Portugal felicita nomeação de Tedros Ghebreyesus para um segundo mandato na OMS

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

O académico etíope, único candidato à liderança da OMS, contou com apoio durante uma votação processual, que antecipa a sua reeleição no cargo, sem dificuldades, em maio.

Portugal felicitou esta terça-feira o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pela sua nomeação para um segundo mandato, após os membros Executivos da organização terem validado formalmente a sua candidatura.

Portugal felicita Tedros Ghebreyesus pela sua nomeação para um segundo mandato como Diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde, que deverá ser confirmada em maio”, lê-se no Twitter do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

De acordo com o MNE, “vencer a pandemia da covid-19 requer solidariedade internacional e trabalho contínuo”, garantindo que “Portugal estará presente”.

Tedros Adhanom Ghebreyesus deverá ser reeleito sem obstáculos para o cargo, em maio. “Faltam-me as palavras. Estou muito grato pelo apoio renovado”, disse o académico etíope, após a votação processual realizada esta terça em Genebra, Suíça, que se seguiu a uma audição e avaliação pelos membros do Conselho.

“Os últimos dois anos foram muito difíceis”, disse o diretor-geral da OMS, que tem estado na linha da frente desde o início da pandemia da doença covid-19, agradecendo o apoio dos Estados durante este período marcado pela crise sanitária.

A reeleição tem ainda de ser formalmente validada em maio por todos os Estados-membros da organização, uma eleição sem problemas previsíveis, uma vez que é o único candidato a manter-se na corrida.

Na apresentação que fez aos membros do Conselho Executivo, Tedros Adhanom Ghebreyesus apelou para que “reforcem o papel da OMS no centro da arquitetura da saúde global” e pediu-lhes que reconheçam a “saúde como um direito humano fundamental”.

No cargo desde 2017, este especialista em malária de 56 anos é licenciado em imunologia, médico de saúde comunitária e ex-ministro da saúde da Etiópia. Muito apreciado pelos Estados africanos, por ter permitido que a visão da comunidade internacional, especialmente sobre a pandemia, se vire mais para este continente, era constantemente atacado pelo ex-Presidente norte-americano Donald Trump, mas viu o seu papel reforçado com a chegada do democrata Joe Biden à Casa Branca.

Depois de um primeiro mandato marcado pela pandemia, que revelou as deficiências da OMS, Tedros terá de ganhar a aposta de reforçar esta agência das Nações Unidas para coordenar melhor a resposta às crises globais de saúde e prevenir futuras epidemias. “A pandemia destacou o desafio que enfrentamos, que é o de que o mundo não está preparado”, sublinhou durante a sua apresentação.

“O sucesso futuro da OMS dependerá do vosso apoio” para que as contribuições dos Estados-membros representem 50% do orçamento da organização até 2028-2029, disse o diretor-geral. Para já, 16% do orçamento provém de contribuições obrigatórias dos Estados, sendo o resto contribuições voluntárias de doadores públicos e privados que decidem como a OMS as pode utilizar.

A Alemanha tornou-se, entretanto, o maior doador da OMS, uma posição anteriormente detida pelos Estados Unidos, facto anunciado por Tedros Adhanom Ghebreyesus, que apontou a Alemanha como “um amigo importante e parceiro de longa” da organização.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Morreu Jean-Yves Verlingue. Histórico na corretagem de seguros em França tinha 94 anos

  • ECO Seguros
  • 25 Janeiro 2022

Esteve perto de 50 anos à frente da corretora e construiu os alicerces do que é hoje a Verlingue. Também fundou um museu, em Quimper, dedicado à arte ceramista da Bretanha.

Líder histórico do grupo francês de corretagem em seguros, Jean-Yves Verlingue faleceu a 22 de janeiro, aos 94 anos. “Foi uma pessoa generosa, de grande simplicidade, um espírito com uma vivacidade extraordinária, sincero e atencioso com os colaboradores e os interlocutores,” lê-se na nota em que o grupo noticia o falecimento.

Tinha 19 anos quando, guiado pelo pai (Jules Verlingue), se iniciou na atividade de seguros. Desenvolveu a Verlingue, que dirigiu entre 1946 e 1993, cimentando os pilares e valores que orientam as empresas da holding. Pai de Jacques Verlingue, atual presidente do Groupe Adelaïde, holding familiar que controla as empresas do grupo, o empreendedor faleceu deixando os netos Audrey e Benjamin, representantes da 4ª geração da família, já integrados no negócio segurador.

