EDP antecipa para 2040 redução em mais de 90% de emissões na cadeia de valor
Objetivo é chegar a 2030 com uma redução de 98% das emissões carbónicas de escopo um e dois, ou seja, as que são diretamente produzidas pela atividade da EDP e as emissões indiretas da atividade.
A EDP anunciou hoje a nova meta de reduzir em mais de 90% as emissões carbónicas de toda a cadeia de valor, desde fornecedores a clientes finais, antecipando em 10 anos a meta europeia de neutralidade carbónica.
“[A nova ambição] é chegar a 2040 com mais de 90% de redução nas emissões de escopo três, que é um compromisso muito ambicioso, porque quer dizer que nós vamos ter os nossos fornecedores, os nossos clientes, neutros em termos carbónicos”, disse à Lusa o administrador executivo da EDP Miguel Setas.
Segundo a estratégia de sustentabilidade da empresa, o objetivo é chegar a 2030 com uma redução de 98% das emissões carbónicas de escopo um e dois, ou seja, as que são diretamente produzidas pela atividade da EDP e as emissões indiretas da atividade, como perdas na rede de energia elétrica.
O plano previa ainda a redução de 50% das emissões de escopo três, que são externas à EDP, mas que implicam toda a cadeia de valor, desde fornecedores, parceiros, a clientes, uma fasquia que a empresa decidiu elevar, antecipando em 10 anos a neutralidade carbónica nesta área (mais de 90% de redução de emissões e o restante é compensado).
“Há agora uma nova urgência, que é basicamente dizer que não faz sentido apenas as empresas estarem preocupadas com as suas emissões, as empresas têm de estar preocupadas também com as emissões que estão ao longo da sua cadeia de valor e, portanto, há uma elevação de ambição, de exigência, para que possamos continuar a fazer o nosso compromisso de neutralidade carbónica e isso significa, no caso da EDP, estar 10 anos à frente da Europa”, apontou Miguel Setas.
O responsável admitiu que se trata de um desafio, uma vez que, tratando-se de emissões ao longo da cadeia de valor, é “muito difícil” para uma empresa controlar as emissões produzidas pelos seus fornecedores ou clientes.
Questionado sobre as dificuldades de garantir o cumprimento destas metas nas várias geografias onde a EDP está presente, que incluem países da Ásia, por exemplo, onde os critérios ambientais são menos exigentes do que na Europa, Miguel Setas realçou que a “caminhada” será feita “em parceria”.
“[Vamos ter], obviamente, critérios de qualificação mais exigentes, mas também um envolvimento direto com os parceiros para garantir que inclui capacitação dentro da indústria e soluções que são partilhadas, que não são simplesmente exigências da EDP em relação aos seus parceiros, mas que fazem parte de um trabalho em conjunto e em parceria”, explicou o responsável.
No plano de negócios até 2025, a EDP comprometeu-se com um investimento de 24.000 milhões de euros, dos quais 80% estão concentrados na expansão dos investimentos em energia renovável, com o objetivo de chegar a 2025 sem utilização de carvão na produção de energia elétrica.
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