Segundo dia de greve de 24 horas leva à supressão de 385 comboios até às 12h00
Greve na CP e IP obriga à supressão de 385 comboios com a circulação de 163 até às 12h. Trabalhadores avançam para segundo dia de greve e reivindicam prémio para compensar perda do poder de compra.
A greve na CP e Infraestruturas de Portugal (IP) obrigou esta segunda-feira à supressão de 385 comboios, tendo circulado 163 até às 12h00, segundo fonte da CP – Comboios de Portugal.
Os trabalhadores da CP e da IP cumprem esta segunda-feira o segundo de dois dias greve, para reivindicar um prémio financeiro que compense a perda de poder de compra em 2022.
A greve, que decorreu já no dia 23, foi convocada por uma plataforma de vários sindicatos a representar os trabalhadores da CP e da IP, que exigem um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da “discriminação entre trabalhadores”.
Fonte da CP disse à Lusa que até às 12h00 circularam 163 comboios dos 548 programados (cerca de 34%), tendo sido suprimidos 385.
À semelhança de dia 23, a paralisação tem uma duração de 24 horas e prevê ainda uma “greve ao trabalho suplementar, incluindo feriados e dias de descanso semanal, desde as 00:00 de 23/12 às 24h00 de 2 de janeiro de 2023”.
A plataforma que convocou a greve inclui a ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, a ASSIFECO – Associação Sindical Independente, o FENTCOP – Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas, o SINDEFER – Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários de Infraestruturas e Afins, o SINFB – Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, o SIOFA – Sindicato Independente dos Operacionais e Afins e o STF – Sindicato dos Transportes Ferroviários.
António Pereira, do SINFB, disse à Lusa que cerca de 80% dos trabalhadores estão em greve.
“Vamos continuar a aguardar o ‘feedback’ das empresas e do Governo”, afirmou o sindicalista.
Já o presidente do SINFA, António Salvado, referiu que se estão a fazer “25% dos comboios programados e a adesão é total”.
Salvado sublinhou que é difícil fazer um levantamento das infraestruturas – até pela possibilidade de tolerância de ponto durante o dia de esta segunda-feira –, mas registou que as bilheteiras estão fechadas em muitas estações.
Os trabalhadores da CP e IP estiveram em greve no passado dia 30 de novembro, o que levou ao cancelamento de centenas de comboios.
Já nos últimos dias, até às 18:00 dos dias 23 e 25 de dezembro foram cancelados, respetivamente, 728 e 447 comboios.
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