Bolsonaro: “Sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição”

  • ECO
  • 1 Novembro 2022

Jair Bolsonaro reconheceu os resultados eleitorais e garante que, como presidente e cidadão, cumprirá o que está definido na Constituição. Transição de governos vai começar.

Jair Bolsonaro falou, finalmente, ao país, 48 horas depois das eleições que deram a vitória a Lula da Silva. E, numa curta declaração, admitiu implicitamente a derrota. “Sempre fui rotulado como anti-democrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição“, disse. “Enquanto Presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa constituição“, acrescentou, o que confirma na prática que aceita o resultado das eleições e o início do processo de transição políticas entre governos.

Jair Bolsonaro não fez qualquer referência ao nome do presidente eleito, que tomará posse a 1 de janeiro de 2023. E sinalizou que rejeita qualquer apoio a reações violentas por parte de quem discorda dos resultados eleitorais. “Os atuais movimentos populares são fruto da indignação e sentimento de injustiça, de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como a invasão de propriedade, destruição de património“.

Bolsonaro lembra que, de acordo com os resultados eleitorais que deram a vitória a Lula, os seus apoiantes têm uma “robusta representação no congresso mostra a força dos nossos valores, Deus, pátria, família e liberdade”. Bolsonaro salienta a a formação de “diversas lideranças pelo Brasil” e garante que vai continuar ativo. “Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca, somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superámos uma pandemia e as consequências e uma guerra., Sempre fui rotulado como anti-democrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição”. E recusou a ideia de censura “aos media e às redes sociais”.

Lula da Silva, recorde-se, ganhou a segunda volta das eleições por uma margem mínima, de 50,90% dos votos, contra os 49,10% de Bolsonaro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Contas verificadas no Twitter vão custar 8 dólares/mês

  • ECO
  • 1 Novembro 2022

Elon Musk anuncia que o Twitter vai começar a cobrar uma subscrição de 8 dólares por mês para os utilizadores com as contas verificadas.

Elon Musk conclui há dias a compra do Twitter e já anunciou mudanças… no Twitter. Numa sequência de tweets, o milionário dono da Tesla revelou que haverá mudanças na rede social, a mais importante das quais uma subscrição de 8 dólares por mês para os que têm as chamadas contas verificadas. Este valor, garante Musk, será ajustado país a país em função da respetiva paridade de poder de compra.

O novo dono do Twitter justifica esta opção por duas ordens de razões: Por um lado, os subscritores deste serviço poderão beneficiar de ferramentas exclusivas como a prioridade nas respostas, menções e ‘search‘ e a possibilidade de publicar vídeos mais longos e também beneficiar de exposição a metade dos anúncios da rede. Por outro, o próprio Twitter espera aumentar as suas receitas com este modelo, o que, garante Musk, servirá para remunerar os criadores de conteúdos na plataforma, mas não dá qualquer indicação de como isto será feito.

Nesta sucessão de tweets, Musk não explicita o que também é visto como um risco da operação, e que poderá justificar também esta decisão de avançar para a subscrição mensal. A companhia precisa de acelerar as receitas para garantir a operação de financiamento que permitiu a compra do Twitter, avaliada em cerca de 44 mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Swiss Re prevê “ajustamento radical” de preços em janeiro

  • ECO Seguros
  • 1 Novembro 2022

O CFO da Swiss Re esclareceu como a resseguradora está a reagir à dinâmica de oferta e procura do mercado e o que os clientes podem esperar da época de renovaçoes, em janeiro de 2023.

A Swiss Re prevê um “ajustamento radical” dos preços na época de renovação, que arranca a 1 de janeiro de 2023, de acordo com declarações do Diretor Financeiro (CFO) John Dacey.

Após o anúncio dos resultados da empresa, na passada sexta-feira, o CFO da Swiss Re esclareceu como a resseguradora está a reagir à dinâmica de oferta e procura do mercado e alertou para o que os clientes podem esperar da época de renovação de 2023.

