Atual presença diplomática da Rússia no ocidente sem “qualquer sentido”, diz Lavrov

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Diplomatas russos trabalham “em condições que dificilmente podemos qualificar de humanas, criam-lhes constantemente problemas, emitem constantemente ameaças”, sublinhou Lavrov.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou esta terça-feira que a Rússia não vê “qualquer sentido” em manter a atual presença diplomática no ocidente, anunciando que Moscovo vai começar a concentrar-se na Ásia e em África. “Não existe qualquer sentido nem qualquer desejo, naturalmente, de manter a mesma presença nos países ocidentais”, declarou Lavrov durante um encontro com jovens diplomatas recrutados recentemente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Os diplomatas russos trabalham “em condições que dificilmente podemos qualificar de humanas, criam-lhes constantemente problemas, emitem constantemente ameaças”, sublinhou Lavrov. “Mas o mais importante é que aí não existe trabalho após a Europa ter decidido fechar-se em relação a nós, de suspender toda a cooperação económica”, prosseguiu.

“Que fazer? Não podemos obrigar os outros a amar-nos”, acrescentou o chefe da diplomacia russa. “Os países do terceiro mundo, na Ásia como em África, têm necessidade pelo contrário de uma atenção suplementar”, assegurou, precisando que a Rússia possui numerosos projetos nessas regiões do mundo, em particular comerciais, “que exigem um acompanhamento diplomático”.

“Nestas condições, vamos colocar o centro de gravidade nos países que estão dispostos a trabalhar em condições de igualdade e cooperar connosco numa base mutuamente vantajosa”, concluiu Lavrov. Numerosos países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Espanha, Áustria, Bulgária ou Portugal, expulsaram em massa diplomatas russos após o início da ofensiva russa na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Em certos casos, estas expulsões foram acompanhadas de acusações de espionagem. Moscovo prometeu responder a cada uma destas medidas, e dezenas de diplomatas ocidentais já foram expulsos da Rússia.

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Afinal, combustíveis subiram ainda mais. Gasóleo ficou 9,8 cêntimos mais caro e gasolina 6,1 cêntimos

Em média, o litro de gasóleo esta semana custa 1,954 euros. É preciso recuar à semana de 11 de julho para encontrar um valor mais elevado. Gasolina simples 95 custa, em média, 1,888 euros.

Os consumidores já sabiam que iam pagar mais quando fossem abastecer esta semana. São já duas semanas consecutivas de aumentos. Mas, afinal, o agravamento dos preços dos combustíveis foi superior ao esperado.

O gasóleo simples, o combustível mais utilizado em Portugal, aumentou 9,8 cêntimos e a gasolina 6,1 cêntimos. As fontes do mercado apontavam para uma subida de 6,5 e cinco cêntimos, respetivamente. Recorde-se que na semana anterior, os combustíveis já tinham subido 10,4 cêntimos, no caso do diesel, e 12,4 cêntimos no da gasolina.

De acordo com os valores médios praticados nas bombas, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras, o litro de gasóleo esta semana custa 1,954 euros. É preciso recuar à semana de 11 de julho para encontrar um valor mais elevado.

Já o litro de gasolina simples 95 custa esta semana, em média, 1,888 euros. O preço está muito próximo dos 1,889 euros pagos na primeira semana de agosto.

Este cenário de agravamento dos preços surge num contexto de redução dos apoios do Estado ao nível do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Em outubro o Governo decidiu reduzir o desconto em 4,4 cêntimos na gasolina e 0,1 cêntimos no gasóleo, porque os preços dos combustíveis estavam a começar a abrandar.

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Espanha diz garantir “segurança de abastecimento elétrico” a Portugal e França

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Por causa da seca, que afetou a produção hidroelétrica, 35% da eletricidade consumida em Portugal em outubro foi importada de Espanha, segundo dados do governo espanhol.

O Governo espanhol disse esta terça-feira que Espanha garante “segurança de abastecimento elétrico” a Portugal e França e que as exportações de energia para estes dois países provam a importância de haver mais interconexões energéticas na União Europeia.

