OPEP prevê que consumo mundial de petróleo aumente 2,7% em 2023

  • Lusa
  • 12 Julho 2022

Cartel do petróleo estima que o consumo mundial aumente 2,7% em 2023, mas alerta para o risco de revisão em baixa por causa do impacto da guerra na Ucrânia.

Cartel acredita que consumo de petróleo vai subir em 2023, mas admite risco de revisão em baixa com guerra na Ucrâniawirestock/freepik

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) prevê que o consumo mundial de petróleo aumente para 103 milhões de barris por dia em 2023, mais 2,7% do que este ano.

No relatório mensal divulgado esta terça-feira, a OPEP diz que esta estimativa é feita no pressuposto de que a guerra na Ucrânia, a inflação e a pandemia “não tenham um impacto negativo significativo” no crescimento da economia global.

No entanto, a OPEP adverte para os grandes riscos negativos de revisão em baixa e, de facto, o crescimento estimado para o próximo ano representa um abrandamento (3,2% em comparação com o aumento de 3,5% calculado para 2022).

“Espera-se que a procura de petróleo em 2023 seja apoiada por um desempenho económico ainda sólido nos principais países consumidores, bem como pela melhoria dos desenvolvimentos geopolíticos e pela contenção da Covid-19 na China”, sublinham os peritos da organização.

Ao fazer as estimativas, a OPEP assume que “a evolução geopolítica na Europa de Leste”, referindo-se à invasão da Ucrânia pela Rússia, e “o aperto financeiro global no meio de uma inflação crescente não afetará negativamente” o crescimento económico global em 2023, que estima em 3,2%.

No entanto, os analistas do grupo petrolífero advertem que persistem “riscos negativos”, especialmente o da subida da inflação em todo o mundo, uma “preocupação” que acresce aos possíveis efeitos adversos do aperto das políticas monetárias dos principais bancos centrais.

A possibilidade de novas restrições à circulação para travar surtos de Covid-19, tensões no mercado de trabalho, estrangulamentos nas cadeias de abastecimento e elevados níveis de dívida dos países são outros fatores que “preocupam” a OPEP.

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