Angolana Nossa Seguros cresce em prémios com lucro estabilizado em 2021

  • ECO Seguros
  • 12 Abril 2022

Segunda maior companhia em Angola por volume de produção, a seguradora controlada pelo BAI cresceu cerca de 43% em volume bruto de prémios. A Nossa estabilizou lucros e reforçou capitais próprios.

A Nova Sociedade de Seguros de Angola (NOSSA Seguros) obteve resultado líquido anual de 5,1 mil milhões kwanzas (cerca de 8 milhões de euros ao câmbio de 31 de dezembro último) em 2021, anunciou a companhia controlada pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI). Praticamente estabilizado ao apontar subida de 3% face ao ano anterior, “entre 2020 e 2021, o lucro não cresceu muito, mas manteve-se bastante positivo,” disse Alexandre Carreira, presidente executivo da seguradora, em Luanda.

Esta evolução permitiu que a companhia “reforçasse os seus capitais próprios, melhorando assim a sua robustez financeira,” explicou o responsável executivo citado pela Agência Lusa. De acordo com o anunciado, a Nossa aumentou capitais próprios, de 13,32 mil milhões de kwanzas, em 2020, para 16,5 mil milhões em 2021.

Posicionada 2ª no ranking de produção no último trimestre do ano e seguida de perto pela sucursal da portuguesa Fidelidade naquele mercado, conforme dados do organismo local de Supervisão (Arseg), a Nossa encerrou o ano com 36,1 mil milhões de kwanzas (56,78 milhões de euros) em volume bruto de prémios de seguro direto, beneficiando de uma rede de 26 agências, mas também da distribuição através da rede de balcões do BAI. Tendo o ramo não-Vida como principal fonte de receita, a companhia aumentou 43% o volume bruto de prémios face aos 25,27 mil milhões kwanza que totalizou em 2020.

Criada em 2004 e com operação iniciada no ano seguinte, a Nossa tem atividade mista junto de empresas e particulares. Nos ramos Não Vida, segundo informação no site da companhia destacam-se os seguros de Saúde, Acidentes Pessoais, para cobertura individual ou de grupo, Acidentes de Trabalho (por conta própria como por conta de outrem), além de soluções Multirriscos Habitação, empresarial ou industrial, RC e Automóvel, entre outros. No segmento Vida, oferece soluções de grupo ou individuais e ainda a gestão de fundos de pensões.

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Português liderava plataforma de hackers desmantelada pela Europol

  • ECO
  • 12 Abril 2022

A PJ confirmou esta terça-feira que Diogo Santos Coelho liderava uma das maiores plataformas de hackers do mundo, que vendia acesso a banco de dados de várias empresas norte-americanas.

A Polícia Judiciária (PJ) confirmou esta quarta-feira que Diogo Santos Coelho, de 21 anos, foi detido numa operação liderada pela Europol em Londres. Operação culminou no encerramento de uma das maiores plataformas de hackers do mundo, liderada por este cidadão português, que vendia acesso a banco de dados de várias empresas norte-americanas que tinham sido alvo de ciberataques.

Em causa está o RaidForums, uma plataforma lançada em 2015, com mais de meio milhão de de utilizadores, sendo considerada como um dos maiores fóruns de hackers do mundo. Este era um “fórum de troca de troca de informação de origem criminosa”, que utilizava “ferramentas de hacking, base de dados”, bem como “informações sobre dados filtrados em ataques informáticos” que serviam de base para fazer outros ataques, segundo explicou o coordenador da PJ.

Os bancos de dados tinham acesso a “passwords, users names associados, informação sobre cartões de crédito, números de contas bancárias”, bem como outros dados que uma vez interligados permitam efetuar outros crimes, segundo o responsável.

A operação batizada de “Torniquete” foi coordenada pela Europol — que apoiou investigações nos Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Portugal e Roménia — e culminou com a detenção de três pessoas, uma das quais o português Diogo Santos Coelho, que foi detido em Londres, confirmou a PJ. Quanto à identidade dos outros dois detidos, a polícia portuguesa diz não ter “dados concretos” sobre a sua identificação.

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Luísa Salgueiro responde a Rui Moreira: não pode haver “autarcas de primeira e segunda”

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

"Como dizia o Dr. Mário Soares, estamos sempre a tempo de mudar quando for para melhor, só os burros é que não mudam de opinião”, respondeu a presidente da ANMP.

