Nos, Carat e Fuel lideram o investimento publicitário em setembro

No acumulado dos primeiros nove meses do ano o Modelo Continente mantém-se como o maior anunciante. Carat e Fuel lideram nas agências.

A Nos foi o maior anunciante do país em setembro. A preços de tabela, sem os descontos aplicados pelas agências, a operadora cujo marketing é liderado por Rita Torres Baptista investiu 46,4 milhões de euros em espaço publicitário. A esmagadora maioria, 45,3 milhões, foi em televisão. A Nos retoma assim à primeira posição no ranking de anunciantes elaborado mensalmente pela MediaMonitor, empresa do grupo Marktest, depois de no último mês este ter sido encabeçado pela Altice.

Na segunda posição surge o Modelo Continente, com um investimento de 41 milhões de euros. Destes, 37,2 foram destinados ao meio televisão, 2 milhões ao digital e 795 mil ao meio rádio e 722 ao outdoor. A Unilever Fima regressa à terceira posição, com um investimento, sempre a preços de tabela, de 33 milhões de euros. Mais uma vez, a esmagadora maioria foi para o meio televisão, com 32,2 milhões, cabendo à internet e ao outdoor um investimento na ordem dos 390/378 mil euros.

Vodafone Portugal e Lidl encerram o top 5 dos maiores anunciantes, com investimentos de, respetivamente, 32,2 e 29,4 milhões de euros.

Nas agências de meios a liderança continua a pertencer à Carat, com 152,8 milhões de euros. A Arena subiu à segunda posição, com 140 milhões, e a OMD encontra-se agora na terceira, com 110,5 milhões. Initiative e Havas Media encerram o top 5.

A Fuel ocupa este mês primeira posição nas agências criativas, seguida pela Havas Worldwide e pela Wunderman Thompson. No top 5, ainda O Escritório e a Partners.

No acumulado dos primeiros nove meses do ano o Modelo Continente mantém-se como o maior anunciante, seguido pela Altice Portugal e pela Unilever Fima. Nas agências de meios, o acumulado do ano traduz o último mês, com o ranking do investimento a ser encabeçado pela Carat, Arena e OMD. A Fuel, a Havas Worldwide e a Partners lideram nas agências criativas.

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PJ faz buscas relacionadas com contratos do SIRESP

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

Em causa estarão os crimes de tráfico de influência, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poder e prevaricação.

A Polícia Judiciária (PJ) está a fazer buscas na Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, quatro empresas e três residências particulares relacionadas com os contratos com a rede de emergência do Estado SIRESP, revelou o Ministério Público. A Altice Portugal já confirmou que foi umas das empresas visadas e que está a colaborar com as autoridades.

Segundo a nota divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a investigação está a ser conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.

As buscas domiciliárias e não domiciliárias decorrem em vários locais e visam “a recolha de prova relacionada com eventuais favorecimentos de indivíduos e/ou entidades particulares, em detrimento do interesse público, através de adjudicação de contratos relacionados com o SIRESP”.

Em causa estarão os crimes de tráfico de influência, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poder e prevaricação.

A Altice confirmou que foi uma das empresas objeto de buscas, tendo prestado “toda a colaboração que lhe foi solicitada” e estará disponível para todos os esclarecimentos, disse fonte oficial.

“A Altice Portugal esteve e sempre estará disponível para quaisquer outros esclarecimentos”, concluiu a mesma fonte.

(Notícia atualizada às 13h38 com declaração da Altice Portugal)

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Emmanuel Pelège é o novo CEO da BNP Paribas Cardif para o mercado ibérico

O profissional desempenhava o cargo de CEO interino da BNP Paribas Cardif no Brasil.

A BNP Paribas Cardif acaba de anunciar a nomeação de Emmanuel Pelège como novo CEO da empresa em Portugal e Espanha. O profissional assume o desafio de desenvolver e transformar a organização no mercado ibérico.

“A escolha do Emmanuel, que conta com mais de 20 anos de experiência na empresa, pretende ser um novo passo rumo a uma empresa cada vez mais inovadora e diferenciadora no mercado de seguros ibérico. A sua grande experiência no mercado sul-americano, o seu conhecimento e curiosidade em apostar na tecnologia e inovação são garantias de que iremos trabalhar para oferecer produtos e soluções cada vez melhores a clientes e parceiros”, refere Fabrice Segui, CEO do BNP Paribas Portugal, em comunicado.