Segundo dados do Governo espanhol, por causa da seca, que afetou a produção hidroelétrica, 35% da eletricidade consumida em Portugal em outubro foi importada de Espanha, enquanto também dispararam as vendas para França desde janeiro por causa da paragem das centrais nucleares francesas.

O aumento das exportações de eletricidade para Portugal e França fizeram disparar o uso de gás natural em Espanha em agosto e setembro, meses em que já estavam em vigor medidas para poupar no consumo de energia, explicou a ministra espanhola Teresa Ribera, em Madrid, numa conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros.

O gás natural é usado como fonte para produzir eletricidade e, descontando o valor das exportações, teria havido uma diminuição do consumo, assegurou Teresa Ribera, sublinhando que a procura doméstica de eletricidade baixou 4,6% em Espanha em agosto e setembro, coincidindo com “o verão mais quente desde que há registo”.

A ministra, que tem a pasta da energia no Governo espanhol, considerou que estes números das exportações de eletricidade são uma “mensagem muito importante” para “o debate europeu” em curso em torno da energia. “Isto mostra segurança no abastecimento elétrico que nesta conjuntura às vezes se esquece. Espanha está a garantir segurança de abastecimento elétrico”, afirmou.

Teresa Ribera defendeu que “a Europa entende que a sua segurança energética depende em boa medida da partilha e da interconexão entre os diferentes países” e neste momento fala-se “da interconexão de gás ou da segurança energética ameaçada pela dificuldade em aceder a gás natural no centro e norte da Europa”, “mas estes números mostram até que ponto a segurança de abastecimento elétrico” de Portugal e, em menor medida, de França “depende fundamentalmente desta partilha de infraestruturas”.

“Nós não temos dificuldade em aceder ao gás natural, mas outros países têm. Mas mais, em determinadas circunstâncias pode haver dificuldade em assegurar fornecimento elétrico e só uma boa interconexão entre países nos permite com flexibilidade responder a essas necessidades”, acrescentou.

Portugal e Espanha têm insistido no aumento das interconexões entre a Península Ibérica e o resto da Europa, para transporte de energia, como a construção de um novo gasoduto nos Pirenéus, adequado para gás e hidrogénio, que França se opõe.

A Península Ibérica, por falta de conexões com o resto da Europa, funciona como uma “ilha energética” e Portugal e Espanha desenvolveram infraestruturas para abastecimento que dizem poder ser agora usadas como porta de entrada de gás na Europa, em alternativa ao gás russo.

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Adidas garante a autarca da Maia que vai “compensar” os 300 empregos perdidos

  • ECO e Lusa
  • 18 Outubro 2022

Líder do centro de serviços da Adidas, que vai despedir até 300 pessoas, assegurou ao presidente da Câmara da Maia que, até ao verão de 2023, “os lugares irão ser todos compensados e até escalar".

O presidente da Câmara da Maia insistiu esta terça-feira ter ficado surpreendido com os 300 despedimentos na estrutura da Adidas no concelho, que diz somar atualmente perto de 900 funcionários, salientando, porém, ter ficado tranquilizado com a garantia da empresa de que vai “reconverter noutras tarefas” os postos de trabalhos agora extintos, que, segundo o autarca, “vão migrar para outras geografias do mundo, designadamente para Ásia”.

Em conferência de imprensa realizada esta tarde, António Silva Tiago revelou que o responsável daquela multinacional na Maia, Carlos Guimarães, lhe adiantou que a vontade da Adidas é “incrementar a atividade” no concelho, criando mesmo “novas oportunidades” na sequência da reestruturação desta operação, instalada desde 2009 no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia (TecMaia).

“Hoje de manhã consegui falar com o CEO da Adidas aqui na Maia, ele confirmou-me essa realidade, mas tranquilizou-me dizendo-me que estava a envidar esforços no sentido que esses 300 [postos de trabalho] irão ser, muitos deles, reconvertidos em novas tarefas, novos trabalhos de que a Adidas necessita. E, até junho de 2023, os lugares irão ser todos eles compensados e até escalar em maior número”, apontou o autarca.