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, apelou esta terça-feira em Matosinhos à união dos municípios e citou Mário Soares para dizer que “só os burros é que não mudam de opinião”.

Em conferência de imprensa, a líder da ANMP rebateu as considerações feitas pelo presidente da Câmara do Porto, que garantiu não se sentir em “condições” para passar “um cheque em branco” à ANMP para negociar com o Governo o processo de transferência de competências.

“Não acho que haja quebras de confiança. Como dizia o Dr. Mário Soares, estamos sempre a tempo de mudar quando for para melhor, só os burros é que não mudam de opinião”, respondeu Luísa Salgueiro numa conversa em que enfatizou a necessidade de haver união entre os autarcas dos 308 municípios.

Lembrando que o “novo processo começou no dia 1 de abril”, alertou que “os problemas têm de ser ultrapassados e não podem uns dizer que vão ter uma interlocução a um nível, gerando depois uma espécie de autarcas de primeira e segunda divisão” o que é “prejudicial para o processo”.

“O meu apelo é que nunca falemos em divisões ou em clivagens, pelo contrário, estamos habituados a trabalhar em várias plataformas, mas de partilha entre os municípios, seja ao nível metropolitano seja, até, ao nível inframetropolitano”, continuou a também presidente da Câmara de Matosinhos.

E prosseguiu: “Estou certa, estas situações são naturais de quem tem problemas para ultrapassar, mas que vão, sobretudo, permitir que fiquemos ainda mais coesos e solidários e que façamos uma interlocução ainda mais forte com o Governo para ele perceba quais são as dificuldades e, a partir daqui fazer com que a descentralização funcione da melhor maneira possível”.

A Câmara do Porto discute na próxima terça-feira a saída da ANMP em consequência do processo de descentralização de competências, o qual pretende assumir de forma “independente” e “sem qualquer representação”.

Em declarações aos jornalistas ao final da manhã, Rui Moreira disse acreditar que, com a saída da ANMP, o município do Porto ainda tem hipótese de, juntamente com o Governo, discutir a transferência de competências na área da educação, da coesão social e saúde.

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Porto de Leixões não espera perdas significativas com sanções à Rússia

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

Os portos de Leixões e Viana do Castelo recebem, em média, cerca de 12 navios de bandeira da Rússia por ano.

A Administração dos Portos do Douro e de Leixões (APDL) não espera “perdas significativas” depois de sábado devido às sanções impostas à Rússia por causa da guerra, após os navios russos deixarem de poder atracar na União Europeia.

“Relativamente à atual guerra na Ucrânia e sanções impostas à Rússia não se indiciam perdas significativas, pois estima-se a sua compensação com outros segmentos de carga que estão em atual crescimento, fazendo este equilíbrio económico-financeiro”, pode ler-se numa resposta enviada por fonte oficial da APDL à agência Lusa.

Depois de sábado, dia 16 de abril, navios russos deixarão de poder atracar em portos da União Europeia (UE), de acordo com um regulamento hoje publicado no Jornal Oficial da UE.

“É proibido, após 16 de abril de 2022, facultar o acesso aos portos situados no território da União de qualquer navio que arvore o pavilhão da Rússia”, pode ler-se no texto legislativo europeu divulgado esta terça-feira.

Na resposta enviada à Lusa, a APDL divulgou que “os portos de Leixões e Viana do Castelo recebem, em média, cerca de 12 navios de bandeira da Rússia por ano”.

Em 2021, segundo números da administração liderada por Nuno Araújo, a carga movimentada pelas embarcações russas totalizou “3.214 toneladas no que concerne à exportação e 38.577 toneladas no que diz respeita às importações”.

“A pandemia, o fecho da refinaria e a guerra na Ucrânia (e consequente aumento do preço da energia) são fatores de quebra do movimento portuário. A quebra mais significativa é nos granéis líquidos, consequência do encerramento da refinaria” de Matosinhos, lembra ainda a administração portuária na resposta à Lusa.

De acordo com o regulamento europeu, a partir de sábado apenas estão autorizados a atracar, pelas autoridades competentes de cada país, e “após terem determinado que esse acesso é necessário”, navios para “aquisição, importação ou transporte para a União de gás natural e de petróleo, incluindo produtos petrolíferos refinados, de titânio, alumínio, cobre, níquel, paládio, minério de ferro bem como de certos produtos químicos e de ferro”.