Com raízes na Bretanha, somando perto de 90 anos de experiência iniciada em 1933 e consolidada com Jules Verlingue, o grupo Adelaïde emprega cerca de 2.100 pessoas e gere 2,6 mil milhões de euros em volume de prémios. Atualmente, com três empresas (Verlingue, Génération e Coverlife-Cocoon), é uma das principais entre corretoras de seguros em França, internacionalizada e com 35% da receita gerada na Europa.

Depois de iniciar atividade em Portugal no ano 2015, através da Génération (subsidiária de corretagem em linhas comerciais de planos de Saúde e Previdência), o grupo de origem familiar e de capital independente adquiriu a Luso Atlântica em dezembro de 2020, entretanto redenominada Verlingue Portugal.

Presidida por Jacques, também mecenas de artistas internacionais, e tendo como Diretor-Geral Gilles Beneplanc, a Verlingue é a maior empresa do grupo Adelaïde. O plano estratégico do grupo (Impact 24) elegeu crescimento orgânico e aquisições para chegar a 2024 com 400 a 500 milhões de euros de receita anual, contando que a atividade internacional represente 30% do volume de negócios em corretagem de seguros (aconselhamento e intermediação) junto de empresas, profissionais e particulares.

Museu dedicado à tradição ceramista e faianças da Bretanha

Junto com a atividade empresarial nos seguros, Jean-Yves dirigiu as Faïenceries de Quimper e a Faïencerie d’Art Breton e colecionou arte. A relação histórica dos Verlingue às louças e faianças da cidade capital de Finistère, na Cornualha francesa, remonta a 1917 quando o seu pai Jules assumiu sociedade na Grande Maison HB.

Após o fecho das Faïenceries Quimper e poucos anos antes de entregar a presidência do negócio segurador ao filho atual presidente da holding, Jean-Yves Verlingue e o filho Bernard Jules, animados pelo respeito da família à tradição ceramista criaram o museu local (Musée de Faïence de Quimper), inaugurado em 1991. Depois de 30 anos de dedicação ativa ao museu que celebra a cerâmica decorativa produzida região, o desaparecimento de Jean-Yves motiva homenagens e reconhecimento da comunidade ligada à faiança e ao museu (Amis du Musée et de la Faïence de Quimper) onde estão milhares de peças de artesãos e fábricas com origem seiscentista.

Bernard Jules Verlingue é quem organiza as coleções e coordena as visitas guiadas que ali se realizam todos os anos, entre abril e setembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério da Agricultura está “desmantelado”, dizem Jovens Agricultores

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

Jovens Agricultores defendem que é importante o ministério recuperar a gestão das florestas, da água e dos animais. É "inconcebível" que o ministério se mantenha subalterno ao Ministério do Ambiente".

A Associação dos Jovens Agricultores Portugueses (AJAP) exigiu esta terça-feira mais apoios ao setor agrícola e considerou que o Ministério da Agricultura do atual Governo (PS) está “desmantelado” e é “subalterno ao Ministério do Ambiente”.

Em comunicado, a AJAP exige “um Governo mais sensível à agricultura, à pecuária, à floresta e ao desenvolvimento rural”, que dê “mais apoio às empresas e empresários em nome individual” e com “maior sensibilidade com quem produz riqueza e gera postos de trabalho”, considerando que o setor tem sofrido das cedências do PS aos partidos de esquerda.

“À semelhança dos diferentes setores de atividade económica, Portugal tem, nos setores da agricultura, perdido terreno face às cedências que o Governo do Partido Socialista tem feito aos partidos de esquerda, onde também podemos incluir o PAN”, afirma a associação que representa jovens agricultores.

A AJAP critica ainda o Ministério da Agricultura, considerando que é “inconcebível manter no futuro um ministério desmantelado, diminuído de funções e subalterno ao Ministério do Ambiente”.

Para a associação, é importante que recupere a gestão das florestas, da água e dos animais, a que sugere que seja somada a gestão da área da alimentação, considerando que só assim poderá o Ministério da Agricultura “bater-se no seio do Governo, como junto das instituições comunitárias na defesa da atividade agrícola, dos agricultores e do mundo rural”.

Defende ainda que haja “estabilidade e previsibilidade” das políticas públicas e que o Governo tenha uma “política clara, a uma só voz, no que respeita à política da água e ao regadio”.

Sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PPR), a AJAP considera que deviam existir “medidas urgentes no apoio ao quotidiano dos agricultores”, face ao aumento dos custos dos combustíveis e da energia, assim como de sementes, fertilizantes, pesticidas, rações e produtos veterinários, considerando que “os investimentos e as ações propostas pelo Governo do PS apenas se focam nos organismos do Ministério”.

No Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) diz concordar com o diagnóstico sobre a agricultura e mundo rural, mas que “a dotação para muitas das medidas é insuficiente”.