Emmanuel Pelège iniciou a sua carreira na BNP Paribas Cardif em 2000, no Brasil, como chefe de atuários. Entre 2006 e 2018, ocupou vários cargos na América do Norte e na América Latina e, posteriormente, assumiu a função de deputy CEO da BNP Paribas Cardif no Brasil, sendo responsável pela conceção e implementação do plano de transformação digital da empresa. Em junho de 2021, o profissional foi nomeado CEO interino da BNP Paribas Cardif no Brasil, cargo que desempenhou até à data.

Engenheiro estatístico pela École Nationale de la Statistique et de l’Analyse de l’Information, Emmanuel Pelège tem um mestrado em Finanças e Ciências Atuariais pela École Nationale de la Statistique et de l’Administration Economique em Paris, e formou-se, também, no Stanford Executive Program.

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Ex-futebolista Costinha e empresário António Boal lançam vinho a 600 euros a garrafa

O ex-futebolista Costinha e o empresário António Boal lançam a marca de vinho “O Segredo 6” e cada garrafa custa 600 euros. Um negócio que envolveu um investimento na ordem dos 150 mil euros.

Tem sido o segredo “mais bem” guardado, nos últimos anos, a constituição da empresa 2 CC produção de vinhos Lda., e consequente lançamento da edição limitada de um vinho tinto “único e elegante”, com cada garrafa a custar 600 euros e originário de uma vinha com 65 anos. E de tal forma que o vinho só poderia ser batizado de “O Segredo 6”. Nem a escolha do número foi por acaso: era o utilizado por Francisco Costa, mais conhecido como Costinha, no FC Porto e na Seleção Portuguesa de Futebol que entrou nesta aventura com António Boal, da Costa Boal Family Estates.

Com a assinatura do enólogo Paulo Nunes, o vinho “O Segredo 6”, que é lançado, esta quinta-feira, em Lisboa, envolveu até à data um investimento de 150 mil euros em todo o processo, desde aquisição das vinhas, em Mirandela, até à produção, engarrafamento e lançamento no mercado, avança ao ECO/Local Online o produtor de vinhos António Boal. Eleito “produtor do ano em 2021″, António Boal espera faturar mais de 400 mil euros com este novo produto vinícola. “Esta verba será depois reinvestida na empresa”, conta.

É a colheita do ano de 2019, num terroir de xisto e quartzo, que originou 600 garrafas de 1,5 litros, mais 66 de cinco litros e seis de 15 litros que vamos colocar à venda.

António Boal

Sócio da 2 CC produção de vinhos Lda

Ao lado, o atual treinador de futebol Francisco Costa acrescenta que a edição limitada deste “vinho de parcela de vinha velha”, da empresa 2 CC produção de vinhos Lda, criada pelos dois sócios, em 2018, “vai contribuir para o posicionamento do vinho português” no setor vitivinícola. E destina-se a apreciadores de vinho com algum poder de compra, tendo em conta que cada garrafa de 1,5 litros custa 600 euros, e se apresenta com um rótulo em veludo, dotado de requinte, inspirado no nome do vinho, com as letras gravadas a ouro.

“É a colheita do ano de 2019, num terroir de xisto e quartzo, que originou 600 garrafas de 1,5 litros, mais 66 de cinco litros e seis de 15 litros que vamos colocar à venda. Mas não vamos lançar tudo este ano”, descreve o produtor de vinhos nas regiões do Douro e de Trás-os-Montes. “Depende da capacidade da empresa para lançar o vinho depois no mercado”, sustenta.

“É um vinho de parcela de vinha velha” produzido a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Amarela, Alicante e Bouschet, que esteve, durante 16 meses, em estágio em barricas novas de carvalho francês e mais algum tempo em garrafas. Esta vinha velha produz entre 1.200 a 1.500 litros de vinho por ano, segundo o ex-futebolista.

