central e venha ajudar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Assegurando que “o PS é um acérrimo defensor do SNS, mas não diaboliza os serviços privados, a deputada socialista justificou a abstenção como forma de “não alimentar narrativas de vitimização” por parte do presidente da Câmara de Lisboa.

Dos partidos que votaram contra, o BE deixou a preocupação de os utentes serem aliciados para hospitais privados, o Livre considerou que o plano “está longe da promessa de um seguro de saúde”, o PEV apontou “a potencial desarticulação com o SNS e o PCP disse que a proposta se insere “num caminho de entrega à privatização de uma parte dos cuidados de saúde prestados a uma parte fundamental da população da cidade”.

No final das intervenções dos deputados, Carlos Moedas manifestou-se “triste com uma parte da discussão”, defendendo que o poder local tem de estar “acima de tudo, dos partidos, da ideologia” e deixando um apelo direto ao PCP para votar a favor do plano: “É melhor não fazer nada? […] Queremos ou não queremos ajudar as pessoas?”.

“Não vou fazer apelo ao BE, porque sei que as nossas diferenças são o que são”, acrescentou, respondendo ainda ao PS com a afirmação de que não compete à câmara “reforçar o SNS, isso é o Governo”. Carlos Moedas explicou ainda que quer aceitar a delegação de competências na área da saúde, mas com os recursos necessários, e agradeceu ao PS o voto de abstenção para a viabilização do plano de saúde.

O plano de saúde prevê apoiar 130 mil lisboetas com mais de 65 anos, de forma gratuita, com “serviços de telemedicina disponíveis 24 horas por dia, durante 365 dias por ano, assistência médica ao domicílio em casos de necessidade sinalizados e transporte em ambulância em caso de indicação do médico ao domicílio”.

Além disso, a proposta inclui ajudas específicas para os 5.000 beneficiários do complemento solidário para idosos, como o acesso gratuito a consultas de higiene oral e de optometria, próteses dentárias e óculos.

Para a implementação do plano, o município celebrou protocolos com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e com o Instituto da Segurança Social, para partilha de informação sobre os utentes com mais de 65 anos e sobre os que são beneficiários do complemento solidário para idosos, bem como com a Associação Nacional de Farmácias, a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, prevendo ainda a participação dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa.

O plano de saúde, que deverá ser implementado em 2023, 2024 e 2025, está orçado em cerca de 1,5 milhões de euros por ano, dos quais 600 mil euros para assegurar os serviços de teleconsulta e de assistência médica ao domicílio.

No executivo camarário, em 24 de outubro, a proposta de Carlos Moedas, que governa sem maioria absoluta, foi aprovada graças à abstenção dos cinco vereadores do PS, contando com os votos a favor dos sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) e os votos contra da restante oposição, nomeadamente dois do PCP, um do BE, um do Livre e um da vereadora independente do Cidadãos por Lisboa (eleita pela coligação PS/Livre).

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Empresas de vinhos apontam aumento de vendas de gama média-alta neste Natal

  • ECO e Lusa
  • 20 Dezembro 2022

Empresas de vinhos apontam aumento de vendas de gama média-alta neste Natal, apesar do receio do comportamento do mercado em 2023 face ao contexto internacional.

Empresas de vinhos apontam para um aumento das vendas neste final de ano e época de Natal, principalmente nas categorias superiores e mais caras. Mas o setor está preocupado com o comportamento do mercado em 2023.

“Há um mês víamos este Natal já com alguma preocupação Felizmente, parece não ser isso que se está a passar. Ou seja, de alguma forma os portugueses estão a continuar a comprar vinhos e a comprar as categorias especiais e gamas mais altas”, afirma Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, a Associação Interprofissional do Vinho.

Frederico Falcão prevê, contudo, um ano 2023 “difícil”, considerando que “tudo depende da conjuntura económica, política e social e, sobretudo, do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia”. Frederico Falcão admite estarem “com receio, porque há muita instabilidade nas economias, sobretudo na Europa. Aliás, na exportação já se sente a Europa a retrair”.

Os indicadores neste Natal culminam também com um bom ano para as exportações dos vinhos portugueses. Segundo a ViniPortugal, os dados até outubro revelam que em 2022 as exportações atingiram o valor mais alto de sempre, designadamente 771,7 milhões de euros. O que representou um crescimento de 1,35% em valor e 1,87% em preço médio, embora com uma quebra de volume (0,51%) face ao período homólogo de 2021. Os três mercados com maior destaque são Angola, México e Bélgica.

Já a Costa Boal Family Estates, empresa de António Boal, com sede em Trás-os-Montes e produção ainda no Douro e Alentejo, está a sentir um aumento da procura dos vinhos premium nesta época. “Foi um objetivo que colocámos na nossa empresa de aumentarmos a qualidade, mas também o preço; o que nos veio dar alguma força e segmentação de mercado devido ao aumento das matérias-primas”, afirma o empresário António Boal.

“Estamos a crescer mais do que o planeado nos vinhos de gama média-alta. Há uma grande procura, acima das expectativas“, frisa o empresário, calculando um “crescimento entre os 20% e os 25%” em vários destes vinhos.