Questionada pela Lusa sobre a eventual chegada futura de navios russos para transação destas matérias-primas, a APDL referiu que “não está prevista a chegada de navios de transporte das matérias anunciadas de bandeira da Rússia”, tal como navios russos de qualquer tipo.

A APDL referiu também, em resposta a pergunta da Lusa, que “nos últimos anos não atracaram” nos portos sob a sua jurisdição “iates ou embarcações similares provenientes da Rússia”.

Além das matérias-primas referidas anteriormente, está também autorizada a entrada de navios para “produtos farmacêuticos, médicos, agrícolas e alimentares, incluindo trigo e fertilizantes” autorizados”, “fins humanitários”, “transporte de combustível nuclear e outros bens estritamente necessários ao funcionamento de capacidades nucleares civis“, e carvão (até 10 de agosto de 2022).

Os Estados-membros têm ainda de informar em duas semanas “os outros Estados-Membros e a Comissão de qualquer autorização concedida” neste âmbito. A proibição abrange ainda navios russos que tenham alterado o seu pavilhão ou registo para outros países após 24 de fevereiro, data do início da invasão russa à Ucrânia.

O porto de Leixões é o segundo maior de Portugal em toneladas movimentadas e o maior no que se refere ao movimento de e para o ‘hinterland‘ em carga contentorizada, num universo de mais de 14 milhões de habitantes, exportando para cerca de 184 países.

Em 2021, diminuiu a carga movimentada de 17 milhões para 15,1 milhões de toneladas, devido aos granéis líquidos, mas manteve a liderança face aos portos da Galiza, sendo o maior do noroeste peninsular.

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OPEP revê em baixa previsão de procura de petróleo

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

As previsões de consumo petrolífero foram revistas em baixa de 410.000 barris por dia para 100,5 milhões de barris diários de petróleo.

A OPEP reviu esta terça-feira em baixa a sua previsão de crescimento na procura mundial de crude este ano, no meio da incerteza pela invasão russa da Ucrânia e das sanções impostas por países ocidentais a Moscovo.

No seu relatório mensal de abril, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) explica que a correção de previsão de 4,29% para 3,79% reflete a deterioração de perspetivas da conjuntura global com “o impacto do conflito na Europa de Leste e com os efeitos atuais da pandemia”.

Com base nos seus cálculos, a OPEP prevê agora um crescimento de 3,9% da economia mundial em 2022, ou seja, um recuo em relação aos 4,2% que antecipava há um mês.

Em relação às previsões de consumo petrolífero, houve uma redução de 410.000 barris por dia para 100,5 milhões de barris diários de petróleo, uma subida de 3,79% em relação a 2021, mas um crescimento inferior ao que era esperado quatro semanas antes.

As correções em baixa são mais acentuadas no atual trimestre, no entanto, é esperado depois um maior impulso durante o verão.

Esta terça, os preços do barril de petróleo voltaram a subir nos mercados internacionais, impulsionados por um alívio das medidas de confinamento da China para travar a pandemia de covid-19.

Às 14:45 (hora de Lisboa), o barril de Brent do Mar do Norte (de referência na Europa) subia 5,55% para 103,95 dólares e o WTI norte-americano avançava 5,24% para 99,23 dólares.

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Jerónimo Martins e BCP pressionam bolsa de Lisboa

A penalizar o desempenho do PSI esteve a queda de mais de 2% da Jerónimo Martins, bem como o recuo de 1,91% do BCP. Galp Energia trava maiores perdas à boleia da subida das cotações de petróleo.

A bolsa de Lisboa terminou a sessão com perdas ligeiras, seguindo a tendência da generalidade das praças europeias, numa altura em que os investidores aguardam a reunião do BCE. A penalizar o desempenho do PSI esteve a Jerónimo Martins e o BCP, mas a Galp travou maiores perdas à boleia da subida das cotações de petróleo, que disparam mais de 6%.

Pelo “Velho Continente”, o Stoxx 600 recuou 0,3% a par com o francês CAC-40, ao passo que o alemão DAX cedeu 0,5%, o britânico FTSE 100 desvalorizou 0,4% e o espanhol IBEX-35 caiu 0,2%, numa altura em que os investidores aguardam pela reunião do Banco Central Europeu (BCE), que anunciará o rumo da política monetária na quinta-feira.

Além disso, no outro lado do Atlântico, a inflação nos EUA aumentou para 8,5% em março, um máximo de 40 anos. Neste contexto, as atenções viram-se ainda para a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), que poderá tornar a sua política monetária mais agressiva, voltando a aumentar as taxas de juro, por forma a evitar um descontrolo dos preços.

