Juros em novos máximos condicionam Wall Street

Prossegue a temporada de resultados na bolsa de Nova Iorque, com a Netflix no centro das atenções. Wall Street abriu a sessão sob pressão, com os juros da dívida a subirem para novos máximos.

Wall Street abriu a sessão desta terça-feira sob alguma pressão, com as yields da dívida pública americana a atingir novos máximos à boleia das expectativas dos investidores de que a Reserva Federal vai ser agressiva a subir os juros por causa da inflação.

O presidente da Reserva Federal de St. Louis, James Bullard, reiterou a sua posição de subir os juros para 3,5% até final do ano para conter uma taxa de inflação que está em máximos de quatro décadas. Bullard também não afastou uma subida de 75 pontos base de uma assentada.

Neste cenário, os juros da dívida pública dos EUA estão a acelerar. A taxa a 10 anos avançou para 2,909%, o valor mais elevado desde o final de 2018.

Depois de recuperarem em março na sequência do impacto da guerra na Ucrânia, as ações americanas voltaram a estar sob pressão este mês, penalizadas com o potencial impacto da política monetária da Fed no crescimento económico.

Esta terça-feira, os principais índices de Nova Iorque estão em queda ligeira, com o S&P 500 a perder 0,10% e o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones a cederem 0,25% e 0,02%, respetivamente.

Os investidores estão atentos à temporada de resultados. O Bank of America prestou contas esta segunda-feira e os lucros do banco saíram acima do esperado. Hoje é a vez da Netflix, depois do fecho de Wall Street. Os analistas avisam que poderá perder um milhão de utilizadores com a saída da Rússia. As ações da plataforma de streaming de vídeo recuam 0,71% para 335,46 dólares.

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