Somos a única empresa em Portugal a produzir, até à data, um vinho de parcela em garrafas de grande formato”, garante António Boal, apoiado por Francisco Costa: “São 600 garrafas. Um vinho de qualidade não pode ter uma produção muito alta. Decidimos também por um formato da garrafa diferente, de 1,5 litros.”

Vai contribuir para o posicionamento do vinho português.

Francisco Costa

Ex-futebolista e sócio da 2 CC produção de vinhos Lda

“Agora, a nossa expectativa é haver uma boa aceitação no mercado de ‘O Segredo 6’ como sendo um elegante, refinado e exclusivo vinho de Trás-os-Montes“, afirma Francisco Costa, adiantando: “Não queremos pôr a carroça à frente dos bois. Mas claro que é um negócio que tem de ter rentabilidade”.

Em relação ao custo de cada garrafa, o antigo médio defensivo explica que é preciso valorizar todo o processo inerente à produção do vinho e a sua qualidade. “Quando o vinho chega à mesa, as pessoas não têm noção de todo o processo, desde os trabalhadores que se levantam às quatro da madrugada para podar e andam à chuva até todo o resto da produção”, elucida.

Há sempre uma história por detrás de uma marca e, no caso de “O Segredo 6”, tudo começou, há alguns anos, quando o antigo futebolista Costinha e António Boal se conheceram, durante um almoço com uma temática vinícola. “O António convidou-me a visitar parcelas, na região de Trás-os-Montes, que eventualmente poderiam levar a decidir-me a entrar no negócio do vinho”, começa por contar Francisco Costa. E assim foi. “Em Mirandela temos uma vinha com 3,5 hectares, adquirida em 2019, com 65 anos, sem armação, solo xistoso”, conta o atual treinador de futebol.

Está nos horizontes dos dois sócios criar outros vinhos e “construir uma adega boutique, em Mirandela“, avança ao ECO António Boal. “A ideia desta empresa é produzir vinhos de parcela e de vinha velha”, prossegue, contando ainda que já tem estudos desenvolvidos pelo enólogo sobre qual a melhor região para produzir um vinho branco, na zona de Trás-os-Montes, sem, contudo, desvendar qual a área escolhida nessa região.

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ERSE publica regras de cálculo para validação prévia de faturas depois do caso Endesa

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

A diretiva da ERSE surge após o Governo ter condicionado o pagamento de faturas à Endesa na sequência de declarações do presidente da empresa.

As regras de cálculo do benefício líquido do mecanismo de ajuste dos custos de produção de energia elétrica foram esta quinta-feira publicadas pelo regulador da energia, introduzindo a partir de dezembro contraordenações leves puníveis com coima às empresas incumpridoras.

A diretiva da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) surge após o Governo ter condicionado o pagamento de faturas à Endesa na sequência de declarações do presidente da empresa, Nuno Ribeiro da Silva, a anunciar que a eletricidade ia sofrer um aumento de cerca de 40% nas faturas de julho justificado pelo mecanismo ibérico que controla o preço do gás na produção elétrica.

Na diretiva, que implementa esse despacho do Governo que estabeleceu o procedimento de validação prévia de faturas, a ERSE defende que “a correta explicitação” dos valores associados ao mecanismo de ajustamento dos custos de produção da eletricidade requer que se utilizem valores médios de base diária e especifica que o apuramento de valores com as novas regras tem de ser feito para faturas “a partir de 15 de junho”.

A diretiva da ERSE entra esta quinta-feira em vigor, dia da publicação em Diário da República, mas no que respeita a coimas para empresas incumpridoras só produz efeitos dentro de 45 dias.

“O incumprimento do disposto na presente diretiva, incluindo a referência ao benefício líquido em desconformidade com mas respetivas regras de cálculo, ou a sua não apresentação na fatura, quando devida, integra a prática de contraordenação”, lê-se na diretiva.

Depois de a Endesa anunciar uma subida de 40% na fatura da eletricidade em julho, o primeiro-ministro, António Costa, ordenou em 02 de agosto aos serviços do Estado que não pagassem mais faturas da Endesa sem validação prévia do secretário de Estado do Ambiente e da Energia.

Depois da polémica, a Endesa acabou por emitir um comunicado comprometendo-se a manter os preços contratuais até dezembro e a cumprir os compromissos estabelecidos no mecanismo ibérico.