Por Lisboa, o PSI terminou a sessão desta terça-feira a recuar 0,23% para 6.097,58 euros, com oito cotadas em terreno positivo, uma inalterada e as restantes seis no “vermelho”. A penalizar o desempenho do índice de referência nacional esteve a Jerónimo Martins e o BCP.

As ações da retalhista dona do Pingo Doce cederam 2,19% para 21,48 euros por ação, num aparente movimento de correção, após terem tocado máximos históricos na sessão anterior. Já os títulos do banco liderado por Miguel Maya caíram 1,91% para 15,95 cêntimos, arrastado pelas perdas registadas pelo setor. O Stoxx 600 Banks desvalorizou 1,42%.

Pelo setor energético, nota ainda para as quedas da GreenVolt, que cedeu 2,64% para 7,39 euros, bem como para o recuo da EDP Renováveis, cujos títulos desvalorizaram 0,65% para 22,90 euros.

Em contraciclo e a evitar quedas mais expressivas do índice de referência nacional esteve a Galp Energia. As ações da petrolífera portuguesa subiram 1,31% para 11.975 euros, beneficiando da subida das cotações de petróleo dos mercados internacionais, na sequência do alívio de restrições em Xangai. O Brent, de referência europeia, avança 6,83% para 105,27 dólares, um dia depois de ter chegado a cotar abaixo dos 100 dólares, enquanto o WTI valoriza 7,03% para 100,92 dólares.

Nota positiva ainda para a Mota-Engil, cujos títulos ganharam 3,15% para 1,374 euros, bem como para as papeleiras. A Altri somou 1,05% para 6,765 euros, enquanto a Navigator ganhou 0,95% para 3,63 euros por ação.

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Europol encerra uma das maiores plataformas de ‘hackers’ do mundo

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

Lançado em 2015, o 'RaidForums' tinha mais de meio milhão de utilizadores e vendia acesso a banco de dados de várias empresas norte-americanas.

A Europol, a agência policial europeia, anunciou esta terça-feira o encerramento de uma das maiores plataformas de hackers do mundo, que vendia acesso a banco de dados de várias empresas norte-americanas que tinham sido alvo de ciberataques.

A sua “infraestrutura” foi apreendida e o seu administrador e os seus dois cúmplices foram detidos, adianta a Europol, em comunicado. Lançado em 2015, o ‘RaidForums’ tinha mais de meio milhão de utilizadores, de acordo com a Europol, e era um dos maiores fóruns de hackers do mundo.

“Esta plataforma fez o seu nome vendendo acesso a bancos de dados vazados muito mediatizados de várias empresas norte-americanas em diferentes setores”, acrescentaram as autoridades policiais europeias.

Os bancos de dados têm informações sobre milhões de cartões de crédito, números de contas bancária“, bem como nomes de utilizadores e palavras-chave associados necessários para aceder a contas online, referiu a Europol.

A operação batizada de “Torniquete” foi coordenada pela Europol que apoiou investigações nos Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Portugal e Roménia.

A operação foi o “culminar de um ano de planificação meticuloso entre as autoridades policiais envolvidas na preparação da ação”, rematou a Europol.

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FedEx instala centro de serviços partilhados com 700 pessoas em Matosinhos

Gigante americana da logística vai ter equipa de 700 pessoas até ao final deste ano no Lionesa Business Hub, onde está a ser construído um novo edifício de escritórios com 7.000 metros quadrados.

A FedEx está a instalar um centro de serviços partilhados em Leça do Balio, no concelho de Matosinhos. Segundo apurou o ECO, esta operação de apoio às atividades internacionais da multinacional da área logística sediada em Memphis, nos Estados Unidos, vai chegar às 700 pessoas até ao final deste ano.

A diretora-geral do Lionesa Business Hub (LBH), Eduarda Pinto, confirmou ao ECO que está neste momento a ser construído um edifício com cerca de 7.000 metros quadrados (m2), distribuídos por quatro andares. Tem conclusão e data de entrega prevista para julho, um ano depois de iniciados os contactos formais.

Enquanto aguarda pela finalização das obras neste novo edifício, a FedEx já tem vindo a ocupar algumas áreas mais pequenas e que estavam disponíveis neste centro empresarial criado em 2002 para revitalizar o espaço industrial da antiga fábrica de sedas Lionesa, que faliu no final dos anos 1990.