A AJAP diz concordar que o I Pilar da PAC dê apoios à agricultura biológica e à proteção integrada, mas que a transferência de verbas do II Pilar (desenvolvimento rural) para o I Pilar (apoios diretos aos agricultores) é um “absurdo num país a necessitar tanto de investimento, quer particular dos agricultores, quer em infraestruturas coletivas como o armazenamento de água, caminhos rurais e produção de energia limpa alternativa para as explorações”.

Considera ainda que os apoios do PEPAC são pouco ambiciosos e que ainda há tempo para corrigir os seus problemas, desde que “haja vontade política”.

A associação quer que o Estado dê prioridade a políticas que promovam a produção nacional e diz ainda que “7% dos agricultores portugueses recebem 70% dos apoios da PAC e praticamente 40% dos agricultores portugueses estão excluídos dos apoios da PAC”.

Defende também a redefinição do apoio ao Regime da Pequena Agricultura e diz ser “inconcebível que a maior fatia dos apoios anuais aos agricultores seja paga em função dos históricos referentes a 1992”.

Na pecuária, para a AJAP, os partidos de esquerda “querem a todo o custo combater a pecuária” quando, argumentou, “esta atividade é apenas responsável por 10% dos gases efeito de estufa produzidos em Portugal” e defende alterações aos procedimentos burocráticos. Afirma ainda que muitos produtores de leite de vaca, ovelha e cabra temem pela viabilidade face aos “aumentos assustadores de todos os fatores de produção (rações, sementes, adubos, gasóleo, mão de obra e eletricidade) e aos preços da venda dos produtos produzidos não acompanharem os custos”.

Na água, considera necessário captar e reter mais água e “definir regras e procedimentos, pois a atividade agrícola e pecuária não gastam água, utilizam a água para a produção de alimentos, não sai do seu ciclo natural”, defendendo que existe em Portugal um “bloqueio ideológico” sobre a água, nos partidos de esquerda e ambientalistas e no atual Governo.

Também defende que a floresta “tem de ser uma atividade lucrativa para os produtores, para os madeireiros e para os industriais transformadores” e que “acentuar a riqueza deste setor pelo sacrifício do rendimento dos produtores compromete a produção da matéria prima no futuro”.

Segundo a associação, os incêndios de 2017 levaram a “muita legislação, nova paixão ministerial, mas muito pouca execução e ações no terreno” e considera que a proposta do PSD de que possam ser plantados eucaliptos em matos incultos e pastagens débeis (sendo que 30% dessas áreas têm de ser plantadas com espécies de crescimento lento) é uma “medida racional e equilibrada”.

Por fim, a AJAP diz que se acentua o envelhecimento da população agrícola (55% dos agricultores têm mais de 65 anos) e que é necessário mais apoios à instalação de jovens agricultores e apoios diferenciados em função das características das diferentes regiões.

Defende ainda medidas para inverter o abandono dos territórios rurais, considerando que todos os partidos concordam, mas chegados à governação pouco fazem. A exceção, diz, são os autarcas, mas faltam “programas concretos de apoio ao investimento e políticas incisivas e mobilizadoras”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Procurador nova-iorquino acusa 13 suspeitos de fraude milionária em seguros

  • ECO Seguros
  • 25 Janeiro 2022

A investigação criminal iniciada em 2017 resultou na acusação de um grupo de pessoas, incluindo médicos, um advogado e um polícia. Seguradoras foram prejudicadas em 100 milhões de dólares.

Damian Williams, Procurador distrital em Nova Iorque. Imagem: DoJ (Departamento de Justiça dos EUA).

Indiciadas de participarem numa organização desmantelada com ajuda do FBI, treze pessoas – incluindo quatro médicos, um advogado e um agente da polícia de Nova Iorque – são acusadas pelos procuradores federais dos EUA de alegados crimes que prejudicaram seguradoras do ramo automóvel em 100 milhões de dólares.

O gabinete do Procurador do distrito sul de Nova Iorque identificou os acusados e detalhou as alegações do processo que começou a ser investigado em 2017. O promotor de Justiça qualifica o caso como uma das maiores fraudes de seguros, um esquema que operava através de células, cada uma com a sua tarefa e especialização, e que conspiravam entre si para ludibriar leis de seguros relativas a indemnização de vítimas de acidentes.

Entre outras práticas, a organização obteve g
anhos financeiros indevidos subornando centenas de pessoas para ter acesso a registos de acidentes de viação, encaminhando depois os feridos para médicos corruptos. A oito dos 13 acusados, alguns já detidos e presentes a tribunal, são imputados crimes vários, alegadamente conspiração para cometer “fraude em saúde, branqueamento de capitais, suborno e obstrução, além de prestarem falsas declarações às autoridades federais, agravado de roubo de identidade”, detalha em comunicado o procurador distrital de Justiça dos EUA.