 

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Gás pela primeira vez abaixo do teto do mecanismo ibérico

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

A descida do preço do gás nas últimas semanas deixou sem efeito para esta quinta-feira a aplicação do mecanismo ibérico.

O mecanismo ibérico para reduzir o preço da eletricidade no mercado grossista está esta quinta-feira sem aplicação, pela primeira vez desde a sua criação, dado que o preço do gás está abaixo do teto de 40 euros por megawatt-hora (MWh).

De acordo com a página do Mercado Ibérico de Gás (Mibgas), o preço do gás natural fixou-se hoje em 31,8 euros/MWh, abaixo dos 40 euros/MWh, que os governos português e espanhol estabeleceram como limite máximo a pagar por aquela matéria-prima para produção de eletricidade.

A descida do preço do gás nas últimas semanas, que caiu quase 86% desde o dia 31 de agosto, deixou sem efeito para esta quinta-feira a aplicação do mecanismo ibérico, aprovado há quatro meses pelos dois países.

A 31 de agosto, o gás no Mibgas registou um preço ‘recorde’ de 230,4 euros/MWh.

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sheerME lança “subsídio de wellness” para empresas

Através de uma carteira virtual, os profissionais podem gerir o montante atribuído pelo seu empregador em benefícios de bem-estar.

A sheerME, startup portuguesa de serviços de bem-estar e beleza, lançou uma solução de benefícios empresariais direcionados ao bem-estar dos colaboradores. A sheerME BENEFITS pretende que, através do carregamento de um montante, que pode ser mensal ou pontual, por parte das empresas numa carteira virtual, os profissionais tenham total liberdade para gerir os seus benefícios em serviços que vão desde o fitness à aparência ou mindfulness.

“Tendo em conta as tendências atuais, a sheerME foi desafiada por algumas empresas parceiras a criar um produto que, tal como o subsídio de alimentação, pudesse ser um género de subsídio de bem-estar, carregado e oferecido pelas empresas aos seus colaboradores”, começa por explicar Miguel Alves Ribeiro, fundador e CEO da startup.

“Hoje, com mais de 60.000 serviços disponíveis em todo o país e a crescer todos os meses, acreditamos que temos as soluções que as empresas e os seus colaboradores procuram, de modo a melhorar o seu bem-estar, com serviços que tocam nas seis dimensões do bem-estar: melhor saúde, fitness, aparência, mindfulness, nutrição e um sono recuperador”, detalha, citado em comunicado.

Sem detalhar o número, a sheerME revela que já algumas organizações estão a utilizar esta nova solução e que o feedback tem sido “muito positivo, quer por parte das empresas, quer por parte dos colaboradores”. “Acreditamos que empresas que investem no bem-estar dos seus colaboradores não só vão ao encontro de necessidades atuais, como têm colaboradores mais felizes, confiantes e eficientes. Isto é especialmente reconhecido entre os millennials e a geração Z, que procuram em média mais 6% a 7% por este tipo de serviços, que as restantes gerações”.

A sheerME liga pessoas que procuram investir no seu bem-estar com os espaços ao seu redor, facilitando a marcação online, a qualquer momento e em qualquer lugar, através da utilização de uma carteira digital, ganhando uma percentagem de cashback na carteira digital após cada marcação.

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Ministério da Justiça admite dificuldades em gerir ‘stocks’ de papel

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

O Ministério da Justiça admite dificuldades em gerir os 'stocks' de papel nos tribunais e aponta a escassez de matéria-prima. Tribunal de Braga foi obrigado a adiar cerca de 20 diligências.

O Ministério da Justiça admite dificuldades em gerir os ‘stocks‘ de papel nos tribunais, aponta a escassez de matéria-prima, mas diz que nunca foi dada qualquer indicação às comarcas para cessarem a impressão de atos processuais.

Numa nota enviada às redações depois de ter sido noticiado que a falta de papel atrasou 20 processos cíveis no Tribunal de Braga, o Ministério da Justiça lembra que a flutuação de preços tem “potenciado a dificuldade em determinar o preço-base dos procedimentos a lançar” e também está a resultar na celebração de contratos de curto termo (não superior a dois meses), pois “aos concorrentes não interessam contratos mais duradouros, que os vinculariam a preços unitários que rapidamente ficariam desajustados”.