Dacey alerta para “um desequilíbrio no mercado nos resseguros, em geral, e no ramo de catástrofes naturais, especificamente”. O líder apontou que “é evidente que, entre outros fatores, a inflação aumentou o valor dos ativos em todo o mundo, elevou a quantidade de proteção exigida pelos proprietários de ativos de empresas primárias e exacerbou a quantidade de riscos que as empresas primárias gostariam de ressegurar”.

Para a Swiss Re, isto não significa necessariamente que a resseguradora irá aumentar a sua própria exposição, disse John Dacey. Mesmo apesar das oportunidades.

Seremos participantes empenhados neste espaço à medida que avançamos“, disse o CFO. E continuou: “Trabalharemos com clientes que estejam dispostos a reconhecer os riscos subjacentes e os preços adequados. Mas eu esperaria um aumento material nos preços e um aumento material nas retenções de risco por parte das empresas primárias à medida que avançamos”.

John Dacey prosseguiu: “Penso que é claro para todos que não esperaríamos apenas, mas que exigiríamos melhores retornos sobre o negócio que subscrevemos e, portanto, as discussões com os nossos clientes são, de certa forma, reflexo dessa realidade. É um assunto suscetível de deixar algumas pessoas insatisfeitas com o aumento de preços que acreditamos ser apropriada neste momento”.

Sobre as renovações de resseguros em janeiro de 2023, Dacey disse que é importante considerar o cenário atual: “o que inclui não só o cansaço, mas também a frustração do capital de terceiros no mercado de ILS. O que inclui uma redução da capacidade pré-Ian anunciada por um número de participantes de resseguro no espaço nat cat. Reflete um aumento geral do valor dos ativos e um aumento da procura por parte das empresas primárias para obter cobertura”.

O líder descreveu ainda as condições: “Temos um desequilíbrio clássico entre a oferta e a procura. A 1 de janeiro e a minha expectativa é que os preços não irão demonstrar algum tipo de ajustamento evolutivo, mas sim um ajustamento bastante radical para refletir o risco que está a ser transferido sobre estes eventos”, explicou.

A terminar, John Daley acrescentou: “Pensamos ter uma boa visão do que é um preço apropriado e estamos em discussões com os clientes para nos certificarmos de que eles compreendem os nossos modelos de aumento das expectativas de custos de perda, mas também as margens que esperamos ao entrar em 2023”.

As margens de lucro, retorno positivo do capital aplicado, estão a tornar-se críticas no resseguro de catástrofes naturais. Os subscritores necessitam cobrir os seus custos de perdas, custo do capital, despesas e uma margem para os seus fornecedores de capital, ao longo do ciclo e a longo prazo.

A Swiss Re reportou prejuízos líquidos de 285 milhões de dólares para os primeiros nove meses de 2022, impulsionados por prejuízos no terceiro trimestre de 442 milhões de dólares em resultado de resultados de investimentos mais baixos e de pedidos de indemnização por catástrofes naturais.

 

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Web Summit já começou. Siga aqui em direto

Sexta edição presencial em Lisboa da cimeira tecnológica arranca no início da noite desta terça-feira, com a primeira dama da Ucrânia no palco principal.

Arranca nesta terça-feira a sexta edição presencial (sétima, no total) da Web Summit. Há mais de 70 mil participantes registados para acompanharem, na FIL e no Altice Arena, a cimeira tecnológica criada pelo irlandês Paddy Cosgrave.

Durante a cerimónia, o ministro da Economia, António Costa e Silva, anunciou que nos próximos dias serão abertas as candidaturas para o programa de vales digitais e verdes. Com um orçamento de 90 milhões de euros, a medida pretende apoiar 3.000 startups nos próximos quatro anos.

O destaque da noite de abertura é a primeira dama da Ucrânia, Olena Zelenska, cuja presença foi anunciada a poucas horas do início da abertura.

O arranque da cerimónia de abertura estava marcado para as 18h15 mas atrasou-se devido a um incidente com um dos cabos pendurados no teto do Altice Arena, segundo o jornal digital Observador. A cerimónia apenas começou pelas 19h09.

Até sexta-feira, além de mais de 70 mil participantes, estarão presentes 2.630 startups e empresas, 1.120 investidores e 1.040 oradores de um pouco por todo o mundo.