O despacho de acusação do ministério público norte-americano desdobra-se em duas peças processuais e envolve crimes cuja moldura penal prevista supõe castigos de entre cinco e mais de 40 anos de prisão, indica o despacho de Damian Williams, o novo procurador nova-iorquino que soma referências elogiosas nos corredores da Justiça desde que foi nomeado por Joe Biden para o cargo.

O principal círculo da alegada malfeitoria era liderado por Bradley Pierre. A procuradoria alega que este controlava cinco estabelecimentos clínicos, propriedade de médicos e cuja atividade praticou ilícitos ao abrigo de legislação norte-americana que obriga as seguradoras a pagar tratamentos e cuidados hospitalares a pessoas feridas em acidentes de viação de forma célere, sem necessidade de esperar pela conclusão dos processos de sinistro. Entre os métodos atribuídos aos alegados criminosos, destaca-se o suborno de mais de 900 assistentes operacionais e outros funcionários hospitalares “para acederem a informação confidencial das vítimas de acidentes automóveis”, descreve o documento. “Na posse dessa informação, colocaram as vítimas em risco, sujeitando-as a procedimentos médicos desnecessários e muitas vezes dolorosos, a fim de executarem o esquema de sobrefaturação” que prejudicou as companhias de seguros.

Só em tratamentos hospitalares fraudulentos, Pierre e os cúmplices faturaram de forma ilícita 70 milhões de dólares às companhias de seguros, alega a acusação, explicando que um escritório de advocacia de um familiar e um circuito interno Tv para reuniões serviam para dissimular e orquestrar os golpes. O esquema de corrupção que vinha de 2008 pagou 4 milhões de dólares para conseguir, de forma ilegal, informação sobre sinistros e vítimas dos acidentes, desenvolve o comunicado do gabinete de Damien Williams, referindo que a investigação vai continuar.

Uma página na plataforma LinkedIn em nome de Bradley Pierre indicava-o como proprietário da Medical Reimbursement Consultants Inc sediada em Nova Iorque. Uma empresa com esse nome foi registada em Nassau, pela primeira vez em 2008, altura em que, acrescenta a investigação judicial, o esquema de fraude começou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa diz que PIB cresceu 4,6% em 2021. INE só divulga dia 31

O primeiro-ministro adiantou que a economia portuguesa cresceu 4,6% em 2021, abaixo dos 4,8% previstos. O Instituto Nacional de Estatística só divulga valor oficial um dia após as eleições.

António Costa afirmou esta terça-feira que a economia portuguesa cresceu 4,6% no ano passado, recuperando após a queda de 8,4% em 2020 por causa da crise pandémica. Com esta revelação, o primeiro-ministro adianta-se à divulgação oficial do valor por parte do Instituto Nacional de Estatística (INE), o que acontecerá a 31 de janeiro, exatamente um dia após as eleições. A confirmar-se este valor, fica abaixo dos 4,8% previstos pelo Governo e pelo Banco de Portugal.

Apesar da pandemia, o país no ano passado já cresceu 4,6%. Voltou a convergir com a União Europeia“, disse o candidato socialista a primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3 a partir de uma arruada em Coimbra. Não se sabe se o primeiro-ministro queria referir-se a alguma previsão atualizada dentro do Ministério das Finanças. Contudo, não terá sido através do próprio INE que o Governo sabe o valor uma vez que a prática de informar previamente o executivo foi abandonada há vários anos.

O INE ainda não apurou o resultado do 4º trimestre de 2021 e, consequentemente, a variação média anual ainda não existe“, esclarece fonte oficial do gabinete de estatísticas ao ECO, especificando que “conforme o calendário habitual, só no próximo dia 31 de janeiro se saberá qual a primeira estimativa do INE”.

A confirmar-se o crescimento de 4,6% em 2021, é de notar que este representa uma revisão em baixa de duas décimas face aos 4,8% previstos pelo Governo (Orçamento do Estado para 2022 em outubro), OCDE (dezembro) e Banco de Portugal (dezembro). Acresce que não é possível afirmar que Portugal convergiu com a média da UE em 2021 uma vez que tanto a UE como a Zona Euro terão crescido 5,2%, segundo a estimativa do FMI divulgada esta terça-feira, acima do ritmo de crescimento da economia portuguesa.