Diz ainda que o fornecimento do papel “não tem sido contínuo” e sublinha a importância de gerir bem os ‘stocks‘ existentes para “acautelar períodos transitórios entre contratos”.

Para fazer face às dificuldades, tem sido assegurada uma gestão centralizada dos ‘stocks‘ a nível nacional, por parte da Direção Geral de Administração da Justiça (DGAJ), “de forma a garantir que não existem ruturas”, acrescenta a nota, lembrando que “entre 22 de setembro e 17 de outubro foram redistribuídas 3.360 resmas pelas Comarcas/TAF que sinalizaram tal necessidade, com recurso ao ‘stock’ de outras Comarcas e dos Serviços Centrais”.

Desde o início do ano que se tem assistido a uma disrupção do mercado do papel devido à escassez da matéria-prima, situação com forte impacto direto na quantidade e no preço do produto. Prova disso é que se em 2021 o valor médio da resma era de 2,38 euros, em 2022 a média está já nos 4,85 euros”, explica.

A nota acrescenta que, no início do ano, a Unidade de Compras do Ministério da Justiça lançou dois procedimentos que, por aumento dos preços, ficaram desertos.

De acordo com a informação prestada pelas próprias Comarcas/TAF, refere o Ministério da Justiça, “não foram apresentados registos de inexistência de papel de fotocópia“, adiantando que, na globalidade dos tribunais de primeira instância, estavam disponíveis na quarta-feira 9.978 resmas de papel. Está igualmente pendente a entrega 1.315 resmas.

O ministério garante que a DGAJ “nunca deu qualquer indicação” às comarcas para cessarem a impressão de atos processuais e acrescenta que, “apesar dos constrangimentos, em regra, em todas as comarcas, foi possível assegurar uma gestão de ‘stocks‘ que suprisse internamente as necessidades”.

A nota do gabinete da ministra da Justiça informa ainda que está a decorrer um procedimento de contratação centralizado para aquisição de 40.800 resmas de papel, que estará em fase de adjudicação no final desta semana (21 de outubro), com entregas previstas para a semana de 24 a 28 de outubro.

Acrescenta que, em novembro, será lançado novo procedimento centralizado para a aquisição de cerca de 32.000 resmas.

Na terça-feira, o juiz presidente da comarca revelou que o Tribunal de Braga foi obrigado a adiar cerca de duas dezenas de diligências processuais cíveis por causa da falta de papel, acrescentando que a situação estava “provisoriamente ultrapassada”.

“Cerca de duas diligências de notificação de réus foram adiadas dois ou três dias, porque são processos que normalmente implicam a utilização de grandes quantidades de papel”, explicou João Paulo Pereira.

Em declarações à Lusa, o juiz admitiu que o problema pode voltar a registar-se se, entretanto, não for agilizado o processo de fornecimento de papel.

Em reposta, o Ministério da Justiça adianta que foi dada autorização às comarcas “para adquirirem diretamente o papel imprescindível para acautelarem as suas necessidades até à entrada em vigor deste novo contrato”.

Contudo, o juiz explica que, nestes casos, a comarca terá de obter três propostas e, mesmo assim, dar conta delas à DGAJ e esperar a respetiva autorização.

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Quem não tem direito à meia pensão pode receber os 125 euros

O apoio de 125 euros já começou a ser pago. Pensionistas de sistemas que não os públicos também vão receber "cheque".

Os pensionistas que recebem a pensão através de sistemas que não os da Segurança Social “recebem o apoio de 125 euros que é dado a todos os trabalhadores“, esclareceu o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, em entrevista à TVI. É o caso de alguns reformados bancários, por exemplo.

Enquanto os pensionistas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações já começaram a receber as pensões com o complemento equivalente a meia pensão, há reformados de outros sistemas que não viram o “bónus” chegar. O secretário de Estado explica que os pensionistas que recebem por sistemas que não os da Segurança Social recebem o apoio de 125 euros.

Encontram-se nesta situação alguns reformados da banca, por exemplo, cujos sistemas de pensões não for o público, salientou Mendonça Mendes.