(Notícia atualizada às 20h11 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dubai Aerospace processa 11 seguradoras por jatos bloqueados na Rússia

  • ECO Seguros
  • 1 Novembro 2022

A empresa de aluguer de aeronaves Dubai Aerospace Enterprise (DAE) instaurou um processo em Londres contra 11 seguradoras, incluindo Lloyd's of London, AIG, Chubb e Swiss Re.

A empresa de aluguer de aeronaves Dubai Aerospace Enterprise (DAE) instaurou um processo, em Londres, contra 11 seguradoras, incluindo a Lloyd’s of London, AIG, Chubb e Swiss Re, dois meses após ter perdido quase 600 milhões de dólares devido a 19 aeronaves presas na Rússia.

O Tribunal Superior também cita a Fidelis Insurance Ireland, HDI Global Speciality, Abu Dhabi National Insurance Company, Great Lakes Insurance, Global Aerospace Underwriting Managers, Starr Europe Insurance e Axis Speciality Europe.

Um porta-voz da Lloyd’s disse que a seguradora “não tem liberdade para partilhar informações sobre qualquer sinistro, apólice ou tomador de seguro específico”. A Munich Re, ascendente da Great Lakes, a AIG e a Swiss Re recusaram-se a comentar. As outras seguradoras e a DAE não responderam aos pedidos de comentários por parte da Reuters.

Mas os proprietários garantem avançar com um processo contra as seguradoras, alegando que perderam o controlo de mais de 400 aviões alugados no valor de quase 10 mil milhões de dólares. Isto ocorreu depois de o ocidente ter sancionado a Rússia devido à guerra na Ucrânia e Moscovo, o que bloqueou a partida dos jatos.

A queixa foi apresentada em Londres quatro meses depois de a AerCap, a maior empresa de aluguer de aviões do mundo, ter também instaurado um processo contra seguros no valor de 3,5 mil milhões de dólares, pelos seus mais de 100 jatos apreendidos na Rússia.

A DAE, que, em agosto, afirmou ter amortizado 576,5 milhões de dólares pelos seus aviões, afirmou, nas suas declarações de resultados semestrais, que não tinha “nenhuma forma de determinar se estes aviões irão ser devolvidos no futuro”.

“O grupo tem seguro em relação às aeronaves em questão, ao abrigo de várias apólices de seguro, e foram apresentadas reclamações de seguro para recuperar montantes devidos ao abrigo das apólices”, acrescentou.

Os pormenores da reclamação, que foi apresentada na semana passada, ainda não estão disponíveis publicamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsa de Lisboa fecha em alta e destaca-se na Europa ao valorizar 1,92%

  • Lusa
  • 1 Novembro 2022

Das 15 cotadas que integram o índice PSI, 13 valorizaram na primeira sessão do mês. BCP liderou subidas (8,52%) um dia após reportar lucros de 97,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

A bolsa de Lisboa fechou a sessão desta terça-feira com o índice PSI a subir 1,92% para 5.827,92 pontos, liderando nos ganhos registados na maioria das bolsas europeias. Das 15 cotadas que integram o índice PSI, 13 subiram, uma desceu (a Navigator, que recuou 0,10% para 3,85 euros) e uma ficou inalterada (a Corticeira Amorim, 9,78 euros).

O BCP liderou as subidas, com os títulos a valorizarem 8,52% para 0,16 euros. O banco liderado por Miguel Maya apresentou resultados esta segunda-feira, tendo reportados lucros de 97,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 63% face a igual período do ano passado.

Em alta fechou ainda a Galp, que subiu 3,07%, para 10,59 euros, a Mota-Engil, que avançou 2,47%, para 1,24 euros, a GreenVolt, com ganhos de 2,19%, para 7,95 euros, e a Altri, que subiu 2,04%, para 5,75 euros.

Com valorizações acima de 1% ficaram ainda a EDP Renováveis (1,60%, para 21,65 euros), Jerónimo Martins (1,33%, para 21,26 euros), Sonae SGPS (1,18%, para 0,99 euros) e a NOS (1,01%, para 4,00 euros). Entre as cotadas com ganhos inferiores a 1% estiveram os CTT (3,15 euros), a EDP (4,46 euros), a REN ( 2,63 euros) e a Semapa 12,92 euros).

