Gostaríamos de ver uma decisão sobre o aeroporto e apoiaremos qualquer decisão, diz CEO da TAP

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

"Uma decisão tem uma importância chave para o futuro da TAP, mas também para o futuro de Portugal", defendeu a presidente executiva da TAP.

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, considerou hoje crucial haver uma decisão sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa e afirmou que a transportadora aérea nacional apoiará qualquer decisão.

Christine Ourmières-Widener transmitiu esta posição em declarações aos jornalistas durante um voo especial da TAP de Lisboa para o Rio de Janeiro para celebrar o centenário da travessia aérea do Atlântico Sul, em que viajou também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Gostaríamos de ver uma decisão. Uma decisão tem uma importância chave para o futuro da TAP, mas também para o futuro de Portugal, porque a infraestrutura com que lidamos hoje [o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa] tem alguns constrangimentos”, afirmou Christine Ourmières-Widener, falando em inglês. “Portanto, apoiaremos qualquer decisão e trabalharemos com todas as partes”, acrescentou a presidente executiva da TAP.

Christine Ourmières-Widener, que prestou declarações aos jornalistas minutos antes da chegada ao Rio de Janeiro, considerou que este voo comercial especial “é muito importante”, porque “é a uma celebração de um grande feito de descobridores portugueses”. “O Brasil é o nosso principal mercado fora de Portugal, e também por isso este voo é importante”, realçou.

A presidente executiva da TAP referiu que a companhia aérea tem estado a retomar aos poucos todos os destinos para os quais voava neste país antes do início da pandemia de covid-19: “Estamos a tentar o máximo, com a capacidade que temos”. “É Brasil, é a descoberta, é a travessia do Atlântico Sul. Portanto, há muitos motivos pelos quais este voo é tão importante”, concluiu.

O avião em que fez este voo especial é um Airbus A330neo decorado com a cruz de Cristo e batizado de “Santa Cruz” – o mesmo nome do hidroavião Fairey III com que em 1922 Sacadura Cabral e Gago Coutinho fizeram a última parte da viagem – que saiu de Lisboa cerca da meia-noite de sexta-feira e aterrou hoje de manhã no Aeroporto Internacional António Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.

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EUA incentivam Portugal a atingir meta de 2% do PIB para Defesa

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

O Departamento de Estado norte-americano qualifica Portugal como um “importante Aliado da NATO” e um “amigo histórico”.

Os Estados Unidos consideram Portugal um “importante Aliado da NATO”, mas incentivam o país a “fazer a sua parte” para cumprir a meta aliada dos 2% do PIB reservados à Defesa.

“Os Estados Unidos incentivam todos os Aliados da NATO a fazerem a sua parte para cumprir os compromissos [assumidos] na cimeira do País de Gales”, disse à Lusa fonte do Departamento de Estado norte-americano, em resposta por escrito, dois dias depois do final da cimeira de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Em setembro de 2014, poucos meses após a anexação da Crimeia pela Rússia, os líderes da NATO, reunidos em cimeira no País de Gales, comprometeram-se a investir 2% dos respetivos PIB em Defesa. Segundo estimativas divulgadas pela NATO, Portugal deverá reservar, em 2022, 1,44% do PIB à Defesa.

À entrada para a cimeira da NATO, na quarta-feira, António Costa afirmou que Portugal não se pode “objetivamente comprometer” com uma data para atingir a meta de 2% do PIB reservados à Defesa, afirmando que o país só assume “compromissos que pode cumprir” e invocando “a situação de incerteza” da economia global e a “grande determinação” em reduzir de forma “forte” a dívida pública.

Em conferência de imprensa na quinta-feira, após o final da cimeira, o primeiro-ministro afirmou ter transmitido essa mensagem à Aliança Atlântica, acrescentando que Portugal irá atingir a meta dos 2% “ao longo da década”. Costa referiu ainda que Portugal pode “acelerar a convergência para esse objetivo” caso a União Europeia (UE) disponibilize fundos comunitários no âmbito da política comum de segurança e defesa.

Nas declarações à Lusa, o Departamento de Estado qualifica Portugal como um “importante Aliado da NATO” e um “amigo histórico”, referindo que as Forças Armadas dos dois países trabalham “lado a lado”, “fortalecendo a parceria e garantindo a segurança” de ambas as nações.

