Sentimento económico afunda na UE em setembro. Confiança dos consumidores atinge mínimo histórico
Registou-se uma queda na confiança em todos os setores, sendo de destacar o recuo nos consumidores. Tendência afundou indicador que mede sentimento económico.
O sentimento económico continua a diminuir na União Europeia (UE) e na Zona Euro, numa altura em que se perspetiva um abrandamento económico e possivelmente uma recessão no próximo ano. Este indicador recuou em setembro, sendo de destacar a queda na confiança dos consumidores, que atingiu um mínimo histórico.
Neste mês, o Indicador de sentimento económico continuou o “declínio acentuado na UE (-3,5 pontos para 92,6) e na Zona Euro (-3,6 pontos para 93,7)”, segundo os dados divulgados pela Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN) da Comissão Europeia esta quinta-feira.
A diminuição acentuada deste indicador em setembro foi impulsionada por uma “deterioração significativa da confiança nos todos os setores empresariais analisados e outro declínio particularmente acentuado entre os consumidores”, justificam.
De facto, a confiança do consumidor destaca-se ao recuar 3,5 pontos e atingir um novo mínimo histórico em setembro. “Todos os seus componentes (ou seja, avaliações da sua situação financeira passada, perspetivas sobre a sua situação financeira futura, as intenções de fazer grandes compras e expectativas sobre a situação económica) contribuíram para o declínio acentuado”, indicam.
Olhando para os setores de atividade incluídos nestas estatísticas, também se registou uma queda na confiança em todos: quer na indústria e comércio a retalho (ambos com um recuo de 1,8 pontos), serviços (-2,7) e construção (-1,4).
São mencionados também os dados para algumas das maiores economias da UE, onde o sentimento económico caiu acentuadamente: na Alemanha (-4,8), Holanda (-3,7), Itália (-3,7), França (-3,2), Polónia (-2,4) e, em menor escala, Espanha (-1,0).
Por outro lado, o Indicador de Expectativas de Emprego diminuiu mais moderadamente, sendo esta uma das áreas que tem mostrado mais resiliência na Europa.
A DG ECFIN mediu ainda o Indicador de Incerteza Económica, que subiu marcadamente em setembro (+3,8 pontos para 28,4). A incerteza aumentou em todos os setores de negócios, mas novamente a incerteza dos consumidores aumentou de forma particularmente acentuada, atingindo um novo máximo histórico.
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