Silva Tiago garantiu que o “hub que existe na Maia é para continuar e é para ser incrementado”, assegurando que vai “acompanhar de perto toda a transição para que corra da melhor forma”. “Tenho muita pena, mas a Câmara da Maia fará tudo aquilo que puder. É evidente que a Adidas não é nenhuma empresa do município, mas está cá e nós temos muito respeito por todas as empresas cá instaladas”, disse.

No entanto, questionado sobre se há garantias efetivas de que os colaboradores afetados vão ser novamente recrutados pela multinacional de origem germânica, Silva Tiago admitiu que não. “Não há certezas. Nem que houvesse não era eu a pessoa indicada para dar essa garantia, porque eu sou somente o presidente da Câmara da Maia, não sou o responsável pela Adidas”, respondeu.

Lamentos e passos atrás

Estas novas informações surgem 24 horas depois de a multinacional de origem alemã ter confirmado que o plano de reestruturação do chamado Adidas Global Business Services (GBS) – Porto vai afetar cerca de três centenas de funcionários. “A Adidas lamenta o impacto que a decisão pode ter nos trabalhadores e está a tentar encontrar soluções justas para todos os funcionários afetados, em conversações pessoais. Será dada prioridade à transferência para outra posição no [distrito do] Porto”, referiu através de fonte oficial.

Sobre os serviços que vão deixar de ser prestados a partir de Portugal, o mesmo porta-voz da Adidas respondeu ao ECO que “várias áreas vão ser deslocalizadas, como as relacionadas com a contabilidade”. Quanto às novas que podem vir para Portugal, foi mais evasivo: “Isso ainda está sob revisão, por isso não conseguimos partilhar informação sobre isso nesta fase”.

Em declarações ao ECO, Inácio Fialho de Almeida, presidente do conselho de administração da Espaço Municipal, a empresa que gere o TecMaia, disse também esperar que este inquilino do parque tecnológico, que ocupa atualmente um edifício com cerca de 7.300 metros quadrados, esteja apenas a “dar um passo atrás para depois dar dois em frente”.

Fonte oficial da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), liderada por Luís Castro Henriques, indicou ao ECO que a agência pública, que este ano já atraiu 42 novas empresas estrangeiras para o país, num total de investimento de 2.500 milhões de euros, “não tem nenhum contrato de investimento assinado com a Adidas”.

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BE propõe proibição de voos noturnos e limitação de jatos privados em Portugal

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

“Não é inevitável a realização de voos de noturnos. Em defesa da qualidade da vida das populações defendemos a sua proibição", defende o Bloco.

O BE propôs esta terça-feira a proibição dos voos noturnos, revertendo assim a recente decisão do Governo em relação ao aeroporto de Lisboa, pretendendo ainda limitar e restringir os jatos privados em Portugal.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, apresentou três projetos de lei do partido sobre aviação, depois de se ter sabido da “decisão do Governo sobre a permissão de voos noturnos no aeroporto de Lisboa”.

“Não é inevitável a realização de voos de noturnos. Em defesa da qualidade da vida das populações defendemos a sua proibição, contrastando diretamente com a posição do Governo que contra todas as opiniões, quer das autarquias quer das associações da sociedade, tomou uma decisão de permitir os voos entre as 05:00 e as 02:00, nós rejeitamos essa pretensão e proibimos os voos noturnos em Lisboa dizendo que há uma alternativa”, explicou o bloquista.

Segundo o BE, essa alternativa “passa por tornar mais racional o uso do aeroporto da Lisboa” com a eliminação de voos fantasmas e limitação e restrição de “uma forma ambientalmente nefasta de mobilidade área que é a existência de jatos privados”.

“Trazemos não só uma melhoria do ponto de vista ambiental na resposta que é dada ao setor aéreo como damos também uma solução para um problema que o Governo está a criar que é uma pioria significativa da qualidade de vida das populações de alguns dos bairros de Lisboa e de Loures”, defendeu.