“Em conjunto com Portugal, os nossos militares estão a operar globalmente, desde a Roménia – no âmbito das medidas de segurança da NATO – a operações marítimas conjuntas no Atlântico”, refere o Departamento de Estado, em referência ao contingente militar português composto por 221 militares que se encontra atualmente na Roménia.

Numa referência à base das Lajes, operada pelas Forças Armadas norte-americanas, o Departamento de Estado – dirigido pelo Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken – realça que “os Açores desempenham um papel único e especial na amizade histórica entre os Estados Unidos e Portugal”.

“As nossas famílias, culturas e economias têm crescido em conjunto nos últimos 226 anos. Estes laços são a base sólida na qual a nossa prosperidade e segurança comum é construída”, indica. “As relações entre Portugal e os Estados Unidos estão mais fortes do que nunca. Somos amigos, somos parceiros e somos aliados. E, tendo em conta que a maioria dos luso-americanos têm raízes nos Açores, somos também família”, adianta.

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Explosões ouvidas em Mykolaiv. Zelensky acusa Rússia de “terror deliberado”

"Explosões poderosas" foram ouvidas na cidade ucraniana de Mykolaiv durante esta noite.

A guerra na Ucrânia continua, com relatos de “explosões poderosas” ouvidas na cidade ucraniana de Mykolaiv durante esta noite. Perante os ataques, o presidente ucraniano Volodomyr Zelensky acusa a Rússia de “terror deliberado”.

Tendo em conta o impacto das sanções e da invasão, a gigante russa de energia Gazprom viu as exportações de gás baixar 31% no primeiro semestre, numa altura em que a União Europeia (UE) se prepara para viver sem energia russa.

A presidente da Comissão Europeia sinalizou que estão a ser preparados “planos de emergência para a Europa”, para ajudar os Estados membros a viverem sem a energia russa.

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Câmara de Matosinhos investe 7,5 milhões de euros na requalificação do Corredor Verde do Leça

Câmara Municipal de Matosinhos investe 7,5 milhões de euros em 5,5 quilómetros, entre a Ponte da Pedra e a Ponte de Moreira. A segunda fase da empreitada já está adjudicada.

A Câmara Municipal de Matosinhos investiu 7,5 milhões de euros em 5,5 quilómetros, entre a Ponte da Pedra e a Ponte de Moreira, naquela que é a primeira fase da requalificação do Corredor Verde do Leça, no concelho, anunciou a autarquia liderada pela socialista Luísa Salgueiro.

“Esta empreitada devolve à comunidade um espaço de lazer e prática desportiva, junto às margens do rio que foi já considerado o mais poluído da Europa“, afirma o município.

Segundo a autarquia, o projeto é da autoria da arquiteta Laura Roldão “que fez nascer, nestes 5,5 quilómetros, quatro novas pontes pedonais e sete passadiços“. A segunda fase da obra já está adjudicada e deverá arrancar em breve.

Este é um projeto ambiental e de mobilidade com vista à valorização paisagística e ambiental do rio Leça e das suas margens. Segundo o município, esta iniciativa “contribui para a coesão territorial”.

A inauguração, que conta com a presença do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e Luísa Salgueiro, está agendada para este sábado e inclui um conjunto de atividades desde slide, rappel, insufláveis, carros de pedais, aulas de fitness e uma prova de orientação.

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Vila Real espera retorno de 80 milhões de euros com circuito internacional automobilístico

Circuito Internacional automobilístico de Vila Real tem um impacto económico na região na ordem dos 80 milhões de euros, calcula o autarca Rui Santos, que reclama apoios financeiros para o evento.

Após um “jejum” de dois anos devido à pandemia da Covid-19, o Circuito Internacional de Vila Real toma de “assalto”, até domingo, as ruas da cidade transmontana com muita velocidade e adrenalina. E volta a pôr a região na ribalta, com o mundo de olhos postos na ronda 5 da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) com pilotos de renome. Este evento tem “um impacto económico na ordem dos 80 milhões de euros“, calcula ao Local Online o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos.