O grupo americano arrancou as contratações no segundo semestre do ano passado e já terá assegurado perto de 350 profissionais. Embora não confirme ainda os serviços a prestar a partir de Matosinhos, entre as várias ofertas que estão a ser publicitadas por empresas de recrutamento — com exigência de conhecimento de línguas como o alemão ou o italiano, além do inglês — estão posições de clearance broker (despachante alfandegário) ou especializadas em tecnologias de informação.

O processo de recrutamento da FedEx correu muito bem, muito acima das expectativas. Perceberam que aqui havia muito mais potencial do que outras localizações que eles estavam a estudar.

Eduarda Pinto

Diretora geral do Lionesa Business Hub

Eduarda Pinto conta que a FedEx “vinha inicialmente à procura de metade da área, mas, como o processo de recrutamento correu muito bem, muito acima das expectativas, decidiu desenvolver outro tipo de unidades” na Lionesa. “Perceberam que aqui havia muito mais potencial do que outras localizações que eles estavam a estudar”, acrescenta a diretora geral, sem divulgar mais detalhes, descrevendo um processo negocial e de decisão “muito rápido”.

Vizinha para a Vestas, Farfetch, Bial ou Volkswagen

Com este novo centro de serviços partilhados em Portugal, a FedEx junta-se assim no Lionesa Business Hub a grupos internacionais como a Vestas, Oracle, Farfetch, Generix, Volkswagen Financial Services, Cofco ou Klöckner Pentaplast. No total, cerca de 125 empresas ocupam o projeto detido pela família do empresário Pedro Pinto, que assegura ter uma taxa de ocupação próxima de 100%.

Contando já com os 7.000 m2 acrescentados para a FedEx, o LBH adicionou um total de 14.000 m2 durante o ano passado, chegando a um total de 56.000 m2 de área ocupada. Outro dos destaques é a dinamarquesa Vestas: dois anos depois de ter entrado para uma ocupação inicial de 2.900 m2, expandiu para mais do dobro da área em 2021, com um novo edifício de 3.200 m2 em que terá a FedEx como vizinha.

A renovação do contrato com a Farfetch até 2025 – ano em que a empresa liderada por José Neves prevê concluir o seu próprio campus global em Matosinhos –; a nova área de 650 m2 arrendada pela farmacêutica Bial para colocar as equipas de tecnologias de informação, vendas e marketing; e a instalação da Volkswagen Financial Services, através do projeto Porto Application Center, foram outras operações recentes de relevo.

A diretora geral do LBH sublinha que “não quer ter só empresas e perfis de profissionais de tecnologia”, notando que a maior parte dos centros de serviços partilhados que ali estão instalados não são apenas das áreas tecnológicas, mas também financeiras, de apoio ao cliente ou de recursos humanos. “Queremos diversidade”, insiste Eduarda Pinto, calculando a criação de 800 postos de trabalho em 2021, mas admitindo que “cada vez mais está a ser difícil captar talentos” para estas novas operações.

Eduarda Pinto, diretora geral do Lionesa Business Hub

“Uma das coisas que me deixa mais feliz é sentir uma viragem completa. Quando uma multinacional chega cá já não fala de mão-de-obra barata, mas em mão-de-obra de qualidade e em talento. Isso é importante porque também nos posiciona. Claro que tem as suas desvantagens porque neste momento Portugal, em termos de recursos humanos, já está a competir internacionalmente, que era algo que não acontecia há dez anos. Era impensável”, resume.

A responsável explica que a Lionesa ajuda a “fazer a ponte” com as autarquias, empresas de recursos humanos, universidades e outras instituições locais para que os investidores externos “possam agilizar o processo de recrutamento”. Por outro lado, queixa-se das “dificuldades tremendas” que as clientes têm encontrado no recrutamento e na legalização de trabalhadores estrangeiros para vir para Portugal, sobretudo com origem fora da Europa, como é o caso da Índia.

“É importante que consigamos importar pessoas. Estes processos têm de ser muito mais céleres e fáceis. Há muitos bloqueios do ponto de vista fiscal, para terem uma residência, acesso à saúde. A complexidade é enorme e, do ponto de vista nacional e governamental, temos de nos preocupar em criar condições [adequadas] para quem entra — além de sermos mais disruptivos no ensino e apostar no reskilling para oferecer mais talento ao mercado e ir ao encontro das necessidades das empresas”, conclui.

