Programa de recompra de ações “é bom” porque preço “está subvalorizado”, diz CEO da Galp
Os detalhes deste programa serão anunciados após a assembleia geral, com a implementação planeada para começar na altura e para ser executada ao longo do ano, segundo a Galp.
O presidente executivo (CEO) da Galp considerou esta segunda-feira que o programa de recompra de ações no valor de 150 milhões de euros, anunciado na divulgação dos resultados de 2021, “é bom”, considerando que o “preço das ações está subvalorizado”.
Esta posição foi transmitida por Andy Brown aos analistas, em conferência sobre os resultados de 2021, divulgados antes da abertura do mercado. “Penso que o buyback [programa de recompra] é bom, porque nós consideramos que o preço das ações está subvalorizado”, afirmou o presidente executivo.
No comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp informou propor a distribuição de um dividendo de 52 cêntimos por ação, mais 4% do que em 2021, e manter esta taxa de crescimento nos próximos anos, bem como um programa de recompra de ações no valor de 150 milhões de euros, sujeito à aprovação dos acionistas em assembleia geral.
Segundo a Galp, “os detalhes do programa serão anunciados após a assembleia geral, com a implementação planeada para começar na altura e para ser executada ao longo do ano”. Aos analistas, Andy Brown, que completou cerca de um ano à frente da empresa, disse que a maioria dos acionistas com quem manteve discussões manifestou-se favorável ao programa de recompra.
O responsável acrescentou que o programa será levado a cabo de forma “lenta”, ao longo do ano, e reflete a vontade da empresa de ter uma política de dividendos “progressiva”. “Com o ‘buyback’, teremos mais capacidade para recompensar a base [acionistas]”, sublinhou Andy Brown.
No início de fevereiro, a Galp comunicou ao mercado o trading update do quarto trimestre de 2021, onde deu conta de que o “forte cash flow operacional […] no quarto trimestre será parcialmente compensado por um aumento do fundo de maneio, principalmente relacionado com efeitos temporários de contas de margem ao final de 2021”.
“Considerando que os referidos efeitos temporários de fundo de maneio irão reverter ao longo de 2022, o Conselho de Administração da Galp irá considerar um ajuste na distribuição acionista relativa ao ano fiscal de 2021”, acrescentou a empresa, referindo que este “ajuste” seria anunciado no dia da publicação dos resultados.
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