“Esta prova decorre nas ruas da cidade e tem um enorme alcance mediático, sendo transmitida por 111 canais de televisão de todo o mundo que levam o nome de Vila Real e do país” além-fronteiras, destaca o socialista Rui Santos. “Este evento traz, assim, uma grande visibilidade a Portugal”, sublinha o autarca que espera a afluência de 200 mil pessoas ao evento – o mesmo número registado no último ano em que a prova se realizou, em 2019 – para assistir às corridas e ver de perto conceituados pilotos, como Tiago Monteiro ou Miguel Oliveira.

Pela primeira vez e em muitos anos, não temos apoio monetário dos Fundos Comunitários nem sequer do Turismo de Portugal.

Rui Santos

Presidente da Câmara Municipal de Vila Real

A maior enchente é esperada no domingo, o dia das provas principais e da entrega dos troféus pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira. O autarca socialista vai aproveitar a presença da governante para a sensibilizar para a necessidade de serem garantidos apoios financeiros. Rui Santos reclama ajudas de mais de dois milhões de euros para este que considera ser “o maior evento automobilístico de Portugal”. Deste bolo, 1,5 milhões são, este ano, suportados pelos cofres municipais, sendo a restante verba comparticipada por mecenas.

Desde 2015 que organizámos esta iniciativa e sempre tivemos financiamento comunitário. Só que este ano coincidiu com a transição do Portugal 2020 para o quadro 2030 e, por isso, ainda não foi possível ter apoio”, lamentou o presidente da Câmara de Vila Real. “Pela primeira vez e em muitos anos, não temos apoio monetário dos Fundos Comunitários nem sequer do Turismo de Portugal”, reclamou. Rui Santos afirma ao Local Online que já solicitou ajuda ao Turismo do Porto e Norte de Portugal para “estas provas que merecem o mesmo tratamento do que o Grande Prémio de Fórmula 1 teve, há cerca de dois meses, em Portimão”.

O edil vai mais longe e é perentório nos reparos: “Não percebo porque é que o Turismo de Portugal não apoia o evento que custa mais de dois milhões de euros e tem um retorno financeiro para a região na ordem dos 80 milhões de euros, que vai desde a hotelaria à restauração”. Segundo o presidente da Câmara de Vila Real, a cidade está lotada de pessoas, os hotéis da região estão com uma taxa de ocupação na ordem dos 100%, e espera também uma grande afluência na restauração e no comércio.

Não percebo porque é que o Turismo de Portugal não apoia o evento que custa mais de dois milhões de euros e tem um retorno financeiro para a região na ordem dos 80 milhões de euros, que vai desde a hotelaria à restauração.

Rui Santos

Presidente da Câmara Municipal de Vila Real

As corridas de carros já são “uma tradição em Vila Real que mexe com o ADN da comunidade”, sublinha o presidente de Câmara. Desde 1931 que a cidade é palco de eventos deste género; ano em que decorreu a primeira edição do Circuito Automóvel de Vila Real. Na ocasião, para suportar os gastos com a iniciativa surgiu uma ideia inusitada. “A partir de 1930 é lançado, em Vila Real, um imposto sobre cada quilo de carne de forma a angariar algum dinheiro para fazer face aos custos que a organização das provas implicava”, lê-se no site da Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real (APCIVR). Este evento contava também com o apoio da Secção Regional do Norte do Automóvel Clube de Portugal.

Na altura, refere a APCIVR, “os concorrentes [do primeiro Circuito Automóvel de Vila Real] teriam de cumprir 20 voltas, o que perfazia um total de 143 quilómetros“. Este ano, retoma-se, assim, a tradição automobilística na cidade.

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Banco de Fomento capitaliza 12 empresas

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

O Banco de Fomento aprovou as primeiras operações ao abrigo do Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência.

O Banco Português de Fomento (BPF), que está em processo de mudança da sua gestão, aprovou as candidaturas de 12 empresas ao Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) no valor de quase 77 milhões de euros.

De acordo com uma nota do Banco de Fomento, as empresas a investir pelo BPF, através do FdCR, são a Pluris Investments, MD Group, Viagens Abreu, Coindu – Componentes para a Indústria Automóvel, Lunainvest – SGPS, ERT – Têxtil Portugal, Hubel Agrícola SGPS, Orbitur – Intercâmbio de Turismo, Têxtil António Falcão, Travel Store – Prestação de Serviços – Viagens, Enging – Make Solutions e Qualhouse – Produtos Alimentares.