Na análise de Pedro Filipe Soares, atualmente há “um grande uso do aeroporto de Lisboa para voos privados, jatos privados, o que não faz parte do uso comercial da aviação que a larga maioria das pessoas utiliza”. “Esses aviões usam slots, retiram espaço, capacidade e operacionalidade ao aeroporto de Lisboa e são uma realidade que em vários países está a ser equacionada como claramente contrária ao meio ambiente e à necessidade de termos um melhor uso da mobilidade área”, justificou.

Por outro lado, de acordo com o deputado e dirigente do BE, assistiu-se “nos últimos dois anos a algo absolutamente incompreensível do ponto de vista ambiental que é a realização de voos apenas e só para a manutenção de slots de aterragem, isto é, dos períodos horários destinados a uma determinada companhia aérea num determinado aeroporto”, ou seja, os voos fantasma de “aviões complemente vazios ou quase vazios”.

Essas duas realidades dão nota de ocupações do aeroporto de Lisboa – e de outros à escala mundial – numa forma que não é nem ambientalmente sustentável nem o cumprimento ou o suprimento de necessidades de mobilidade incontornáveis e criam limitações inequívocas porque ocupam os espaços que outros voos poderiam ter”, afirmou.

No caso do aeroporto de Lisboa, integrado numa zona com uma grande densidade populacional e que afeta quer bairros quer de Lisboa quer de Loures, é preciso, na opinião do bloquista, “uma escolha de defesa dos destinos públicos do aeroporto de Lisboa que salvaguardasse as populações”.

O Governo autorizou mais voos noturnos no aeroporto de Lisboa a partir de terça-feira e até 28 de novembro, para mudar o sistema de gestão de tráfego aéreo, apesar do parecer negativo dos ambientalistas, segundo portaria publicada segunda-feira.

O diploma cria um regime excecional relativo à operação de aeronaves no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, durante o período temporal “estritamente necessário para assegurar o processo de mudança de sistema de gestão de tráfego aéreo, tendo início no dia 18 de outubro e não se prolongando para além” do dia 28 de novembro de 2022.

O limite de voos noturnos é derrogado pela portaria, permitindo a operação de aeronaves no Aeroporto Humberto Delgado entre as 00:00 e as 2:00 e entre as 5:00 e as 6:00, não sendo este movimentos aéreos contabilizados, mas os movimentos aéreos têm limites máximos semanais.

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Investimento público de 3,5% do PIB? “Já não via há muito tempo. Espero que se concretize”, diz CEO da Mota-Engil

Gonçalo Moura Martins não antecipa recessão em Portugal. Sobre o Orçamento do Estado, assinala “com satisfação” o nível de “grande significado” do investimento público. “Espero é que se concretize”.

O presidente executivo da Mota-Engil saúda o nível de investimento público previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2023: “3,5% do PIB de investimento público já não via há muito tempo”. Mas “espero é que se concretize. Isso é que é fundamental”, acrescentou Gonçalo Moura Martins aos jornalistas esta terça-feira.

Moura Martins considerou que a proposta de Orçamento do Estado para 2023, para o setor da construção, “é um ambicioso”, mas vai exigir “uma capacidade de realização muito significativa”.

Falando na Euronext Lisboa, na sessão de apuramento de resultados do empréstimo obrigacionista que permitiu um financiamento de 70 milhões à Mota-Engil, o gestor lembrou que o investimento público é importante para potenciar a riqueza do país no futuro. Tal como numa empresa. “Quando investimos numa fábrica, numa maquinaria, estamos a criar as condições para gerar riqueza no futuro. No país, a criação de capital fixo é a mesma coisa. Falamos das infraestruturas, são elas vão potenciar a atividade económica no futuro”, explicou.

"3,5% do PIB de investimento público já não via há muito tempo. Espero é que se concretize. Isso é que é fundamental.”

Gonçalo Moura Martins

CEO da Mota-Engil

Moura Martins adiantou que “quando esse capital fixo não é cuidado, quando não é investido e não é feito, vai prejudicar a capacidade de criação dessa riqueza”.

