Confederações patronais dizem que semana de quatro dias é inoportuna
Presidentes da CIP e da CCP consideram que o Governo deveria concentrar-se em questões mais prioritárias, como a falta de mão-de-obra e o aumento dos custos para as empresas.
O projeto-piloto para a semana de trabalho de quatro dias, que está previsto ser lançado no próximo ano e será apresentado esta quarta-feira aos parceiros sociais, não agrada às confederações patronais, noticia o Público (acesso condicionado). No entender dos representantes da indústria e do comércio e serviços, esta não é a altura para se fazerem estas experiências, criticando o Governo por desviar a atenção de problemas mais prementes.
Embora o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considere importante discutir as novas dimensões do mundo do trabalho e a conciliação entre a vida profissional e familiar, vê uma “enorme inoportunidade” na discussão da semana de quatro dias, pois “o país tem outros problemas com que o Governo se deveria preocupar”. “Desenvolvam projetos-piloto para salvar as empresas, para acautelar as famílias dos brutais aumentos. Isso, sim, são projetos-piloto meritórios”, apela António Saraiva.
João Vieira da Lopes, que lidera a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), também sublinha que há “coisas mais prioritárias do que gastar uma reunião da Concertação Social com um tema destes”, tais como “pôr em prática o acordo de formação, discutir as alterações ao Fundo de Compensação do Trabalho e o programa para o comércio, previstos no acordo de Concertação”. Ainda assim, admite que a semana de quatro dias poderá ser experimentada com algum sucesso em áreas como as novas tecnologias, a cultura ou a publicidade.
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