Foram aprovadas, no dia 30 de junho, as primeiras operações ao abrigo do Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência, gerido pelo Banco Português de Fomento e criado no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência nacional para ajudar a reforçar o capital e a solvência de empresas viáveis”, indicou, em comunicado.

No âmbito do quadro temporário de auxílios de Estado covid-19 (Janela B) deste instrumento financeiro, foram assim aprovadas operações de investimento no valor de 76,7 milhões de euros.

O Programa de Recapitalização Estratégica conta com 400 milhões de euros de dotação global, através de fundos do FdCR, tendo por objetivo estimular o crescimento sustentável da economia e colmatar a “delapidação” de capitais próprios durante a crise gerada pela pandemia.

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“O PSD não vai ser muleta do Governo” no novo aeroporto. A primeira resposta de Montenegro a Costa

  • ECO
  • 1 Julho 2022

Luís Montenegro não fecha a porta a discussões com António Costa, mas garante que não será "muleta do Governo" na opção para o novo aeroporto. Congresso do PSD termina no domingo.

O PSD não vai ser a muleta do Governo, mas sabe e reconhece que país e Lisboa precisam de reforçar capacidade aeroportuária e suprir insuficiências que existem e prejudicam interesse nacional”, afirmou Luís Montenegro no seu primeiro discurso como líder eleito do PSD. No 40º congresso do partido, Montenegro foi claro sobre a crise política que quase levou à demissão do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Foi a “mais inusitada, da mais estranha e da mais mal explicada briga entre um primeiro-ministro e um ministro de toda a história democrática”.

Luís Montenegro admite que Costa deu “nota pessoal” sobre a disponibilidade para um consenso sobre o aeroporto, mas assegurou que o líder do PSD “não trata este tema com ligeireza”. E fará essa comunicação em primeiro lugar ao primeiro ministro.

O presidente eleito do PSD, ainda assim, não poupou António Costa, nomeadamente porque havia um acordo com Rui Rio para avançar para uma nova Avaliação Ambiental Estratégica para três opções sobre o futuro aeroporto, e que agora não se sabe se se mantém ou se fica em causa, como anunciou Pedro Nuno Santos com base num despacho que foi, depois, revogado. “O líder do PSD mudou, mas o PSD é o mesmo”. “As decisões de Rui Rio são as minhas decisões e as decisões do PSD”, afirmou Montenegro. “O que vai fazer com o concurso público que já tinha adjudicação? Com a revogação do despacho o concurso tem que ir até ao fim”, aponta Luís Montenegro.

Luís Montenegro exige explicações sobre o que não foi feito: “O que é que o Governo andou a fazer sete anos para se estar no mesmo sítio” no tema do novo aeroporto?” “Como é que Governo quer ser levado a sério quando o primeiro-ministro diz estar à espera de um partido para decidir e o Governo tinha uma decisão completa e publicou? Como é que podemos levar a sério um primeiro-ministro que diz que não tinha conhecimento sobre o conteúdo do despacho?”, questionou. “Ninguém acredita que foi um erro de comunicação”, conclui Luís Montenegro.

O novo líder do PSD aproveitou, claro, a crise e as divergências entre o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas. “Acho que Pedro Nuno Santos finalmente conseguiu pôr as pernas a tremer a alguém, ao primeiro-ministro. Não há explicação para continuar no Governo”.

Vêm aí os estados gerais do PSD

No primeiro discurso como líder eleito do PSD, Luís Montenegro também olhou para dentro, e para as lições que deve retirar dos resultados eleitorais. Para o novo presidente, “algumas coisas têm de estar mal” com o PSD e defendeu ser necessária humildade para “o reconhecer e corrigir”.

Montenegro afastou, de qualquer forma, alguma crítica velada ao seu antecessor, que estava na primeira fila deste congresso no Porto. “Não estou a mandar recados para ninguém, nem quero. Proponho que possamos acertar como ponto de partida o seguinte: não são os eleitores que estão errados, somos nós que não estamos a conseguir convencer”, defendeu.

