Comunistas prometem maior contestação social, mas não “arruaças”

Está de saída do Parlamento, mas o seu partido vai continuar a fazer-se notar. Em entrevista à Renascença, o deputado António Filipe promete mais contestação social, uma vez que “há muitos problemas que não estão resolvidos”, mas explica que não será através de “arruaças”.

“Há muitos problemas que não estão resolvidos. Há formas diversas de contestar e estamos a falar de contestação feita nos termos democráticos. Não estamos a falar de arruaças ou de formas de manifestação à margem dos direitos democráticos”, disse o comunista, referindo que, “havendo razões de contestação, ela certamente surgirá” e o PCP vai procurar “levar as suas reivindicações aos órgãos de poder e à Assembleia da República”.

António Filipe notou ainda que o facto de a CGTP defender os direitos dos trabalhadores “de uma forma perfeitamente organizada e dentro do quadro democrático” evita “a degeneração em violência e atos de vandalismo”. Sobre a posição que o PCP terá no Parlamento, o deputado afirma que “será uma oposição pela esquerda relativamente ao Governo, muito diferente da oposição que os partidos da direita quererão fazer”.