Ainda há uma semana, o ministro das Finanças afirmava que a variante Ómicron não tinha colocada em causa o crescimento do PIB de 4,8% em 2021. “Portugal conseguiu resistir bastante bem a esta fase da pandemia e não tivemos de impor medidas com grande impacto na economia e, portanto, espera-se que o valor de 4,8% [de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)] previsto pelo Governo seja alcançado“, disse João Leão aos jornalistas em Bruxelas, antes da reunião do Eurogrupo.

Na mesma intervenção, António Costa regozijou-se ainda com as previsões de instituições internacionais que apontam para um crescimento do PIB de 5,8% em 2022. Em causa está a última previsão da OCDE divulgada em dezembro e do Banco de Portugal no mesmo mês. Porém, desde então a economia mundial desacelerou, como alertou esta terça-feira o Fundo Monetário Internacional na atualização do World Economic Outlook, o que poderá ter impacto na recuperação da economia em Portugal este ano.

(Notícia corrigida às 23h31. Anteriormente a notícia referia que o INE enviava informação que ia divulgar previamente ao Governo, mas tal deixou de ser feito desde 2016).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Multa de Bruxelas sem impacto na tesouraria, diz Pharol

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

O "novo cálculo da coima representa um valor inferior ao estipulado em 2013 e, desde essa data, depositado à ordem da Comissão Europeia", indica a empresa.

A Pharol disse esta terça-feira que a decisão da Comissão Europeia de multar a empresa e a Telefónica pela celebração de um acordo de não concorrência, não tem qualquer impacto na tesouraria, mas está a avaliar a necessidade de reação.

“A Pharol foi hoje notificada pela Comissão Europeia da alteração da decisão tomada em 23 de janeiro de 2013 que aplicou uma coima à Portugal Telecom por alegada infração de regras da concorrência […]. Esta nova decisão não representa assim qualquer impacto na tesouraria ou nos resultados”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo o documento, “novo cálculo da coima representa um valor inferior ao estipulado em 2013 e, desde essa data, depositado à ordem da Comissão Europeia”. No entanto, a empresa está a analisar a decisão e a necessidade de uma “eventual reação”.

A Comissão Europeia voltou a multar a Pharol (antiga Portugal Telecom) e a Telefónica pela celebração de um acordo de não concorrência após a venda da Vivo à segunda, violando as regras da concorrência da União Europeia (UE).

A decisão de multar a Pharol em 12,146 milhões de euros e a espanhola Telefónica em 66,894 milhões foi adotada por as empresas de telecomunicações terem acordado em não concorrer entre si nos mercados ibéricos de telecomunicações na sequência da venda da brasileira Vivo (no Brasil) aos espanhóis.

A decisão, precisa a Comissão Europeia em comunicado, tem plenamente em conta o acórdão do Tribunal Geral e exclui os serviços do valor das vendas para os quais foram encontradas barreiras intransponíveis à entrada e para os quais as partes não estavam em concorrência potencial entre si durante o período de aplicação da cláusula de não concorrência.

Uma primeira decisão semelhante tinha sido adotada pelo executivo comunitário em 2013, mas o valor da multa foi anulado pelo Tribunal de Justiça da UE em 2017, confirmando uma decisão do Tribunal Geral, que considerou que a Comissão deveria ter analisado os argumentos das partes de que não havia concorrência potencial entre elas em certos mercados e que esses mercados deveriam ter sido excluídos do valor das vendas com base nas quais as coimas foram calculadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rede mundial de corretores Brokerslink tem novos diretores

  • ECO Seguros
  • 25 Janeiro 2022

Dias da Fonseca, presidente da MDS, que fundou a aliança de corretagem que está em 122 países, acaba de nomear quatro novos diretores provenientes de Singapura, Turquia, Panamá e Marrocos.

Os novos diretores: Anthony Lim de Singapura, Denise Nart da Turquia, Jorge Manuel Arias do Panamá e Laure Nicaise de Camarões.

A rede de corretagem global Brokerslink, fundada e dinamizada pela corretora portuguesa MDS, agora parte do grupo britânico Ardonagh, confirmou a nomeação de quatro novos diretores do conselho na sua assembleia geral anual: Anthony Lim de Singapura, Denise Nart da Turquia, Jorge Manuel Arias do Panamá e Laure Nicaise de Camarões começam seu mandato a partir deste mês.

Anthony Lim é o fundador e presidente executivo da Acclaim Insurance Brokers, parceira em Singapura enquanto Denise Nart é chefe de contas globais, resseguros e desenvolvimento de negócios e vice-presidente do conselho executivo da NART Insurance & Reinsurance Brokerage, parceira na Turquia. Da América Latina e África foram nomeados Jorge Manuel Arias, co-proprietário e diretor administrativo da Corporación Continental, parceira no Panamá e Laure Nicaise é Diretora Gerente da Generalia Assurances, Sócia da Brokerslink em Camarões.