Montenegro defendeu que o partido tem de se modernizar e “estabelecer uma relação de maior afinidade com as pessoas” e deixou uma promessa. “Eu serei a locomotiva dessa relação direta com as populações e os territórios e a partir de setembro passarei todos os meses uma semana num distrito de Portugal. Vou estar em contacto com a realidade económica, institucional, social de todos os distritos do país e das regiões autónomas”, assegurou.

Antes, tinha prometido, sem medo das palavras, uma reedição dos estados gerais do PS. Montenegro quer recuperar a “velha moda do PPD” e apresentar, com dois anos de antecedência, o programa eleitoral e explicá-lo aos portugueses. A base programática do programa às legislativas deverá ser resultado do “movimento acreditar”, os estados gerais do PS, que Montenegro quer lançar, “em diálogo com a academia e as instituições”.

Num discurso de quase uma hora, que sucedeu à intervenção de despedida de Rui Rio como líder do partido, Luís Montenegro passou em análise o estado do país, a crise na saúde, o peso dos impostos, e o aumento da pobreza relativa do país. “Tivemos legislativas e o povo deu mais quatro anos de poder ao PS. Nos últimos 27 anos, o PS governou 20 anos; com estes quatro, em 31 anos, o PS vai governar 24 anos. No final da legislatura será cada vez mais difícil recordar a grande década de desenvolvimento social e económico do país, com Cavaco Silva”, realça o novo presidente social-democrata.

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Rio e Montenegro entram juntos no congresso do PSD

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

O 40º congresso do PSD que vai servir para mudar a liderança do partido decorrerá até domingo.

O ainda presidente do PSD, Rui Rio, e o líder eleito, Luís Montenegro, entraram juntos na sala do Pavilhão Rosa Mota, no Porto, no momento que marcou o arranque do 40.º Congresso do PSD. “Vamos receber com um enorme aplauso Rui Rio e Luís Montenegro”, apelou o ‘speaker’ do Congresso, a anunciar a entrada do presidente e do seu sucessor.

O momento decorreu ao som do hino do partido, “Paz, pão, povo e liberdade”, e com os delegados presentes a aplaudir de pé. Montenegro ergueu os dedos num “V” de vitória, antes de abraçar a militante número dois Conceição Monteiro.

Os trabalhos começaram cerca das 21h54, com quase uma hora de atraso em relação ao inicialmente previsto.

Como habitualmente, é a cor laranja que domina o cenário – embora tanto Rio como Montenegro tivessem escolhido o azul para a cor das gravatas – com o busto do fundador Francisco Sá Carneiro junto às bandeiras.

O ‘slogan’ “Portugal em primeiro” está em grande destaque no ecrã e a palavra “social-democracia” lê-se nas duas mesas do palco.

O 40.º Congresso do PSD, a consagração de Luís Montenegro como presidente do partido, decorre até domingo no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, mas inicialmente esteve marcado para o Coliseu da mesma cidade, tendo mudado de local devido às melhores condições do novo espaço que, entretanto, ficou disponível.

Quase 30 anos depois, o PSD volta assim aos congressos no Pavilhão Rosa Mota, mas numa situação bem diferente de 1992, quando Cavaco Silva governava o país com maioria absoluta.

Agora, é o PS que detém a maioria absoluta desde as eleições de 30 de janeiro e o PSD está longe do poder desde 2015.

Neste Congresso, estão inscritos 935 delegados, 203 participantes, e 1.033 observadores, de acordo com dados da secretaria-geral do PSD.

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Obras de expansão do terminal de Sines concluídas em 2028

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

A fase 3 do projeto, cuja conclusão está prevista para daqui a seis anos, prevê criar "condições para a operação, em simultâneo, de três porta-contentores com comprimento até 330 metros cada".

As obras de expansão do Terminal XXI do Porto de Sines (Setúbal), um investimento superior a 300 milhões de euros, vão estar concluídas em 2028, anunciou esta sexta-feira a diretora-geral da empresa concessionária.

“A escala do investimento na fase 3 deste projeto”, cuja conclusão está prevista “para 2028”, tem “um impacto significativo no crescimento da economia portuguesa e o potencial para criar mais emprego”, avançou a diretora-geral da PSA Sines, Nicola Silveira.

