BRANDS' ECO O erro de ignorar as Cripto-Oportunidades
De todas as vezes que as condenaram à extinção, as criptomoedas vieram mais fortes do que nunca. Hoje sabemos que vieram para ficar. Com elas trazem um mundo de oportunidades.
O primeiro desafio das criptomoedas começou logo na sua ambiciosa e gigantesca missão de revolucionar o sistema financeiro. Entretanto, passaram por crashes, revoluções tecnológicas e leis que as tentaram derrubar mais do que uma vez. Mas reergueram-se sempre com a teimosia de quem fala a sério.
E apesar do seu crescimento e do claro impacto que já têm na economia mundial, a grande maioria das pessoas continua a não perceber como é que tudo isso do dinheiro digital funciona. Para muitas, continua a ser algo estranho. Obscuro. Longínquo. Coisa de informático.
O que é claramente um erro.
As criptomoedas não só já integram o dia-a-dia de muitas pessoas comuns, como serão claramente o futuro do dinheiro.
Quanto mais portugueses e portuguesas perceberem isso, melhor.
"Esse presente mostra-nos que o dinheiro digital já é mais que simples investimentos na volatilidade das criptomoedas. Há toda uma indústria assente em criptoativos.”
De há uns tempos para cá, comecei a receber vários novos clientes com investimentos em criptomoedas, cheios de vontade de terem os seus rendimentos legais e poderem metê-los em circulação – um claro indicador que, em Portugal, já começamos a ver movimentos nesse sentido. Já vemos empresas e empreendedores a direcionarem os seus investimentos para os cripto ativos. No entanto, ainda é pouco em relação a outros países da Europa.
Mais uma vez Portugal está a ficar para trás.
Falar das infinitas oportunidades que rodeiam os cripto ativos ultrapassa o meu mero entusiasmo pela tecnologia e pelo dinheiro digital. Tão pouco é um ato de fé. É apenas a visão clara daquilo que já está a acontecer. Dum futuro inevitável. Um futuro baseado no presente.
Esse presente mostra-nos que o dinheiro digital já é mais que simples investimentos na volatilidade das criptomoedas. Há toda uma indústria assente em criptoativos. É o caso das NFT – um conceito que está a revolucionar a noção de propriedade – o staking, a mineração, o metaverso, as finanças descentralizadas, e muitas outras novas oportunidades de negócio que já existem e irão existir, baseadas no dinheiro digital.
E não estamos sequer a falar de pequenos projetos feitos por adolescentes aborrecidos na garagem dos pais. Estamos a falar de empresas com capitalizações de milhares de milhões de dólares. Gigantes da tecnologia.
Este é um momento crucial para decidirmos o que queremos fazer enquanto país.
Queremos integrar o grupo dos que ficam sentados a ver passar a oportunidade de atrair cripto investidores e adotar esta tecnologia numa fase embrionária, ou queremos tomar a iniciativa? Seremos mais uma vez o país que fica à espera que os outros façam primeiro, para imitarmos depois, ou criamos a nossa própria sorte?
Porque líderes mundiais como a China, os Estados Unidos, e a própria União Europeia, já estão a preparar o lançamento das suas moedas digitais.
"Nada disto acontecerá de um dia para o outro. Será preciso educar as pessoas e encontrar soluções fiscais para legitimar os negócios e investimentos cripto. Será preciso ter leis, controle e regulamentação.”
Parece-me que fechar os olhos ao futuro e àquilo que já está a acontecer será um tremendo erro, assim como será um tremendo desperdício não querer liderar esta mudança económica e criar condições para atrair investimento legítimo, multimilionário, capaz de criar emprego e dinamizar a nossa economia, por falta de audácia e de coragem para olhar para o futuro de forma estratégica.
E se quisermos fazê-lo, é essencial criar medidas que permitam acolher esses novos investidores e fomentar o desenvolvimento dos novos negócios gerados pelos cripto ativos e pelas suas tecnologias, ao invés de cair na tentação de taxar as mais valias geradas pelos criptorrendimentos.
Claro que toda a mudança gera resistência, e não existe mudança sem desafios, sem adaptação, ajustes e reajustes. Nada disto acontecerá de um dia para o outro. Será preciso educar as pessoas e encontrar soluções fiscais para legitimar os negócios e investimentos cripto. Será preciso ter leis, controle e regulamentação.
Mas nenhum desses desafios nos deve impedir de avançar e de olharmos para o dinheiro digital como o propulsor de um futuro cheio de oportunidades.
Mais cedo ou mais tarde esse futuro irá chegar. Cabe-nos decidir quão rápido queremos que ele se torne presente. Vamos seguir, ou liderar?
Texto por Mário Moura, CEO da Mário Moura Contabilidade
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