Os quatro novos diretores do conselho substituem Sunny Léons, Roger Potts, Rohan Stewart e Francisco Valdes, que completaram cinco anos de serviço no conselho.

José Manuel Fonseca, comentou a propósito desta nomeação, para ter uma rede global de corretagem, “é importante que tenhamos um conselho que reflita a rica diversidade de nossa comunidade de corretagem em todo o mundo e dos seus clientes”.

Os quatro novos membros juntam-se aos diretores do conselho existente e que são Steve Hearn do Reino Unido, Edoardo Leusciatti da Suíça, Grégory Allard da França, Jamie Crystal dos EUA, Patrick Chan de Hong Kong, Patrick Verlinden da Bélgica, Stefan Müller da Suíça e Youness Rhallam de Marrocos.

A Brokerslink é uma global broking company fundada pela MDS que gere uma rede de brokers e firmas especialistas em consultoria de riscos presente em 122 países. A rede, baseada em Zug, na Suíça alemã, conta com 55 acionistas de 47 países dos cinco continentes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OCDE abre negociações ao alargamento a seis países, incluindo Argentina, Brasil e Perú

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

Haverá um procedimento individual para cada um dos seis candidatos: Argentina, Brasil, Perú, Bulgária, Croácia e Roménia.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) anunciou esta terça-feira a abertura das negociações de adesão aos seis países candidatos, Argentina, Brasil, Perú, Bulgária, Croácia e Roménia.

O conselho da OCDE, que reúne os embaixadores dos 35 estados-membros, decidiu lançar esta fase de discussões, que irá envolver um procedimento individual para cada um dos seis candidatos.

O processo irá incluir “uma avaliação rigorosa e aprofundada” por mais de 20 comités técnicos para que cada um deles esteja de acordo com os padrões e as melhores práticas, disse a organização em comunicado. Estas revisões, acrescentou, irão implicar alterações na legislação, políticas e práticas e, portanto, irão servir como um “poderoso catalisador de reformas”.

Antes disso, os seis candidatos terão que responder às cartas que lhes foram enviadas pelo secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, com os termos e condições do processo de adesão, bem como as áreas prioritárias identificadas. Além disso, terão que confirmar que partilham os valores e a visão que a OCDE expressou no ano passado com a declaração por ocasião de 60.º aniversário e com as conclusões políticas da reunião ministerial.

Nesses documentos, a organização lembrou, a importância que dão à “preservação da liberdade individual, aos valores da democracia, ao Estado de direito e à proteção dos direitos humanos, bem como os méritos de uma economia de mercado aberto, baseado no livre comércio, concorrência, sustentabilidade e transparência”.

Reafirmou também o compromisso dos estados-membros em promover o “crescimento económico sustentável e inclusivo” e de combater as alterações climáticas, o que implica deter e até mesmo reverter a perda de biodiversidade e a desflorestação.

Cormann considerou que com a decisão desta terça-feira dos embaixadores ficou confirmado que “a OCDE é uma organização aberta, relevante à escala global e em constante evolução”. “A adesão à OCDE – disse – é o meio mais direto e eficaz para garantir a adoção e difusão em todo o mundo dos valores, princípios e normas que temos em comum”.

O secretário-geral sublinhou que os seis candidatos poderão aproveitar o processo de adesão para realizar reformas “em benefício das populações” e ao mesmo tempo fortalecer a OCDE como “grupo de países unidos por visões comuns e comprometidos com uma ordem internacional baseada em regras”.

Entre os 35 membros da OCDE estão quatro países latino-americanos: México, que aderiu em 1994; Chile, em 2020; Colômbia, em 2020, e Costa Rica, em maio de 2021.

(Notícia atualizada às 20h10)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Howden obtém “resultados históricos” e espreita oportunidades de aquisição em Portugal

  • ECO Seguros
  • 25 Janeiro 2022

Aquisições nos EUA e Reino Unido impulsionaram faturação em 2021. O grupo internacional de corretagem de (re)seguros iniciou 2022 a comprar em Itália e quer adquirir negócios em Portugal.

João Portugal Mendonça, DG da Howden em Portugal destaca crescimento orgânico e capacidade do grupo integrar líderes de negócio.

O Howden, grupo internacional de corretagem em seguros, terminou o seu exercício fiscal com volume de negócios a crescer 48% para 1,15 mil milhões de libras esterlinas, aumentando resultado bruto (ebitda) em 50% para 335 milhões de libras. Aquisições impulsionaram este desempenho, com a holding a realçar o crescimento orgânico.