Isto para depois comentar novamente: “Olho para o Orçamento, independentemente de outras considerações que possa fazer, há uma que eu assinalo com grande satisfação que é o nível de investimento público. Voltamos a um nível de 3,5% do PIB, tem algum significado e alguma expressão”. “Volto a dizer: gostaria de ter a certeza de que é mesmo concretizado”, disse Moura Martins.

O líder da Mota-Engil disse ainda não esperar uma recessão económica em Portugal, tendo em conta as previsões das instituições internacionais. “Em princípio, não há recessão em Portugal. Além de expectativa é o meu mais forte desejo”, afirmou.

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+M

“Não basta pensar”, diz a Fundação Francisco Manuel dos Santos

A FFMS está a lançar uma campanha multimeios para comunicar o novo site. Helena Bento, diretora da fundação, explica ao +M/ECO a iniciativa. A criatividade é da Uzina e o plano de meios da Initiative.

Helena Bento, diretora da Fundação Francisco Manuel dos Santos

Não basta pensar” é o claim da campanha com a qual a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) está a assinalar o lançamento do seu novo site. O objetivo, conta ao +M/ECO Helena Bento, diretora da fundação, é “chamar a atenção para a importância de adquirir conhecimento através de fontes fidedignas, rigorosas e independentes, ouvir diferentes pontos de vista, os especialistas para a formação de uma opinião sustentada que contribua para um debate informado e transformador da sociedade”.

Neste caso concreto, prossegue a responsável, “pretendemos dar visibilidade ao site da Fundação como um local onde pode aceder a estudos, debates, vídeos, documentários, diversos formatos diferentes para ler, ouvir ou ver, como mais gostar”.

A campanha vai marcar presença em mupis, plataformas digitais, rádios e jornais nacionais. A Fundação “pretende chegar a diferentes públicos que consomem informação em meios e formatos específicos, pelo que a aposta foi no sentido de diversificar a escolha de meios para maximizar o alcance e o impacto”, justifica a responsável.

Com a criatividade a cargo da Uzina e o plano de meios a ser implementado pela Initiative Media, Helena Bento explica ao +M/ECO que “a campanha assenta em quatro criatividades que declinam em múltiplos formatos desde vídeo, spots de rádio, mupis, display, incluindo formatos de grande impacto, anúncios de imprensa e declinações para as redes sociais”.

Sobre o investimento envolvido nesta ação, a resposta é mais vaga. “A Fundação dedica-se a estudar e aprofundar o conhecimento sobre a realidade portuguesa, com vista a promover uma sociedade mais informada e, assim, mais bem preparada para promover a mudança. Nesse sentido, uma parte importante da sua atividade da Fundação – e do seu orçamento – diz respeito à divulgação desse mesmo conhecimento”, responde a responsável.

A campanha vai estar nos meios até ao dia 27 de novembro.

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Conferência ECO: Como responder à subida dos juros do crédito habitação

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

A inflação trouxe um aumento das taxas de juro do crédito à habitação. O Eco organiza nova conferência, no dia 26 de Outubro, no CCB para debater, analisar, e possivelmente, equacionar respostas

A alteração da política monetária do Banco Central Europeu com o objetivo de baixar a inflação trouxe um forte aumento das taxas de juro do crédito à habitação, acrescentando um segundo fator de constrangimento para os orçamentos familiares, num país onde predomina o paradigma da casa própria financiada com capitais alheios.

Tendo em conta a relevância do tema, o ECO vai realizar uma conferência em formato presencial, sobre a resposta que pode ser dada pela banca, o papel das políticas públicas e as estratégias que podem ser adotadas pelas famílias para responder ao aumento dos encargos com o crédito imobiliário.

Um fórum de discussão que juntará responsáveis políticos, do setor financeiro e académicos de renome e terá ampla divulgação nos sites e redes sociais do ECO. Inscreva-se já.