O apoio de 125 euros começa a ser pago esta quinta-feira, numa operação que envolve cerca de seis milhões de pagamentos, sinalizou o secretário de Estado. Tem de ter o IBAN atualizado no Portal das Finanças ou na Segurança Social Direta, o que pode confirmar nas páginas online.

No Portal das Finanças, já é possível confirmar se é elegível para o apoio e qual é o estado do pagamento. Basta entrar na página principal e aceder às informações disponíveis para o apoio extraordinário.

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ONU e Prada unem-se para formar mulheres do Gana e Quénia em moda

Ao todo, 30 mulheres no Gana e 15 no Quénia terão formação em desenho e produção de moda, nomeadamente em moda reciclada e design de tecidos tradicionais.

A agências das Nações Unidas para a saúde sexual e reprodutiva (UNFPA) e o Grupo Prada lançaram o primeiro programa de formação em moda para 45 jovens mulheres do Gana e Quénia. O objetivo é promover a inclusão laboral destas jovens na indústria da alta-costura.

O programa “permitirá explorar o poder social e económico do nosso setor com a ambição de criar uma sociedade cada vez mais inclusiva e igualitária”, afirma Lorenzo Bertelli, diretor de marketing do Grupo Prada e responsável de responsabilidade social corporativa, citado pela Fashion Network (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Ao todo, 30 mulheres no Gana e 15 no Quénia vão receber formação em desenho a produção de moda, dando especial atenção às tradições e estilos locais, bem como à moda reciclada e à literacia financeira. Além disso, o projeto denominado “Expressões da moda: As histórias que ela veste” incidirá também em temas como direito sexual e reprodutivo, combate à desigualdade de género e práticas de saúde potencialmente nocivas, como a mutilação genital.

“A UNFPA [organismo da ONU] trabalha com a indústria criativa para encontrar soluções inovadoras que apoiem as mulheres jovens necessitadas e lhes permitam estar plenamente conscientes dos seus direitos, bem como libertar todo o seu potencial”, explica a chefe de alianças estratégicas da agência da ONU, Mariarosa Cutillo.

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Costa “muito satisfeito” após encontro com Sanchéz e Macron sobre gasoduto

Os três líderes europeus encontraram-se antes da reunião do Conselho Europeu para debater o projeto Midcat, o gasoduto ibérico com ligações a França e ao resto da Europa.

O primeiro-ministro, António Costa, ficou “muito satisfeito” com o resultado da reunião, em Bruxelas, com o seu homólogo espanhol, Pedro Sanchéz, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a crise energética e as ligações da Península Ibérica com França para o transporte de energia.

“Estou muito satisfeito”, disse Costa aos jornalistas, à saída do encontro, remetendo mais declarações para quando entrar para a reunião do Conselho Europeu, que arranca às 15:00 e termina na sexta-feira.

Lisboa e Madrid têm persistido no avanço do projeto de um novo gasoduto nos Pirenéus, conhecido como MidCat, para transporte de gás e, no futuro, de hidrogénio, ajudando a reduzir a dependência do fornecimento russo.

O tema foi discutido também esta quarta-feira em Assembleia da República. Durante a sua intervenção, no debate preparatório do Conselho Europeu, que decorre esta quinta e sexta-feira em Bruxelas, António Costa defende ser “necessário reforçar as “interconexões entre Estados” que permitam a criação de “um verdadeiro mercado europeu”, nomeadamente, o gasoduto que liga Portugal e Espanha à Europa, através de França.

“Um mercado único gera vantagens para todos. Haver uma parte da Europa excluída é uma desvantagem. Como temos verificado ao longo destes anos, as circunstâncias têm mostrado que um aumento das interconexões aumenta o apoio que é necessário ter”. A título de exemplo, o primeiro-ministro refere que a França, que tem “uma grande capacidade de produção de energia com base na energia nuclear” revelou ser “um forte importador de energia produzida na Península Ibérica ou canalizada a partir da Península Ibérica”.

Se as interconexões fossem maiores, França estaria hoje a receber mais energia”, frisou em resposta aos deputados, acrescentando à lista de países beneficiadores de um reforço das interconexões ibéricas com o resto da Europa seriam, também, a Alemanha, República Checa e a Polónia.

