Grupo Himo abre cowork em Setúbal. Investe um milhão em dois novos espaços em Aveiro e Lisboa

Braga, Cascais, Ericeira, Sines, Lagos e Évora estão entre as cidades na mira do grupo Himo para o nascimento de novos espaços de cowork.

O grupo Himo acaba de abrir um cowork em Setúbal e prepara-se para abrir dois novos Sitio em Aveiro e Lisboa. Só nestes três projetos o grupo, que faz gestão de uma rede de coworks e espaços de coliving, investiu cerca de 1,5 milhões de euros. Braga, Cascais, Ericeira, Sines, Lagos e Évora estão entre as cidades onde o grupo pretende investir em novos espaços.

“Estamos neste momento a iniciar as obras em dois novos espaços, um em Aveiro, com cerca de 1.000m2, e outro em Lisboa, com 2.400m2 que será o novo espaço da Fintech House, que está atualmente num outro edifício da rede e que já é uma referência no ecossistema das fintech a nível europeu”, adianta Miguel Ricardo, general manager da rede Sitio, do Grupo Himo, à Pessoas/ECO. “O investimento na reconversão destes dois espaços é de cerca de um milhão de euros”, acrescenta.

“No plano de crescimento temos cidades como Braga, Cascais, Ericeira, Sines, Lagos, Évora, entre outras. Quanto aos modelos de negócio para novos espaços ponderamos profit sharing, arrendamento ou sale and leaseback em que a marca Sitio, enquanto operador, garante a rentabilidade do investidor”, refere ainda o gestor.

Setúbal junta-se a rede de coworks

A rede Sitio é composta por 14 espaços de coworking (dez em Lisboa, três no Porto, um em Setúbal) e oito de coliving (todos em Lisboa). “O rápido crescimento da rede também se deve ao suporte das outras empresas do grupo Himo, em especial a Habita (mediadora imobiliária) na identificação de ativos imobiliários, Roots responsável pelo desenvolvimento e gestão de projetos e CMquadrado na construção”, explica o responsável.

Setúbal acolhe o mais recente Sitio a nascer na rede. “Setúbal tem um enorme potencial para ser das cidades que proporcionam um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional pois alia um importante tecido empresarial a uma posição estratégica entre a serra da Arrábida e o estuário do Sado que permite ótima qualidade de vida”, justifica Miguel Ricardo. “É também um ótimo local de trabalho para todos os que vivem a sul do Tejo e pretendem evitar o stress das deslocações para Lisboa.”

Neste espaço o grupo investiu 420 mil euros, tendo criado dois postos de trabalho diretos e vários indiretos, nomeadamente na cafetaria, lojas e serviços de suporte.

Composto por duas lojas, uma cafetaria — sob a gestão da Casa Borba, com produtos artesanais e café biológico — o Sitio de Setúbal tem quatro salas de reuniões e espaços de trabalho com capacidade para 120 pessoas, divididos entre escritórios e zonas com postos de trabalho dedicados ou flexíveis, para utilização por membros ou por clientes pontuais.

Os preços variam entre diárias de 15 euros para os postos de trabalho flexíveis e mensalidades entre 175 a 200 euros por posto em escritório ou secretária dedicada.

“O preço inclui o que consideramos necessário para que os nossos membros possam chegar, ligar o computador e começar a trabalhar. Entre os serviços incluídos estão internet de alta velocidade, acesso ao espaço 24/7, pacote de horas de utilização das salas de reuniões e utilização da copa onde são disponibilizados de forma gratuita fruta e café“, refere o gestor da rede.

Os membros do Sitio também têm acesso aos eventos em toda a rede e à possibilidade de trabalhar em qualquer um dos outros espaços. “Isto significa que um membro do Sitio Setúbal pode reunir com um cliente num dos espaços do Porto ou passar um dia a trabalhar a Lisboa”, destaca Miguel Ricardo.

Para o espaço em Setúbal, a gestora pretende ainda desenvolver eventos para a comunidade e parcerias que aumentem o bem estar no local de trabalho, como sessões de ioga, massagens, entre outras.

Pretende-se que o espaço seja um ecossistema entre freelancers, nómadas digitais, startups e PME com constantes sinergias entre membros. Toda esta atividade e networking também são cativantes para quem está em teletrabalho e que tem aqui uma alternativa a trabalhar no escritório ou em casa”, refere.

Miguel Ricardo diz-se “muito confiante” como a forma como o mercado está a evoluir e espera taxas de ocupação elevadas. “Esperamos alcançar ocupações entre 85% e 90% quando entrarmos em velocidade cruzeiro.”

Empresas procuram coworks

Com a revolução nos modelos de trabalho imposta pela pandemia, muitas empresas têm adotado modelos híbridos. Com parte dos trabalhadores no escritórios e muitos deles em situação de trabalho à distância tem vindo a ganhar tração o conceito de ‘terceiro espaço’. As empresas têm vindo a procurar os cowork da rede, para funcionar como terceiro escritório para os seus colaboradores?

“Tem sido cada vez mais uma realidade e uma forma de as empresas responderem às necessidades dos trabalhadores no contexto atual”, diz o managing director da rede Sitio sem mais detalhes.

Com o trabalho à distância muitas empresas também estão a aumentar a sua rede de contratação, não se limitando às zonas onde têm os seus escritórios. O Estado português tem ainda inclusive um plano para a criação de uma rede de coworks em zonas do interior do país.

“É uma boa iniciativa para o combate à desertificação do interior, no entanto criar espaços de coworking não chega, é preciso incentivar e dar condições a que as empresas se estabeleçam, criar uma comunidade e desenvolver uma rede entre os vários municípios para que o ecossistema seja sustentável”, alerta Miguel Ricardo.

“Estamos disponíveis para ajudar as autarquias a pensar e desenvolver os seus espaços de coworking, bem como formas de cativar empresas e de lhes proporcionar condições para que se desenvolvam.”

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