AGENDA:

9:20 – Abertura| João Nuno Mendes – Secretário de Estado do Tesouro

10:00 a 11:20 – Painel | RESPOSTA DA BANCA E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Filipa Roseta, Vereadora Câmara Municipal de Lisboa

António Nogueira Leite, Economista

Francisco Barbeira, Administrador do Banco BPI

Cecília Meireles – Cerejeira Namora, Marinho Falcão

Rui Bairrada, CEO Doutor Finanças

Gonçalo Santos , Head Capital Markets JLL

 

 

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Mota-Engil supera 13 mil milhões em encomendas este ano, um valor “histórico”

Construtora prepara-se para anunciar carteira de encomendas “histórica” acima de 13 mil milhões. “Dá grande estabilidade à gestão da empresa nos próximos anos”, explica o CEO Gonçalo Moura Martins.

A Mota-Engil EGL 0,91% fechou o primeiro semestre com uma carteira de encomendas de 9,6 mil milhões de euros no primeiro semestre e “vai atingir valores históricos que poderão rondar os 13 mil milhões e 14 mil milhões de euros” no final do ano, anunciou o CEO, Gonçalo Moura Martins, esta terça-feira.

“Do ponto de vista comercial e nos mercados que mais nos interessam, as coisas tem corrido verdadeiramente bem, mas verdadeiramente bem”, vincou. “Isso não é apenas sinal de confiança dos mercados e clientes, mas também é um fator de tranquilidade para a empresa”, disse na apresentação dos resultados do empréstimo obrigacionista, na Euronext.

Para Moura Martins, ter uma carteira de encomendas por “excesso” vai permitir à Mota-Engil ter “uma atividade comercial muito mais prudente e conservadora”, sobretudo nestes tempos de incerteza e maior volatilidade. “Podemos hoje escolher os projetos que queremos fazer, os mercados que queremos, se intensifico ou não a minha atividade comercial”, explicou.

“Dá grande estabilidade à gestão da empresa nos próximos anos”, sustentou o CEO da construtora nacional, adiantando que o financiamento de 70 milhões concretizado esta terça-feira vai permitir reforçar o investimento em formação do pessoal e aquisição de equipamento para os seus projetos em curso. “Não quero saber de novos mercados”, disse.

Moura Martins disse que a Mota-Engil cresceu 20% no primeiro semestre e que vai continuar a crescer significativamente em 2023.

África representa 51% dos negócios da Mota-Engil, seguida da América Latina (33%). A construtora fechou o primeiro semestre com lucros de 12 milhões.

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ASF vai apresentar resultados do questionário IFRS 17

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2022

No dia 24 de outubro de 2022 será realizada, por videoconferência, a sessão de apresentação do relatório dos resultados do questionário qualitativo relativo à IFRS 17.

Com o objetivo de verificar o estado evolutivo do processo de implementação do normativo contabilístico, e em cumprimento com o planeamento estabelecido pela ASF, foi realizado, durante o mês de maio de 2022, o segundo questionário qualitativo sobre o assunto, cujos resultados serão partilhados, por videoconferência, no dia 24 deste mês.

A entrada em vigor da IFRS 17, no primeiro dia de 2023, irá constituir uma alteração muito
significativa na mensuração das responsabilidades com contratos de seguros em termos
contabilísticos.

A adoção da referida IFRS provocará ainda alterações relevantes ao nível das
demonstrações financeiras das empresas de seguros, com impactos significativos nos
sistemas, processos, informação e dados utilizados para a produção do reporte financeiro.

Na sessão será efetuada uma apreciação global da dinâmica evolutiva da implementação deste normativo, seguida de uma perspetiva com maior granularidade dos elementos técnicos relevantes, bem como dos principais desafios na adoção da IFRS 17.

O encontro terá a abertura por Filipe Aleman Serrano, Vice-Presidente da ASF, e consistirá na apresentação do relatório do questionário qualitativo relativo ao IFRS17.

