Governo prepara “solução chave-na-mão” para acolher ucranianos
Serviços públicos colaboram para desbloquear burocracias associadas ao acolhimento de cidadãos da Ucrânia, que o Executivo deseja “solidário e imaculado”. Bruxelas espera cinco milhões de refugiados.
A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, assegura que Portugal está a preparar uma “solução chave-na-mão para os ucranianos que desejem vir” para o país e que vários serviços públicos estão a colaborar para desbloquear as burocracias associadas a esse processo.
“Sabemos que é um processo complexo e queremos garantir que à chegada tudo decorre sem constrangimentos e que o acolhimento é feito de forma solidária e imaculada”, referiu a governante, em declarações à saída de uma reunião extraordinária de ministros dos Assuntos Internos da UE, transmitidas pela RTP3.
Patrícia Gaspar adiantou ainda que o Executivo socialista liderado por António Costa está a trabalhar em Portugal com as diferentes organizações que dão apoio à comunidade ucraniana, que ronda atualmente as 30 mil pessoas e que está “bem integrada e instalada”.
Os cidadãos russos que desejem vir para a UE vão deixar de ter os vistos facilitados e passem a ser escrutinados de outra forma.
Outro dossiê analisado no encontro desta tarde, convocado pela Presidência francesa da UE, prende-se com a gestão das fronteiras comuns, estando em cima da mesa uma possível suspensão do acordo entre a União Europeia e a Rússia. Na prática, isso “faz com que os cidadãos russos que desejem vir para a UE deixem de ter os vistos facilitados e passem a ser escrutinados de outra forma”.
Portugal não tem nenhum visto gold atribuído a cidadãos russos cujos nomes constem da lista de sancionados pela UE, segundo o Público, que cita fonte oficial do Ministério da Administração Interna. As autoridades nacionais detetaram que uma das mais de 400 pessoas que estão nesse grupo fez um pedido de visto gold, mas garantem que esse processo que foi “imediatamente” travado.
Já questionada pelos jornalistas sobre o número de ucranianos que podem vir a ser acolhidos em território nacional, a secretária de Estado da Administração Interna respondeu que “em Portugal não temos limite” e insistiu que “há um espaço de acolhimento bastante vasto”.
Já segundo os números da Comissão Europeia, citados pela governante nesta conferência de imprensa, podem chegar ao território comunitário perto de cinco milhões de ucranianos. “Neste momento, cerca de 300 mil já ultrapassaram as fronteiras da UE, a maior parte deles pela Polónia. Para já, não deveremos ter uma inversão nesta tendência”, acrescentou.
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