Comentando os indicadores do grupo, João Mendonça, Diretor Geral da Howden em Portugal sublinha os 19% de crescimento orgânico: “É este indicador que destaco. Na verdade, a Howden realizou grandes aquisições em 2021″, como a Align nos Estados Unidos e a A-Plan e a Aston Lark, esta última ainda não contabilizada nos resultados do mercado do Reino Unido, “além de aquisições de empresas e portefólios em diversos países,” acrescentou. A faturação anual (equivalente a 1,37 mil milhões de euros ao câmbio corrente) e os outros indicadores operacionais constituem “resultados históricos,” disse ao ECOSeguros o responsável da Howden.

Operando através de duas companhias Howden Broking e a DUAL (especialista de subscrição), o grupo fala de um “ano de transformação”, com as aquisições estratégicas (nos EUA e no Reino Unido), atração de talento (aproximadamente 1500 pessoas integraram o grupo) que aumentou o efetivo para 10 500 (dados proforma após aquisições) e elevou para 2 000 o número de empregados com participação no capital da companhia, detalha um comunicado do grupo britânico independente.

Para além da incorporação de pessoas pelas aquisições, entraram cerca de 500 líderes seniores de negócio, e é desta capacidade de captação de talento que é originado este enorme crescimento orgânico,” reforçou João Mendonça adiantando que essa é a estratégia em Portugal: “Primeiro: atração de talento e de líderes seniores de negócio, com capacidade de fazer verdadeira consultoria e dar acesso a soluções por vezes complexas para os problemas dos clientes; Segundo: mantendo a atenção a oportunidades de aquisição.”

Compras continuam em 2022 com nova aquisição em Itália

Fundado em 1994, atualmente presente em 45 países, pelos quais maneja cerca de 17 mil milhões de dólares em volume de prémios, o grupo tem atividade (e receita) repartida pelo Reino Unido, onde gera 31% da faturação, Europa (25%), América do Norte (19%), 14% na Ásia Pacífico, 4% na América Latina e 7% distribuídos pela Turquia, Médio Oriente e África.

David Howden, CEO do Howden Group

Citado no comunicado da sociedade holding, David Howden, CEO do Grupo, afirma que a aposta na Europa Continental vem dos primeiros dias do grupo. Ao fim de cinco anos de atividade, a empresa já tinha um escritório em Sevilha recordou.

Beneficiando de posicionamento financeiro reforçado após entrada de novo investidor (Hg Capital), que se juntou a General Atlantic e a CDPQ (acionistas estratégicos no grupo) no apoio ao esforço financeiro de aquisição da Aston Lark. Com este suporte acionista, a Howden obteve mais de 3 000 milhões de libras de capital fresco em 2021, incluindo emissão de dívida e financiamento acionista. Assim, a corretora independente entrou 2022 confiante.

Prosseguindo estratégia aquisitiva e reafirmando aposta na Europa, o grupo sediado em Londres (anteriormente designado Hyperion) acaba de anunciar a compra da italiana Tower SpA,, corretora de seguros e consultoria de risco. A Tower soma-se a outra aquisição da Howdem naquele país: em julho de 2021, a empresa presidida por David Howden comprou a Andrea Scagliarini SpA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deutsche Bank culpa cliente por perdas de 500 milhões

O credor alemão remeteu as culpas para o seu antigo cliente, Palladium Group, pelas perdas num investimento no mercado de câmbio vendido pelo próprio banco. Alega que grupo conhecia os riscos.

O Deutsche Bank remeteu culpas para o seu antigo cliente, o grupo hoteleiro Palladium, pelo prejuízo de um investimento em FOREX (Mercado de câmbio) vendido pelo banco alemão, avançou esta terça-feira a Bloomberg (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

Em causa está um processo de 2021, no valor de 500 milhões de euros, contra o banco alemão. A hoteleira espanhola acusa o Deutsche Bank de fazer misseling, a venda negligente ou deliberada de produtos inadequados às necessidades do cliente, resultando em perdas para o Palladium Group. O grupo espanhol beneficiou financeiramente do acordo até 2016, sendo que a partir de 2017 começou a sofrer perdas, e atingiu o pico do prejuízo no ano seguinte.

O Deutsche Bank negou todas as acusações, e nomeou ainda uma série de ex-funcionários envolvidos nas transações, como Amedeo Ferri-Ricchi, Jonathan Tinker e Fabio Madar. “As alegações da Palladium não têm fundamento e vamos defender-nos vigorosamente das mesmas”, disse um porta-voz do Deutsche Bank, acrescentando que “a Palladium compreendeu bem tanto os potenciais benefícios, como o risco envolvido”. Já um porta-voz do grupo Palladium recusou-se a comentar.

