Isabel Ucha não vê taxa sobre lucros excessivos das empresas a resolver nenhuma questão
Isabel Ucha defende, ao invés, que as medidas de emergência se devem focar em "apoiar as pessoas e as empresas que efetivamente estão a ter dificuldades".
A presidente da Euronext Lisbon, a empresa que gere a bolsa em Portugal, mostra-se incerta de que tributar o lucro excessivo das empresas poderá resolver alguma questão em concreto, em entrevista ao Negócios/Antena 1. Isabel Ucha defende, ao invés, que as medidas de emergência se devem focar em “apoiar as pessoas e as empresas que efetivamente estão a ter dificuldades”.
Questionada sobre a possibilidade de serem taxadas as empresas com lucros inesperados devido à situação atual, por exemplo, da energia, Isabel Ucha diz não saber “até que ponto essa medida resolveria alguma questão em concreto”. “Não me pareceu claro que assim fosse”, aponta a presidente da Euronext.
Isabel Ucha defende assim que as medidas se devem focar nas pessoas e empresas em dificuldades, salientando também a necessidade de “tomar as medidas mais estruturais de apoio, designadamente à transição energética para as energias renováveis e limpas em carbono, para a transição digital e para os fatores de competitividade mais estruturais da economia”.
Nesta entrevista, a responsável lançou ainda críticas ao sistema fiscal, apontando que “Portugal tem uma carga fiscal elevada que deve ser reduzida progressivamente com medidas estruturais e persistentes de redução da carga fiscal”. Para o Orçamento do Estado para 2023, Isabel Ucha sugere que não se penalizasse fiscalmente o investimento, e que se introduzisse incentivos transitórios à poupança e investimento em mercado de capitais.
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