Os oradores José Filipe Jardim, Carlota Porto Cruz e Francisco Loureiro, parte do grupo de trabalho IFRS 17, irão partilhar as suas perspetivas, e discutir o tema “Desenvolvimentos relevantes do processo de implementação da IFRS 17”.
Ana Cristina Santos, Diretora do Departamento de Supervisão Prudencial de Empresas de Seguros irá analisar o assunto “IFRS 17 – Supervisão prudencial”.

A IFRS 17 é uma Norma Internacional de Relato Financeiro que foi emitida pelo International Accounting Standards Board em maio de 2017. Irá substituir a IFRS 4 sobre contabilidade para contratos de seguros e tem uma data efetiva de 1 de janeiro de 2023.

A sessão terá emissão em direto no site da ASF.

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Medidas para a habitação serão apresentadas muito em breve, diz Medina

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

“É preciso ter rigor e precaução na construção da legislação porque não queremos que ninguém saia prejudicado ao fazer este processo de negociação com o banco", disse o ministro das Finanças.

As medidas no âmbito da habitação com soluções para mitigar o impacto da subida dos juros para quem tem empréstimo serão apresentadas “muito em breve” disse esta terça-feira Fernando Medina, precisando o rigor com que têm de ser desenhadas.

Estamos a trabalhar para muito em breve, nas próximas semanas, podermos apresentar essa solução que permitirá às famílias que venham a sofrer um aumento da sua taxa de esforço [com o crédito] com significado poderem desenvolver, numa base negocial com os seus bancos, uma solução para reduzir os seus encargos”, disse o ministro das Finanças, Fernando Medina.

O ministro, que falava à margem de um encontro organizado pelo International Club of Portugal no qual foi o orador convidado, precisou o objetivo de evitar que os créditos entrem na classificação de estarem em incumprimento, salientando também o “rigor e precaução” com que esta legislação está a ser construída.

“É preciso ter rigor e precaução na construção da legislação porque não queremos que ninguém saia prejudicado ao fazer este processo de negociação com o banco que, por aplicação de regras europeias, pudesse conduzir ao que não é uma melhor solução”, afirmou.

Antes, enquanto discursava perante os convidados do encontro, Fernando Medina tinha já referido que a solução que está a ser trabalhada com o Banco de Portugal é um “caminho que tem de ser fazer com muito rigor e atenção”, mas que é “um caminho eficaz”.

O ministro referiu ainda alguns dados, apontando que 90% dos créditos à habitação têm uma prestação mensal de cerca de 400 euros e que cerca de metade têm uma prestação mensal a rondar os 270 euros.

No início deste mês, o secretário de Estado do Tesouro, João Nuno Mendes, disse no parlamento que a resposta que está a ser preparada passa por várias medidas, como a extensão do prazo do empréstimo (com possibilidade de o cliente poder voltar mais tarde ao prazo inicial) ou a suspensão da comissão de amortização durante 2023.

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Parlamento estónio classifica Rússia como “regime terrorista”

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Em agosto, outro Estado báltico, a Letónia, tinha declarado a Rússia “Estado patrocinador do terrorismo”, acusando Moscovo de “genocídio do povo ucraniano”.

O parlamento da Estónia condenou esta terça-feira as anexações de territórios ucranianos por Moscovo e classificou a Rússia como um “regime terrorista”. A declaração foi aprovada por 88 deputados do hemiciclo, que tem 101 assentos. Dez deputados estiveram ausentes e três abstiveram-se.

O parlamento estónio “declara a Rússia um regime terrorista e a Federação da Rússia um país que apoia o terrorismo”, indicou, num comunicado. “O regime [do Presidente russo, Vladimir] Putin, com as suas ameaças de ataque nuclear, fez da Rússia o maior perigo para a paz na Europa e para o mundo inteiro”, acrescentou.

Esta tomada de posição é uma resposta aos repetidos apelos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O parlamento de outro país báltico, a Letónia, declarou a Rússia “Estado patrocinador do terrorismo” em agosto, acusando Moscovo de “genocídio do povo ucraniano”.

Mas o Governo do Presidente norte-americano Joe Biden anunciou em setembro que não utilizará tais termos, por considerar que “não são a forma mais eficaz ou a mais segura de seguir em frente”.

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