Inflação em Espanha desacelera para 10,5% em agosto
A habitação foi o segmento que mais impulsionou em alta os preços, com uma variação de 24,8%, enquanto os transportes foram o grupo que mais pressionou os preços em baixa, com uma taxa de 11,5%.
A inflação em Espanha situou-se nos 10,5% em agosto, uma décima acima da estimativa avançada no passado dia 30 e três décimas abaixo do valor registado em julho, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol. Em julho, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) tinha registado uma variação homóloga de 10,8%, o valor mais alto em 38 anos, desde setembro de 1984.
O grupo que mais pressionou os preços em baixa foi o dos transportes, com uma taxa de 11,5%, 4,5 pontos percentuais abaixo do mês anterior, devido ao embaratecimento dos combustíveis e lubrificantes, face ao aumento registado em agosto de 2021.
Pelo contrário, o segmento que mais impulsionou em alta os preços foi o da habitação, cuja variação aumentou quase dois pontos, para 24,8%, devido ao aumento dos preços da eletricidade, que foi de 60,6% em termos homólogos. Segundo fontes do INE de Espanha, o aumento da eletricidade seria de 75,3% sem ter em conta as últimas variações fiscais.
No que se refere à inflação subjacente (que exclui os preços dos alimentos não elaborados e da energia), a variação homóloga dos preços em agosto foi de 6,4%, mais 0,3 pontos percentuais do que em julho e a mais alta desde janeiro de 1993.
Outro dos grupos que influenciou positivamente a inflação foi o de alimentos e bebidas não alcoólicas, cuja variação homóloga foi de 13,8%, três décimas acima da do mês anterior e a maior desde o início da série, em janeiro de 1994. Deste grupo, destacam-se os aumentos nos preços do leite, queijo e ovos, carnes e pão e cereais.
No que se refere à evolução mensal, os preços ao consumidor subiram 0,3% face a julho, enquanto o Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor, que permite fazer comparações com outros países europeus, ficou em 10,5%, duas décimas abaixo do mês anterior.
Fontes do Ministério da Economia espanhol, citadas pela agência EFE, apontam que, em princípio, o IPC deve seguir uma trajetória de desaceleração nos próximos meses, acrescentando que os picos de inflação foram registados em março, aquando da invasão russa da Ucrânia, e em junho, quando a Rússia reduziu o fornecimento de gás à Europa. As mesmas fontes sublinham que esta desaceleração “coincide com a implementação dos pacotes de medidas do Governo, o que demonstra a eficácia das medidas adotadas”.
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