A responsável falava durante a inauguração da primeira etapa da designada “Fase 03” das obras de expansão do Terminal de Contentores, que arrancou em janeiro de 2021 com a construção de 204 metros de cais.

Segundo a empresa, esta primeira etapa “cria condições para a operação, em simultâneo, de três porta-contentores com comprimento até 330 metros cada, numa frente de cais de 1.150 metros”.

Durante a cerimónia, o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, disse que o Governo criou uma task force que acompanha “em permanência a área de Sines” e “procura manter uma visão atualizada sobre as necessidades de intervenção económica, infraestrutural e social” deste território.

“Muitas vezes todos estes investimentos têm dificuldade em concretizar-se e em produzir os resultados que todos queremos e um dos desafios permanentes das zonas de desenvolvimento e de polos de desenvolvimento económico de cariz internacional, como Sines, é o de minimizar os custos de contexto”, afirmou.

Segundo o governante, este grupo de trabalho “procura também promover com celeridade e de forma coordenada as intervenções que permitam desbloquear e agilizar os investimentos cruciais para a região”.

Defendeu também que, no atual contexto da economia mundial, com o aumento do preço da energia, dos combustíveis e da alimentação, “é necessário fazer melhor tudo aquilo que conseguimos controlar” e “garantir a importação e exportação da forma mais eficiente e segura possível”. E, para isso, “as infraestruturas portuárias são absolutamente críticas”, considerou.

O Porto de Sines é o nosso maior porto artificial e os investimentos realizados e planeados representam a sua crescente valorização estratégica”, frisou Hugo Santos Mendes, realçando o investimento do Estado Português no Corredor Internacional Sul.

Com a conclusão da expansão, o Terminal XXI, passará a dispor de uma frente de cais de 1.750 metros, 19 pórticos de cais e 60 hectares de terraplenos.

O projeto de expansão do Terminal XXI é o resultado do aditamento ao contrato de concessão celebrado entre a APS e a PSA Sines, permitindo a realização de novos investimentos referentes à ampliação do cais e modernização do terminal, projetando o aumento da capacidade de movimentação anual de 2,3 para 4,1 milhões de TEU (contentores de 20 pés).

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Trabalhadores da Tabaqueira vão ter aumento de 2,5% e um mínimo de 37,50 euros

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

O acordo para a melhoria salarial foi alcançado após uma reunião, na quinta-feira, entre a Tabaqueira e o Sindicato Nacional da Indústria e da Energia.

Os trabalhadores da Tabaqueira vão receber este mês um aumento salarial de 2,5%, com a garantia de que todos terão um acréscimo de pelo menos 37,50 euros, foi anunciado esta sexta-feira por um dos sindicatos signatários do acordo salarial.

O Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel) teve na quinta-feira a última reunião com a Tabaqueira e conseguiu que a empresa melhorasse a sua última proposta, o que levou ao acordo final, já estabelecido com os restantes sindicatos envolvidos nas negociações.

“Depois de consultarmos os trabalhadores, tivemos a última reunião com a empresa ontem (quinta-feira) e a melhoria que pretendíamos foi conseguida, pois o aumento mínimo vai ser de 37,50 euros, em vez dos 35 euros do acordo de princípio”, disse à agência Lusa Gabriel Sadio, do Sindel.

O aumento salarial de 2,5%, com um aumento mínimo de 37,50 euros, vigora de abril de 2022 a abril de 2023 e os trabalhadores vão receber retroativos, sendo também aplicado às cláusulas de expressão pecuniária.

Foram ainda ratificados os acordos já firmados quanto às alterações às cláusulas do Plano de Pensões e ao conteúdo funcional do Técnico de Produção e Coordenador de Equipa de Produção.

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Bolsas dos EUA fecham em alta após pior semestre em décadas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 1 Julho 2022

Os três principais índices de Wall Street inverteram as perdas iniciais e terminaram o dia em território positivo, depois daquele que foi o pior primeiro semestre em décadas.

Depois de dias consecutivos de perdas, as bolsas norte-americanas encerraram a semana com ganhos a rondar 1%, invertendo a tendência negativa do início da sessão desta sexta-feira. Ainda assim, os investidores continuam receosos face à escalada da inflação, que poderá conduzir a economia dos EUA à recessão.