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IGF pede à NAV maior controlo sobre gastos e viaturas de uso pessoal

  • ECO
  • 12 Abril 2022

Auditoria da Inspeção-Geral de Finanças conclui que NAV continua a apresentar desvios orçamentais, agravando o endividamento, que já soma 117 milhões.

A NAV Portugal continua a apresentar gastos acima dos programados e agravou a situação económica e financeira difícil em que já se apresentava, apontam as conclusões de uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), divulgada esta terça-feira. Pede, por isso, um maior controlo sobre os gastos.

A autoridade de auditoria do Estado conclui que “persistem insuficiências na empresa ao nível do planeamento, apresentando desvios entre os gastos reais e os programados”, que se cifraram em 8,1 milhões em 2018 e 6,3 milhões em 2019.

Os desequilíbrios apontados não se ficam por aqui. A IGF conclui que “as medidas adotadas não têm sido suficientes para suster o crescimento das responsabilidades com fundos de pensões” e que a empresa responsável pelo controlo do tráfego aéreo “continua a praticar valorizações remuneratórias superiores à taxa de inflação, que se repercutem no aumento de responsabilidades”.

Aponta ainda que “a redução drástica de receitas, motivada pela crise no tráfego aéreo devido à pandemia COVID-19, conduziu ao crescimento dos níveis de endividamento (117 milhões de euros) e ao diferimento de pagamentos (22,2 milhões), agravando a situação económica e financeira difícil que a empresa apresenta”.

A IGF recomenda, por isso, à NAV que “exerça um controlo rigoroso sobre a execução dos gastos da empresa e diligencie a correção de eventuais desvios face ao programado”.

Deixa também uma crítica ao facto de persistir “o procedimento de atribuir viaturas para uso pessoal sem celebração de acordos escritos”, recomendando que estes passem a ser celebrados, conforme prevê a lei.

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Salvador Caetano compra negócio da Renault na Hungria

Joint-venture entre a húngara e AutoWallis e o grupo de Gaia, que emprega 6.750 pessoas e está presente em 41 países, assume o negócio de distribuição das marcas Renault, Dacia e Alpine na Hungria.

A Salvador Caetano aliou-se à AutoWillis Automotive Europe para comprar a subsidiária do Grupo Renault na Hungria, assumindo desta forma as atividades de importação e distribuição das marcas Renault, Dacia e Alpine naquele país. O início das operações está previsto para 1 de junho de 2022.

Em comunicado, o grupo francês diz que selecionou o grupo de Vila Nova de Gaia e o parceiro local — representa várias marcas e está presente em 14 países da Europa Central e Oriental — pela “forte experiência na distribuição automóvel e profundo conhecimento dos mercados locais, o que permitirá capitalizar as competências das equipas locais e fortalecer a parceria com a rede de concessionários”.

O negócio envolve a transferência de todos os atuais colaboradores do Grupo Renault e a aquisição de todas as atividades da rede de concessionários na Hungria. Philippe Buros, vice-presidente da área de vendas & marketing e serviços do conglomerado francês, destacou a “parceria de longa data” com o grupo português e a “complementaridade” entre os novos sócios da operação húngara.

“Este acordo no mercado húngaro é mais um passo na parceria da Salvador Caetano com o Grupo Renault e no nosso plano de expansão na Europa. A joint-venture com o Grupo AutoWallis abre uma excelente oportunidade para desenvolver ainda mais os pilares da nossa estratégia e contribui para a Renaulution na Hungria”, resumiu Miguel Ramos, CEO do Grupo Salvador Caetano.

Este anúncio acontece quase dois meses depois de o grupo nortenho ter anunciado um acordo do mesmo género para ficar com a operação da Renault na Suécia, que inclui a sucursal na Dinamarca. Nesse caso, a aliança foi firmada com a sueca Hedin Mobility.

Apresentado em janeiro de 2021 pelo CEO do grupo, Luca de Meo, o plano Renaulution abrange a Renault, a Dacia e a Alpine, criando a marca Mobilize com quatro modelos próprios para responder às necessidades da mobilidade partilhada. Além da diminuição da capacidade de produção, com a correspondente redução dos custos em três mil milhões de euros até 2025, destaca-se o lançamento de 24 novos modelos neste período, dos quais pelo menos uma dezena serão 100% elétricos.