No resto da Europa, Londres subiu 1,29%, Paris avançou 0,98%, Frankfurt valorizou 0,64% e Madrid fechou a ganhar 0,53%:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

📹 Quatro dicas para acabar com as comissões bancárias

Grande parte dos bancos elimina a comissão de manutenção de conta por troca da domiciliação do seu rendimento. E se tiver apenas uma conta à ordem pode convertê-la para uma conta de serviços mínimos.

A maioria dos bancos não se inibe de aumentar as comissões bancárias. Mas há pequenas estratégias que o ajudam a poupar dezenas de euros por ano, retirando do seu plano de despesas mensal a fatura do banco. Veja as quatro dicas que o ECO lhe preparou.

http://videos.sapo.pt/v5a8QKulimgN9GZ4Aiar

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas portuguesas de vestuário e calçado vão dar formação em Angola

Empresários querem reforçar presença em Angola com investimentos na área industrial e usar o país como plataforma comercial para outros países africanos. Governo português defende "pragmatismo".

Os empresários portugueses do vestuário e confeção e também da área do calçado juntaram-se para avançar com um projeto que pretende desenvolver um ecossistema industrial em Angola nestes setores relacionados com a moda, podendo abranger igualmente a plantação de algodão. O “primeiro passo” passa pela criação de um centro de formação em Angola para a indústria têxtil, do vestuário e do calçado.

Em declarações ao ECO a partir de Luanda, para onde viajou na semana passada na companhia de Manuel Carlos, presidente não executivo da associação do calçado (APICCAPS), o líder da indústria do vestuário e confeção (ANIVEC), César Araújo, sublinha que “esta escola de formação vai permitir que estes setores se possam desenvolver de uma forma mais fácil”. “Porque não basta montar uma fábrica, é preciso ter os trabalhadores bem qualificados, sejam costureiras, eletricistas, mecânicos”, refere.

Embora este centro tenha como objetivo formar pessoal para dar corpo à indústria angolana, “não quer dizer que não possamos fazer no futuro um intercâmbio de trabalhadores”, reconheceu o também presidente da Calvelex, que tem três fábricas de confeção no Norte do país, lembrando a falta de mão-de-obra em Portugal e atestando que “a partilha de trabalhadores entre os dois países faz todo o sentido”.

Esta escola de formação vai permitir que estes setores se possam desenvolver de uma forma mais fácil. Porque não basta montar uma fábrica, é preciso ter os trabalhadores bem qualificados, sejam costureiras, eletricistas, mecânicos.

César Araújo

Presidente da ANIVEC (vestuário)

“Este é um trabalho que tem de ser feito com cabeça, tronco e membros. É um trabalho a longo prazo e não para resolver um problema imediato. É uma parceria para o futuro. E como Angola vai ter um desenvolvimento enorme nos próximos anos, faz todo o sentido que Portugal faça parte desse desenvolvimento. Isto não é para deslocalizar a produção”, reclama César Araújo, que nos últimos dias visitou cinco fábricas e reuniu com empresários angolanos e também de origem portuguesa que têm unidades de produção no âmbito destas fileiras.

Advocatus Summit Porto 2022 - 11OUT22
César Araújo, CEO da Calvelex e presidente da ANIVECRicardo Castelo/ECO

Além do representante da Nau Verde, que engloba a Calvelex, a Polopiqué, a Riopele e a Paulo de Oliveira, fizeram parte da comitiva outros empresários, como Paulo Coelho Lima (Lameirinho) e Ana Lisa Sousa (Vandoma Ties), que, do ponto de vista comercial, veem também Angola como plataforma para outros mercados africanos. Nos últimos dias reuniram-se com as autoridades angolanas e participaram na segunda edição da Luanda Fashion Week, parceria luso-angolana em que os jovens talentos locais da área do design de moda podem desenvolver as suas coleções.

