Zurich planeia alienar carteira Vida maior do que a vendida à GamaLife
O grupo Zurich divulgou indicadores da atividade em 2021, apresentando um dos melhores resultados em 150 anos de história. A companhia segue a desinvestir de ativos Vida.
A Zurich Insurance pretende desfazer-se de mais carteiras de ativos do ramo Vida, com objetivo de tirar partido destas transações, que permitem libertar capital. A carteira italiana de seguros de Vida e Pensões que o grupo Zurich vendeu à GamaLife é pequena quando comparada com o próximo bloco que a seguradora suíça se prepara para alienar, disse à Reuters o presidente executivo do grupo.
A próxima venda de um pacote de apólices deste ramo (carteiras fechadas à adesão de novos clientes) poderá acontecer na Alemanha, um bloco que ainda levará alguns meses a vender, mas que será “muito maior” do que a carteira italiana adquirida pela portuguesa GamaLife (ex-GNB Vida), adiantou Mario Greco, CEO da Zurich.
Resultados históricos em 2021
Quinto entre os maiores seguradores europeus, o Zurich Insurance Group acaba de publicar números relativos a 2021, ano em que alcançou “um dos melhores resultados da sua história,” realça em comunicado.
O resultado da atividade operacional cresceu 35%, face ao na anterior, atingindo 5,74 mil milhões de dólares. Deste montante, o segmento P&C (não Vida) gerou lucro corrente de 3,1 mil milhões (uma subida próxima de 50% em variação anual), com rácio combinado de 94,3%, em decréscimo de 4.1 pp e traduzindo o melhor desempenho dos últimos 15 anos.
No negócio P&C (Property & Casualty) e em perímetro comparável, os prémios brutos progrediram 12% nas linhas comerciais e 8% no retalho e junto de PME (pequenas e médias empresas), impulsionando a entidade para um volume bruto de prémios emitidos superior a 40 mil milhões de dólares, “pela primeira vez”, reafirma a seguradora que em 2022 completa 150 anos de atividade.
No negócio seguros de Vida, o lucro operacional contabilizado em 1,6 mil milhões de dólares, avançou 27% face ao exercício anterior, refletindo aumento nas parcelas “comissões, resultados de investimentos e menos sinistros”.
Globalmente, suportado pelo desempenho operacional, o lucro líquido atribuível (após impostos e descontando interesses minoritários) aumentou 36%, estabelecendo-se em 5,2 mil milhões de dólares.
Outro indicador revelado no comunicado é o acréscimo de 2,2 milhões novos clientes de retalho, considerando 8 mercados (Austrália, Brasil, Alemanha, Suíça, Itália, Espanha, Japão, e a joint venture com o Santander), o que elevou a base clientes do grupo para os 55,4 milhões.
A Zurich indica ainda que goza de situação de solvência fortalecida, com rácio de 212% (calculado pelo modelo suíço SST).
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