A Alemanha, a maior economia da União Europeia (UE) e energeticamente muito dependente da Rússia, já manifestou apoio ao projeto, mas o MidCat conta com a oposição de França, que invoca questões ambientais e de rentabilidade, alegando ainda que o gasoduto não estará pronto a curto prazo.

Em resposta à invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, a UE adotou já oito pacotes de sanções à Rússia, incluindo cortes nas importações de gás e petróleo.

Notícia atualizada às 12h05 com novas informações da Lusa

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Nigeria LNG confirma “significativa perturbação” no fornecimento de gás

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

A Nigeria LNG confirmou que há uma "significativa perturbação" das entregas de gás natural devido às inundações que prejudicaram as suas operações e a capacidade de exportação.

A principal companhia petrolífera nigeriana Nigeria LNG confirmou esta quinta-feira que há uma “significativa perturbação” das entregas de gás natural devido às inundações que prejudicaram as suas operações e a capacidade de exportação, incluindo o fornecimento à portuguesa Galp.

“Há uma significativa perturbação do fornecimento de gás“, disse a empresa em declarações à agência de notícias AP, nas quais confirmou que declarou “força maior” na segunda-feira devido ao impacto das inundações na sua operação de extração e exportação de gás natural liquefeito.

A energética portuguesa Galp foi das primeiras a avisar que a exportação de gás da Nigéria para Portugal estava a ser afetada, num montante que pode chegar aos 3,8% do fornecimento feito pelo maior produtor de gás na África subsaariana, de acordo com a consultora Rystad Energy.

A Nigeria LNG é detida maioritariamente pelo Governo nigeriano, e inclui também os gigantes energéticos Shell e Eni, tendo capacidade para produzir mais de 20 milhões de toneladas de gás natural liquefeito por ano, apesar de a produção não ultrapassar os 70% devido ao vandalismo e aos roubos que afetam os gasodutos no mais populoso país africano.

As inundações na Nigéria já mataram mais de 600 pessoas e obrigaram 1,3 milhões de pessoas a sair das suas casas, “agravando uma situação que já era má” para a companhia nacional de gás, comentou o consultor energético nigeriano Toyin Akinosho à AP.

O corte de fornecimento da NLNG é uma má notícia para a Europa, já que a Nigéria é responsável por 14% das importações de gás natural no continente, mas também para outros clientes na América do Norte, Médio Oriente e Ásia.

“A ‘força maior’ invocada pela empresa faz com que os mercados de gás natural liquefeito fiquem ainda mais apertados” antes do inverno, quando a procura é mais elevada, disse o analista nigeriano Olufola Wusu.

“O mais provável é que se não conseguirmos atender à procura local, dificilmente vamos ter suficiente gás para exportação, o que significa que alguns dos nossos clientes vão ser obrigados a comprar gás natural noutros fornecedores”, acrescentou.

Nos últimos 12 meses, a NLNG tem exportado cerca de 20 cargas por mês, das quais metade vai para a Europa, de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, que aponta que o impacto no mercado tem sido limitado até agora.

A Europa enfrenta um momento de alívio na crise energética, com fluxos robustos de gás natural, inventários cheios e as previsões meteorológicas a apontarem para temperaturas moderadas: “De acordo com os níveis de inventário atuais, isto pode ter um impacto menos severo do que o inicialmente previsto, já que a recuperação de outros fornecedores pode compensar a menor produção da Nigéria”, disse o analista Michael Yip, da BloombergNEF.

A Nigeria LNG alertou a Galp para “uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito” devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode meter em risco o abastecimento em Portugal, segundo uma nota enviada pela empresa portuguesa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários na noite de segunda-feira.

Naquela nota, a Galp dizia que ainda “não foi disponibilizada qualquer informação que suporte a avaliação dos potenciais impactos do evento, que poderão, no entanto, resultar em perturbações adicionais de abastecimento” à petrolífera portuguesa.

No seguimento dessa informação ao mercado, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática veio dizer que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria”, afirmando ainda não haver “escassez no mercado”.

A tutela vincou que “qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”.

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