Pedro Lourtie substitui Nuno Brito como embaixador de Portugal na UE

Após cinco anos e meio a representar Portugal junto da União Europeia (UE), Nuno Brito será esta quarta-feira substituído pelo embaixador Pedro Lourtie enquanto Representante Permanente, em Bruxelas, avançou a conta Twitter oficial da Representação Permanente de Portugal junto da UE.

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Pedro Lourtie foi nomeado para o cargo de representante português na UE em decreto do Presidente da República divulgado em janeiro deste ano. “É nomeado, sob proposta do Governo, o embaixador Pedro Manuel Carqueijeiro Lourtie para o cargo de Representante Permanente de Portugal junto da União Europeia – REPER, em Bruxelas”, pode ler-se.

Nuno Brito participou, esta quarta-feira, na sua última reunião da UE antes de se mudar para Londres, após contabilizar cerca de 500 Corepers (reuniões de representantes permanentes dos Estados-membros da UE), e mais de 50 conselhos europeus. O sucessor de Brito, Pedro Lourtie, exerceu funções de chefe de gabinete de José Sócrates, quando este era primeiro-ministro, entre 2006 e 2009, tendo depois assumido a secretaria de Estado dos Assuntos Europeus.

Além de já ter ocupado cargos na REPER, Lourtie foi representante da UE em Washington, nos EUA, e em 2015 foi nomeado representante diplomático de Portugal em Tunes, na Tunísia.

Em declarações ao jornal Politico (acesso aberto), Brito sublinhou a crise gerada pela pandemia de Covid-19 como um dos momentos mais desafiantes da sua passagem pela representação junto da UE, tendo ainda destacado o sucesso do certificado digital Covid. “Era vital normalizar a atividade transfronteiriça”, disse o responsável.

Após uma mudança para um ritmo de trabalho mais acelerado face à invasão da Ucrânia, Brito deixa ainda em aberto por quanto tempo poderão durar as sanções contra a Rússia, apontando para o caso americano, onde Biden voltou atrás na sua palavra após dizer que Putin deveria sair do poder.

“Na Europa, acho que tentamos ser moderados quando lidamos com Moscovo… porque precisamos de resultados, não temos interesse em reiniciar uma Guerra Fria em grande escala… precisamos de medidas, mas também precisamos de conversar, porque se não falamos, piora e temos de acabar com essa guerra injustificada”, observou Brito.