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Produção automóvel cai 16% até março com 70.435 veículos

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

Nos primeiros três meses do ano, saíram das fábricas nacionais 50.559 ligeiros de passageiros, uma descida de 24,6% em termos homólogos.

A produção automóvel em Portugal caiu 16% até março para 70.435 veículos, segundo dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal divulgados esta terça-feira. “Em termos acumulados, nos três primeiros meses de 2022, saíram das fábricas instaladas em Portugal 70.435 veículos, ou seja, menos 16% do que em igual período do ano anterior”, indicou, em comunicado, a ACAP.

Só em março, foram produzidos 28.427 veículos automóveis, uma descida de 2,7% face ao mesmo mês de 2021. Por categoria, contabilizaram-se 50.559 ligeiros de passageiros, nos primeiros três meses do ano, uma descida de 24,6% em comparação com o período homólogo.

Os ligeiros de mercadorias, por sua vez, fixaram-se em 19.046, uma subida de 20% face ao mesmo período do ano anterior. Entre janeiro e março, contabilizaram-se 830 veículos pesados, um decréscimo de 14,8%.

“A informação estatística relativa ao primeiro trimestre do ano de 2022 confirma a importância que as exportações representam para o setor automóvel, já que 97,4% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, o que contribuiu, de forma significativa para a balança comercial portuguesa”, apontou.

A Europa mantém-se na liderança (95,2%) das exportações dos veículos fabricados em Portugal. Entre os países europeus destacam-se França (23,4%), Alemanha (17,5%), Itália (11,9%) e Espanha (9,8%).

Já no que se refere à montagem de veículos pesados, de janeiro a março, verificou-se uma queda de 73,5%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, com 18 veículos. Em março, só foi montado um veículo pesado, o que representou uma perda de 97,2%.

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Taxonomia. O dialeto dos negócios sustentáveis

  • Capital Verde + EY
  • 12 Abril 2022

Manuel Mota, Leader EY, e Norma Franco, Senior Manager EY, ambos de Climate Change and Sustainability Services, explicam a importância da taxonomia enquanto "facilitador da transição necessária".

No início de 2022, e sem surpresas… De Davos, o Fórum Económico Mundial reforçou, no relatório anual de risco, que a Crise Climática é a maior ameaça global a longo prazo! Um ano que se inicia com os riscos climáticos a liderar o topo das preocupações globais mais urgentes, a par do risco iminente de uma crise social – agudizada pelo efeito de uma pandemia que se faz sentir desde 2019 -, vem corroborar o facto de que protelar o combate às alterações climáticas, não é opção! O potencial cenário de falhar na ação climática poderá repercutir-se negativamente na economia mundial, e colocar em causa o objetivo de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5ºC, independentemente dos compromissos decorrentes da última Cimeira do Clima das Nações Unidas (COP26).

O urgente, mais do que nunca, torna-se inadiável, face à severidade dos riscos, é imperativo que se colijam esforços e se promova uma transição para uma economia de baixo carbono, resiliente, eficiente na gestão dos recursos naturais, socialmente justa e inclusiva. E, onde as empresas e o setor financeiro, em particular, assumem um papel fundamental na facilitação desta transição.

A Taxonomia … promove a criação de uma linguagem comum entre investidores e empresas, um dialeto único que possibilita uma comunicação mais credível, conferindo uma maior certeza e comparabilidade, no momento da tomada de decisão dos investimentos

Da necessidade de reorientar os fluxos de capitais para um crescimento que se quer sustentável, surgiu o Regulamento da Taxonomia Europeia. A Taxonomia, enquanto instrumento de transparência e de base científica, configura um facilitador da transição necessária, e vem disponibilizar a empresas e investidores, um conjunto de critérios de classificação objetivos, que permitem identificar as atividades económicas consideradas sustentáveis, e que contribuem para dar resposta aos desafios climáticos e sociais (em linha com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu).

Norma Franco, Senior Manager EY, Climate Change and Sustainability Services e Manuel Mota, Climate Change and Sustainability Services Leader EY.

Naturalmente, o estabelecimento destes critérios promove a criação de uma linguagem comum entre investidores e empresas, um dialeto único que possibilita uma comunicação mais credível, conferindo uma maior certeza e comparabilidade, no momento da tomada de decisão dos investimentos.

