Sociais-democratas europeus veem Portugal e Espanha como “modelos de fortaleza”
“Pedro e António: estão a fazer as coisas bem”, afirmou Achim Poch, secretário-geral do Partido Socialista Europeu (PSE).
O Partido Socialista Europeu iniciou esta sexta-feira o seu congresso, em Berlim, destacando Portugal e Espanha como “modelos de fortaleza” dentro desta família política e com advertências ao reforço da extrema-direita em Itália e em outros países do bloco comunitário. “Pedro [Sánchez] e António [Costa]: estão a fazer as coisas bem”, afirmou Achim Poch, secretário-geral do Partido Socialista Europeu (PSE), na mensagem de abertura do congresso, a decorrer na capital alemã sob o lema “Com coragem. Pela Europa”.
O primeiro-ministro português e o chefe do Governo espanhol irão intervir no sábado na reunião partidária. O avanço da direita radical deve constituir “uma chamada de advertência” ao conjunto das democracias liberais europeias e face ao qual os socialistas e sociais-democratas europeus devem “responder com força”, prosseguiu Achim Poch.
A primeira sessão plenária, que decorre esta sexta, está centrada na eleição do novo presidente da formação, o ex-primeiro-ministro sueco Stefan Lofven, figura de referência da social-democracia sueca, que sucederá ao búlgaro Sergei Stanischev, na liderança do PSE desde 2011. Nos dois dias da reunião, e em diversas sessões, serão abordados os grandes desafios multilaterais do momento, da guerra da Ucrânia às alterações climáticas, da resposta à crise energética ao combate à inflação.
Lofven representa uma das grandes famílias da social-democracia europeia, por ser a formação que dominou a vida política sueca durante décadas. No entanto, a abertura do congresso do PSE significou um momento amargo para o partido, quando em Estocolmo foi hoje anunciada a nova coligação governamental liderada pelo conservado Ulf Kristensson e que será apoiada pelos Democratas Suecos (SD), uma formação de extrema-direita.
Na sessão de sábado, a par de Sánchez e Costa, também intervirá a ex-primeira-ministra sueca Magdalena Andersson, cujo partido foi o mais votado nas eleições de setembro passado com 30% dos votos expressos, apesar de a coligação que liderava ser ultrapassada pelo bloco das direitas. Também estão presentes na reunião de Berlim a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, entre outros líderes europeus.
O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, a vice-presidente do Parlamento Europeu, Katarina Barley, e o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, também marcam presença. A guerra na Ucrânia será o tema dominante do congresso, com Scholz a referir-se à situação, na quinta-feira, através de uma declaração prévia e na qual advertiu ao que definiu de “cruzada contra o Ocidente” que considera estar a ser movida pelo Presidente russo, Vladimir Putin, contra o conjunto das “democracias liberais” à escala global.
A presença da finlandesa Sanna Marin e da sueca Magdalena Andersson no encontro assinala a mudança de rumo dos dois países nórdicos na sequência do conflito na Ucrânia, com Helsínquia e Estocolmo a prescindirem da sua tradicional neutralidade militar e a pedirem a adesão à NATO. À margem do congresso, Sánchez e Costa reúnem-se com Scholz para discutir, entre outras matérias, assuntos relativos ao “abastecimento energético” na UE.
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