Insolvências deverão crescer 16% em 2023
Contrariando as quebras observadas em 2020 e 2021, o número de insolvências em 2022 e 2023 deverá crescer até 16%, estima a Cosec.
O número de insolvências deverá crescer nos próximos dois anos, antecipando-se uma subida de 16% em 2023, contrariando com as quedas observadas em 2020 e 2021, de acordo com a Companhia de Seguro de Créditos (Cosec). O fim dos mecanismos de apoio às empresas, criados pelo Governo para colmatar os efeitos da pandemia, estão na base destes números.
A Cosec estima que o número de falências aumente 2% em 2022 e 16% em 2023, contrastando com as quebras observadas nos dois anos anteriores: -2,3% em 2020 face a 2019 e -12,3% em 2021 face a 2020, refere a empresa, em comunicado. O clima de incerteza económica na Europa, a subida dos custos de produção e a inflação elevada são “desafios adicionais para as empresas”, justificando, assim, estes números.
Em 2020, a e evolução das insolvências deverá refletir ritmos mensais diferentes: no primeiro semestre a tendência é de estabilidade e no segundo semestre as previsões apontam para um crescimento marginal mensal de 7%.
“Nos últimos dois anos, a pandemia levou o Governo a implementar vários mecanismos de apoio às empresas, o que terá permitido limitar o número de insolvências”, diz Maria Celeste Hagatong, presidente do Conselho de Administração da Cosec, citada em comunicado. “No entanto, a maioria dessas ajudas terminou no final de 2021” e “os efeitos são já visíveis”, acrescenta, referindo a subida de 19% dos Processos Especiais de Revitalização em 2022.
Na Zona Euro a tendência também é de subida, estimando-se que o número de insolvências aumente 12% em 2022 face a 2021, de acordo com as previsões da Allianz Trade, acionista da Cosec, no estudo Global Insolvency Report: Growing risks and uneven state support. Já para 2023, as estimativas apontam para uma subida de 16% face a este ano. À escala mundial, a estimativa do crescimento de insolvências é de 10% este ano e de 14% em 2023.
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