Brent volta a superar barreira dos 100 dólares
Depois dos sauditas admitirem reduzir a produção de petróleo, o Brent voltou a ultrapassar a barreira dos cem dólares por barril esta terça-feira.
Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a subir mais de 3% e a cotação do Brent voltou esta terça-feira a superar os 100 dólares por barril, após o ministro da Energia da Arábia Saudita ter admitido um corte de produção do cartel OPEP+.
Pelas 20h00 de Lisboa, o barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, estava a disparar 3,77% para 100,25 dólares, enquanto o WTI, a cotar em Nova Iorque, somava 3,72% para 93,72 dólares. É a primeira vez em cerca de duas semanas que o crude supera a fasquia dos 100 dólares.
Este desempenho acontece depois de o ministro da Energia da Arábia Saudita ter dito que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) dispõe dos meios necessários para lidar com os atuais desafios, incluindo a possibilidade de um corte na produção.
“Muito do ímpeto por trás das subidas de hoje está a ser influenciado pelas declarações da Arábia Saudita que aludiram a um eventual corte na produção numa tentativa para “estabilizar” o mercado”, afirma Jim Ritterbusch analista da consultora Ritterbusch and Associates, citado pela Reuters.
Apesar das declarações do ministro da Energia da Arábia Saudita, várias fontes ouvidas pela Reuters apontam que os cortes de produção podem não ser iminentes e coincidirão com o regresso do Irão aos mercados petrolíferos, caso o país consiga alcançar um acordo com o países ocidentais sobre a revisão do acordo nuclear de 2015. Um alto funcionário dos EUA disse à Reuters que o Irão desistiu de algumas das suas principais exigências tendo em vista alcançar um consenso.
Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, que os preços do petróleo têm estado sob alta volatilidade, tendo chegando a cotar acima dos 120 dólares por barril em março. Os receios relativos a uma recessão global, os constrangimentos na oferta, provocados pelo embargo ao petróleo russo, e outros fatores têm condicionado os preços em ambos os sentidos.
(Notícia atualizada às 20h00 com novas cotações)
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