Na primeira sessão de julho, o índice de referência S&P 500 avançou 1,02%, para 3.824,16 pontos. O tecnológico Nasdaq ganhou 0,81%, para 11.117,52 pontos, e o industrial Dow Jones subiu 1%, para 31.083,90 pontos.

No entanto, em termos semanais, os três principais índices de Wall Street não escaparam às perdas: o S&P 500 caiu 2,21%, o Dow Jones perdeu 1,28% e o Nasdaq cedeu 4,13%, no acumulado.

Tim Ghriskey, estrategista sénior da Ingalls & Snyder, em Nova Iorque, afirmou à Reuters que a Reserva Federal “vai precisar de muito mais provas para mudar de ideias sobre a continuação da subida das taxas de juro”. “Ainda há muita incerteza sobre a economia e a inflação, apesar dos primeiros sinais de que a inflação pode ter atingido o seu pico”, acrescentou.

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Covid com “tendência decrescente”. DGS prevê menor procura por cuidados de saúde

Boletim semanal da pandemia aponta para incidência “muito elevada”, embora esteja em tendência decrescente. Mortalidade recua e procura por cuidados de saúde segue trajetória.

A incidência da Covid-19 em Portugal na semana de 24 de junho a 1 de julho manteve-se “muito elevada”, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), mas os dados mostram uma “tendência decrescente”, sendo expectável uma diminuição da procura de cuidados de saúde, avançaram em comunicado.

Entre 21 e 27 de junho, Portugal registou 73.293 infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 146 mortes associadas à Covid-19 e uma diminuição significativa dos internamentos.

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se menos 22.011 casos de infeção, verificando-se ainda uma redução de 97 mortes na comparação entre os dois períodos.

Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por Covid-19, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório. Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 1.441 pessoas, menos 302 do que no mesmo dia da semana anterior, com 81 doentes em unidades de cuidados intensivos, menos quatro.

Pandemia com menos impacto nos internamentos e na mortalidade

A pandemia está com uma tendência decrescente em Portugal, registando-se uma redução do seu impacto nos internamentos e na mortalidade.

“A epidemia de Covid-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente. O impacto nos internamentos apresenta uma tendência decrescente, bem como a mortalidade específica” por esta doença, refere o documento da DGS e do INSA.

É expectável que se mantenha a diminuição da procura de cuidados de saúde, mas deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica no país, alerta o documento, que continua a recomendar as medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente dessas medidas à população.

A DGS e o INSA indicam que se verificou uma tendência decrescente da ocupação hospitalar por casos de covid-19, com 1.441 internados na segunda-feira, menos 17% do que no mesmo dia da semana anterior.

O grupo dos 40 aos 59 anos apresenta uma tendência estável nos internamentos em enfermarias na última semana, enquanto o número de hospitalizações nas restantes faixas etárias está a diminuir.

Quanto aos cuidados intensivos, o relatório refere que os 81 doentes nessas unidades na segunda-feira correspondiam a 31,8% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior este indicador era de 33,3%.

As unidades de cuidados intensivos dos hospitais de todas as regiões do continente estão distantes dos respetivos níveis de alerta.

A mortalidade específica por Covid-19 estava nos 37,8 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, também com tendência decrescente, apesar de este valor ser ainda superior ao limiar de 20 óbitos definido Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).

“A mortalidade por todas as causas encontra-se no limiar do esperado para a época do ano, indicando um excesso moderado de mortalidade por todas as causas, em parte associado à mortalidade específica por Covid-19”, avança a autoridade de saúde.

De acordo com os dados da DGS, desde o início da pandemia e até segunda-feira, Portugal registou 5.150.287 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e 314.217 suspeitas de reinfeção, que representam 6,1% do total de contágios.

A maior percentagem de reinfeções reportada entre 91 e 180 dias ocorreu durante a linhagem BA.5 da variante Ómicron, que é “claramente dominante” em Portugal e responsável por cerca de 95% das infeções atualmente registadas no país.

A percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 entre 14 a 20 de junho de 2022 foi de 42,8% e regista-se uma diminuição no número de despistes realizados, que passaram de mais de 199 mil para quase 171 mil, refere o relatório.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h19)

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