Governo português apela ao “pragmatismo”

Depois do pico registado em 2014, as exportações para Angola têm vindo a cair ano após ano também nestes dois setores. Em 2021, a indústria portuguesa do têxtil e vestuário vendeu cerca de 21,6 milhões de euros para Angola, enquanto a fileira do calçado enviou para o país africano artigos avaliados em perto de 4,2 milhões de euros. Este ano, como destaca o secretário de Estado da Economia, as importações e as exportações entre os dois países estão a crescer perto de 50% em termos homólogos.

“Podemos beneficiar da experiência que temos na indústria mais ligeira, de que Angola tem muita falta. Não apenas numa perspetiva de abastecimento do mercado interno, mas de, a médio e longo prazo, aproveitar as zonas de comércio livre que em África se estão a afirmar. E poder Angola ser, em algumas atividades, um polo de produção para a exportação para outros países limítrofes”, destaca João Neves. Em Luanda sentiu as autoridades “muito interessadas” na participação portuguesa neste tipo de projetos. E conhecedoras de que, no vestuário e calçado, “Portugal tem empresas muito reconhecidas a nível internacional e, portanto, falar com empresas portuguesas é falar com algumas das melhores empresas a nível global”.

Para termos projetos que sejam rentáveis e que tenham níveis adequados de produtividade, temos de trabalhar a vertente da formação, ao mesmo tempo que a identificação de projetos.

João Neves

Secretário de Estado da Economia

Após se ter reunido com os secretários de Estado da Economia e do Comércio de Angola, o governante reconheceu ao ECO que estes projetos devem ser acompanhados de “processos de formação e de requalificação profissional que sejam adequados para investimentos que empresas angolanas ou portuguesas possam fazer nestes setores”. “É absolutamente crítico que isso seja feito porque a tradição [angolana] na área do vestuário e do calçado é muito limitada. Para termos projetos que sejam rentáveis e que tenham níveis adequados de produtividade, temos de trabalhar a vertente da formação, ao mesmo tempo que a identificação de projetos”.

João Neves, secretário de Estado da Economia

Questionado sobre se a relação diplomática entre os dois países já está normalizada, depois de ter sido perturbada ao longo dos últimos anos por vários casos ligados à justiça, o secretário de Estado da Economia respondeu que “o passado é o passado” e notou “uma mudança que resulta também das últimas eleições em Angola, de afirmação de um trajeto que pretendem fazer”.

“Aquilo que os empresários devem fazer – e têm muita consciência disso – é adaptar-se ao ambiente de negócios. As circunstâncias são o que são e temos de olhá-las, tentando encontrar soluções que permitam materializar os projetos de investimento ou de cooperação económica que tenhamos de fazer. É essa a perspetiva muito pragmática que temos”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção Seguros 3ºT: Fidelidade reforça quota, CA e UNA em alta

  • ECO Seguros
  • 1 Novembro 2022

Venda de seguros de vida de puro risco fizeram as seguradoras do Crédito Agrícola e da UNA contrariar o mercado e subirem muitos lugares no ranking ao fim de três trimestres de atividade deste ano.

O valor da produção das seguradoras com atividade em Portugal referente aos primeiros nove meses deste ano, agora revelado pela ASF, entidade supervisora, reforçou a subida das seguradoras do Crédito Agrícola (CA) e das companhias da UNA. Num mercado que decresceu 7,1% relativamente a igual período passado, os ramos Não Vida cresceram 6,9%, acima do PIB mas – novidade de 2022 – abaixo da inflação. Em valor, no final do 3º trimestre tinham sido vendidos 8,96 mil milhões de euros em seguros, menos 680 milhões de euros que em igual período do ano passado.

Sedes da CA e da UNA que estão a ser as estrelas de 2022 quanto a crescimento de negócios, aproveitando o flutuante ramo dos seguros de vida.

Este relatório inclui todo o mercado, seguradoras sob supervisão da ASF que correspondem a mais de 90% da produção e o negócio de sucursais de companhias europeias. No total são 59 seguradoras as companhias ativas este ano, agregadas por ECOseguros em 40 grupos ou seguradoras independentes.

