Prémios Dona Antónia distinguem Maria João Avillez com Consagração de Carreira
Atribuídos desde 1988, os Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira têm como propósito reconhecer mulheres que fizeram a diferença no desenvolvimento económico, social e cultural de Portugal.
Maria João Avillez, jornalista e escritora, também conhecida como “cronista da política portuguesa”, foi distinguida pelos Prémios Dona Antónia, com o Prémio Consagração de Carreira, que já vai na sua 34.ª edição. Carmo Teixeira Bastos surge a seu lado, mas no Prémio Revelação, fruto do seu contributo enquanto cofundadora e presidente da Young Parkies Portugal, a Associação Portuguesa de Parkinson Precoce.
“Este prémio foi uma maravilhosa surpresa e uma distinção formidável, sobretudo porque o prémio tem um nome feminino e tem o nome de uma das mulheres que eu mais admiro. Claro que nós ficamos muito satisfeitos quando alguém, ou um conjunto de pessoas que respeitamos e admiramos, reconhecem e distinguem o nosso trabalho. Mas eu queria reforçar que, não só estou muito grata por terem reconhecido o meu trabalho, como por esse prémio ter o nome de uma pessoa que, por vezes, até me inspirou e cujo exemplo é sempre de seguir”, afirma Maria João Avillez, no vídeo publicado no site dos Prémios Dona Antónia.
Com apenas 17 anos, Maria João Avillez estreou-se na comunicação social enquanto locutora do Programa Juvenil da Radiotelevisão Portuguesa, acompanhada por João Lobo Antunes, Júlio Isidro e Lídia Franco. Ao longo da sua carreira jornalística, passou pela Rádio Renascença, TSF, RTP, Público, Diário de Notícias, Expresso, SIC e, mais recentemente, pela TVI24 e revista Sábado, onde assumiu o papel de comentadora de assuntos políticos e de cronista, respetivamente.
Com a peça “Sá Carneiro – O Último Retrato”, venceu, em 1981, o Prémio EFE, entre um total de 350 candidaturas, para a “Melhor Reportagem do Ano”. Com mais de uma dezena de livros publicados, Maria João Avillez é autora de obras como “As Sete Estações da Democracia” (2021) e “Entre Palavras” (1984), bem como de quatro livros dedicados a Mário Soares, entre os quais uma biografia autorizada, “Soares. O Presidente” (1996).
Maria do Carmo Teixeira Bastos, por sua vez, afirma que foi uma “enorme honra” receber o Prémio Revelação. “Dona Antónia é um exemplo extraordinário do que é transformar dificuldades em oportunidades e do que é ter sentido e visão estratégica, colocando as pessoas sempre em primeiro lugar. Foi também com esse espírito e com uma equipa fantástica que surgiu a Young Parkies Portugal, uma associação destinada a apoiar doentes com parkinson precoce, ou seja, pessoas cujo diagnóstico da doença de parkinson surge antes dos 50 anos”, reconhece.
Cofundadora e presidente da Young Parkies Portugal, Associação Portuguesa de Parkinson Precoce, Maria do Carmo Teixeira Bastos criou a associação depois de ela própria, aos 43 anos, ter recebido o diagnóstico. A sua experiência fez com que se apercebesse da falta de informação e das respostas pouco personalizadas a cada caso. Assim nasceu a Young Parkies Portugal, que tem como objetivo informar, integrar e acompanhar todas as pessoas com parkinson, juvenil ou precoce.
Atribuídos desde 1988, os Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira têm como propósito reconhecer mulheres que fizeram a diferença no desenvolvimento económico, social e cultural de Portugal. Estes distinguem personalidades cujo percurso de vida está associado aos valores da homenageada Dona Antónia, representados pela capacidade de liderança, empreendedorismo e inovação, humanismo e responsabilidade social.
Anualmente, são duas as mulheres premiadas nas categorias de Prémio Consagração de Carreira e Prémio Revelação. O primeiro pretende homenagear um percurso de trabalho consolidado e merecedor de reconhecimento público, enquanto o segundo visa reconhecer mulheres com um percurso de vida relevante e em fase de afirmação e desenvolvimento.
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