O Desafio da Taxonomia

O primeiro ato delegado da Taxonomia, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2022 para os dois objetivos climáticos, define o conjunto de critérios técnicos que identificam as atividades que contribuem significativamente para a adaptação e mitigação das alterações climáticas. Mais recentemente, foi divulgado o Relatório da Plataforma para o Financiamento Sustentável, que inclui o Anexo relativo aos critérios técnicos de avaliação para os restantes quatro objetivos ambientais da Taxonomia, designadamente:

  • A utilização sustentável e proteção dos recursos hídricos e marinhos;
  • Transição para uma economia circular;
  • Prevenção e controlo da poluição;
  • Proteção e restauro da biodiversidade e dos ecossistemas.

É expectável que a Comissão Europeia, até ao final do ano de 2022, adote o segundo Ato delegado para estes objetivos, e que vigorará a partir de 1 de janeiro de 2023. Para já, esta divulgação traz algumas novidades, ao nível dos macro setores – trazendo, entre outros, por exemplo os primeiros critérios técnicos para Agricultura, Silvicultura e Pesca.

A experiência de uma Taxonomia a três tempos, permitirá uma maior comparabilidade das atividades consideradas sustentáveis, constituindo um processo de construção de resiliência organizacional, para fazer face aos riscos climáticos e ambientais, e estabelecer um plano para um maior alinhamento das atividades, que beneficiam a transição para uma economia climaticamente neutra e sustentável.

Este relatório acrescenta ainda que a contribuição substancial para um dos objetivos ambientais pode ser alcançada através do próprio desempenho (que se pode traduzir na melhoria do estado do ambiente ou na redução da pressão sobre este) e de atividades capacitantes (que induzem melhoria ou reduzem a pressão sobre o meio envolvente). Em maio de 2022 prevê-se a publicação de critérios técnicos adicionais.

O alinhamento das atividades e a sua divulgação

A divulgação da Taxonomia pelas organizações reveste-se de uma exigência gradual, até 2023. Assim, durante o ano de 2022, as empresas deverão divulgar (para o FY 2021), a elegibilidade (ou não) das suas atividades em relação aos dois objetivos climáticos, segregada entre vendas e prestação de serviços, custos operacionais e investimentos.

Em 2023 exige-se a divulgação da proporção de Turnover, Capex e Opex das atividades elegíveis e alinhadas com a Taxonomia, e à sua contribuição substancial (ou não) para pelo menos um dos seis objetivos ambientais, bem como a demonstração efetiva que a atividade não causa danos significativos a nenhum dos restantes objetivos, e é exercida em conformidade com as salvaguardas mínimas sociais. A partir do 2023 (FY), a divulgação desta informação ficará sujeita a auditoria, com a entrada em vigor da “CSRDCorporate Sustainability Reporting Directive”.

A experiência de uma Taxonomia a três tempos permitirá uma maior comparabilidade das atividades consideradas sustentáveis, constituindo um processo de construção de resiliência organizacional, para fazer face aos riscos climáticos e ambientais, e estabelecer um plano para um maior alinhamento das atividades, que beneficiam a transição para uma economia climaticamente neutra e sustentável. A obrigatoriedade da divulgação desta informação, que estará sob o olhar atento de diversos stakeholders, aumentará a confiança nos mercados financeiros.

Num contexto em que urge, todos sem exceção, passar das palavras à ação, tornar um negócio mais sustentável pode, no curto prazo, traduzir-se para muitas empresas numa maior ou menor facilidade de acesso a capital (e pelo menor ou maior custo a que este vai ser obtido), mediante a avaliação do seu estado de maturidade de sustentabilidade, por parte da instituição financeira. Atualmente, muitos são os mecanismos de financiamento associados a critérios ESG, que poderão vir a ser complementados pela análise da elegibilidade e alinhamento com a taxonomia facilitando a transição.

Que implicações existem se uma atividade se qualificar ou não como sustentável?

Com a aprovação do Regulamento da Taxonomia (Regulamento (EU) 2020/852 do Parlamento Europeu e do Conselho) em 18 de junho de 2020, ficaram estabelecidas as condições necessárias a fazer cumprir para que uma atividade económica se classifique como ambientalmente sustentável.

A ausência de determinada atividade económica no âmbito da listagem de atividades classificadas como “atividades sustentáveis” da taxonomia, não se traduz numa classificação de “atividade não sustentável”.

Ressalva-se o facto de uma atividade não estar alinhada com a Taxonomia, nada informa sobre o desempenho ambiental da empresa, ou na sua capacidade de aceder a financiamento. A Taxonomia não define, nem categoriza qualquer atividade como “não sustentável”.

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