No topo, a Fidelidade, enquanto grupo, reforçou a sua quota para 30,1% apesar de uma quebra ligeira de produção devido à baixa de seguros não ligados a fundos de investimento. Nos ramos Não vida cresceu 8,7%.

A Tranquilidade, marca da Generali Seguros, continua a ser a 2ª maior seguradora mas enquanto grupo, incluindo a Europ Assistance, é 3º crescendo 3,5% em relação a 2021, com aumento significativo em seguros de acidentes pessoais (+16,6%).

O grupo Ageas Portugal continua o 2º maior em Portugal, apesar de uma baixa nas vendas de 9,3% causada essencialmente pela quebra de 27% em produtos Vida não ligados da Ocidental, a companhia mais ligada à bancassurance através do banco Millennium bcp.

A BPI Vida e Pensões também sofreu com a venda de produtos ligados descendo produção em 22%. Allianz e Zurich tiveram quebras semelhantes mas, no caso da seguradora alemã, devido aos produtos ligados a fundos terem caído quase para metade.

Foram os seguros de puro risco que levaram o grupo CA e UNA a subirem 3 e 7 lugares no ranking, respetivamente para 8º e 10º lugares. A CA Vida duplicou vendas de produtos não ligados, o mesmo motivo para a UNA Vida ter faturado 2,5 vezes mais, tendo ainda crescido 60% no ramo automóvel.

A Mapfre, através das 4 companhias que tem em Portugal, registou um crescimento de 26,5% essencialmente por produtos ligados a Fundos de investimento.

Quanto a concentração, os 5 maiores grupos significam no 3º Trimestre significam 67,4% da produção enquanto no ano passado tinham 66,1%. No top 10 também houve uma subida este ano de 84% para 85,3%

No final do 3º trimestre o ranking dos maiores grupos e seguradoras em Portugal é o seguinte:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Primeira dama da Ucrânia é a convidada surpresa para abrir Web Summit

  • ECO
  • 1 Novembro 2022

Olena Zelenska é convidada de última hora para abertura da cimeira, revelou Paddy Cosgrave através do Twitter.

A primeira dama da Ucrânia vai estar em Portugal nas próximas horas. Olena Zelenska é convidada de última hora para a abertura da Web Summit, agendada para o final da tarde desta terça-feira. A mulher do Presidente ucraniano vai discursar no palco principal, revelou o fundador da cimeira, Paddy Cosgrave.

“A primeira dama da Ucrânia, Olena Zelenska, voou para Lisboa para juntar-se a nós, no palco, na abertura da Web Summit. Muito compreensivelmente, a Web Summit manteve a sua presença em segredo até agora”, indicou o responsável irlandês através de uma publicação na rede social Twitter.

Além de apresentar um contingente reforçado de empresas e de startups, o Governo da Ucrânia também estará representado na Web Summit de 2022 através do vice-primeiro-ministro e ministro para a Transição Digital, Mykhailo Fedorov.

Olena Zelenska junta-se ao leque de convidados surpresa com que a Web Summit costuma brindar os participantes na noite de abertura. Em 2019, por exemplo, Edward Snowden falou sobre a violência tecnológica contra as pessoas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro garante que Bolsonaro não vai contestar resultado das eleições no Brasil

  • ECO
  • 1 Novembro 2022

"Ele está a receber os ministros do Supremo [Tribunal] e não vai ter nenhuma contestação de eleição", garante o ministro de Bolsonaro, que deve reagir ainda hoje à derrota contra Lula da Silva.

O ministro das Comunicações do Brasil, Fábio Faria, garantiu esta terça-feira que Jair Bolsonaro não vai contestar os resultados eleitorais, que ditaram a derrota do ainda presidente e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Ele está a receber os ministros do Supremo [Tribunal Federal] e não vai ter nenhuma contestação de eleição lá, não vai ter nenhuma contestação de eleição“, garantiu o responsável político, em declarações à Reuters.

No entanto, segundo já confirmaram fontes do Palácio do Planalto à CNN Brasil, os juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) já avisaram Bolsonaro que só aceitam reunir-se com o chefe de Estado depois de ele reconhecer publicamente os resultados da segunda volta.