António Boal aproveita para realçar o “bem-sucedido” projeto que lançou com Francisco Costa, o ex-jogador de futebol conhecido como “Costinha”, com garrafas de 1,5 litros de vinho a 600 euros, referindo que “metade” desta colheita já está vendida.

Com uma faturação de 1,7 milhões de euros em 2021, a Costa Boal pretende, este ano, ultrapassar os 2,1 milhões; o que representa um crescimento da ordem dos 25%. A exportação representa cerca de 38% das vendas.

Também a diretora-geral da Quinta do Pessegueiro (Douro), Célia Varela, destaca a “grande procura pelos topos de gama” neste Natal, apontando uma “procura de 28% superior a 2021”, ou seja, “mais 25.000 garrafas”. Exemplificou com um vinho colocado no mercado a um preço médio de 59 euros, produzido a partir de uvas de vinhas centenárias e só em “anos especiais”, que já “se encontra esgotado”.

Para Pedro Ribeiro, da Herdade do Rocim, no Alentejo, o aumento da procura, no primeiro Natal pós-pandemia, “revela uma mudança interessante no mercado nacional que está a valorizar cada vez mais o vinho premium em detrimento de vinhos mais correntes”.

Segundo a Martins Wine Advisor, consultora especializada de vinhos, a procura subiu cerca 300% no canal horeca (restauração, hotelaria) comparado a 2021, ano marcado pela pandemia, referindo que também a construção de garrafeiras privadas tem contribuído para o aumento das vendas de vinho.

A diretora-geral desta consultora, Micaela Ferreira, confirma também “uma grande procura pelos topos de gama nacionais e estrangeiros”.

Já a Enoport revelaque as vendas de Natalatingiram resultados muito positivos” e em muito também graças às edições especiais de Natal, em embalagens de madeira e com garrafas de grandes dimensões, representando “2 a 3% do total anual” das vendas da produtora da região do Tejo.

A Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP) confirma “um padrão que se mantém quase todos os anos com vendas superiores nos meses de setembro, outubro e novembro em relação aos meses restantes”.

No entanto, a associação fala num decréscimo de vendas ao longo deste ano, “que é maior em quantidade do que em volume de negócios devido à evolução positiva dos preços médios”.

No vinho do Porto destaca-se o mercado nacional com uma evolução “muito positiva” e que tem compensado, em parte, a quebra nas exportações até outubro, designadamente “menos 8,5% em quantidade e menos 5,7% em volume de negócios”.

Os dados da ViniPortugal, entre janeiro e outubro, revelam que, excluindo o vinho do Porto, as exportações aumentaram 4,39% em valor, 1,34% em volume e 3,01% no que se refere ao preço médio, face a igual período de 2021.

Também as referências vínicas da Quanta Terra, empresa de Favaios, recentemente nomeada Best of Wine Tourism 2023, estão a ter uma procura 20% superior ao mesmo período de 2021. O responsável Celso Pereira regista “uma grande procura pelos topos de gama”, como é o caso dos vinhos de edição especial Tinto 2017 e Espumante 2018 produzidos em parceria com a artista plástica Joana Vasconcelos e colocados no mercado a um preço médio de 750 euros, em caixas de três garrafas. Celso Pereira criou a empresa com Jorge Alves, fundada em 1999, em torno do conceito Arte e Vinho.

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Novo aviso abre para painéis fotovoltaicos em aproveitamentos hidroagrícolas

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2022

O aviso destina-se à melhoria da gestão dos aproveitamentos hidroagrícolas, com introdução de tecnologias mais eficientes, de forma a melhorar capacidade de produção de energia solar fotovoltaica.

O Ministério da Agricultura e da Alimentação anunciou esta terça-feira a abertura de um novo aviso para instalação de painéis fotovoltaicos nos aproveitamentos hidroagrícolas, com uma dotação de nove milhões de euros. Em comunicado, o ministério refere que, com esta verba, “o montante total destinado a este tipo de investimento atinge 12 milhões de euros no corrente ano”.

“O aviso destina-se à melhoria da gestão dos aproveitamentos hidroagrícolas, com introdução de tecnologias mais eficientes, de forma a melhorar capacidade de produção de energia solar fotovoltaica permitindo, desta forma, reduzir a dependência energética destas estruturas e mitigar o efeito da subida de preços da energia no valor pago pela água”, refere o gabinete de Maria do Céu Antunes.

Segundo a nota, os objetivos passam também “por aumentar a sustentabilidade energética dos aproveitamentos hidroagrícolas, através da produção de energia a partir de fonte renovável, designadamente, energia solar fotovoltaica, contribuindo assim para a descarbonização do setor, por via da redução da utilização de combustíveis fosseis no regadio coletivo”.

Na primeira fase, que encerrou em 12 de dezembro, foram submetidas 12 candidaturas, com um valor total que ronda os três milhões de euros. As candidaturas para o novo aviso estão abertas até 20 de fevereiro de 2023.

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