O grupo espanhol sediado em Ibiza alega que, através do credor alemão, entrou numa série de transações “altamente complexas” e “impossíveis” de compreender e avaliar. Este processo é apenas um de várias ações jurídicas, de empresas espanholas contra diversos bancos, por transações no mercado de câmbio. O Deutsche Bank já avançou com uma investigação interna, de nome Project Teal, onde analisa se os seus produtos foram vendidos incorretamente. O projeto já levou a acordos com os lesados, e levou à saída de vários funcionários e executivos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Serviço Opto “está novamente disponível em todas as plataformas”, avança Impresa

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

O serviço ainda poder ter "alguns constrangimentos e poder sofrer alguns atrasos no carregamento dos conteúdos nestes próximos dias", indica a empresa.

O serviço de streaming Opto “está novamente disponível em todas as plataformas”, anunciou esta terça-feira a Impresa, depois do ataque informático sofrido pela dona da SIC ter ditado a sua indisponibilidade temporária. “A Opto está novamente disponível em todas as plataformas (em opto.sic.pt, smartphones e tablets android e iOS, chromecast e iOS, e nas mais recentes smart TV da Samsung e da LG)”, refere o grupo, em comunicado, sobre a aposta ‘streaming’ da SIC.

Depois do ataque informático sofrido pela Impresa “ter ditado a indisponibilidade temporária da Opto, o grupo continuará a trabalhar para levar a todos a plataforma nas melhores condições, apesar de o serviço ainda poder ter alguns constrangimentos e poder sofrer alguns atrasos no carregamento dos conteúdos nestes próximos dias”, adianta a Impresa.

“Aos subscritores ‘premium’ da Opto não será cobrado o valor correspondente ao tempo em que a plataforma esteve indisponível e será atribuída uma oferta do serviço durante 30 dias”, salienta.

Em 2 de janeiro, os sites do grupo Impresa foram alvo de um ciberataque que, segundo a dona da SIC, teve como autor o grupo Lapsus$, que realizou uma intrusão na rede interna, bem como nos meios de controlo da plataforma de ‘cloud’ (AWS) utilizada” pela empresa.

Depois de mais dois dias em baixo, os sites do Expresso e da SIC Notícias voltaram a estar novamente no ‘ar’ através de https://expresso.pt e https://sicnoticias.pt, os quais vão funcionar “de forma provisória”, segundo a Impresa.

Nesse mesmo dia, em 5 de janeiro, o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão reconheceu que demoraria algum tempo para que a normalidade de todas as operações ser reposta.

Desde o ataque, a Impresa tem trabalhado com as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), como também foram contratadas empresas especializadas para auxiliar os departamentos internos do grupo.

O Ministério Público está a investigar o ataque informático como também a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) investiga a violação de dados pessoais na sequência do ciberataque. Até ao momento, “não foi efetuado qualquer pedido de pagamento (resgate)”, asseverou a Impresa, em 5 de janeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP vende défice tarifário por 562 milhões de euros

A EDP vendeu mais uma parcela do défice tarifário de 2021, desta vez por 562 milhões de euros.

A EDP anunciou esta terça-feira em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que a SU Eletricidade vendeu 32,1% do défice tarifário de 2021 relativo ao sobrecusto com a produção em regime especial (renováveis) por um montante de 562 milhões de euros.

Este défice tarifário resulta do diferimento por 5 anos da recuperação do sobrecusto de 2021 com a aquisição de energia aos produtores em regime especial (incluindo os ajustamentos de 2019 e 2020)”, explica a empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade em comunicado. Esta venda permite antecipar o encaixe deste valor que lhe é devido pelo sistema elétrico.

A SU Eletricidade (ex-EDP Universal) é o comercializador de último recurso do sistema elétrico português, sendo detido a 100% pela EDP, e opera no mercado regulado para menos de um milhão de consumidores.

Com esta operação, a EDP já terá vendido mais de 75% do défice tarifário de 2021, de acordo com os cálculos do ECO com base nos comunicados da empresa ao mercado. Ao todo, a elétrica já encaixou mais de 1,3 mil milhões de euros com o défice tarifário de 2021.

Este sobrecusto que gerou o défice tarifário diz respeito ao diferencial do custo da energia adquirida a produtores em regime especial com tarifa fixa, “baseado em acordos estabelecidos no passado quando a energia elétrica estava muito mais cara antes da crise financeira de 2008”. A redução da fatura da eletricidade no passado reflete-se nos custos atuais uma vez que a diferença tem de ser devolvida às empresas.

(Notícia atualizada às 18h58 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.