Em silêncio desde a noite eleitoral, que ditou a eleição do candidato da esquerda pela terceira vez, ao vencer com 50,9% dos votos, Jair Bolsonaro, que obteve 49,1%, deverá falar ainda esta terça-feira ao país. As últimas 24 horas têm sido marcadas por vários protestos por parte dos seus apoiantes, com destaque para o bloqueio de estradas por parte de grupos de camionistas.

Esta terça-feira, o governador do estado brasileiro de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou que iria usar “toda a força necessária” contra camionistas que apoiam Bolsonaro. Alguns dos bloqueios estão a dificultar o acesso ao aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país, o que já cancelou dezenas de voos, e já começam a provocar dificuldades de abastecimento aos supermercados em vários pontos do país.

Esta terça-feira, Jair Bolsonaro tem ainda encontros marcados com os chefes da Marinha e da Força Aérea, assim como com os ministros da Defesa, da Justiça e da Segurança Pública. Segundo a imprensa brasileira, alguns membros do Governo já começaram, no entanto, a falar com a equipa de Lula sobre o processo de transição do poder, até à tomada de posse a 1 de janeiro.

Entretanto, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, anunciou esta tarde que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) vai ser o coordenador da equipa de transição do governo. Por outro lado, responsabilizou o chefe de Estado brasileiro pela violência das últimas horas, acusando Bolsonaro de orientar “o caos no país”.

Polícias: silêncio de Bolsonaro estimula protestos

As estruturas sindicais ligadas aos polícias brasileiros também já vieram considerar que o silêncio do Presidente, Jair Bolsonaro, que não ligou a Lula da Silva nem reconheceu a derrota nas eleições de domingo, está a estimular os atos dos camionistas que bloqueiam estradas em todo o país como forma de protesto.

“A postura do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, em manter o silêncio e não reconhecer o resultado das urnas acaba dificultando a pacificação do país, estimulando uma parte de seus seguidores a adotarem ações de bloqueios nas estradas brasileiras”, refere um comunicado divulgado nesta terça-feira pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e os Sindicatos dos Policiais Rodoviários Federais de todo o Brasil.

Na mesma nota citada pela Agência Lusa, estas organizações que representam polícias do país também reafirmaram “o compromisso com o Estado Democrático de Direito. O resultado das eleições de 2022 expressa a vontade da maioria da população e deve ser respeitado”.

(Notícia atualizada às 17h30 com novas informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street negoceia em baixa após ter registado em outubro o melhor mês desde 1976

  • Lusa
  • 1 Novembro 2022

Com os investidores à espera das decisões de política monetária da Fed e novos dados do emprego, a bolsa de Nova Iorque iniciou esta terça-feira a sessão em baixa.

A bolsa de Nova Iorque iniciou esta terça-feira a sessão em baixa com os investidores à espera das decisões de política monetária da Reserva Federal (Fed) e quando foram divulgados novos dados do emprego.

Pelas 14h45 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones descia 0,52% para 32.561,82 pontos e o Nasdaq recuava 0,49% para 10.934,41 pontos. O índice alargado S&P 500 perdia 0,07% e estava em 3.869,34 pontos.

Na bolsa de Nova Iorque, as expectativas estão viradas para a reunião de dois dias da Fed, que termina na quarta-feira, com os investidores a procurarem sinais sobre as intenções do banco central, na conferência de imprensa de Jerome Powell.

Muitos acreditam que o banco central possa aliviar a sua política monetária no início do próximo ano, mas entretanto antecipam da reunião da Fed uma nova subida das taxas de juro de 75 pontos base para 3,75%, o nível mais alto desde dezembro de 2007.

Esta terça-feira foram divulgados dados sobre o mercado de emprego, que apontam para um aumento acima do esperado das ofertas de emprego. Segundo os dados do Departamento do Trabalho, os empregadores publicaram 10,7 milhões de ofertas de emprego em setembro.

O número supera os 10,2 milhões de agosto e também as expectativas dos analistas que apontavam para que o número caísse para um patamar inferior aos 10 milhões, pela primeira vez desde junho de 2021, ajudando a reduzir a pressão inflacionária.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.