ADSE. Lista apoiada pela Fesap quer reduzir contribuições dos beneficiários
Lista encabeçada pelo antigo presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares defende maior autonomia na gestão dos saldos da ADSE e descontos menores.
A lista apoiada pelos sindicatos da Fesap e UGT para o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE defende uma redução dos descontos dos beneficiários, que atualmente se fixam em 3,5%. Além disso, querem também a responsabilização do Estado, tendo em conta as contribuições das autarquias e uma negociação mais exigente com os privados.
Esta lista, que é encabeçada por Alexandre Lourenço, antigo presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e tem como mandatário o atual Presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, João Proença, reitera que a ADSE “tem estado a gerar saldos anualmente”, em parte por causa das contribuições dos beneficiários, mas esse não é o objetivo, em conferência de imprensa.
A dimensão da redução das contribuições proposta pela lista ainda não está definida, sendo que irá depender de um estudo atualizado da sustentabilidade do subsistema de saúde dos funcionários públicos. “Dentro desse grau deve existir redução”, defendeu Alexandre Lourenço.
Já para os saldos que a ADSE tem gerado, e que já totalizam os mil milhões de euros, a lista defende que deve existir uma maior autonomia na gestão, nomeadamente já que são obrigados a ter a almofada sob a alçada do IGCP. A ADSE “vai perder parte do seu saldo por causa da inflação”, já que não tem o dinheiro a render, salientou João Proença.
Outra prioridade desta lista, que tem como lema uma “ADSE Pública e Solidária ao Serviço dos Beneficiários”, é resolver a situação das autarquias, que continuam a pagar os reembolsos da ADSE. “Em vez de um pagar tudo, todos pagam um pouco”, defendeu Proença. A lista reitera que é necessária uma solução “sem quebra nem aumento das receitas para a ADSE”, em que “pagam igualmente “todos os organismos da Administração Central, Regional e Local o que corresponde a cerca de 0,5% da massa salarial de cada um”, como se lê no programa eleitoral.
“Não estamos a pedir mais dinheiro ao Estado”, esclareceu ainda José Abraão, da Fesap. “Estamos a pedir ao Estado que olhe para a ADSE e resolva o problema das autarquias”, disse.
Entre as ideias da lista encontra-se também a necessidade de ter uma melhor relação com os grupos privados, bem como uma maior assertividade e transparência nas negociações. Depois da publicação das novas tabelas, os beneficiários “sentem que estão a ser empurrados para o regime geral”, o que é “inaceitável”, afirmou Alexandre Lourenço. Assim, a lista quer “uma atitude mais grave em relação aos privados”, para que cumpram com o que foi acordado.
João Proença sinalizou ainda que existem preocupações com as tabelas, que podem ser ajustadas à inflação. “A ADSE está preocupada em ajustar preços, mas é importante que haja margem”, apontou.
As eleições para os membros representantes dos beneficiários titulares no CGS da ADSE vão realizar-se no próximo mês (no dia 30 de novembro ocorre o voto presencial e nos dias 27, 28 e 30 de novembro o voto eletrónico).
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